Contos do Estige Volume 1
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Sobre este e-book
No coração do Tártaro, a alma do bandido Aphobos aspira os Campos-Elísios...
Seguido por 4 contos:
- O Porta-Fogo
- Astérion
- Dois Ladrões e o templo de Artêmis Luzia
- Na alvorecer da humanidade.
Patrice Martinez vos convida para esta viagem. Uma coleção de contos para penetrar a vida social, religiosa e aventureira de um grande povo: os Hellênos!
Gênero: FICÇÃO / Histórias Curtas (único autor)
Gênero Secundário: FICÇÃO / Histórias Curtas (único autor)
Idioma Original: Francês (Traduzido para o Português)
Keywords:
Número de Palavras: 11199
Informações de venda:
Desconhecidas
Texto de amostra
PREÂMBULO
As margens do Estige empurraram suas águas negras e turbulentas; essa filha lúgubre de Oceânide rodeava o mundo de Hades em seus anéis reptilianos. Meu nome é Aphobos e eu terminei a jornada do mundo dos vivos, capturado pela foice de Tânato, o deus da morte. Fui levado a esse lugar tão atormentado pelo senhor Hermes, mestre-cocheiro e mensageiro dos deuses. Eu era apenas um ladrão de estradas, dividido entre a vida ao ar livre e uma sede insaciável por luxúria. O machado do carrasco Scythe tinha cortado o fio da minha vida num instante. Aproximei-me desta costa dos condenados, sabendo muito bem que sem nenhuma moeda, eu estaria destinado de vagar eternamente sobre as terras áridas do Tártaro. Doravante, restava-me apenas utilizar de qualquer subterfúgio para com o passador de almas Caronte a fim de acessar os Campos-Elísios!
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Contos do Estige Volume 1 - Patrice Martinez
Patrice Martinez
CONTOS DO ESTIGE
Volume I
Phanès edições
ISBN 979-10-91877-26-8
Propriedade intelectual © janeiro de 2016 segunda edição de Phanès edições
Ilustração: A ilha dos mortos - Arnold Böcklin 1886
Martinez Patrice
01, Allée des Monts d'Olmes 31770 Colomiers (França)
PREÂMBULO
As margens do Estige empurraram suas águas negras e turbulentas; essa filha lúgubre de Oceanide rodeava o mundo de Hades em seus anéis reptilianos. Meu nome é Aphobos e eu terminei a jornada do mundo dos vivos, capturado pela foice de Tânato, o deus da morte. Fui levado a esse lugar tão atormentado pelo senhor Hermes, mestre-cocheiro e mensageiro dos deuses. Eu era apenas um ladrão de estradas, dividido entre a vida ao ar livre e uma sede insaciável por luxúria. O machado do carrasco Scythe tinha cortado o fio da minha vida num instante. Aproximei-me desta costa dos condenados, sabendo muito bem que sem nenhuma moeda, eu estaria destinado de vagar eternamente sobre as terras áridas do Tártaro. Doravante, restava-me apenas utilizar de qualquer subterfúgio para com o passador de almas Caronte a fim de acessar os Campos Elísios!
Lá está ele! Este ser amaldiçoado, mergulhando seu remo nas águas escuras do Estige e esperando recuperar o que os vivos depositaram na boca do morto. Envolto em seu himato¹ sujo e austero, ele percorria interminavelmente as margens do rio do submundo e atraca lá, sem nunca permitir distinguir uma única parte de seu rosto. Caronte se aproximou de mim, a cara sempre escondida na noite de Nyx:
- Tua boca oculta este tesouro que preenche-me? Abra então este abismo que o homem agrada-se de enfeitar das delícias de Reia!
- Eu não o tenho, ó Senhor Caronte!
- Então, os teus juízes destinaram-no de empreender uma jornada sobre as terras lúgubres Tártaro.
- Então não há alternativa à este destino aterrador?
Tu colhes o que semeias durante o sua vida de bandido. Prefere que eu chame as Erínias, a fim de subjugar a sua insolência ?
Eu continuava pensativo no momento, enquanto dois olhos mergulharam as suas farpas de enxofre, no meu olhar cheio de sede de fuga.
- Com todo vosso respeito, vos proponho dar uma volta, Senhor Caronte!
- Estás zombando de mim? Ninguém pode se dar ao luxo de alterar o curso do destino! Não tenho tempo a perder em salmodias e retóricas, o meu tempo é limitado pela quantidade de trabalho. Almas esperam-me, enquanto tentas mudar o teu mandato no meio do Hades.
- Enquanto navegamos para o sombrio domínio Tártaro, contar-vos-ei algumas histórias estranhas, emprestadas das divinas Musas e Caritas, e próximo de outra margem, se o senhor achar as minhas odisséias agradáveis, então o senhor dirigir-me-á para os Campos-Elísios...
Caronte permaneceu rígido como o mármore. Ele estava pensando sobre esta proposta inesperada? Embora o número de almas errantes sugerissem outros acordos igualmente bizarros.
- Eu tenho uma melhor, Aphobos! Se seus contos não me satisfizerem, então você servirá de comida para o cão Cerbere.
Naquele momento, eu fiquei preocupado com a resposta a dar. Mas eu já havia entrado no tortuoso caminho desse compromisso, para sair vitorioso deste impasse verbal.
- Que seja assim, senhor Caronte! Embarquemo-nos em seu corcel flutuante e vamos até a outra margem, da qual podemos discernir daqui suas franjas rochosas.
Nessas últimas palavras, acomodei-me no barco, enquanto o velho barqueiro empunhava o seu remo na lama