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Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3)
Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3)
Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3)
E-book178 páginas2 horas

Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3)

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Sobre este e-book

Um amigo se torna um adversário,

a Luz desaparece na escuridão,

mas um novo Fogo está queimando na noite.

 

Aska, Tjalling, Sytse, Enna e Royce caíram nas mãos do prefeito Edison. O líder corrupto de Brandaris sabe o que eles fizeram, mas o que ele não sabe é o que os motivou. Em uma tentativa desesperada de recuperar o poder sobre a ilha, ele usa cinco rebeldes como barganha para forçar o Skelta a revelar quem é parte da resistência Skylgiana. A garota Angla Melinda e a garota Skylgiana Dani se unem para libertar seus amigos da prisão, mas sua tarefa não será fácil.

 

Enquanto isso, alguns Sirenes das profundezas visitam os Skylgianos para ajudá-los a reclamar o que foi deles um dia. E quando Tesla e seu assistente velejam para a ilha e Skylge para também ajudar o povo de Skylge, todas as apostas estão feitas. Edison não vai desistir da posição de poder de sua família sem lutar, e seu esforço envolverá Anglos, Skylgianos e Sirenes.

 

A Guerra dos Correntes está prestes a ser travada, e nada será o mesmo de novo.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mai. de 2023
ISBN9798223142379
Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3)
Autor

Jen Minkman

Jen Minkman (1978) was born in the Netherlands and lived in Austria, Belgium and the UK during her studies. She learned how to read at the age of three and has never stopped reading since. Her favourite books to read are (YA) paranormal/fantasy, sci-fi, dystopian and romance, and this is reflected in the stories she writes. In her home country, she is a trade-published author of paranormal romance and chicklit. Across the border, she is a self-published author of poetry, paranormal romance and dystopian fiction. So far, her books are available in English, Dutch, Chinese, German, French, Spanish, Italian, Portuguese and Afrikaans. She currently resides in The Hague where she works and lives with her husband and two noisy zebra finches.

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    Pré-visualização do livro

    Fogo de Fryslan (Contos de Skylge #3) - Jen Minkman

    Música da Aska

    Aska’s Song

    ––––––––

    (Escute aqui : https://www.youtube.com/watch?v=gL4Hi7ZE_mw )

    1 - Melinda

    Na escuridão, posso sentir o suor em minha pele.

    Na escuridão, posso ouvir minha própria respiração.

    A noite silenciosa não impede que meus pensamentos se movam como um cata-vento girando freneticamente na brisa.

    E se a coloquei em perigo? E se a porta dos fundos trancada não a impedir?

    Eu deveria ter mantido minha boca fechada sobre minhas chaves perdidas.

    Eu não devia ter confiado no Padre Peter. Madre Tessa poderia ter lidado com a situação tão bem quanto ele. Quando contei a ele que de alguma forma perdi a chave da Torre, ele me lançou um olhar muito sombrio. Como se estivesse pronto para assassinar alguém.

    Eu não devia ter dito nada.

    Tudo que eu queria era ajudá-la. Protegê-la. Impedi-la de fazer coisas perigosas, de colocar sua vida em perigo.

    Ainda me lembro dos doces beijos que Aska me deu naquela noite. Distraidamente, meus dedos tocam meu lábio inferior e eu o mordo, desejando que ela estivesse aqui comigo agora.

    Com um suspiro, levanto os lençóis finos e saio da cama para andar até a janela. Nenhum vento vem para soprar as velas da minha mente, mas o moinho de preocupação não para de virar em minha cabeça. Lá fora, o calor e o silêncio da noite de verão envolvem a cidade de Brandaris como uma capa escura e pesada. A parte Angla da cidade está escura – muito escura. Um breu, na verdade.

    Antes que eu tenha tempo de perceber porque Brandaris de Cima parece muito mais escura do que o normal, meu sangue congela quando um grito se levanta na noite. O som desesperado parece perfurar meus tímpanos.

    Não apenas um grito, mas muitos. Uma cacofonia de barulho irrompe abaixo de mim.

    Atrás de mim, o ventilador elétrico para de zumbir e a última ilusão de ar fresco abandona o quarto. A parada repentina do aparelho faz meu coração saltar. Um – corte de energia?

    - Não. – deixo escapar um suspiro de pânico. Isso não pode estar acontecendo conosco. Não no convento. O Fogo de Brandan está aqui para nos alimentar, nos sustentar, nos dar calor no inverno frio e luz na cada da noite. Não pode simplesmente parar. Isso é impossível aqui na capital. Cortes de energia só acontecem na na cidade remota de Hoarne, onde alguns de meus parentes vivem. O último foi há dez anos.

