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A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA
A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA
A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA
E-book255 páginas2 horas

A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA

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Sobre este e-book

Este livro tem como base teórica e operativa, a dimensão de Cuidado, proposta por Leonardo Boff, a posição educativa, de Libertação, conforme Paulo Freire, e de Educação Estética do Ser Planetário, conforme Ernesto Jacob Keim. Essa abordagem teórica direciona-se para uma educação que priorize a dignidade da vida, amparada na leitura de mundo e na consciência da integridade planetária. Ele aponta que a vida se manifesta como interação, com base na cooperação e partilha, referenciada nas interações humanas, junto aos locais planetários, onde vivemos e compartilhamos espaços e tempos como interação social, que envolve a subjetividade humana, conforme Félix Guattari. A obra aponta que a vida, como processo que se desenvolve por meio de Metamorfoses, permeadas por Cuidado, ampara-se nos pressupostos da Fenomenologia do Ser Planetário. As metamorfoses são mudanças sem retorno, e o Cuidado, como palavra-conceito ecopedagógico, pressupõe a leitura de mundo como responsabilização na libertação, emancipação e autonomia, margiada por processo interdisciplinar.
Os doze livros dessa coleção são decorrentes das pesquisas por mim orientadas no programa de mestrado profissional de Ensino das Ciências Ambientais (PROFCIAMB-UFPR), e na graduação em Artes e Gestão Ambiental, de 2016 a 2022. Esta coleção incorpora a concepção de emancipação, a partir da expressão germânica Mündiglichtkeit, a qual, em tradução literal, significa alcançar maturidade luminosa. Emancipação que aponta para educação como libertação, e para a Ecopedagogia como plataforma conceitual colaborativa de consciência crítica e anticolonial, a favor da vida com dignidade, no complexo cenário planetário.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jan. de 2024
ISBN9786586882827
A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA

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    A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA - Vanderli Nogueira de Moura

    capa do livro

    Sumário

    FICHA CATALOGRÁFICA

    CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA

    COLEÇÃO – EMANCIPAÇÃO: CONSCIÊNCIA, METAMORFOSE E VIDA

    DEDICATÓRIA

    CARTA DO COORDENADOR DA COLEÇÃO

    PREFÁCIO

    1 | INTRODUÇÃO

    2 | INTERAÇÃO E VIDA PLANETÁRIA

    3 | EDUCAÇÃO E VIDA COM DIGNIDADE: A PEDAGOGIA DO CUIDADO

    4 | AUTONOMIA E LIBERTAÇÃO NA PEDAGOGIA DO CUIDADO

    5 | EMANCIPAÇÃO E CUIDADO NA HISTÓRIA DE VIDA ESCOLAR

    POSFÁCIO

    A AUTORA

    SUMÁRIO

    FICHA CATALOGRÁFICA

    CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA

    COLEÇÃO – EMANCIPAÇÃO: CONSCIÊNCIA, METAMORFOSE E VIDA

    DEDICATÓRIA

    CARTA DO COORDENADOR DA COLEÇÃO

    PREFÁCIO

    1 | INTRODUÇÃO

    2 | INTERAÇÃO E VIDA PLANETÁRIA

    3 | EDUCAÇÃO E VIDA COM DIGNIDADE: A PEDAGOGIA DO CUIDADO

    4 | AUTONOMIA E LIBERTAÇÃO NA PEDAGOGIA DO CUIDADO

    5 | EMANCIPAÇÃO E CUIDADO NA HISTÓRIA DE VIDA ESCOLAR

    POSFÁCIO

    A AUTORA

    Landmarks

    Table of Contents

    Vanderli Nogueira de Moura

    A PEDAGOGIA DO CUIDADO COMO INTERAÇÃO ECOPEDAGÓGICA

    São Paulo | Brasil | Dezembro 2023

    1ª Edição Epub

    Big Time Editora Ltda.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP 08235-010

    Fones: (11) 98845-3173

    Email: editorial@bigtimeeditora.com.br

    Site: bigtimeeditora.com.br

    APOIO

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    Ficha Catalográfica

    Ficha Técnica

    Editor: Antonio Marcos Cavalheiro

    Diagramação: Pedro Monte Cavalheiro

    Capa: Antonio Marcos Cavalheiro

    Ilustração da Capa / (Mandala): Professor Pedro Gomes Filho

    Revisão: Eduardo Leal da Cruz e Moura

    Produção Editorial: Big Time Editora

    Obs.: A mandala presente na capa é uma forma estilizada de interação dos 12 temas tratados nesta coleção. Representa 12 mãos que interagem e refletem saberes trans e intereducacionais, que tratam da natureza da vida em permanente movimento de expansão e metamorfose. É movimento É movimento que integra e propaga vida com dignidade na superação da barbárie.

