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Ludicidade, formação de professores e educação matemática em diálogo
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Ludicidade, formação de professores e educação matemática em diálogo
E-book228 páginas2 horas

Ludicidade, formação de professores e educação matemática em diálogo

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Sobre este e-book

Ludicidade, Formação de Professores e Educação Matemática em Diálogo apresenta a ludicidade como um dos saberes importantes à docência e oportuniza a (re)significação da prática em busca de estratégias que favoreçam o processo de mediação do conhecimento, tendo em vista atender às necessidades demandadas pelas escolas.

Que esta leitura se constitua lúdica para vocês, leitores, e esperamos que inúmeras aprendizagens, reflexões e práticas nasçam a partir dela.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547301859
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    Ludicidade, formação de professores e educação matemática em diálogo - Américo Junior Nunes da Silva

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. Estas questões nos remetem à problemática da formação do educador, a qual passa por ambiguidades e paradoxos que nunca são efetivamente dissipados. Isto resulta quase sempre em dificuldades no campo

    da prática pedagógica

    (SANTOS; CRUZ, 2011, p. 12)

    APRESENTAÇÃO

    Ludicidade, formação de professores e educação matemática em diálogo é o resultado de um trabalho coletivo e fruto de um evento realizado na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, na cidade de Barreiras-BA.

    O Elem, Encontro de Ludicidade e Educação Matemática, de 2014, teve a participação de professores da educação básica, licenciandos dos cursos de Pedagogia, Matemática e Letras, pesquisadores e gestores. Foram promovidos minicursos, palestras, oficinas, apresentação de trabalhos, todos visando a integração entre os estudantes das licenciaturas e profissionais de suas respectivas áreas, por meio de reflexão, disseminação e compartilhamento de ideias, tendo como foco assuntos relacionados à ludicidade, formação de professores e educação matemática.

    Nas inúmeras atividades desenvolvidas no encontro, foram notórias as discussões referentes à barreira que existe entre o aprendizado dos conceitos da matemática [mas não somente no trabalho com essa ciência] e o mito de que ela é mesmo difícil e pouco acessível. Às responsabilidades dos educadores soma-se a de desmistificar essas ideias, no sentido de fortalecer a importância das ciências no cotidiano, construindo uma aprendizagem com significado para o educando. Concretizar essa meta não é nada fácil, mas ela se torna possível com o uso de espaços e instrumentos apropriados.

    A constituição do saber lúdico como um dos saberes importantes à docência, também necessários para a formação dos futuros professores, oportuniza (re)significar a prática em busca de estratégias que favoreçam o processo de mediação do conhecimento para atender às necessidades demandadas pelas escolas na contemporaneidade. Esse saber, como ficou claro no evento, não se aplica apenas à matemática, mas às diversas áreas que ali estavam representadas. Nesse sentido, o evento apresentou a dimensão lúdica no processo de formação inicial e continuada do futuro professor e professor em exercício como elemento importante para a constituição da identidade e do desenvolvimento profissional docente.

    Após a realização do evento, decidimos reunir os palestrantes, conferencistas e alguns outros participantes interessados que apresentaram seus trabalhos no evento para construirmos coletivamente este trabalho. A ideia era que as atividades desenvolvidas por cada um, durante o evento, fossem transferidas para uma versão escrita.

    Como tivemos participantes das áreas de Letras, Matemática e Pedagogia discutindo e pensando as questões de ludicidade e formação de professores, pensamos em organizar o livro respeitando, sobretudo, as temáticas de discussão ocorridas. Foram, ao final, oito capítulos distribuídos da seguinte forma:

    O primeiro capítulo, Educação lúdica da matemática, educação matemática lúdica, de autoria de Cristiano Alberto Muniz, discute os conceitos de jogo articulando-o à aprendizagem matemática na escola. Os jogos matemáticos, segundo o autor, são concebidos como forma de garantir a construção de uma relação lúdica entre o sujeito e a própria matemática. O prazer em aprender matemática é, portanto, fator mais importante que o jogo, embora o jogar, nesse caso, seja apresentado como uma forma de buscar uma aprendizagem lúdica na relação com a matemática, na tentativa de vê-la como um jogo em si. A proposta de Muniz, assim, não é de entender o jogo fora da atividade matemática, mas sim de que cada criança ou cada jovem descubra uma energia lúdica que está contida na própria atividade matemática, isto é: a matemática pode ser vista e assumida como um grande jogo que se apoia em aprendizagens e em possibilidades de redescoberta da capacidade de cada sujeito em aceitar desafios, mobilizar-se integralmente, superar-se, desenvolver novas aprendizagens e potencialidades.

