No campo da educação escolar indígena
()
Sobre este e-book
Relacionado a No campo da educação escolar indígena
Ebooks relacionados
Educação das Relações Étnico-Raciais: Caminhos para a Descolonização do Currículo Escolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre Saberes e Fazeres Docentes: O Ensino das Relações Étnico-Raciais no Cotidiano Escolar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Escola indígena: uma proposta para o ensino de ciências naturais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAfricanidades e Brasilidades: Literaturas e Linguística Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContribuições da etnobiologia para o ensino e a aprendizagem de ciências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPensamento Freiriano e Educação de Jovens e Adultos na Amazônia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAproximando universidade e escola: Ensino de histórias e culturas indígenas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRepresentações Sociais das Práticas Artísticas na Formação e Atuação de Professores do Campo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiferenças e Especificidades Culturais dos Afrodescendentes no Espaço Escolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTecendo a Interdisciplinaridade na Amazônia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino (d)e História Indígena Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInterdisciplinaridade, Interculturalidade e Interseccionalidade: Faces Negras na Escola Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA criança indígena em contexto urbano: identidades e educação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMancala Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO direito à educação no campo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRelações Étnico-Raciais no Contexto Quilombola Currículo, Docência e Tecnologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMulheres Negras na Educação Brasileira Nota: 5 de 5 estrelas5/5Escolas do Campo Multisseriadas: Reflexões das Práticas Pedagógicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Leis na Escola: Experiências Com a Implementação das Leis n. 10.639/03 e n. 11.645/08 em Sala de Aula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFormação Inicial de Professores: Conversas Sobre Relações Raciais e Educação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTerritorialidades, identidades e marcadores territoriais: Kawahib da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPinóquio educador: Ensinar e aprender na escola contemporânea Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação quilombola: Territorialidades, saberes e as lutas por direitos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNos Rastros de Sujeitos Diaspóricos: Narrativas sobre a Diáspora Africana no Ensino de História Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma década da Lei 10.639/03: Perspectivas e desafios de uma educação para as relações étnico-raciais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPesquisa-Educação: Mediações para a Transformação Social Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFormação de Professores e Condições de Trabalho em Classes Multisseriadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrajetórias compartilhadas de um educador de jovens e adultos Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Estudos Étnicos para você
Desmistificando A China Por Dentro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMancala Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDinastia Dos Deuses ...e Uma Breve Crônica Da Raça Humana Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Pará Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA invenção das mulheres: Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Exu Submerso uma Arqueologia da Religião e da Diáspora no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIntrodução A Egiptologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInterseccionalidade Nota: 5 de 5 estrelas5/5Constituição da República Federativa do Brasil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Abya Yala!: Genocício, resistência e sobrevivência dos povos originários do atual continente americano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistória Dos Municípios Paraenses Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCultura com aspas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasErguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra Nota: 1 de 5 estrelas1/5A Influência Africana Na Cultura Brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAfrografias da Memória: O Reinado do Rosário no Jatobá Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os ciganos ainda estão na estrada Nota: 5 de 5 estrelas5/5Capoeiras e Valentões na história de São Paulo (1830-1930) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnseios: Raça, gênero e políticas culturais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pensamento negro radical Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÁfrica e Diásporas: Divergências, Diálogos e Convergências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesafios da Presença de Conhecimentos e Saberes Africanos e Afrodescendentes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRomani Dromá Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA gente é da hora: homens negros e masculinidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBatuque De Umbigada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiluição de Fronteiras: A Identidade Literária Indígena Renegociada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMaya angelou e a autobiografia ritmada de the heart of a woman Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrítica da colonialidade em oito ensaios: e uma antropologia por demanda Nota: 5 de 5 estrelas5/5Religiões negras no Brasil: Da escravidão à pós-emancipação Nota: 5 de 5 estrelas5/5Argonautas do Pacífico Ocidental Nota: 4 de 5 estrelas4/5A diversidade em perigo: De Darwin a Lévi-Strauss Nota: 2 de 5 estrelas2/5
Avaliações de No campo da educação escolar indígena
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
No campo da educação escolar indígena - Suzana Cavalheiro de Jesus
Editora Appris Ltda.
1ª Edição – Copyright© 2015 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
Aos kiryngue
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos Mbya-Guarani que vivem e que já passaram por Santa Maria, desde a época em que pesquisei o acampamento, especialmente a Mariano, Kerexu, Cesáreo, Luiza, Adelino, Amélia, Valdomiro, Fábio e todos com quem tive a oportunidade de conviver no período da pesquisa. Agradeço a Juca, Hugo, Sibelina, Paulinho, Irineu, Fabiano, Julia, Priscila, Adriano e Rosana, que quando jovens e crianças me permitiram compartilhar de suas trajetórias de aprendizagem e muito me ensinaram.
