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21 dias para uma vida low carb: Assuma de vez o controle do seu peso sem passar fome e sem se preocupar com calorias
21 dias para uma vida low carb: Assuma de vez o controle do seu peso sem passar fome e sem se preocupar com calorias
21 dias para uma vida low carb: Assuma de vez o controle do seu peso sem passar fome e sem se preocupar com calorias
E-book260 páginas4 horas

21 dias para uma vida low carb: Assuma de vez o controle do seu peso sem passar fome e sem se preocupar com calorias

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Sobre este e-book

Como encontrar um caminho eficiente que acabe com o vai e vem do peso e aumente a minha autoestima?
Nos deparamos com essa pergunta incontáveis vezes. São tantas dietas, promessas e, principalmente, frustrações, que encontrar um caminho saudável e com resultados duradouros, sem que você precise passar fome, parece algo difícil demais.
Pois é justamente para acabar com essa angústia e lhe entregar uma verdadeira solução que Mariana Montezzana lança 21 dias para uma vida low carb. Com uma alimentação baseada no baixo consumo de carboidratos e alto consumo de comida de verdade, a autora traz para você uma estratégia eficiente para o controle do peso e cuidados com a saúde no longo prazo.
Mariana Montezzana apresenta um novo estilo de vida, no qual você:
•Descobrirá como funciona a alimentação low carb na prática e qual a diferença entre outras dietas;
•Começará uma nova relação com a comida de verdade, com muito sabor e saciedade;
•Verá cair por terra uma série de mitos que nos contaram sobre a alimentação;
•Aprenderá a manter esse estilo vida mesmo num mundo cercado por carboidratos;
•Cuidará do seu emagrecimento no longo prazo;
•Melhorará a relação com seu corpo e sua autoestima.

Este livro vai lhe ajudar a montar um plano de 21 dias para dar o pontapé inicial nesse estilo de vida para emagrecer e nunca mais perder o controle do seu peso!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de set. de 2018
ISBN9788545202264
21 dias para uma vida low carb: Assuma de vez o controle do seu peso sem passar fome e sem se preocupar com calorias

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    Vale muito a pena ler! Estou muito motivada, muito obrigada.
  • Nota: 5 de 5 estrelas
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    O site da Mariana Montezzana ajudou muito na minha perda de mais de 40kg com a Low Carb ali por volta de 20013/14.
    O livro é bem voltado para quem está começando a pesquisar sobre o estilo de vida, porém tem dicas muito boas para quem já é experiente na prática de cortar carboidratos. Aliás, numa conjuntura em que os rótulos dos alimentos estão sempre tentando nos enganar, toda informação e coletivização dos conhecimentos é importante. Recomento tanto o livro quanto o site (vida low carb). E, como não poderia deixar de ser, também recomendo o genial livro "Por que Engordamos e o Que Fazer Para Evitar" do Gary Taubes, que mudou muitas vidas, inclusive a minha já que conheci a ciência por trás do emagrecimento através dele. Recomendo também os conteúdos do Dr. Souto (blog lowcarb-paleo), que ajuda muito a desfazer as bombas de fumaça que a indústria alimentícia vive soltando.

Pré-visualização do livro

21 dias para uma vida low carb - Mariana Montezzana

Introdução

Vivemos um momento de extremos em vários aspectos da sociedade, sendo um dos mais evidentes a na nossa relação com a comida. De um lado, abuso de alimentos processados e sedentarismo, do outro, a vida fit impecável, sem nunca faltar aos treinos, com uma alimentação perfeita, que é compartilhada com o mundo nas redes sociais. Viver entre esses extremos pode trazer ansiedade e a eterna sensação de que estamos fazendo tudo errado.

No início de 2012, comecei de forma intuitiva uma alimentação sem açúcar e sem farinha, buscando cortar calorias, e, a partir daí, descobri uma alimentação com menos carboidratos, que me fez perder 30 quilos comendo saudável, sem passar fome e sem contar as calorias de tudo, com espaço para algumas exceções conscientes.