    CONSELHO EDITORIAL BIG TIME EDITORA/BT ACADÊMICA:

    PROF. ANTONIO MARCOS CAVALHEIRO – (Editor)

    Graduado em Letras pela Universidade Nove de Julho – Uninove. Editor de livros Acadêmicos e Literários. Escritor. Professor de Língua Portuguesa da Rede Pública Estadual de São Paulo.

    PRESIDENTE

    PROF. DR. JOSÉ EUSTÁQUIO ROMÃO Graduado em História, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 1970 e Doutor em Educação, pela Universidade de São Paulo (USP), em 1996. Diretor Fundador do Instituto Paulo Freire do Brasil. Secretário Geral do Conselho Mundial dos Institutos Paulo Freire.

    MEMBROS

    PROF. DR. AFONSO CELSO SCOCUGLIA – Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pós-Doutorado em Ciências da Educação (Université de Lyon, França, 2009) e Pós-Doutorado em História e Filosofia da Educação (Unicamp, 2010).

    PROF. DR. CASEMIRO MEDEIROS DE CAMPOS Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2013).

    PROF. DR. CÉLIO DA CUNHA – Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1987). Pós-doutoramento na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia(Lisboa).

    PROF. DR. DANTE CASTILLO – Chileno, sociólogo. Académico de la Facultad de humanidades de la Univesidad de Santiago de Chile. Investigador de la Unidad de Recherche de I’École Doctorale (ICAR-UMR5191) de la Université Lumière II, Francia.

    PROF. DR. JASON FERREIRA MAFRA – Doutor (2007) e mestre (2001) em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Graduado e licenciado em História pela Unisal.

    PROFA. DRA. MARTHA APARECIDA SANTANA MARCONDES – Doutora em Educação pela Universidade do Minho/Portugal (2004), validado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    PROF. DR. MAURÍCIO PEDRO DA SILVA – Doutor em Letras Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2001). Pós-Doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2005).

    PROF. DR. REMI CASTIONI – Graduado (Bacharelado) em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul (1991) e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002).

    MAGALI SERAVALLI ROMBOLI – ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – Graduação em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, pela Faculdade Cásper Líbero (1986).

    COLEÇÃO – EMANCIPAÇÃO:

    CONSCIÊNCIA, METAMORFOSE E VIDA

    COORDENADOR: Prof. Dr. Ernesto Jacob Keim

    1. Flor da Emancipação e os Mundos Diferenciados.

    Mara Zilda Machado do Rozário

    2. Emancipação da Vida e Barbárie no Contexto Ambiental.

    Fernanda Oliveira Campiolo

    3. Motricidade Humana e a Emancipação a Favor da Vida: A Teoria de uma Prática na Ecopedagogia

    Reard Michel dos Santos

    4. Pertencimento Planetário na Educação e Emancipação a Favor da Vida.

    Marilda Ferreira de Almeida Caldas

    5. Da Fonte da Gamboa à Água Encanada em Paranaguá: uma história de humanização.

    Cybele Aparecida Santos de Oliveira

    6. Comunicação e Humanização como Superação da Barbárie.

    Silvia Regina de Souza

    7. Educação, Paradoxos e Metamorfoses: Plantas Medicinais na Escola.

    Alan Carter Kullack

    8. Educação e Representações e a Fenomenologia Schiller-Goethiana.

    Evelyn Ribeiro Silva

    9. Metamorfoses e Pertencimento Ambiental.

    Vanessa Kely Santos de Lima

    10. A Pedagogia do Cuidado como Interação Ecopedagógica.

    Vanderli Nogueira de Moura

    11. Arte e Vida com Mandalas.

    Pedro Gomes Filho

    12. Horta Urbana com Ação Agroecológica e Ecopedagógica.

    Joyce Niagla Paulino

    DEDICATÓRIA

    "Tempo, tempo, tempo compositor de destinos...

    Compreendendo a vida como processo de encontros e desencontros coube a mim escolher entre permanecer ou desistir, parar ou seguir, lembrar ou esquecer...

    Sem chance para retornar, recomecei e recomeçando, impulsionada a prosseguir, mudanças vieram...

    As metamorfoses e os desencontros, redirecionaram o meu percurso nesse processo chamado vida.

    E mais uma vez, a vida me convida a caminhar...

    Este livro é dedicado com gratidão às minhas filhas, Leticia e Fernanda, que me ensinaram o real significado da vida. Em especial ao coordenador da coleção, Prof. Dr. Ernesto Jacob Keim, que me incentivou a nunca desistir dos meus sonhos.