    Partindo da leitura do lúdico em uma outra área de conhecimento, os estudos literários, Heurisgleides Sousa Teixeira apresenta um argumento que, podemos dizer, vai ao encontro da conclusão de Muniz sobre a matemática. Se de Muniz depreendemos a ludicidade da matemática, em Teixeira a afirmação tem força de conclusão: a literatura é lúdica.

    Em Representação do lúdico e o lúdico como representação em ‘Pirlimpsiquice’, de João Guimarães Rosa, os argumentos são construídos partindo inicialmente do que J. Huizinga (2000) define como lúdico, a fim de mostrar como seu conceito se aplica ao texto literário. A título de exemplo, a autora utiliza passagens de um conto de João Guimarães Rosa, Pirlimpsiquise (2001), mostrando que esse conto desenvolve uma espécie teoria do lúdico a partir da visão infantil sobre o mundo dos adultos e envolve o leitor em uma segunda instância, aquela do mistério da decifração dos sentidos – não os sentidos ocultos, mas sim dos sentidos possíveis que a leitura proporciona.

    Os três capítulos seguintes evidenciam, na discussão em torno de experiências práticas com atividades com potencial lúdico, o que os dois iniciais procuraram argumentar numa perspectiva teórica.

    O capítulo 3 – Jogando com a matemática no ensino médio: o relato de uma experiência, de autoria de Leonny George, Luana Darc Castelo da Silva, Sivonete da Silva Souza e Américo Junior Nunes da Silva – assim como o capítulo 4 – Jogos matemáticos e o ensino de álgebra, escrito por Simone Santos Barros, Valdemiro Carlos dos Santos Silva Filho e Américo Junior Nunes da Silva – apresentam, respectivamente, o relato de experiências de um projeto de intervenção realizado durante as atividades de Estágio em Matemática e o resultado de uma pesquisa desenvolvida no curso de Especialização em Educação Matemática e as Novas Tecnologias. Ambos os textos apresentam o elemento jogo como possibilitador de um (re)significar das impressões que, muitas vezes, os alunos possuem em relação à disciplina Matemática, trazendo para a sala de aula estratégias que os motivem e que despertem seu interesse pela matemática. A ludicidade da matemática, colocada em prática no fazer matemática na escola, não apenas garante o envolvimento nas atividades como incentiva os alunos a serem protagonistas de suas próprias aprendizagens.

    No capítulo 5, A ludicidade e a formação do professor: a dimensão lúdica da oralidade e sua importância na formação inicial em Letras, Maria das Dores Pereira Santos e Marta Maria Silva de Faria Wanderley apresentam reflexões sobre ludicidade e formação de professores que resultam das experiências de leituras de textos literários realizadas com alunos do componente curricular Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado do curso de licenciatura em Letras da Uneb. Ao considerarem esses componentes curriculares fundamentais na preparação crítico-reflexiva dos futuros professores, as autoras discutem sobre os aspectos envolvidos no desempenho das produções orais desses discentes para a produção de efeitos estético-lúdicos na leitura dos gêneros literários.

