Marília de Dirceu
()
Sobre este e-book
Relacionado a Marília de Dirceu
Ebooks relacionados
Marilia de Dirceo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA alma nova (Anotado) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO mar que nunca dorme - poemas escolhidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLyra da Mocidade Primeiros Versos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Alma Nova Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNegro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumorísticos e Irônicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Primaveras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVersejos E Outras Sertaníces Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Alma Nova Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCantos Religiosos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNoturnas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIracema Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNocturnos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA grande esmola e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFlores do Campo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara ela: a natureza pede Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSalmos do prisioneiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObras posthumas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCharneca em Flor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClaridades do sul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClepsidra Por Camilo Pessanha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs visões de Santa Tereza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas a Ana: Quarta Edição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIracema: Conteúdo adicional! Perguntas de vestibular Nota: 3 de 5 estrelas3/57 Melhores Contos - Escritoras Brasileiras e Portuguesas - Volume 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasKojak Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Da Minha Alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVersos de Bulhão Pato Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMomentos que contam Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Marília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Marília de Dirceu
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Marília de Dirceu - Tomás Antônio Gonzaga
Esta é uma publicação Principis, selo exclusivo da Ciranda Cultural
© 2023 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Elaborado por Lucio Feitosa - CRB-8/8803
Índice para catálogo sistemático:
1. Poesia 869.91
2. Poesia 821.134(81)-34
Versão digital publicada em 2023
www.cirandacultural.com.br
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada ou encapada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.
Esta obra reproduz costumes e comportamentos da época em que foi escrita.
Sumário
Parte I
Lira I
Lira II
Lira III
Lira IV
Lira V
Lira VI
Lira VII
Lira VIII
Lira IX
Lira X
Lira XI
Lira XII
Lira XIII
Lira XIV
Lira XV
Lira XVI
Lira XVII
Lira XVIII
Lira XIX
Lira XX
Lira XXI
Lira XXII
Lira XXIII
Lira XXIV
Lira XXV
Lira XXVI
Lira XXVII
Lira XXVIII
Lira XXIX
Lira XXX
Lira XXXI
Lira XXXII
Lira XXXIII
Parte II
Lira I
Lira II
Lira III
Lira IV
Lira V
Lira VI
Lira VII
Lira VIII
Lira IX
Lira X
Lira XI
Lira XII
Lira XIII
Lira XIV
Lira XV
Lira XVI
Lira XVII
Lira XVIII
Lira XIX
Lira XX
Lira XXI
Lira XXII
Lira XXIII
Lira XXIV
Lira XXV
Lira XXVI
Lira XXVII
Lira XXVIII
Lira XXIX
Lira XXX
Lira XXXI
Lira XXXII
Lira XXXIII
Lira XXXIV
Lira XXXV
Lira XXXVI
Lira XXXVII
Lira XXXVIII
Parte III
Lira I
Lira II
Lira III
Lira IV
Lira V
Lira VI
Lira VII
Lira VIII
Sonetos
Parte I
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder do meu cajado:
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Mas tendo tantos dotes da ventura,
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que o teu afeto me segura,
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Leve-me a sementeira muito embora
O rio sobre os campos levantado:
Acabe, acabe a peste matadora,
Sem deixar uma rês, o nédio gado.
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta;
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Ali descansarei a quente sesta,
Dormindo um leve sono em teu regaço:
Enquanto a luta jogam os Pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Depois que nos ferir a mão da Morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os Pastores:
"Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos, que nos deram estes.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Lira II
Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor, ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão.
Porém eu, Marília, nego,
Que assim seja Amor; pois ele
Nem é moço, nem é cego,
Nem setas, nem asas tem.
Ora pois, eu vou formar-lhe
Um retrato mais perfeito,
Que ele já feriu meu peito;
Por isso o conheço bem.
Os seus compridos cabelos,
Que sobre as costas ondeiam,
São que os de Apolo mais belos;
Mas de loura cor não são.
Têm a cor da negra noite;
E com o branco do rosto
Fazem, Marília, um composto
Da mais formosa união.
Tem redonda, e lisa testa,
Arqueadas sobrancelhas;
A voz meiga, a vista honesta,
E seus olhos são uns sóis.
Aqui vence Amor ao Céu,
Que no dia luminoso
O Céu tem um Sol formoso,
E o travesso Amor tem dois.
Na sua face mimosa,
Marília, estão misturadas
Purpúreas folhas de rosa,
Brancas folhas de jasmim.
Dos rubins mais preciosos
Os seus beiços são formados;
Os seus dentes delicados
São pedaços de marfim.
Mal vi seu rosto perfeito
Dei logo um suspiro, e ele
Conheceu haver-me feito
Estrago no coração.
Punha em mim os olhos, quando
Entendia eu não olhava:
Vendo que o via, baixava
A modesta vista ao chão.
Chamei-lhe um dia