Foi assim que minha vida toda mudou. A paixão por esse estilo de vida e a vontade de compartilhar o low carb com o resto do mundo me fizeram criar o site Vida Low Carb, que conta com milhões de acessos e é uma das principais referências quando o assunto é a dieta na prática do dia a dia. Meu propósito é entregar a visão de uma pessoa que já foi gorda e incorporou hábitos low carb para a vida, mesmo com a correria de trabalho, casa e filhos.

Existe um caminho entre os extremos; neste livro, mostro como pessoas comuns, como você e eu, podem criar uma realidade que permite manter o controle do peso e aproveitar a vida sem privações e sofrimento, construindo aos poucos o comer intuitivo e a autonomia necessária para não depender de dietas temporárias com cardápios prontos ou métodos complexos.

Nessa minha jornada com a alimentação low carb, ficou claro que estar saudável vai muito além de saber o que comer e o que evitar: é preciso aprender a lidar com as emoções sem usar a comida como válvula de escape, ter estratégias para se cuidar enquanto mantém uma vida social ou enquanto cozinha para a família toda, saber trabalhar nos hábitos e se preocupar em como manter o emagrecimento para a vida toda. É sobre criar um estilo de vida. Neste livro, abordo esses e outros temas tão essenciais para o seu sucesso no emagrecimento.

Boa leitura e sucesso na sua jornada rumo a uma vida saudável!

Mariana Montezzana

CAPÍTULO 1

ALGO ESTÁ ERRADO NO MUNDO DA ALIMENTAÇÃO

Alguma coisa está fora de ordem: segundo o Instituto Data Popular, o Brasil é o segundo país no mundo em número de academias.¹ Em outro levantamento da Euromonitor, aparecemos como o quinto maior mercado de produtos considerados saudáveis² (com menos gordura, menos açúcar, menos sódio, orgânicos e integrais).

Isso significa que as pessoas estão fazendo mais exercícios e seguindo as recomendações de comer menos gordura, aderindo a produtos diet e light. Esses números confirmam uma coisa bem clara para mim: a maioria das pessoas quer fazer o que é melhor para si a longo prazo, quer se cuidar.

Quando crianças, amamos coisas doces e nossos pais suam para nos fazer consumir vegetais. Na adolescência, acreditamos que vamos viver eternamente, então comemos tudo o que há pela frente – quase sempre salgadinhos, refrigerantes e doces – observe uma turma de adolescentes no supermercado e veja as compras que fazem em grupo. Nós também já fomos assim!

Quando viramos adultos, a ficha começa a cair. Ficamos mais expostos a casos de doenças ao nosso redor, nossos pais vão envelhecendo e começamos a perceber que precisamos fazer alguma coisa para avançar na vida com mais saúde. Ao mesmo tempo, percebemos que nosso corpo já não é mais o mesmo da adolescência: aparecem o cansaço, o estresse, a indisposição, o ganho de peso...

Começa aí nosso interesse por informações relacionadas à saúde. Como temos pouco tempo, compramos revistas, assistimos a programas matinais, escutamos especialistas no rádio, lemos artigos na internet.

Esses artigos dizem coma menos e exercite-se mais e dão dicas de como fazer isso. Falam dos novos lançamentos de lanchinhos light que cabem na bolsa, iogurtes que regulam o intestino e de suplementos e tratamentos que farão tudo acontecer mais rápido.

A gente tenta! Faz resoluções de ano-novo, planilhas no Excel, se matricula na academia, compra roupas de ginástica (e livros de dieta!), vai às compras... Agora vai!

No início, os resultados aparecem e você se sente muito bem com isso. Em algum momento no meio do caminho, os resultados, porém, vão minguando e você começa a querer comer um pouco mais.

Comer, poxa! Comer é tão bom. A gente que já trabalha tanto, merece! Comprar os ingredientes e preparar a comida é muito gostoso, e os churrascos com a turma são tão legais. Ninguém merece passar fome! Daí começa a ficar complicado controlar as calorias, você vai comendo um pouco a mais sem perceber e vai enforcando uns dias de academia. Você sente que as roupas estão apertando, mas fica evitando a balança até que resolve encarar a realidade: é hora de começar a tentar comer menos e se exercitar mais, de novo.

