Chamas do passado
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Sobre este e-book
Aquela herança supunha que Leanne teria que viver e trabalhar ao lado de Joshua Powers, o seu ex-marido.A paixão que existira entre eles não tinha desaparecido, por isso, Leanne sabia que não demoraria muito tempo a converter-se, novamente, na sua amante. Contudo, Joshua tinha outros planos. Sabia que cometera um erro, ao deixá-la ir-se embora, e agora queria corrigir os erros do passado e lutar por aquela que tinha sido sua esposa. Mas, primeiro, teria de a seduzir…
MARGARET MAYO
Margaret Mayo says most writers state they've always written and made up stories, right from a very young age. Not her! Margaret was a voracious reader but never invented stories, until the morning of June 14th 1974 when she woke up with an idea for a short story. The story grew until it turned into a full length novel, and after a few rewrites, it was accepted by Mills & Boon. Two years and eight books later, Margaret gave up full-time work for good. And her love of writing goes on!
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Chamas do passado - MARGARET MAYO
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Margaret Mayo
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Chamas do passado, n.º 824 - Setembro 2015
Título original: Reclaiming His Bride
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7157-1
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
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Capítulo 1
– Foi uma boa táctica deixarem-nos as vinhas aos dois – comentou Joshua, observando as filas de vinhas, perfeitamente alinhadas, que se estendiam diante deles.
O vale estava completamente coberto de vinhas, eucaliptos e arbustos, e o céu estava limpo. Noutras condições, empreender uma aventura daquelas num país situado no outro lado do mundo teria sido um prazer, porém, naquele momento, não era.
Leanne abanou a cabeça. O seu cabelo loiro foi despenteado pelo vento, enquanto ela olhava para ele, irritada, com os seus olhos verdes enormes.
– Não foi nenhuma táctica. Foram, simplesmente, justos.
Joshua não pensava o mesmo. Estava convencido de que a mãe de Leanne e o seu pai fariam qualquer coisa para que se reconciliassem, uma vez que, quando Joshua e Leanne se divorciaram, tiveram um grande desgosto e diziam sempre que se tinham precipitado.
Joshua também não concordava muito com isso. Confiara completamente em Leanne e ela fora para a cama com o seu irmão.
– Bem sabes que gostariam que nos reconciliássemos, mas isso não é possível.
– Pois não – concordou Leanne, olhando para aqueles olhos cor de safiras. – Quando é que voltas para Inglaterra?
Joshua tinha alguma dificuldade em reconhecer em Leanne aquela rapariga doce e jovem, que tinha sido sua esposa, aquela rapariga cheia de vida e de alegria. Naquele momento, a sua cara estava pálida e os olhos cheios de rancor.
– Logo que me seja possível – respondeu.
Sabia que teria de resolver alguns assuntos, antes de poder ir-se embora. Para começar, aquele maldito assunto das vinhas. Por ele, Leanne podia ficar com tudo.
Não conseguia deixar de pensar no dia em que se tinham conhecido. O pai de Leanne morrera e ela fora com a sua mãe a Inglaterra para estar algum tempo com alguns parentes. Conheceram-se numa festa, quando ela tinha apenas dezassete anos, e Joshua apaixonou-se completamente sem se importar com a diferença de oito anos que existia entre eles.
Aquela rapariga australiana, de cabelo loiro e olhos verdes, mudara-o. Era tão fácil conversar com ela, que, pouco tempo depois, já se conheciam perfeitamente.
– Queres casar-te comigo? – perguntou Joshua a Leanne, agarrando-lhe as mãos e olhando para ela nos olhos.
Conheciam-se há dez meses, mas, só de olhar para ela, sentia-se nas nuvens, contudo, naquele momento não queria que as emoções físicas o distraíssem. Queria que Leanne lhe dissesse que «sim», que queria ser sua esposa.
– Sim, Joshua, sim, quero – murmurou Leanne. – Amo-te.
– Eu também te amo, meu amor. Nem nada nem ninguém nos separará. Para mim, o casamento é para toda a vida. E para ti?
Leanne assentiu.
– Sei que nunca conseguiria partilhar a minha vida com outro homem que não contigo – indicou, beijando-o.
Pauline, a mãe de Leanne, também se mostrou muito contente. Quando a sua filha lhe deu a notícia, abraçou-a com força.
– É um bom homem, Leanne, nunca encontrarás um homem melhor.
– Eu sei, mamã.
Quando Pauline conheceu o pai de Joshua e se apaixonou por ele, Leanne sentiu que a dor provocada pela morte do seu próprio pai começava a diminuir.
– Por que não nos casamos no mesmo dia? – sugeriu, feliz, Leanne.
– Querida, eu não quero estragar-te esse dia, porque vai ser muito especial para ti.
– Mamã, se nos casássemos as duas no mesmo dia, seria ainda mais especial – garantiu-lhe Leanne. – Por favor, diz que sim.