    É quando vejo uma luz brilhante flutuando pelo céu, balançando em uma corrente de vento que parece estar ali especialmente para a levantar e carregar para o mar. Ela está longe, mas mesmo dessa distância o brilho da estranha esfera fere meus olhos. Mas o que é isso?

    No fundo, sei que a pergunta é boba. Porque sei perfeitamente o que é. Já vi isso antes.

    - Mel? – a voz de Grenna me assusta. Eu giro para encarar a única outra cama ocupada do dormitório. Minha colega e quarto parece grogue e estranhamente alerta ao mesmo tempo. – O que está acontecendo?

    Eu engulo o nó amargo em minha garganta e me viro de volta para a janela. Meus dedos agarram a madeira da janela com tanta força que estou surpresa que ela não se desfaz debaixo das minhas mãos.

    - O Fogo nos abandonou. – respondo com a voz firme. – Ele se foi.

    Quando a última sílaba deixa meus lábios, o Fogo mergulha direto no Mar de Wadden para desaparecer debaixo das ondas.

    2 – Melinda

    Quase não temos tempos para nos vestirmos. Quando Grenna está abotoando as calças, a porta se abre na forte rajada de pânico que cerca Madre Tessa e Madre Arlinda.

    - Meninas. – Madre Arlinda diz severamente. – Venham aqui para baixo já. Padre Peter declarou uma emergência. Vamos nos reunir no jardim da frente.

    Abro minha boca para perguntar por que o Padre Peter escolheria um lugar fora do prédio, mas aí percebo que o auditório não pode ser usado para esta ocasião. As luzes não estão funcionando. Nem os projetores. Nada está funcionando.

    Parece que nãos de aço estão segurando minha garganta, a apertando até que minhas próprias luzes também brilhem. Balanço a cabeça e respiro fundo para perguntar à Arlinda que horas são, mas as duas Madres do convento já foram para o próximo dormitório. O relógio em minha cabeceira também não está funcionando – é elétrico. Santo Deus, o que vamos fazer? Como vamos sobreviver? O que vai impedir as Sirenes de nadar até a terra e comer a todos, agora que a luz se foi? Minhas mãos tremem enquanto puxo Grenna pelo corredor e escada abaixo. Não tenho tempo para procurar Aska. Eu a encontro lá fora.

    Felizmente, há uma lua cheia clara como cera hoje, então o gramado está banhado por uma luz prateada pálida. Os raios do luar iluminam os rostos assustados das Virgens de Brandan, os pintando com sombras gritantes. Viro minha cabeça para os lados, mas não vejo Aska. Ninguém foi até o sótão para alertá-la? Ótimo. Agora é mesmo a hora de serem mesquinhas e maldosas. Às vezes, eu realmente não entendo minhas colegas Virgens ou a mentalidade dos líderes deste lugar.

    - Espere aqui. – digo à Grenna, levando-a para o banco debaixo da pereira antes de correr de volta para dentro. Em minha corrida escada acima, quase tropeço, mas recupero meu equilíbrio pouco antes de aterrissar desengonçada no segundo andar. Outro lance de escadas e estou de frente para sua porta.

    - Aska! – grito, batendo na madeira com meu punho. – Acorde! – espero por alguns segundos, então abro a porta e entro para tirá-la da cama eu mesma.

    Minha respiração para em meus pulmões quando vejo que a cama está vazia. Ela não está aqui.

    Eu não a impedi afinal.

    - Droga! – xingo, fechando os punhos. Temi que isso aconteceria, mas anda estou perplexa com minha descoberta. Como ela conseguiu sair? Me certifiquei de que o Padre Peter trancasse a propriedade esta noite para que ela não conseguisse sair e dar minhas chaves a Royce, pelo menos. É certeza que ela não pode ter passado pela janela? As outras chaves em meu chaveiro só dão acesso ao Olho que Tudo Vê e à casa da minha família, então não tiveram nenhuma utilidade para ela.

    Um arrepio desce pela minha espinha quando considero a única outra possibilidade que sobrou neste ponto além de Aska criar asas e sair voando pela janela. Alguém – alguma outra pessoa neste convento deve ter aberto a porta para ela, permitindo que ela se juntasse a Royce Bolton para executar seus planos malucos.

    É quando um arrepio ainda mais forte faz meu corpo inteiro tremer. Não faço ideia do que Aska se meteu ou com que tipo de pessoas ela se misturou, mas sei uma coisa. Deve haver uma conexão entre a chave da Torre terminando nas mãos erradas e o Fogo de Brandan deixando esta ilha. Aska deve ter ido lá e ofendido os sacerdotes de alguma maneira, apesar de suas garantias para mim. Ofendeu nossa Luz Sagrada.

