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Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético
Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético
Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético
E-book127 páginas1 hora

Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético

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Sobre este e-book

Entre as complicações crônicas do Diabetes Mellitus, a ulceração e a amputação de extremidades – complicações estas do Pé Diabético – são algumas das mais graves e de maior impacto socioeconômico, sendo, infelizmente, ainda frequentes na nossa população. De acordo com as recomendações da Associação Americana do Diabetes (2013), grande parcela dos casos de amputações de membros inferiores em pessoas com Diabetes Mellitus é evitável, através de abordagens educativas e do exame periódico dos pés das pessoas com Diabetes Mellitus. O desenvolvimento de uma tecnologia educacional tem a finalidade de contribui para o exercício profissional de Enfermagem, tornando a prática profissional singular, diferenciada e específica.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de mai. de 2023
ISBN9786525288130
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    Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético - Aíka Barros Barbosa Maia

    1 INTRODUÇÃO

    No cenário epidemiológico das doenças crônicas, o Diabetes Mellitus (DM) destaca-se como enfermidade crônica que apresenta alto índice de co-morbidades e que com o passar do tempo gera complicações que envolvem alto custo efetivo para os portadores e para a saúde pública, se tornando uma grave problema de saúde.

    A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera esta patologia como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina em surtir adequadamente seus efeitos, caracterizada pela hiperglicemia (OMS, 2009; BRASIL, 2014 ). O não controle adequado, pode evoluir para sérias complicações.

    O DM é um problema de saúde comum na população brasileira e sua prevalência que, no ano de 2013, em duas pesquisas nacionais, alcançou as marcas de 6,2%, que segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2013) e 6,9% conforme dados de Vigitel (2013), vem aumentando nos últimos anos (BRASIL, 2013; 2014a; 2014b).

    Entre as complicações crônicas do DM, a ulceração e a amputação de extremidades – complicações estas do Pé Diabético, são algumas das mais graves e de maior impacto socioeconômico, sendo, infelizmente, ainda frequentes na nossa população (BRASIL, 2013; SCHIMID et al., 2003; GRUPO DE TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001).

    Segundo o Internacional Consensus on the Diabetic Foot and Practical Guidelines on the Management and prevention of Diabetic Foot (2007) e Grossi (1998), como citados em Coelho, Silva, & Padilha (2009, p. 86), o pé diabético é conceituado como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores.

    Os dados epidemiológicos são variados e denotam a diversidade regional dos desfechos dessa complicação: em países desenvolvidos, a DAP é o fator complicador mais frequente, enquanto nos países em desenvolvimento, a infecção é, ainda, uma complicação comum das úlceras dos pés em pacientes diabéticos (UPD), resultando em amputações. A frequência e gravidade também deve-se a diferenças socioeconômicas, tipo de calçados usados e cuidados, que não são padronizados em escala nacional nesses países (SDB, 2015-2016).

    Pessoas com DM apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida, aproximadamente 20% das internações de indivíduos com DM são decorrentes de lesões nos membros inferiores. Complicações do Pé Diabético são responsáveis por 40% a 70% do total de amputações não traumáticas de membros inferiores na população geral. 85% das amputações de membros inferiores em pessoas com DM são precedidas de ulcerações, sendo os seus principais fatores de risco a neuropatia periférica, as deformidades no pé e os traumatismos (BRASIL, 2013).

    Hoje uma preocupação mundial, o custo humano e financeiro dessa complicação é imenso e dependente, para o seu controle ou prevenção, da conscientização quanto à necessidade de um bom controle da doença e da implantação de medidas relativamente simples de assistência preventiva, de diagnóstico precoce e de tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais da doença (CAIAFA, 2011).

    O diagnóstico do Pé Diabético é feito, principalmente, pelos sintomas da neuropatia; presença de deformidades, DVP (doença vascular periférica), limitação da mobilidade das articulações; pequenos traumas; história de ulceração ou amputação. O risco para o surgimento dos fatores de risco citados acima aumenta com a presença constante de hiperglicemia ao longo dos anos (CONSENSO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001; FRITSCHI, 2001; MARGOLIS et al., 2005; BREM et al., 2006; JONES, 2006).

    A avaliação requer duas medidas extremamente simples: história clínica e exame dos pés, que se inicia pela remoção dos calçados e das meias, que também devem ser avaliados; São usadas ferramentas para avaliação neurológica e pressão plantar como o estesiômetro ou monofilamento de náilon, diapasão 128 Hz, martelo, pino ou palito, bioestesiômetro e neuroestesiômetro, que tem o objetivo de investigar a perda da sensibilidade protetora plantar, porém essa avaliação completa ainda não constitui uma rotina em vários locais de trabalho em todo o mundo (SDB, 2015-2016).

    De acordo com as recomendações da Associação Americana do Diabetes (2013), grande parcela dos casos de amputações de membros inferiores em pessoas com DM é evitável, através de abordagens educativas e do exame periódico dos pés das pessoas com DM, para isso são necessárias a formação e a atuação de uma equipe multiprofissional como condição decisiva para favorecer os cuidados aos portadores do DM, de forma a permitir melhor qualidade de vida para estes indivíduos.

    Nesse contexto faz-se necessário a assistência multiprofissional para acompanhamento, avaliações, tratamento e educação permanente e estimulo ao auto cuidado para a prevenção de complicações e redução de danos decorrentes do risco da doença. Para tal a assistência de Enfermagem é primordial, haja vista ser o enfermeiro membro integrante da equipe multiprofissional para efetivação dessas medidas de cuidados e prevenção das complicações aos portadores de DM.

    Através da realização de uma pesquisa bibliográfica constatou-se que na prática do Enfermeiro na Atenção Básica, muitos profissionais não realizam a avaliação dos pés do paciente diabético, por motivos diversos, como falta de conhecimento adequado para correta avaliação, falta de tecnologias e ferramentas de avaliação, e a falta de uma triagem adequada de riscos em portadores de DM, e ausência de uma continuidade de cuidados básicos aos pacientes; A ausência da correta avaliação dos pés dos diabéticos implica em consequências graves para os pacientes ocasionando um aumento dos índices de amputações traumáticas.

    Diante do exposto surgiu a hipótese da pesquisa: Como desenvolver e validar uma tecnologia educativa para capacitar Enfermeiros na avaliação e prevenção do pé diabético? Com isso destaca-se a grande importância da qualificação e capacitação contínua dos enfermeiros em busca de novos conhecimentos, novas tecnologias e técnicas com o intuito de aprimorar a prática profissional em prol dos pacientes, e do exercício profissional de Enfermagem.

    Ademais, este tema é de grande relevante por tratar-se de Promoção e Educação Continuada e Permanente em Saúde, efetivando o cuidado de Enfermagem livre de negligências e de

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