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Filho inesperado
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E-book159 páginas3 horas

Filho inesperado

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Sobre este e-book

Ele foi o último a saber que ia ser pai

A paternidade não entrava nos seus planos, mas quando o milionário Rafe Medici descobriu que tinha um herdeiro, fez tudo para que o menino vivesse sob o seu tecto.
Só a tutora legal da criança, Nicole Livingstone, se interpunha entre ele e esse seu objectivo. Mas ninguém levava a melhor a um Medici e, se fosse preciso recorrer à sedução para dominar Nicole, Rafe estava disposto a tentá-lo.
Mas enquanto conquistava a bela mulher, o rico solteiro tinha que assegurar-se que ela não o levava a mudar a sua regra de "tudo menos amor".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de abr. de 2012
ISBN9788468702483
Filho inesperado
Autor

Leanne Banks

Leanne Banks is a New York Times bestselling author with over sixty books to her credit. A book lover and romance fan from even before she learned to read, Leanne has always treasured the way that books allow us to go to new places and experience the lives of wonderful characters. Always ready for a trip to the beach, Leanne lives in Virginia with her family and her Pomeranian muse.

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    Filho inesperado - Leanne Banks

    Capítulo Um

    A foto do jornal que estava sobre a mesa chamou a atenção de Rafe. A mulher do fundo parecia-lhe familiar. Olhou mais de perto e identificou-a de imediato. Tabitha.

    Sentiu um nó no estômago e foi tomado por uma série de emoções. Reconhecia o sedoso cabelo loiro, embora estivesse mais escuro, os olhos azuis e sensuais, o corpo capaz de endoidecer qualquer homem e do qual ela sempre soubera tirar partido. Conseguira que Rafe ficasse obcecado por ela e depois prendera-o até quase sufocá-lo.

    – Esse negócio deve ser muito importante se até te leva a deixares South Beach – disse o seu irmão Michael. Rafe esforçou-se por voltar ao presente.

    – Não me importo de viajar se for pelo cliente certo. Este já comprou dois iates de luxo e tem uns amigos que desejam alugar outros – Rafe também não se importava nada de roubar negócios à Iates Livingstone. Na verdade, até tinha muito prazer em torturar o pai de Tabitha, mas isso não confessava ele. – E tu? O negócio parece correr-te bem – disse Rafe, olhando em volta. O seu irmão transformara o bar no novo sítio da moda em Atlanta. – O toque mágico de Michael triunfa novamente.

    – Sabes que não é assim – Michael soltou uma gargalhada. – Mato-me a trabalhar.

    – Como todos os Medici – disse Rafe, pensando no seu irmão mais velho. – Damien concordaria, mas só até certo ponto, visto que agora vivia um casamento feliz – voltou a olhar para o jornal. Custava-lhe acreditar que, outrora, tivesse chegado a ponderar um futuro com Tabitha.

    – Ei, não estás a ouvir uma palavra do que digo – queixou-se Michael. – Que estás tu a ver?

    Rafe semicerrou os olhos ao ver um menino pequeno junto a Tabitha. Deduziu que aquela mentirosa tinha andado a encontrar-se com outro enquanto incendiava a sua cama. Se até a descobrira a tentar seduzir um dos seus clientes…

    – Conheces o tipo da cadeira de rodas? – perguntou Michael.

    – Quem…? – Rafe fez uma pausa e lançou uma olhadela ao artigo sobre um veterano da Marinha que estava a tentar ter uma nova vida apesar das suas incapacidades. Perguntou-se que raios faria Tabitha com ele. Ela não passava de uma rapariga rica e mimada.

    Enrugou a testa e analisou novamente a foto. O menino, de cabelo escuro e encaracolado, parecia tímido. Rafe fez contas de cabeça e sentiu um arrepio. Parecia um Medici. Embora ela o tivesse enganado, ele podia ser filho dele.

    – Rafe, hoje estás estranhíssimo– disse-lhe o irmão, num tom alarmado.

    – Pois, bem… – abanou a cabeça e apontou para o artigo. – Sabes onde é isto?

    – Sim, não fica no melhor dos bairros – Michael arqueou uma sobrancelha. – Não te aconselharia a ficares por lá muito tempo depois do anoitecer.

    Rafe olhou para o seu relógio. Praguejou ao ver que eram onze da noite. Fechou o punho com raiva. Tinha que descobrir se tinha um filho ou não.

    – Que se passa? – perguntou Michael.

    – Não tenho a certeza, mas vou descobrir assim que amanhecer.

