Contando do Nosso Jeito: Diálogos entre Narrativas Orais e Práticas Educativas
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Contando do Nosso Jeito - Nádia Barros Araújo
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Dedico este trabalho aos contadores de história de Tapiramutá, como reconhecimento da sabedoria e dos conhecimentos que nos foram compartilhados em forma de poesia, de encantamento e imaginação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu avô, Valdemar Avelino de Araújo (in memoriam), e ao meu pai, Nivaldo Lima de Araújo, por me apresentarem aos diversos mundos, por meio da hipnotizante arte de narrar.
À minha mãe, Cidelcina de Barros Araújo, ao meu filho, Milton Saback de Oliveira Neto, е aos meus irmãos, pelo terno refúgio, pela afetividade e por todo amor e cuidados a mim dispensados.
APRESENTAÇÃO
O livro Contando do nosso jeito: diálogos entre narrativas orais e práticas educativas apresenta-se como uma obra dedicada à difusão da arte milenar de contar histórias que compõem a literatura popular: os contos, as fábulas, os mitos, as lendas, as piadas, os cordéis e as histórias de vida que entrecruzam o fantástico e o real. Narrativas que ganham vida e cor na voz, nos gestos, na performance dos contadores populares, atores sócio-históricos, patrimônio imaterial da cultura, que se utilizam dos mergulhos na memória para nos proporcionar viagens por mundos diversos.
A obra é resultado da pesquisa de mestrado realizada nos anos de 2015 e 2016, na cidade de Tapiramutá/Bahia, sobre as narrativas orais numa perspectiva socioeducativa. A investigação teve como ponto de partida as escutas dos contadores populares. Vale ressaltar que quando me refiro a escutas
, reporto-me às ideias propostas por René Barbier (1998), enriquecidas com os princípios de dialogicidade em Freire (2003), que demanda de nós, pesquisadores, a percepção poético-existencial e a espiritual-filosófica, ou seja, o pesquisador deve saber sentir o universo afetivo, imaginário e cognitivo do outro, para compreender as atitudes, os comportamentos, os sistemas de ideias, de valores, de símbolos e de mitos.
O primeiro capítulo desta obra tem por objetivo discutir sobre o ato de narrar oralmente enquanto prática sociocultural milenar. No segundo capítulo, apresentam-se 25 narrativas de diferentes contadores, ilustradas e comentadas por alunos do ensino médio da cidade de Tapiramutá/Bahia, enquanto experiência antropossocial e cultural humana, que seguem a poética de uma obra aberta, pois constituem-se como obra de arte desprovida de resultado necessário e previsível, em que a liberdade do intérprete joga como elemento daquela descontinuidade que a física contemporânea reconhece não mais como motivo de desorientação, mas como aspecto ineliminável de toda verificação científica e comportamento verificável e insofismável do mundo (ECO, 1991, p. 56).
Para maior clareza e envolvimento na leitura, esse capítulo está subdividido a partir dos gêneros que caracterizam as narrativas. Cabe enfatizar aos leitores que as narrativas aqui presentes estão transcritas conforme a linguagem dos contadores. Busquei ao máximo manter a originalidade das falas, quanto à variedade linguística dos contadores, uma vez que, sendo as narrativas produtos da oralidade, não poderiam perder a beleza e as peculiaridades provenientes desse discurso, dessa modalidade da língua, fazendo quaisquer tipo de mudança para a variedade padrão da escrita.
O terceiro capítulo versa sobre a visão dos professores da rede pública participantes do curso de formação Narrativas orais – Entrelaces com as práticas educativas
, em relação às possibilidades e potencialidades pedagógicas do uso das narrativas orais em sala de aula.
Por fim, aos leitores, a expectativa de que este livro possibilite a todos viajar por mundos imaginários; revisitar momentos vividos na infância sob a voz de um contador de histórias, banhados por memórias afetivas; conhecer e redimensionar mitos, crenças e fantasias, a fim de abrir-se para um diálogo sobre a importância das narrativas orais e dos contadores tradicionais enquanto patrimônios imateriais de extrema relevância para os meios cultural, social e educacional.
PREFÁCIO
As narrativas orais constituem uma arte milenar exercida por contadores de histórias em todo o mundo, que se dedicam a esse ofício como forma de interação, integração e manutenção da cultura. Muito se tem dito sobre isso nas academias e inúmeras são as comunidades nas quais podemos encontrar pessoas dedicadas a essa arte. No entanto, com o advento das diversas e interativas formas de comunicação, essa arte milenar tem ficado restrita a alguns salões e ocasiões. Os práticos,