Agora, outro dado nada animador: em dez anos, o número de pessoas consideradas obesas cresceu 60% no país segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde.³

Mesmo que emagreça comendo menos, muita gente volta a engordar o peso que perdeu e acaba por concluir que nada, jamais, vai funcionar porque a pessoa simplesmente não consegue viver com fome por um espaço prolongado de tempo.

O que fica é um sentimento ruim, a associação da comida saudável com a fome, a privação e a frustração. Cuidar da alimentação e fazer exercícios viram sacrifícios. É difícil, chato e o pior de tudo: é uma prisão.

O que explica então esses dados tão contraditórios? Qual a razão para o crescimento dos números da obesidade, quando ao que tudo indica as pessoas estão se esforçando e preocupadas com uma alimentação saudável? Quais fatores contribuem para que a maioria das dietas não dê certo e para que a maioria das pessoas volte a engordar?

Eu tenho algumas pistas para explicar o fracasso das dietas:

A mentalidade da dieta com dia e hora para acabar

Em geral, quando nos dá a epifania eu preciso emagrecer!, a primeira solução é buscar um plano do que fazer (até aí tudo bem!) – e por muito tempo na vida eu recorri às revistas femininas para encontrar esse tal plano. Ia até a banca, escolhia a promessa mais atraente – Perca 3 quilos em sete dias com a dieta do chá de hibisco! – e comprava a revista.

Comprava também os ingredientes necessários para preparar o cardápio por sete dias. Nessa hora, já começava a dar errado: amanhã tenho que sair para trabalhar e preciso comer no refeitório da empresa, como faço?

Mesmo assim eu conseguia fazer a dieta da revista do meu jeito, perdia uns quilinhos, mas, depois do sétimo dia eu voltava a comer como antes e ainda com a mentalidade de que podia me conceder alguns luxos, uma vez que estava mais magra. Devagarinho eu ia retomando o peso, e engordando ainda mais.

Nesses anos à frente do site Vida Low Carb, recebi muitos contatos com variações da mesma pergunta: Ouvi falar que a dieta low carb funciona, mas, quando a gente para volta a engordar tudo e mais. É verdade?.

Eu sempre respondo: Sim, é verdade!. Só que não é verdade só para a dieta low carb, mas para qualquer mudança na dieta que você fizer apenas por alguns dias.

Voltar a comer do mesmo jeito que comia antes (e que fez você engordar o que gostaria de perder) seguramente vai fazer você voltar ao peso que tinha, mesmo que lentamente, até aparecer a próxima solução salva-vidas, como a dieta do hibisco.

Para reforçar esse ponto, vou resgatar no dicionário Michaelis o significado da palavra dieta:

Dieta – substantivo feminino. Med. 1. regime alimentar, esp. o prescrito pelo médico a um doente ou a um convalescente. 2. cota habitual de alimentos sólidos e líquidos que uma pessoa ingere.

Para a maioria de nós que não estamos doentes, vamos considerar o significado número 2: note o uso da palavra habitual. Agora o significado de hábito:

Hábito – substantivo masculino. 1. Inclinação por alguma ação, ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato. 2. Forma habitual de ser ou de agir. 3. Procedimento repetido que conduz a uma prática.

Claramente o dicionário sabe direitinho que dieta é o jeito que a gente come ao longo da vida, para a vida toda. Se não sempre, com frequência, é o que diz ali. Não diz nada de hora para acabar, nem quantos dias de duração. O que aconteceu foi que, no meio de tantas promessas de Emagreça x em x dias!, o conceito de dieta como algo temporário cravou raízes profundas na gente.

Não é assim! Quem dera o sucesso das coisas que queremos na vida fossem possíveis com uma mudança feita em sete ou quinze dias. Seja lá o que for necessário para qualquer coisa que a gente queira conquistar ou manter, precisa ser feito por toda vida. Eu nunca disse que seria fácil, mas compensa muito.

Hoje, percebo que as revistas não têm mesmo o mínimo interesse em mudar esse conceito. O motivo é simples: se elas deixarem a realidade clara, como vão vender a revista com a próxima solução emergencial no mês que vem?

