Uma esposa comprada
3.5/5
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Sobre este e-book
Restava pouco tempo ao magnata Damon Blakely para arranjar um herdeiro legítimo. Felizmente, existia a candidata perfeita a sua esposa. Lily Grayson fora uma amante incrível… até decidir abandoná-lo. E Damon descobriu o motivo quando lhe propôs o seu plano: Lily já estava grávida de um filho seu.
A surpresa e a raiva do milionário foram rapidamente neutralizadas pela proposta da sua ex-amante: Lily aceitaria que a criança tivesse o apelido dele mas o casamento sê-lo-ia apenas no papel. Assim seria… até que Damon conseguisse voltar a tê-la na sua cama.
Rachel Bailey
Rachel Bailey developed a serious book addiction at a young age and has never recovered. She went on to earn degrees in psychology and social work, but is now living her dream—writing romance for a living. She lives on a piece of paradise on Australia’s Sunshine Coast with her hero and four dogs. Rachel can be contacted through her website, www.rachelbailey.com.
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Uma esposa comprada - Rachel Bailey
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2010 Rachel Robinson
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Uma esposa comprada, n.º 996 - julho 2017
Título original: Claiming His Bought Bride
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-282-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
Lily Grayson, com uma mão na sua ainda estreita cintura, procurava alguém no elegante salão de baile. Os altíssimos tectos estavam decorados com grinaldas douradas e um quarteto de cordas animava a festa onde estavam duzentos convidados, todos vestidos como manda a etiqueta, para celebrar o sexagésimo aniversário de Travis Blakely.
Mas Lily não estava ali para desfrutar da festa.
Com a boca seca e a respiração agitada, olhava à sua volta à procura do homem com quem tinha que falar urgentemente. O homem que um dia amara, mas a quem nunca poderia confiar o seu coração… ou o bem-estar do seu filho.
Damon Blakely.
O multimilionário que os homens temiam e as mulheres desejavam.
Um empregado parou ao seu lado para oferecer-lhe um copo de champanhe, mas Lily negou com a cabeça enquanto continuava a olhar à volta. Durante os seis meses que saíra com Damon visitara a casa do tio dele, em Melbourne, várias vezes, mas não voltara ali desde que tinha acabado com ele, três meses antes. Desde que Damon a defraudara quando mais precisara dele.
Isso fê-la pensar na sua avó, sozinha em casa nessa noite, a recuperar de uma pneumonia. Se quisesse aceitar a sua ajuda… mas recusava-se a mudar de casa ou a deixá-la viver com ela. A sua avó dava muito valor à sua independência e Lily sentia-se impotente. Mas não queria pensar nisso naquela noite.
Naquela noite tinha que encontrar Damon.
Por isso continuou a procurar entre os convidados. As mulheres pavoneavam-se com os seus vestidos de lantejoulas ou de cetim para chamarem a atenção… preferia estar em qualquer outro sítio porque aquele não era o seu mundo. Mas era o mundo de Damon e tinha que o encontrar.
Lily virou a cabeça e o seu coração parou uma décima de segundo antes de lançar-se num enlouquecido galope quando, por fim, o encontrou.
Elegantíssimo com um smoking e um copo de vinho na mão, Damon sorria e conversava com toda a gente, era o senhor da casa. Mas os seus olhos azuis estavam cravados nela.
Lily sentiu um arrepio pelas costas e teve que fechar os olhos durante um segundo para controlar a sua reacção. Mas abriu-os de imediato. Damon Blakely despertava nela uma ânsia louca. Mesmo agora, não conseguia evitar devorá-lo com os olhos.
Era mais alto do que os outros convidados, por isso, em vez de ter andado à procura entre os convidados, devia era ter ficado na escada em busca do seu ondulado cabelo escuro. Ou fechar os olhos e deixar que o seu corpo a guiasse, já que parecia haver um íman entre eles.
Damon deu dois passos na direcção dela… e Lily respirou fundo. Mas um senador que o reconheceu pelas fotografias dos jornais tocou-lhe no ombro nesse momento e Damon teve que ficar a falar com ele.
Aparentemente, não ia ter que aproximar-se mais porque Damon já caminhava para ela. E apesar da angústia que lhe tinha causado, a atracção que sentia por ele continuava a ser desconcertante.
Apoiando-se numa coluna, esperou, observando a boa vida da elite de Melbourne. Ao contrário das pessoas que a rodeavam, ela nunca tinha desejado uma vida extravagante. A sua avó tivera que lutar muito para que tivessem um tecto sobre as suas cabeças depois do seu filho, o pai de Lily, perder a casa. Por isso, a única coisa que sempre quisera era estabilidade, segurança económica. Nada mais.