    Nicole Livingstone fechou-se bem no casaco, para proteger-se do frio de Janeiro. Atlanta ficava no Sul mas as temperaturas podiam baixar aos zero graus. Foi para o seu carro e observou um homem alto e bonito que caminhava para ela.

    Se fosse dada a namoriscar, este seria um bom momento. O homem vestia um casaco de cabedal preto e dava passos longos e vigorosos. O vento alvoroçava-lhe o cabelo escuro. Os seus olhos escuros eram emoldurados por cerradas sobrancelhas e tinhas as faces vermelhas de frio. A única coisa negativa era que apertava os lábios, como se estivesse desagradado com algo.

    Desviou o olhar.

    – Tabitha – disse o homem, parando à frente dela. – Tabitha Livingstone.

    – Não sou… – olhou para ele, espantada por ele saber nome da sua irmã.

    – Não tentes enganar-me. Tu e eu conhecemo-nos muito bem.

    Nicole respirou fundo, entre decepcionada e excitada. Já tinha sido confundida com a sua irmã muitas vezes, mas o seu problema era que nunca sabia como Tabitha teria tratado a pessoa em questão. Dado que a sua irmã morrera há alguns anos, explicar o erro costumava emocionar o seu interlocutor.

    – Sou Nicole Livingstone, irmã gémea de Tabitha – observou o homem enquanto este digeria a informação. O rosto dele passou da incredulidade à confusão.

    – Nunca me falou de uma gémea.

    – Gostava de guardar a informação para mais tarde surpreender – Nicole soltou um risinho nervoso, – para o caso de alguma vez precisar de culpar de algo a sua malvada gémea…

    – Hum – o homem franziu a testa e esfregou o queixo. – Onde está ela?

    Nicole mordeu o lábio. Sentiu uma dor que a surpreendeu. Pensava já ter ultrapassado a morte da irmã mas, afinal, parecia que não.

    – Morreu há três anos.

    – Não sabia – olhou para ela, surpreendido.

    – Teve uma infecção muito grave e os médicos não conseguiram salvá-la. Nós pensávamos que, dada a sua obstinação, sobreviveria a qualquer coisa. A sua morte comoveu-nos a todos.

    – Lamento muito a tua perda – disse ele, com uma certa dureza no olhar. Estendeu-lhe uma mão. Ela aceitou-a e sentiu-se surpreendida com a sua força e calor.

    – Obrigada. Quem és tu?

    – Rafe – respondeu ele. – Rafe Medici.

    A ela, pareceu-lhe que o seu mundo vacilava. O seu coração acelerou como se acabasse de tocar um alarme de incêndios dentro de si. Levou um momento a retirar a mão. Precisava afastar-se dele o mais depressa possível.

    – Obrigada uma vez mais. Adeus.

    Começou a contorná-lo, mas ele tocou-lhe num braço. Mordeu o lábio e esperou, sem olhar para ele.

    – Vi no jornal uma foto tua com um menino. Era filho de Tabitha?

    – É meu – disse ela, sentindo o sangue subir-lhe à cabeça. – Joel é meu.

    – Tabitha teve algum filho antes de morrer?

    – Joel é meu. Tenho que ir-me embora – respondeu. Seguiu pela calçada até ao seu carro, que estava no parque de estacionamento. Com o coração acelerado, abriu a porta e entrou. Estava a fechar a porta quando Rafe Medici a deteve.

    – Senhor Medici – gemeu ela, aterrorizada.

    – O meu pai morreu quando eu era pequeno. Foi uma perda terrível. Não quereria isso para um filho meu – disse ele.

    A sua expressão compassiva surpreendeu-a. A sua irmã tinha-lho descrito como um ser egocêntrico.

    – Por favor, afaste-se do meu carro. Tenho que ir-me embora – conseguiu dizer no seu tom mais frio.

    Ele afastou a mão, lentamente, perscrutando-a.

    Pelos vistos, não era fácil intimidá-lo. Mas era lógico: era muito mais alto que ela e, a julgar pela largura dos seus ombros, poderia levantar no ar três mulheres como ela.

    – Até depois – disse ele.

    Nicole fechou a porta e arrancou, rezando para que não houvesse nenhum «depois».

    Joel estava quase a fazer quatro anos e ela pensava que estavam a salvo. Enfim, não Rafe Medici me fora ao funeral da sua irmã. Não enviara flores, nem nada. Fez-se à estrada, banhada num suor frio, sentindo a cabeça às voltas.