    Assim como no capítulo 5, no capítulo 6 encontramos reflexões em torno da formação do futuro docente, voltando-nos novamente à matemática. Os autores Américo Junior Nunes da Silva, Gabriela Sousa Rêgo Pimentel, Simone Leal Souza Coité e Simone Gabriely da Silva Lima, no capítulo intitulado O Pibid e a constituição da identidade docente: saberes lúdicos e o ensino da matemática, apresentam a experiência formativa desenvolvida no subprojeto Laboratório de Ensino de Matemática: Espaço de Formação numa Perspectiva Lúdica, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Uneb, campus IX – Barreiras-BA. Os autores problematizam, nesse texto, a formação lúdica como necessária ao processo de formação do educador matemático, ao tempo em que colocam como desafio dessa formação a percepção da própria matemática como lúdica.

    Os dois últimos capítulos voltam-se ao lúdico a partir do espaço que parece ser o seu natural: a educação infantil. Mas a reflexão apenas parte desse lugar para retornar ao argumento de que a ludicidade extrapola os limites de idade e de formação. O problema reside menos na idade do sujeito que brinca – o homo ludens de Huizinga – e mais no desafio de superar, via formação docente, as limitações que impedem que a ludicidade se torne uma prática comum em todos os níveis de educação formal. Assim, o capítulo 7, Algumas reflexões sobre a disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Jogo em um curso de formação inicial em serviço: o lúdico na sala de aula, de Ilvanete dos Santos de Souza, oportuniza um espaço de reflexão e construção de um referencial teórico-prático dos fundamentos dos jogos, compreendendo o significado dos mesmos enquanto agente transformador na cultura humana. Tal transformação depende, sobretudo, da transformação das pessoas que atuam na educação, transformação do seu entendimento e da sua atitude frente ao ensino, do que depende uma formação adequada.

    Ainda pensando a formação docente em confronto com as concepções do senso comum, o capítulo 8, de Robson Ribeiro Soares, Karla Karolyne de Oliveira Luis e Elenice de Brito Teixeira Silva, apresenta as experiências formativas desenvolvidas na Ludoteca do curso de Pedagogia do Campus XVII da Uneb, situado no município de Bom Jesus da Lapa, Bahia. No decorrer do texto Cultura lúdica na educação infantil: contribuições do projeto de extensão Ludoteca, os autores apresentam como, por meio das oficinas realizadas, tem sido possível perceber algumas lacunas na formação docente para atuação em instituições de educação infantil e como o trabalho desenvolvido potencializa também o desenvolvimento de uma cultura lúdica.

    Todos os capítulos que compõem esta obra possuem o elemento lúdico que os une. Em diferentes perspectivas, os autores tentam apresentar a importância que a ludicidade ocupa em suas práticas formativas. Observa-se, em muitos desses trabalhos, a tentativa de fazer a formação lúdica figurar como constituidora de saberes também importantes a docência.

    Percebendo a subjetividade que há na tomada de algo como lúdico, uma vez que inúmeros fatores corroboram, ou não, para o prazer na vivência propiciada, esperamos que esta leitura se constitua lúdica para vocês, leitores, e esperamos que inúmeras aprendizagens, reflexões e práticas nasçam a partir dela.

    Américo Junior Nunes da Silva

    Heurisgleides Sousa Teixeira

    (Organizadores)

    PREFÁCIO

    Este livro é parte constitutiva e constituinte da história do curso de licenciatura em Matemática da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – campus IX – Barreiras-BA. As reflexões que os capítulos apresentam transitam por uma aprendizagem e formação lúdica, prazerosa e estimuladora de novas aprendizagens.

    Em 2010, quando assumi com o apoio dos estudantes e colegas docentes a coordenação do curso de Matemática em Barreiras, pensei no primeiro momento: o que uma pedagoga por formação pode contribuir com um curso de licenciatura em Matemática? A resposta veio rápida! Na verdade, o trabalho no Colegiado era pedagógico. Assim construímos com os docentes e discentes uma relação de respeito mútuo e de fortalecimento de nossa licenciatura.

    O reconhecimento do curso foi a principal meta e conseguimos atingi-la com louvor. O incentivo à produção científica dos estudantes, a estruturação do curso com seus projetos de ensino, pesquisa e extensão, a implantação dos laboratórios entre eles o de ludicidade, coordenado pelo professor Américo Junior Nunes da Silva, foi um marco importante dessa licenciatura.

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