A mistura de perfumes caros naquele espaço fechado fazia com ficasse com a cabeça à roda e olhou com uma expressão ansiosa para a saída. Mas tinha que falar com Damon porque o medo que tinha da sua reacção à notícia que lhe ia dar estava a amargurar-lhe a vida. Nem sequer ela se tinha ainda habituado à ideia.
Quando terminou a sua conversa com o senador, Damon dirigiu-se a ela, com os seus largos ombros e longas pernas ainda em maior destaque graças ao smoking.
Sem dizer uma palavra, olhou para ela enquanto deixava o copo na bandeja de um empregado que passava ao seu lado. Depois, agarrou-lhe no braço e inclinou a cabeça para dar-lhe um beijo na cara.
– Olá, Lily – saudou-a, com aquela voz rouca e masculina que lhe acelerava sempre a pulsação. – Estás muito bonita.
Lily sabia que as pessoas sempre diziam o que sabiam que os outros gostavam de ouvir. Uma lição que aprendera recentemente graças ao homem que lhe segurava no braço naquele momento.
– Olá, Damon – conseguiu dizer. – Ficas sempre muito elegante com smoking.
– Preferia que gostasses mais de me ver sem ele.
Uma imagem dos dois na cama surgiu no cérebro de Lily e a recordação do seu corpo bronzeado e musculoso em contraste com lençóis brancos fez com que contivesse um gemido. Mas cerrou os dentes e afastou o braço discretamente para que ninguém mais se apercebesse, enviando-lhe uma mensagem clara: tocar-lhe era um direito que já não tinha.
Damon arqueou uma sobrancelha, como se tivesse percebido a mensagem, e meteu as mãos nos bolsos do casaco, tão seguro de si mesmo como sempre.
Mas tinha que falar com ele, tinha que contar-lhe, antes que a sua letal sexualidade lhe tirasse a coragem. Tinha que o levar para qualquer lado, para falar em privado sobre o filho que esperava.
– Quero falar contigo a sós – disse ele então.
Lily ficou gelada. Teria adivinhado? Não, impossível… estava de catorze semanas e ainda não se notava nada. Ninguém mais sabia, disso estava absolutamente certa. O seu segredo estava a salvo por enquanto.
Mas queria falar com ela em privado. Talvez o destino lhe estivesse a dar uma oportunidade.
– Quando?
– Pode ser agora mesmo?
– Onde? – perguntou ela.
Como resposta, Damon agarrou-lhe na mão para dirigir-se à porta. Ia ter que clarificar a norma do «não tocar» mas, por um momento e por uma última vez, permitiria o contacto.
E talvez não devesse encarar isso como algo pessoal. Todas as mulheres pareciam sucumbir face à sensualidade de Damon Blakely. Embora tivesse qualidades como a empatia ou a responsabilidade, o colocar das necessidades dos outros à frente das suas… não, disso não era capaz. E o pior de tudo era que Lily sabia que nunca mudaria.
Damon levou-a por um dos silenciosos corredores da mansão que conduziam à galeria privada de Travis Blakely e acendeu as luzes.
E os olhos de Lily, os olhos de uma especialista em arte, foram directamente para os quadros que estavam pendurados nas paredes e para as estatuetas guardadas em urnas de cristal.
– Há quanto tempo não estávamos sozinhos?
– Quase três meses – respondeu ela.
– E como te correram esses três meses? Como está a tua avó? – Damon estendeu uma mão para lhe acariciar uma madeixa de cabelo loiro, fazendo com que sentisse um calafrio.
– Está bem, estamos bem – sussurrou Lily, incapaz de controlar o efeito que exercia nela. – Teve uma pneumonia, mas está a recuperar-se.
Pelo menos fisicamente. Mas tinha muitas contas do hospital para pagar, e sem outro rendimento além da sua pequena pensão, Lily estava preocupada com a mulher que a criara desde os doze anos. A sua avó já tinha perdido tanto: o filho, a saúde, a casa, as poupanças…
Damon tocou-lhe suavemente no rosto num roçar tão ligeiro como as asas de uma borboleta.
– Devem ter passado um mau bocado então.
– Sim, claro.
– Imagino que continua a não querer ajuda.
Lily deu um passo atrás para não se render às suas carícias, como sempre.
– Diz que depois de me ter criado para que fosse uma mulher independente a última coisa que deseja é ser um fardo para mim.
Damon não pareceu incomodado com o movimento dela. Pelo contrário. Era quase como se tivesse lançado a luva e ele a tivesse aceitado. Apoiando-se tranquilamente numa coluna, com as mãos nos bolsos do casaco,