Dessa forma, os dois casamentos realizaram-se no mesmo dia e o seu padrasto voltou para a Austrália com a sua mãe para tratar das vinhas.
Joshua ficou responsável pelo negócio da família, uma empresa de consultadoria, juntamente com Mark, o seu irmão mais novo.
Leanne adorava viver em Londres, ainda que, ao princípio, habituada às vastas extensões de terreno do Sul da Austrália, lhe tivesse parecido muito pequena; porém, depressa, aprendeu a gostar daquela cidade.
No entanto, os dias horríveis em que Joshua perdeu a confiança nela chegaram e acabaram por se divorciar.
Isso acontecera há cinco anos. Cinco anos desde a última vez que se tinham visto, cinco anos em que Leanne tentava esquecê-lo.
Ao princípio, tinha sido muito difícil, porque o amava profundamente, todavia, gradualmente, a dor e o amor foram desaparecendo e chegou a convencer-se de que fora uma tonta por se ter casado tão nova, deixando-se levar pelo coração e não pela cabeça.
Agora, era mais velha e mais madura e, apesar de o seu coração ter começado a bater mais depressa ao voltar a vê-lo, isso não queria dizer que sentisse alguma coisa por ele.
Além disso, era óbvio que ele não queria estar com ela, pois acabava de dizer que ia voltar para Inglaterra assim que pudesse.
– Queres que eu trate das vinhas sozinha e que partilhe contigo os lucros? – perguntou Leanne, friamente, a Joshua, desejando que a sua mãe e Steve nunca a tivessem posto naquela situação.
Deviam ter percebido que não valia a pena, uma vez que, se ela e Joshua não tinham conseguido resolver os seus problemas ao fim de tantos anos, era impossível que, agora, o fizessem. Obrigá-los a estarem juntos era o pior que poderiam ter feito.
– É claro que não! – exclamou Joshua. – No que me diz respeito, podes ficar com tudo.
– Muito bem – declarou Leanne. – Ter-me-iam poupado muitos problemas, se te tivessem deixado dinheiro, como fizeram com Mark. Não sei no que estavam a pensar.
– É claro que sabes – Joshua sorriu. – Mas não te preocupes, transferirei a minha parte para ti, imediatamente.
– Não era isso que eles queriam – replicou Leanne, de repente.
Durante o funeral e nos dias seguintes, sentira-se tão arrasada que mal se apercebera de que Joshua fora o seu único consolo. Ele tratara de tudo e estivera sempre ao seu lado.
Agora que a agitação começava a dissipar-se, Leanne começava a perceber que lhe devia muito.
– Talvez, mas é uma situação intolerável para nós. Além disso, eu não percebo nada sobre o processo de fabrico do vinho. Tu estás muito mais habilitada do que eu para tratares desse negócio.
– Não me parece bem dares-me a tua metade – indicou Leanne sem saber porquê.
O que é que estava a acontecer-lhe? Não queria que Joshua ficasse, todavia, acabava de lhe sugerir que o fizesse.
– Talvez devesse ficar – reflectiu Joshua, franzindo o sobrolho. – Afinal, era o que os nossos pais queriam. Além disso, ando a pensar há já algum tempo que Mark podia assumir a responsabilidade da empresa de Londres e eu começar a interessar-me pelo comércio do vinho.
Dito aquilo, voltou a olhar para as vinhas, mas daquela vez com muito mais interesse.
– Devo-o ao meu pai. Adorava o teu país. Na verdade, convidou-me várias vezes a vir.
– Ambos sabemos que recusaste os convites dele por minha causa. Por que mudaste de ideias agora? Não é necessário participares activamente no negócio.
– Penso que isso é exactamente o que eles queriam.
– Claro que sim, mas porque eram dois românticos convictos. Nunca aceitaram o nosso divórcio.
– Depois do divórcio, houve outros homens na tua vida?
Leanne não estava preparada para aquela pergunta nem queria responder. A experiência traumática que vivera com Joshua fizera-a fugir dos homens.
– És bonita e tenho a certeza de que não te terão faltado admiradores – insistiu Joshua.
– É claro que não! – respondeu Leanne.
– Não vais dizer-me se houver alguém especial?
– Não.
– Então, devo assumir que não houve ninguém. Muito bem. Pelo menos, agora sei qual é o meu papel.
Leanne franziu o sobrolho.
– O que queres dizer?
Joshua não tinha nenhum papel na sua vida, porque já não fazia parte dela. Desiludira-a, quando acreditara no seu irmão em vez de acreditar nela, por isso, Leanne decidira nunca mais voltar a vê-lo.
– Normalmente, os homens não gostam que o ex-marido apareça de repente – explicou Joshua.
– Nem sequer quando não são uma ameaça? – perguntou Leanne,