    Nicole levava uma vida discreta. Tabitha é que era do tipo de chamar as atenções. Mas levara Joel a conhecer um dos seus pacientes, porque este tinha uma colecção de modelos de dinossauros. Um repórter, que escrevia um artigo sobre veteranos de guerra incapacitados, surpreendera-os ali e publicara a sua foto no jornal. Pura má sorte.

    Apertou os dedos sobre o volante e perguntou-se se deveria partir de imediato com Joel. Mas ele era um menino tímido e parecia sentir-se muito bem no seu jardim infantil.

    Recordou o olhar de determinação de Rafe e estremeceu. Considerou as suas opções. A sua mãe vivia do outro lado do mundo, na França. Poderia ir-se para lá com Joel, por algum tempo. Mas a sua mãe tinha uma vida social muito activa e um menino interferiria com o seu estilo de vida.

    Tabitha teria recorrido ao seu pai e tê-lo-ia bajulado para sacar-lhe dinheiro, mas Nicole reduzia o contacto com o pai ao mínimo. Depois do que tinha feito…

    Respirou fundo para acalmar-se. Sempre lhe tinham dito que era a gémea prática. Haveria de pensar em algo. Acima de tudo, e sem lugar para dúvidas, protegeria Joel.

    Rafe, enquanto a observava a sair do parque de estacionamento, soube que ela lhe mentira. Tinha sentido um formigueiro na mão esquerda que nunca o enganava. Essa mulher significaria problemas. Possivelmente mais que Tabitha, se é que isso era possível.

    Tabitha tinha actuado como se gostasse de viver com ele, mas depressa descobriu que só lhe interessava o dinheiro dele. Nunca tinha percebido a sua avareza, tendo em conta quão rico era o pai dela. Recordava como lhe suplicara que a deixasse tratar da venda de alguns dos seus iates. Ele acedera, pensando que estava a ganhar o jogo ao poderoso Conrad Livingstone com a ajuda da sua própria filha. Mas tinha saído queimado. Ela mentira-lhe para ganhar uma comissão maior e tentara seduzir um dos seus clientes, um príncipe. Sem sucesso.

    Semicerrou os olhos e dirigiu-se para seu carro de aluguer. Não seria difícil descobrir a verdade sobre Tabitha, Nicole e Joel. Entrou para o veículo, arrancou o motor e ligou ao seu irmão.

    – Olá, Rafe, que se passa? – perguntou Michael.

    – Preciso do nome de um bom investigador privado, rápido e discreto – respondeu.

    – De acordo. Isto tem algo a ver com a tua estranha atitude de ontem à noite?

    – É possível – admitiu Rafe.

    – Significa isso que ficarás em minha casa mais uma noite?

    – Sim, a não ser que isso represente um problema.

    – Não. Mas estarei fora quase todo o tempo. Acabo de encontrar uma empresa que posso comprar barata. Pões-me a par do assunto? – inquiriu Michael.

    – Assim que souber mais. Dá-me o telefone dele – Rafe queria respostas e ia consegui-las.

    Após receber um relatório preliminar do detective, Rafe reuniu com um advogado.

    – Até que ponto pode Nicole Livingstone lutar pela custódia?

    – Pode lutar, mas se não conseguir provar que és um pai inadequado, não ganhará. Só precisas de um teste de paternidade que prove que o menino é teu. Será fácil conseguir uma ordem judicial.

    Rafe pensou nos anos que lhe tinham roubado da vida do seu filho. A amargura revolveu-lhe o estômago. Era tudo culpa dos Livingstone.

    – Esta gente enganou-me da pior maneira possível. Quero ter Joel o mais depressa possível.

    – Não tão rápido assim – o advogado ergueu a mão.

    – Por que não? – exigiu Rafe. – Acabas de dizer-me que conseguirei a custódia sem problemas.

    – Certo. Mas tens que pensar no bem-estar do teu filho. Queres realmente separá-lo da única pessoa que conhece desde que nasceu? Ao que parece, Nicole Livingstone cuidou muito bem de Joel. Não concordas?

    – Sim – admitiu ele, contrariado.

    – Legalmente, talvez tenhas o direito de tirar-lho. Mas como se sentirá Joel se afastares dele a mulher que conhece como mãe?

    Rafe sentiu o estômago apertado. Ele passara por uma experiência similar: perdera os seus pais em criança, embora não fosse tão pequeno quanto Joel. O trauma levara-o a sentir-se perdido durante anos. Embora não gostasse dos Livingstone, tinha que reconhecer

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