O direito à educação no campo
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Sobre este e-book
O autor denuncia o status quo que configurou o estereótipo do meio rural como o lugar do atraso, e consequentemente, o homem do campo é visto como rude, sem prestígio. A superação desse estado de coisas requer organização e luta, forjando-se na metodologia e na matriz tecnológica dos movimentos sociais do campo, bem como reconhecendo que na maioria dos municípios brasileiros não é praticada a educação do/no campo; o que há é o processo de escolarização aos moldes da escola rural, com exceção das escolas famílias agrícolas, escolas de assentamentos, experiências de educação contextualizada, educação indígena, escolas da floresta e outras experiências que levam a sério os princípios da educação do campo, o trabalho como princípio educativo e o coletivo de educadores.
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O direito à educação no campo - José Carlos Sena Evangelista
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2017 dos autores
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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Para Ayana, minha filha, minha flor da manhã;
Para Mônica, minha companheira, minha aliada;
Para Marieta e família Sena, minha origem;
Para Rosangela Araújo e família Guerra, que me acolheram
;
Para professores e professoras que fazem parte de minha trajetória escolar.
Agradecimentos
À minha família, pelo apoio e compreensão;
À Fundação Carlos Chagas, pelo incentivo;
À Fundação Ford – Programa Internacional de Bolsas (IFP) –, pela bolsa de estudo;
Ao meu orientador, professor doutor Carlos Giovinazzo Júnior, e aos/às professores/as da Uesc e da PUC-SP, pelo incentivo acadêmico;
Aos moradores do Ribeirão Seco (Itabuna-Bahia), pelo acolhimento na pesquisa;
Às colegas da Secretaria de Educação de Itabuna e ao professor Gustavo Lisboa, pelo apoio;
Aos/às professores/as do campo, com os/as quais sempre aprendo lições de solidariedade;
A Silvana Vicente, Bruna Martins e toda a equipe da Editora Appris, pela dedicação nesta publicação.
Apresentação
Este livro é resultado de uma pesquisa acadêmica para obtenção do título de mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Programa Educação: História, Política, Sociedade, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Antonio Giovinazzo Júnior. O teor do livro contém acréscimos de reflexões acerca dos temas da pesquisa realizados em eventos acadêmicos sobre a educação do campo, entre os anos de 2013 e 2016.
Nesta publicação, o autor parte do processo histórico de mudança do paradigma da educação rural para a educação do campo, passando pela discussão sobre as políticas públicas para a população residente no meio rural, fundamentados na Pedagogia Radical e na tese da política de valorização da voz dos estudantes para chegar, enfim, ao direito à educação no campo.
O autor denuncia o status quo que configurou o estereótipo do meio rural como o lugar do atraso, e consequentemente, o homem do campo é visto como rude, sem prestígio. A superação desse estado de coisas requer organização e luta, forjado na metodologia e na matriz tecnológica dos movimentos sociais do campo, bem como reconhece que na maioria dos municípios brasileiros não é praticada a educação do/no campo, o que há é o processo de escolarização aos moldes da escola rural, com exceção das escolas famílias agrícolas, escolas de assentamentos, nas experiências de educação contextualizada, na educação indígena, nas escolas da floresta e outras experiências que levam a sério os princípios da educação do campo, o trabalho como princípio educativo e o coletivo de educadores.
PREFÁCIO
É comum encontrarmos, na atualidade, correntes que apregoam certo protagonismo em relação à Educação do Campo. No meio acadêmico, aparecem algumas interpretações preocupadas apenas com a conceituação das categorias educação e campo, analisando-as pelo viés ideológico, com base na metafísica, como se os sujeitos do campo pudessem ser pré-definidos de forma platônica, ou uma espécie de tipo ideal
weberiano estático, e não fizessem parte de um processo histórico. Observamos que além do Estado como interlocutor da classe dominante, o agronegócio também tem requisitado para si o uso de tal conceito, porém esvaziado do conteúdo crítico original pautado nas lutas dos movimentos sociais do campo.
Para compreendermos de fato o que significa a Educação do Campo, necessário faz-se que compreendamos o atual estado de coisas, ou o movimento real de sua transformação, numa perspectiva marxista. Dessa forma, observando as categorias da dialética – universalidade, particularidade e singularidade –, pode-se dizer que a educação do campo tem seu espectro de ações desde a particularidade quando nasce da experiência de classe de camponeses organizados em movimentos sociais e envolve diferentes sujeitos; e vai se inserindo na totalidade ou universalidade, quando luta pelo acesso dos trabalhadores ao conhecimento produzido na sociedade, problematizando-o e criticizando o modo de conhecimento dominante hierarquizado que se coloca a serviço do capital.
Porém, diversos militantes da Educação do Campo vêm demonstrando a sua força e coragem no sentido de atuar como produtores de saberes para auxiliar os camponeses nas suas reflexões, por meio das quais eles possam se fortalecer para fazer o enfrentamento ao agronegócio no campo. E o livro do professor José Carlos Sena Evangelista nos remete a uma discussão que permite observar como a problemática da Educação do Campo vem sendo tratada, principalmente na região onde a sua pesquisa aconteceu, mas não se limitando a esse contexto. Trata-se de uma publicação que traz um contexto histórico desse tema, destacando as políticas públicas daí originadas a partir das lutas dos trabalhadores para garantia de direitos educacionais dos camponeses.