Às amigas e professoras Guarani Patrícia e Sandra. Aos amigos Guarani da tekoa Ko’enju e de Kunhã Piru. Aos estudantes e equipe da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, cujos diálogos motivaram-me a retornar aos dados da pesquisa de dissertação de mestrado para pensar o planejamento docente na educação escolar indígena.
À amiga Daiane Amaral, pela companhia nos trabalhos de campo, em reuniões, oficinas de formação de professores, discussões e escutas etnográficas.
Ao DOM/UFSM e ao NEPI/UFSC pelos momentos de diálogos sobre Antropologia, Educação e Infância.
Aos antropólogos e professores Maria Catarina Zanini (UFSM), Guilherme Sá (UnB), Ana Maria Rabelo Gomes (UFMG), Clarice Cohn (UFSCAR) e Sérgio Baptista da Silva (UFRGS), pelos diálogos, leituras e sugestões sobre a pesquisa no acampamento Guarani de Santa Maria.
À Ceres Karam Brum, minha orientadora de Mestrado, interlocutora e autora do prefácio deste livro.
À Antonella Maria Imperatriz Tassinari, orientadora de outras pesquisas e projetos sobre antropologia da criança e teorias indígenas do conhecimento, que influenciaram sobremaneira a escrita que aqui apresento.
Aos meus pais e irmão pelo apoio e confiança depositada no caminho que escolhi.
Ao Anderson, pelo companheirismo, pela compreensão de minha ausência e apoio incondicional.
PREFÁCIO
Em diversas cidades brasileiras a presença de grupos indígenas nos seus espaços urbanos vem sendo uma constante que desafia a interpretação antropológica. Ela toca diretamente nas relações de alteridade e possibilidades de aceitação da diferença, num contexto em que as trocas culturais são percebidas como necessárias, mas entravadas por políticas públicas de eficácia relativa e que esbarram em um imaginário desfavorável de boa parte do mundo branco, no que diz respeito à presença dos índios no urbano.
Suzana Cavalheiro de Jesus, na pesquisa que resultou em sua dissertação de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria, enfrentou o difícil desafio deste entendimento com relação aos Mbya-Guarani em Santa Maria. Segundo a autora, o grupo apresenta uma memória desta ocupação territorial que remonta os últimos 20 anos, além de um conjunto de praticas que os inscreve no cenário contemporâneo da circulação transnacional dos Guarani, em diálogo com a já conhecida busca da terra sem males, já analisado por inúmeros pesquisadores, ao longo de sua história.
O trabalho de Suzana, nos leva ao encontro dos Guarani de uma maneira singela e inteligente. O grupo foi estudado através de um conjunto de trabalhos de campo baseado na observação participante dos quais resultou essa etnografia. Tive a oportunidade, como sua professora e orientadora, de acompanhar esse belo processo de interlocução iniciado no Calçadão de Santa Maria, onde o grupo vende artesanato e que culminou com o seu trabalho como alfabetizadora e mediadora das demandas do grupo, através do projeto Arandu.
Para além dos limites da publicação de uma dissertação de mestrado muito qualificada, este livro se constitui em uma importante interpretação na seara da Antropologia da Educação, que analisa as políticas públicas no campo escolar indígena e seu impacto à realidade dos Mbya-Guarani que habitam o urbano de Santa Maria.
O promissor campo da Etnologia educacional no Brasil, com a pesquisa de Suzana Cavalheiro de Jesus, recebe um trabalho ímpar que analisa as particularidades e complexidades da relação entre a educação bilíngue prevista na Constituição Federal de 1988, sua inexequibilidade em cenário de acampamento como era o caso dos Guarani, frente aos seus anseios de escolarização sem escola, como analisa a autora.
Desde os seus primeiros diálogos com o grupo, mostrados ao longo dessa fascinante narrativa etnográfica, se percebe o desejo e a busca desta autonomia por parte dos Guarani. Ao seu desejo de alfabetização sem escola também se soma sua busca por terra, saúde e melhores condições materiais e espirituais para a reconfiguração de seu ethos. Vale ressaltar que o grupo encontrou na Suzana uma pesquisadora atenta e aberta a acolhida de suas demandas em termos de intermediação com estado, município, universidade entre tantos outros atores presentes nesta relação de outramento.
Neste livro, o leitor encontrará uma narrativa sobre a tensão das trocas culturais e suas vicissitudes relatadas nas vozes Mbya-Guarani. Bem como a dificuldade da concretização das políticas públicas frente à dinâmica de um grupo ainda sem território, mas que incessantemente territorializa seus espaços. Por fim, e principalmente o leitor encontrará o desejo de uma antropóloga de ação, que para alavancar as demandas de seus interlocutores Guarani, os interpela em seus desejos e se coloca igualmente como intérprete de suas práticas.
Ceres Karam Brum
Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFSM
APRESENTAÇÃO
Este livro visa um convite ao diálogo sobre educação e infância no planejamento docente da educação escolar indígena. Configura-se em uma versão reformulada da minha dissertação de mestrado, defendida em 2011 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da