    Gratidão à Vida por esses encontros de almas...

    Tempo, tempo, tempo és um dos deuses mais lindos."

    CARTA DO COORDENADOR DA COLEÇÃO

    Prof. Dr. Ernesto Jacob Keim

    [1]

    Os doze livros virtuais, dessa coleção são decorrentes das atividades de pesquisa, no programa de mestrado profissional de Ensino das Ciências Ambientais, (PROFCIAMB), Universidade Federal do Paraná-Litoral e na graduação em Artes e Gestão Ambiental, desenvolvidos sob minha orientação, junto à UFPR de 2016 a 2022.

    Esta coleção incorpora propostas que constituem a concepção de emancipação, a partir da expressão germânica Mündiglichtkeit, a qual, em tradução literal, significa alcançar maturidade luminosa. Esta concepção ganha espaço no debate de educação e libertação, e também no encaminhamento do que trata a Ecopedagogia, como plataforma conceitual de consciência crítica e anticolonial, a favor da vida com dignidade.

    A emancipação como maturidade luminosa se ampara em pressupostos cooperativos, ao ser colocada como contraponto ao sistema individualista e competitivo vigente em diferentes contextos escolares, e constituintes da sociedade contemporânea. É uma posição amparada na perspectiva interativa, com os inúmeros elementos materiais, imateriais e amateriais, que constituem o complexo cenário planetário.

    Nesse contexto, a vida se desenvolve como proposta sintonizada com Beleza e Dignidade, que aponta para o Sublime conforme propõe Friedrich Schiller (KEIM, 2023), e que sustenta a dinâmica de metamorfose proposta por Johann Wolfgang von Goethe, inserida na proposição da Fenomenologia Schiller-Goethiana e Fenomenologia do Ser Planetário (KEIM, 2022 apr. 1.0 e apr 3.2).

    Esse cenário planetário em permanente mudança se caracteriza como interação, da ecologia como complexo material e energético, com a sociedade e sua especificidade organizativa e com a subjetividade humana, conforme aponta Felix Guattari (1997).

    Assim a emancipação a favor da vida se apresenta, dentre outros aspectos, como síntese de postura e abordagem permeada por responsabilidade cooperativa, manifesta por ações humanas que envolvem aspectos referentes ao lugar planetário que ocupam.

    Com estes atributos a educação manifesta nos textos desta coleção, estão organizados como propostas pedagógico-didáticas, na qual, ela, a educação, apresenta-se como processo gerador de tenções/tensões. Sim, tenções, com ‘ç’, como processo que desencadeia intenções e propósitos, e tensões, com ‘s’, que representam inquietações e desafios. A referência à tenções/tensões se caracteriza como propósito que tende a promover uma consciência crítica, coerente com a vida planetária.

    É portanto, uma coleção de livros/propostas, que estimula adoção de alternativas, que remetem à humanização, como interação entre a consciência do local em que as pessoas atuam (meio ambiente), e as complexas manifestações próprias da dimensão de sociedade e natureza humana, carregadas de objetividades e subjetividades, as quais caracterizam processo em permanente transitividade, apresentada nestas obras com a expressão ecorreorganização. (KEIM, 2011).

    Espera-se, assim, que o estimado leitor/docente/pesquisador, sinta-se envolvido pelos propósitos humanizadores de esperança e autonomia, permeados por beleza e dignidade. Esses propósitos se configuram com o desenvolvimento de concepções teóricas e interações operativas, pelas quais a condição de dignidade e emancipação como maturidade luminosa, sejam uma tônica relevante, que proporcione caminhos que estimulem caminhantes, orientando-os para a liberdade.

    Liberdade, como consciência e responsabilidade das ações, de forma a favorecer a vida como bem maior da existência planetária. É processo que implementa e integra as mentes e vitaliza os corpos. Mentes e corpos integrados e vitalizados, de forma a alargar caminhos a favor da dignidade e do sublime, como nos aponta a Fenomenologia Schiller-Goethiana..

    Esses argumentos apontam a vida como processo simultaneamente singular e plural, amparado em utopias e ideologias. Utopias e ideologias que desafiam cada pessoa a agir como mediador, frente aos propósitos políticos que marcam o contexto coletivo.

    Propósitos políticos, que remetem à consciência crítica, inerente aos debates e responsabilizações, que decorrem das forças e poderes a que as pessoas estão sujeitadas, e com as quais exercem suas ações e interações ambientais e sociais.

    Utopias que compreendem posição de resistência e enfrentamento, ao que desumaniza e promove tirania, opressão e barbárie. A interação, política e utopia, sustenta-se na forma como os textos propõem posturas e responsabilidades, amparadas em virtudes que priorizam a vida com dignidade.