Então, mesmo que após a leitura deste livro você decida que low carb não é para você, quero que se faça as seguintes perguntas sempre que cogitar alguma mudança em sua alimentação:

•Eu consigo comer (tal coisa) para o resto de minha vida?

•Eu me vejo com 95 anos comendo (tal coisa)?

•Se acontecer uma mudança radical em minha vida e eu precisar fazer mudanças no orçamento ou mudar de cidade, vai ser fácil continuar comendo (tal coisa)?

Pronto, só nesse filtro muitas soluções famosas de emagrecimento já ficam para trás.

Quero trazer algumas situações como exemplo para você entender na prática o que estou falando e, quem sabe, até se enxergar em algumas delas.

Uma pessoa no trabalho lhe convida: "Vamos fazer uma dieta com um shake emagrecedor? No horário do almoço, é preciso ir todos os dias em um espaço perto do escritório. O shake não é exatamente barato, mas emagrece mesmo!".

Agora, passe o convite da pessoa pelo filtro das três perguntas indicadas anteriormente. Parece uma boa ideia? Você conseguiria viver só de shake?

Agora, veja as seguintes promessas de revistas femininas (são extraídas de revistas reais!):

"Seque 2 quilos em uma semana com o detox express. Ainda dá tempo!"

Emagreça 5 quilos com a dieta do ano-novo.

Trago verdades: sua dieta não é definida nem pelo que você come por quinze dias nem pelo que você come uma vez por ano na festa de Natal da família (ufa!). Se você não pode afirmar que sua dieta faz parte de seu estilo de vida, então ela só vai funcionar por um tempo. É uma realidade um pouco dura; no entanto, antes que você desista, saiba que existe, sim, um caminho para percorrer comendo bem e sendo feliz.

Para isso, é necessário construir uma mentalidade de persistência e consistência do hábito que será a chave para a mudança não só no que diz respeito à saúde, mas nas conquistas em outras áreas de sua vida também. Sei que você pode estar pensando: Mas eu já tentei de tudo e não tenho força de vontade para persistir. Calma, o objetivo deste livro é mostrar o caminho que você vai conseguir trilhar definitivamente.

Apelo da praticidade da comida industrializada com roupagem saudável

O cenário dos tempos modernos é formado por pessoas que ficam fora de casa o dia inteiro e levam cada vez mais tempo para chegar aos lugares, dispondo de cada vez menos tempo para comprar e cozinhar comida fresca em casa.

Além disso, muita gente não leva a própria comida para o trabalho ou não tem estrutura para sentar e se alimentar tranquilamente e, muitas vezes, nem tempo para comer algo além de um lanche entre uma urgência e outra para resolver.

A solução, então, é ir para os industrializados por conveniência. Essa é óbvia.

No entanto, não é só isso: nas últimas décadas, a indústria de alimentos se aproveitou da fobia generalizada em relação à gordura que se instaurou (vamos falar sobre isso mais à frente) para lançar uma série de produtos com uma roupagem saudável, mas que de saudável não têm nada, visto que são à base de farinha e açúcar.

Para o apelo de vendas voltado ao público em busca de saúde, os fabricantes trocam a gordura natural de alimentos, como os iogurtes, por ingredientes, como o amido. Assim, o produto pode ser comercializado como "light" por ter menos gordura, mas no lugar há uma dose extra de açúcar. Mau negócio!

Hoje, nos supermercados, o espaço destinado a esses produtos cresce cada vez mais, no mesmo ritmo em que muda a estratégia das linhas de produtos dos fabricantes de alimentos, que percebem nesse nicho uma grande oportunidade.

Essas tendências reforçam a construção de uma mentalidade distorcida sobre o que significa comer saudável, e o resultado disso é que, ao buscar comer melhor, as pessoas substituem as versões tradicionais dos industrializados por versões light, achando que estão fazendo um grande avanço. Esse comportamento acontece porque a ideia transmitida no marketing dos produtos (às vezes com base em estudos científicos para lá de tendenciosos) é de que eles significam mais saúde, quando na verdade seus rótulos mostram o contrário.

Essa mentalidade também é de certa forma responsável por um comentário que recebo com bastante frequência: Comer saudável é muito caro!. Sim, quando você pensa que se alimentar de forma saudável significa comprar a linha light fit super plus gluten free.

