26 minutos escutados
Os antídotos contra a inflação e seus efeitos colaterais
Os antídotos contra a inflação e seus efeitos colaterais
notas:
Duração:
27 minutos
Lançados:
29 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
"Nada está tão ruim que não possa piorar". Foi dessa forma que, na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro se referiu à inflação e à deterioração do cenário econômico, marcado por desemprego alto, aumento de preços, gastos públicos pressionados e crescimento abaixo das expectativas. E parece que Bolsonaro já sabia o que viria pela frente. Na terça-feira, a Petrobras anunciou o reajuste de 8,9% no valor do litro do diesel, o que deve elevar a pressão sobre outros produtos e serviços. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou 1,14%. Essa foi a maior taxa registrada para o mês desde o início do Plano Real. Com esse resultado, a inflação acumula alta de 10,05% nos últimos 12 meses, quase o dobro do teto da meta estabelecida para 2021, de 5,25%.
Os maiores vilões para os reajustes são os combustíveis e a energia. Porém, esses dois preços afetam toda a cadeia produtiva, também influenciada pelo dólar e pelo cenário internacional. Carne, café, batata, frango, frutas e leite estão cada vez mais caros. Os reajustes nos serviços, como os restaurantes e os salões de beleza, também estão no radar. Na verdade, de 367 itens que compõem o IPCA, 253 tiveram alta nessa última prévia. E diante desse cenário, o Banco Central, que tem o mandato pra controlar a inflação, precisa elevar os juros, que alcançaram 6,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além da atuação do BC, o próprio governo também pode atuar, seja por políticas que fortaleçam o Real ou por medidas que tenham impacto em determinados setores da economia. Porém, todos esses antídotos têm efeitos colaterais, que precisam ser observados com atenção. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista Maria Andréia Parente, especialista em inflação e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), analisa o cenário de preços e projeta a situação para os próximos meses. Ela também explora o arsenal de medidas para combater a inflação, bem como os riscos associados a cada uma dessas ações.
Os maiores vilões para os reajustes são os combustíveis e a energia. Porém, esses dois preços afetam toda a cadeia produtiva, também influenciada pelo dólar e pelo cenário internacional. Carne, café, batata, frango, frutas e leite estão cada vez mais caros. Os reajustes nos serviços, como os restaurantes e os salões de beleza, também estão no radar. Na verdade, de 367 itens que compõem o IPCA, 253 tiveram alta nessa última prévia. E diante desse cenário, o Banco Central, que tem o mandato pra controlar a inflação, precisa elevar os juros, que alcançaram 6,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além da atuação do BC, o próprio governo também pode atuar, seja por políticas que fortaleçam o Real ou por medidas que tenham impacto em determinados setores da economia. Porém, todos esses antídotos têm efeitos colaterais, que precisam ser observados com atenção. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista Maria Andréia Parente, especialista em inflação e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), analisa o cenário de preços e projeta a situação para os próximos meses. Ela também explora o arsenal de medidas para combater a inflação, bem como os riscos associados a cada uma dessas ações.
Lançados:
29 de set. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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O jogo de gato e rato para coibir fake news nas redes sociais: Depois de ser apontado como incentivador da invasão do capitólio por extremistas em janeiro, o perfil do ex-presidente Donald Trump no Facebook foi suspenso. O Twitter já havia banido o republicado, da mesma forma que o Youtube. Antes, o político era visado pela disseminação de notícias falsas em relação à pandemia. Em outubro de 2020, um estudo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, indicou Trump como o campeão de desinformação na rede. Contra a Covid, ele chegou a recomendar até o uso de desinfetante. Mas, nesses casos, sua punição foi mais branda. Limitou-se a post marcados como duvidosos. No Brasil, também são inúmeros os exemplos postagens que disseminam os reproduzem notícias falsas, porém nem sempre coibidas, o que levanta questionamentos. O youtuber Felipe Neto publicou um desabafo em sua conta no Twitter, no último dia 11, afirmando que a rede no Brasil não atua de forma adequada contra esse tipo de postagem. de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)