    Assim, a dimensão política e ideológica da coleção remete à condição de reconhecer que viver, implica em responsabilidades amparadas em virtudes que promovem humanização, na complexidade dos sistemas vitais. Nessa perspectiva os textos pretendem estimular cada leitor a buscar na história social da qual é protagonista e/ou figurante, as situações e possibilidades, com as quais, cada um, no seu coletivo, reconhece-se dotado das prerrogativas ontológicas, inerentes à condição de ser com liberdade e autonomia, capacitado a ler o mundo como nos estimula Paulo Freire.

    Esta proposição freiriana revitaliza a concepção de Sustentabilidade, como processo que valoriza e prima pelas condições planetárias, amparadas no ideal pautado por Chico Mendes ao propagar essa expressão como referencial de interação do potencial vital planetário e as necessidades vitais dos humanos.

    Assim, sustentabilidade é compreendida como processo focado na cooperação, na beleza e na liberdade, e nessas obras pretende-se argumentar que a vida se manifesta como sucessivas e concomitantes metamorfoses amparadas em liberdade e autonomia, valorizando aspectos que se mostrem inusitados e surpreendentes.

    Essa posição alerta para a interação com a cultura de massa, direcionada por ideologias, que anestesiam e adestram, corpos e mentes que se iludem, na perspectiva de serem alçados à posição de protagonistas, no cenário da vida competitiva a que estão sujeitados e muitas vezes marginalizados. Neste contexto de alienação, temos um processo que se configura como farsa, com real potencial de se constituir em tragédia. Tragédia de vida iludida, por sucessos e vanguardas efêmeras e inconsistentes.

    Vanguardas efêmeras e inconsistentes amparadas em alienação coletiva, que se configura como algo próximo a uma condição de auto escravidão. É uma condição que submete as pessoas a contexto altamente competitivo e individualista, amparada em processos que promovem dinâmica neocolonialista.

    Essa dinâmica se mantém, graças a um baixo nível de consciência crítica da realidade. Essa falta de consciência crítica possibilita que a exploração seja naturalizada, gerando conformismo e aceitação alienada.

    Essa alienação, impede a percepção de que as pessoas estão imersas, em uma ilusão de regularidade. Ilusão que situa cada um em um requintado sistema subliminar e solitário, que a sujeita a uma vida amorfa, com relacionamentos aparentes, nos quais a felicidade e a satisfação, caracterizam-se como metáforas e metonímias de dignidade e liberdade, amparadas em consumo efêmero e relações aparentes, com discurso repetitivo e inconsistente.

    A educação, nessa perspectiva, pode promover vida com dignidade, ao possibilitar que as pessoas sejam capazes de ler seu cotidiano, com a compreensão de estarem interagindo com todos os elementos constituintes do mundo no qual estão imersas. A libertação ocorre na medida em que elas conseguem ler os textos escritos, compreendendo-os como portadores de sentidos e direções ideológicas e utópicas. Essa leitura consistente, segundo Paulo Freire vem da capacidade que as pessoas têm de ler o mundo antes de ler as palavras escritas, pois assim as palavras escritas se enchem de sentido vivencial.

    Para lidar com esses desafios, a reação está em qualificar o humano, como agente que pretende ampliar sua humanização. A subjetividade inerente a esse desafio, evoca para ações que refinem a condição de ser pertencente ao mundo que busca beleza, saúde e bem estar, acima das aparências e também da ilusão gerada pelo consumo alienado.

    Humanizar implica em viver de forma a mediar racionalidade, beleza e emancipação, como propõem a Fenomenologia do Ser Planetário. Ela integra razão, beleza e emancipação, como uma tríade, que organiza uma circularidade espiral, que alimenta ampliações e retrações. Esse movimento, como dinâmica vital, mostra-se caótica, infinita e eterna, e aberta como processo inconcluso, incompleto e inacabado.

    O processo de humanização conforme a Fenomenologia do Ser Planetário, apresenta-se como metamorfose, que se constitui como movimentos de mudança efetiva que não retorna à condição anterior, como por exemplo, (uma borboleta jamais retorna à condição de lagarta.

    O que sustenta a aparência e a ilusão a que nos referimos, apoia-se em sofisticados sistemas investigativos e avaliativos, que servem em última medida, para supervalorizar escores competitivos, sem destacar que em toda competição tem um que ganha e os demais são perdedores. Esta evidência remete à buscar argumentos propositivos.

    Argumentos propositivos que enunciem possibilidades de liberdade e libertação como evidências a favor da qualidade social do coletivo de humanos, integrados a processos de convivência próprios do cotidiano de cada um, de forma a interagir consciente

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