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Obesidade: O que Nunca te Contaram
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Obesidade: O que Nunca te Contaram
E-book82 páginas40 minutos

Obesidade: O que Nunca te Contaram

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Sobre este e-book

A ideia de que um corpo saudável e bonito é um corpo magro e definido foi "comprada" pela mídia e pela moda, vivendo o indivíduo obeso, muitas vezes, uma situação de marginalização social. Na busca do padrão estético aceitável, muitas pessoas adoecem, física e psicologicamente, tornando-se alarmante o número de indivíduos com distúrbios de percepção de autoimagem e transtornos alimentares. Na procura incessante pela plena satisfação corporal, em conquistar a imagem e semelhança do outro como premissa fundamental do que é ideal, bonito e aceito, o emagrecimento virou questão estética e a busca pela saúde tem ficado em segundo plano.
Este livro explica questões importantes sobre a obesidade, em relação aos fatores que ocasionam seu aparecimento, ao verdadeiro objetivo do tratamento, possibilita a construção de bons hábitos de forma consciente e sem neuroses, além de abordar o empoderamento e os tabus relacionados à problemática.. Mais que qualquer coisa, este livro mostra que beleza não tem relação com peso medido em balança nem tampouco o tratamento da obesidade tem por objetivo alcançar a magreza, por mais contraditório que possa parecer.
Você está preparado para mudar sua forma de pensar?
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento26 de abr. de 2024
ISBN9786525476285
Obesidade: O que Nunca te Contaram

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    Obesidade - Maíra Nóbrega

    O corpo da vez

    A história do corpo é a história dos discursos que o envolvem e o perpassam, assim como a percepção do belo nem sempre foi a mesma no decorrer dos séculos, visto que os padrões de beleza sempre foram ditados pela sociedade de cada época, sendo as mulheres, principalmente, propensas a segui-los para assim sentirem-se mais valorizadas.

    Após a Segunda Guerra Mundial, entre 1960 e 1970, o corpo tornou-se personificação de uma manifestação política e social. Ele representava o protesto contra o legado de preceitos e opressões socioculturais do passado. Tornava-se, naquele momento, instrumento de reivindicação. Nas ruas, as mulheres gritavam ser donas dos seus corpos, reivindicando o direito ao aborto, à liberdade sexual e ao controle corporal, identificando neles a promessa política de uma liberação.

    Se por um lado o desnudamento do corpo, colocado em evidência nas telas, palcos e redes sociais, acentuou o cuidado sobre ele, por outro, abriu espaço para um maior controle e opressão dele. As perspectivas diante do corpo ideal ou corpo da vez cada dia estão mais inseridas na vida das pessoas, principalmente porque a tecnologia que tanto nos aproxima permite que os indivíduos possam interagir mais e até mesmo acompanhar a vida e o cotidiano uns dos outros, com interações instantâneas que muitas vezes transmitem uma imagem de vida perfeita e de corpo perfeito, que passa a ser entendido como tendência, ditado por um mercado estético bilionário.

    Na sociedade de consumo, percebemos que o corpo se tornou produto, o qual existe variadas maneiras de consumi-lo, comprá-lo ou vendê-lo. Ele é submetido a um paradoxo em sua realidade, pois percebemos por parte da sociedade um culto ao corpo, assim também como um desprezo, quando foge aos padrões ideais estabelecidos.

    O corpo da vez, expressão utilizada para designar a tendência corporal que está em voga, é apresentado ao grande público através da mídia massiva por meio de celebridades que utilizam e abusam dos avanços do mercado da estética corporal, além de, muitas vezes, meios não saudáveis. Um padrão imposto, algo a ser seguido, admirado e acima de tudo desejado.

    O corpo passou a ter significados que ultrapassam a sua materialidade. Ter um corpo condizente com os valores em voga, parâmetros esses baseados nos grupos sociais a que pertencemos ou pretendemos pertencer, se caracteriza como autossuperação, ou até mesmo autorrealização, significando, para muitos, a própria aceitação social e a felicidade.

    A ideia de que um corpo saudável e bonito, o corpo da vez do momento, é um corpo magro, sarado e definido foi comprada pela mídia e pela moda. Os respingos desse pseudo-saber formaram uma rede composta por uma série de outros discursos e várias práticas sociais. É por isso que nos séculos XX e início do XXI vimos o auge do corpo da moda: as famosas dietas exageradas, o início dos programas de controle do peso nas revistas, na tevê e nas redes sociais, uso de anabolizantes, excesso de procedimentos estéticos, modelos extremamente magras na passarela e em fotos, atrizes e mais recentemente blogueiras com corpos musculosos esculpidos. E na busca do padrão estético aceitável muitas pessoas adoecem, física e psicologicamente, tornando-se alarmante o número de pessoas com distúrbios de percepção de autoimagem e transtornos alimentares.

    Na procura incessante pela plena satisfação corporal, em conquistar a imagem e semelhança do outro como premissa fundamental do que é ideal, bonito e aceito,

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