O Incentivo à Leitura por Meio da Arte de Contar Histórias
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O Incentivo à Leitura por Meio da Arte de Contar Histórias - Claudia Terezinha Stocker
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Ao Deus criador de todas as coisas.
Aos meus pais, Leoni Stocker e Sady Stocker (in memoriam).
Aos narradores e a todos que se dedicam à arte da oralidade, levando alegria e transformando vidas por meio das histórias.
Gratidão!
PREFÁCIO
A contação de histórias é uma das atividades mais antigas de que se tem notícia. Essa arte remonta à época do surgimento do homem há milhões de anos. Além disso, contar histórias e declamar versos constituem práticas da cultura humana que antecedem o desenvolvimento da escrita.
Essa arte está ganhando mais espaço na sociedade e tem ultrapassado a sala de casa – onde os avós contam as histórias –, e agora está chegando aos ambientes escolares e pedagógicos, sendo uma atividade fundamental que transmite conhecimentos e valores. Sua atuação, inclusive, é decisiva na formação e no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
Nesse contexto de estudo sobre a contação de histórias, temos Claudia Stocker, bibliotecária por formação e contadora de histórias por vocação, em suas atividades de estudo e pesquisa (por meio da graduação, de especializações, mestrado e sede de conhecimento). Como autora, publica as obras: Os caminhos e descaminhos da leitura na aquisição do conhecimento (2011), O incentivo à leitura através da arte de contar histórias (2014) e A contação de histórias como recurso na formação de leitores: projetos permanentes e gestão profissional na biblioteca pública infantil de Sergipe no período de 2007 a 2018 (2019). Com sábia experiência, presenteia a sociedade acadêmica, cultural e civil com a segunda edição do livro O incentivo à leitura por meio da arte de contar histórias.
A obra é dividida em introdução, 10 capítulos, considerações finais e referências. A exímia escritora parte da contação de histórias ao redor das fogueiras chegando às redes sociais, percorrendo os gêneros voltados à infância.
Por formação, a mediação de leitura é tema afetivo para Claudia Stocker, debatendo com proeza, destreza e apreço. Na escola, aparece a figura profissional do contador de histórias como um mediador de leitura para o público desde a mais tenra idade, atuando em sala de contação de histórias, numa biblioteca (não em substituição ao bibliotecário, ambos podem trabalhar juntos), num pátio ou mesmo na própria sala de aula.
A autora apresenta indicadores de sucesso para a contação, dicas e postura para o contador de histórias, além de debater sobre o poder transformador das histórias e a formação do futuro leitor, como também a ludicidade no conto por meio do suporte do livro.
Entender a contação de histórias é compreender que a literatura é uma arte construída pela palavra escrita, sendo que a vez e a voz do/a aluno/a têm um lugar de suma importância no momento da avaliação, pois é ele/a que irá falar sobre sua atividade de leitura: as experiências e as expectativas adquiridas por meios dela. Ou seja, trata-se de um meio e de um modo de fomentar a leitura, favorecer a cultura literária, desenvolver/aprimorar a escrita com sua multiplicidade, bem como fortalecer