    Minha mente está agitada enquanto desço as escadas de novo, minha missão não cumprida em mais maneiras do que uma.

    - Onde está Aska? – Grenna me pergunta baixinho quando me sento perto dela. – Pensei que estava indo buscá-la.

    - Como se você ligasse. – respondo irritada. – Você nem gosta dela.

    - Eu...bem, eu... – Grenna parece ter perdido o rumo. – Então onde ela está? – ela termina sem jeito.

    - Não faço ideia. - resmungo, com raiva do mundo todo. – Ela não estava no quarto.

    Um silêncio cai sobre a multidão reunida de garotas do templo quando Madre Henrietta e Padre Peter emergem da porta da frente e marcham para o pequeno quadrilátero de cascalho no meio do jardim do convento. Henrietta parece muito pálida e Padre Peter parece ainda mais austero do que o normal. O homem alto, de cabelos grisalhos para e se vira para nos encarar.

    - Não há uma maneira fácil de dizer isso. – ele diz com a voz calma e solene. Ainda assim, suas palavras parecem esmagar meus tímpanos. Eu sei o que ele vai dizer. Vai dizer que nossa civilização será mergulhada em desespero agora que o Fogo de Brandan se foi. E é tudo por causa de um dos Boltons colocando suas mãos grudentas em minhas chaves, mas o padre não sabe disso. Pelo menos não ainda.

    No entanto, suas próximas palavras me provam o contrário. Não sei de nada mesmo.

    - Prenderam Aska esta noite. Ela ficará detida e julgada por acusações de alta traição.

    O mundo em minha volta dá uma parada brusca.

    - Ela e outros quatro são culpados de roubar o Fogo de Brandan da Torre de Brandaris. – a voz dele continua antes que todo o grupo de servos do templo exploda em uma verdadeira desarmonia de gritos, lamentos, perguntas, e suspiros de descrença. Não sei o que estou fazendo – talvez esteja fazendo tudo isso. Todo o senso de calma me deixou.

    Alta traição. Traição. Aska não sairá viva da cadeia.

    E eu sou sua suposta melhor amiga, que a denunciou às autoridades.

    A verdade tira o ar de meus pulmões e me joga no chão, onde sento em meus joelhos tentando desesperadamente não vomitar. Eu queria conseguir vomitar e me livrar da causa do enjoo em meu estômago, mas não consigo. O ato foi feito, e os ponteiros do relógio segue em frente, implacavelmente se movendo para um futuro onde sei que terei perdido tudo – minha amizade e minha vida confortável como Angla. Mas agora, não me preocupo mais com o fim da minha vida como a conheço. Tudo com o que me preocupo é a garota que eu queria proteger, a garota que amo, apodrecendo em uma cela da prisão até que a tirarem de lá para servir de exemplo.

    Tudo por minha causa.

    3  – Dani

    -Omme?

    O filho do Skelta se levanta de sua posição agachada na areia. Silenciosamente, ele fica de pé na praia, se banhando na luz da lua, com a cabeça ligeiramente inclinada. Escutar com atenção algo que não consigo ouvir.

    - O que ele está fazendo? – sussurro para Alke, que está sentado à minha direita.

    - Bem, é o Omme. Aposto que ele pode sentir o que está acontecendo. – ele responde.

    O filho do líder Skylgiano não e só um renegado normal – ele também tem o dom da Segunda Visão. Omme pode ver coisas que nós não podemos. Ele sempre sabe quando uma tempestade está vindo ou quando os Nixens estão se aproximando de nossas praias. Ele é como nosso próprio sistema de alarme com pernas. Supera aquele sistema de sirene chique dos Correntes em qualquer dia.

    Omme se virar para nos olhar. Na luz da lua, seu rosto parece pálido e estático ao mesmo tempo.

    - Funcionou. – ele sussurra. – O Fogo se foi. A Luz foi devolvida ao reino abaixo do mar.

    - Sério? – Alke e eu gritamos ao mesmo tempo. Por alguns segundos, todos ficamos lá olhando uns para os outros com os rostos desnorteados.  É muito para assimilar e processar de uma vez.

    Uma era veio o fim. O Domínio dos Correntes acabou. E uma vez que Tesla e sua comitiva chegarem aqui, seremos nós nos beneficiando da eletricidade. Como Sytse prometeu.

    - Freda e Fosta! Nós conseguimos! – grito finalmente, dando um soco no ar. Sei que é brega, mas esta noite, eu posso. Esta noite, nós provamos que os membros da resistência não estavam apenas perseguindo um sonho impossível.

    - Uhuuu! – Alke, se junta a nós, segurando minha mão e me puxando para uma dancinha para cima e para baixo da pequena praia. Omme dá um sorriso largo

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