Quando o foco é comida de verdade, suas compras ficam na verdureira, no açougue e na feira do bairro. Dá para comer de maneira saudável com qualquer orçamento – mais para frente vou passar ótimas dicas para você economizar.

O fato de as pessoas quererem ser mais saudáveis significa que estão investindo mais em si mesmas, e a indústria alimentícia sempre buscará proveito financeiro nos modismos. Isso não acontece apenas na indústria alimentícia. Os fabricantes de bebida também têm surfado lindamente nesse aumento da preocupação das pessoas em se alimentar melhor.

Eu cresci nos anos 1980 e minha família bebia, sim, refrigerante, mas era um litrão para a família toda e sempre no almoço de final de semana. Curiosamente, naquela época dava para todo mundo.

Hoje não faria nem sentido chamar a embalagem de litrão, uma vez que temos as que chegam a três litros de refrigerante, com 200% a maisque a garrafa de um litro. Detalhe: o número de componentes nas famílias está diminuindo! De acordo com o IBGE, o número de filhos por família diminuiu 10,7% entre os censos de 2000 e 2010.

Quem bebe refrigerantes sabe que não são saudáveis. Como as pessoas estão mais preocupadas, o consumo per capita da bebida caiu 15% de 2010 para 2015,⁶ segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR). Não pense, porém, que as indústrias de bebidas estão em dificuldades: as vendas simplesmente migraram para categorias saudáveis, como sucos de caixinha e água engarrafada.

É como diz um famoso meme da internet: Quer comer saudável? Não coma comidas que tenham comercial na TV. Ou ainda outro que responde à mesma pergunta: Comece desembalando menos e descascando mais.

Comida saudável é comida de verdade com pouco ou nenhum processamento, e esta não terá comerciais na TV. Você não vai ver um anúncio de página dupla na revista de maior circulação falando sobre como o pepino é nutritivo e essencial para uma dieta equilibrada.

Por isso, é muito importante para o desenvolvimento de nossa autonomia alimentar não acreditar cegamente em meios de comunicação que sobrevivem de anúncios de grandes indústrias para informações sobre como cuidar da saúde, porque essa turma jamais será fonte de informação totalmente isenta.

Não se engane: esse pessoal não tem o mínimo interesse no aumento do consumo de comida de verdade. O objetivo deles é que a gente consuma produtinhos light várias vezes ao dia, acreditando que assim seremos mais saudáveis.

Como eu já disse, realmente acredito que as pessoas querem se cuidar. Às vezes vão comer coisas pouco saudáveis, sabendo das consequências como adultos que são. O que é doloroso ver são produtos processados vendidos como opções saudáveis, tais quais biscoitos funcionais com mil tipos de grãos, iogurtes cheios de açúcar para regular o intestino, minipães para crianças e até salgadinhos comercializados como saudáveis só por conterem farinha integral.

Estamos comprando produtos mascarados. Como não existe um requisito mínimo de ingredientes integrais⁷ para que um produto possa ser comercializado como integral, de integral mesmo esses alimentos têm só uma vaga lembrança.

Eu poderia terminar este livro por aqui simplesmente recomendando que você evite comidas que venham em um pacotinho com um código de barras, mesmo que o fabricante jure que o produto tem propriedades emagrecedoras. Apenas fazendo isso, muito provavelmente você emagrecerá sem fazer nenhum tipo de conta e se pesar.

Diminuindo o consumo de comida em pacotinho, você ajuda a resolver outro grande problema: passa a gerar um pouco menos de lixo e a comer comida produzida perto de você, sem precisar de uma superoperação e de todo combustível gasto para trazer a comida da fábrica até você.

Eu sei que o último lugar onde você imaginava ler sobre política é em um livro de dieta, mas é importante ressaltar isso também: comer comida local é um ato político, muito mais eficiente que reclamar na internet ou simplesmente bufar assistindo às notícias na TV.

Quando você compra do açougue e da verdureira próximos de casa, está ajudando no sustento de uma família perto de você e fomentando um pequeno negócio, não entregando, dessa forma, mais rentabilidade para os gigantes varejistas e das indústrias de alimentos.

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