Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético
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Tecnologia educativa para capacitar enfermeiros na avaliação e prevenção do Pé Diabético - Aíka Barros Barbosa Maia
1 INTRODUÇÃO
No cenário epidemiológico das doenças crônicas, o Diabetes Mellitus (DM) destaca-se como enfermidade crônica que apresenta alto índice de co-morbidades e que com o passar do tempo gera complicações que envolvem alto custo efetivo para os portadores e para a saúde pública, se tornando uma grave problema de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera esta patologia como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina em surtir adequadamente seus efeitos, caracterizada pela hiperglicemia (OMS, 2009; BRASIL, 2014 ). O não controle adequado, pode evoluir para sérias complicações.
O DM é um problema de saúde comum na população brasileira e sua prevalência que, no ano de 2013, em duas pesquisas nacionais, alcançou as marcas de 6,2%, que segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2013) e 6,9% conforme dados de Vigitel (2013), vem aumentando nos últimos anos (BRASIL, 2013; 2014a; 2014b).
Entre as complicações crônicas do DM, a ulceração e a amputação de extremidades – complicações estas do Pé Diabético, são algumas das mais graves e de maior impacto socioeconômico, sendo, infelizmente, ainda frequentes na nossa população (BRASIL, 2013; SCHIMID et al., 2003; GRUPO DE TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001).
Segundo o Internacional Consensus on the Diabetic Foot and Practical Guidelines on the Management and prevention of Diabetic Foot (2007) e Grossi (1998), como citados em Coelho, Silva, & Padilha (2009, p. 86), o pé diabético é conceituado como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associadas a alterações neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores
.
Os dados epidemiológicos são variados e denotam a diversidade regional dos desfechos dessa complicação: em países desenvolvidos, a DAP é o fator complicador mais frequente, enquanto nos países em desenvolvimento, a infecção é, ainda, uma complicação comum das úlceras dos pés em pacientes diabéticos (UPD), resultando em amputações. A frequência e gravidade também deve-se a diferenças socioeconômicas, tipo de calçados usados e cuidados, que não são padronizados em escala nacional nesses países (SDB, 2015-2016).
Pessoas com DM apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida, aproximadamente 20% das internações de indivíduos com DM são decorrentes de lesões nos membros inferiores. Complicações do Pé Diabético são responsáveis por 40% a 70% do total de amputações não traumáticas de membros inferiores na população geral. 85% das amputações de membros inferiores em pessoas com DM são precedidas de ulcerações, sendo os seus principais fatores de risco a neuropatia periférica, as deformidades no pé e os traumatismos (BRASIL, 2013).
Hoje uma preocupação mundial, o custo humano e financeiro dessa complicação é imenso e dependente, para o seu controle ou prevenção, da conscientização quanto à necessidade de um bom controle da doença e da implantação de medidas relativamente simples de assistência preventiva, de diagnóstico precoce e de tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais da doença (CAIAFA, 2011).
O diagnóstico do Pé Diabético é feito, principalmente, pelos sintomas da neuropatia; presença de deformidades, DVP (doença vascular periférica), limitação da mobilidade das articulações; pequenos traumas; história de ulceração ou amputação. O risco para o surgimento dos fatores de risco citados acima aumenta com a presença constante de hiperglicemia ao longo dos anos (CONSENSO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001; FRITSCHI, 2001; MARGOLIS et al., 2005; BREM et al., 2006; JONES, 2006).
A avaliação requer duas medidas extremamente simples: história clínica e exame dos pés, que se inicia pela remoção dos calçados e das meias, que também devem ser avaliados; São usadas ferramentas para avaliação neurológica e pressão plantar como o estesiômetro ou monofilamento de náilon, diapasão 128 Hz, martelo, pino ou palito, bioestesiômetro e neuroestesiômetro, que tem o objetivo de investigar a perda da sensibilidade protetora plantar, porém essa avaliação completa ainda não constitui uma rotina em vários locais de trabalho em todo o mundo (SDB, 2015-2016).
De acordo com as recomendações da Associação Americana do Diabetes (2013), grande parcela dos casos de amputações de membros inferiores em pessoas com DM é evitável, através de abordagens educativas e do exame periódico dos pés das pessoas com DM, para isso são necessárias a formação e a atuação de uma equipe multiprofissional como condição decisiva para favorecer os cuidados aos portadores do DM, de forma a permitir melhor qualidade de vida para estes indivíduos.
Nesse contexto faz-se necessário a assistência multiprofissional para acompanhamento, avaliações, tratamento e educação permanente e estimulo ao auto cuidado para a prevenção de complicações e redução de danos decorrentes do risco da doença. Para tal a assistência de Enfermagem é primordial, haja vista ser o enfermeiro membro integrante da equipe multiprofissional para efetivação dessas medidas de cuidados e prevenção das complicações aos portadores de DM.
Através da realização de uma pesquisa bibliográfica constatou-se que na prática do Enfermeiro na Atenção Básica, muitos profissionais não realizam a avaliação dos pés do paciente diabético, por motivos diversos, como falta de conhecimento adequado para correta avaliação, falta de tecnologias e ferramentas de avaliação, e a falta de uma triagem adequada de riscos em portadores de DM, e ausência de uma continuidade de cuidados básicos aos pacientes; A ausência da correta avaliação dos pés dos diabéticos implica em consequências graves para os pacientes ocasionando um aumento dos índices de amputações traumáticas.
Diante do exposto surgiu a hipótese da pesquisa: Como desenvolver e validar uma tecnologia educativa para capacitar Enfermeiros na avaliação e prevenção do pé diabético? Com isso destaca-se a grande importância da qualificação e capacitação contínua dos enfermeiros em busca de novos conhecimentos, novas tecnologias e técnicas com o intuito de aprimorar a prática profissional em prol dos pacientes, e do exercício profissional de Enfermagem.
Ademais, este tema é de grande relevante por tratar-se de Promoção e Educação Continuada e Permanente em Saúde, efetivando o cuidado de Enfermagem livre de negligências e de