Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes
()
Sobre este e-book
Vislumbramos, neste projeto, a possibilidade de uma experiência autêntica de produção artística. Não se trata de "um teatrinho na escola", ou mesmo "de uma história em quadrinhos". Almejamos colocar os alunos na experiência de uma produção artística próxima à que acontece profissionalmente. A Fotonovela não representa somente um instrumento motivacional para as aulas de Matemática, mas um instrumento de significação e negociação de sentidos na produção interdisciplinar.
Em Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes é apresentado, na íntegra, o processo de produção da Fotonovela, discussões, diálogo e negociações presentes no percurso que mobilizou o grupo de alunos e os tornou protagonistas do seu processo de aprendizagem, transformando a escola em um espaço de aprendizagem coletiva.
Relacionado a Matemática e fotonovela
Ebooks relacionados
Os Registros de Representações Semióticas na Produção e Interpretação de: Significados sobre as Geometrias Espacial e Plana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIntegração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMatemática com arte Nota: 5 de 5 estrelas5/5História da matemática no brasil: (1938-1943) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInfluências Etnomatemáticas em Salas de Aula: Caminhando para a Ação Pedagógica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFiguras geométricas espaciais: alunos de quinto ano e suas professoras aprendendo juntos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Tendências em educação matemática: percursos curriculares brasileiros e paraguaios Nota: 5 de 5 estrelas5/5Rede de conceitos em matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasErros em Matemática: Refletindo sobre sua Origem Nota: 5 de 5 estrelas5/5Etnomatemática na escola: sujeito, discurso e relações de poder-saber Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAvaliação e ensino de matemática: o programa ler e escrever em foco Nota: 2 de 5 estrelas2/5A Aprendizagem Cooperativa no Ensino da Matemática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ensino Médio e o Êxito na Matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNarrativas de Pedagogos que Ensinam (e Aprendem) Matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExperimentações em Educação Matemática: Entre Oficinas e Salas de Aula Nota: 2 de 5 estrelas2/5Professores, leitura e escrita: Relações e ecos para suas práticas pedagógicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMateludicando: ensaios sobre filosofia, matemática e ludicidade (volume 1) Nota: 4 de 5 estrelas4/5Docências na Educação Superior: Experiências, Diálogos e Interações Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino das operações aritméticas: formação de professores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPensamento Combinatório e Probabilístico: Problematizações em Aulas de Matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnos iniciais: metodologia para o ensino da matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Importância Da Matemática Na Física Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDa etnomatemática a arte-design e matrizes cíclicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiferentes Comunicações da Linguagem: Reflexões Sobre Dificuldades e Facilidades para o Conhecimento Matemático Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFormação matemática do professor: Licenciatura e prática docente escolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino de Matemática e Registros de Representação Semiótica: uma Perspectiva Pragmático-Cognitiva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação matemática e tecnologia: articulando práticas geométricas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCenários de pesquisa em educação matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino de matemática: a circunferência como paródia musical e as situações didáticas Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Que Há De Novo? Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Métodos e Materiais de Ensino para você
Massagem Erótica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aprender Inglês - Textos Paralelos - Histórias Simples (Inglês - Português) Blíngüe Nota: 4 de 5 estrelas4/5Raciocínio lógico e matemática para concursos: Manual completo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pedagogia do oprimido Nota: 4 de 5 estrelas4/54000 Palavras Mais Usadas Em Inglês Com Tradução E Pronúncia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ludicidade: jogos e brincadeiras de matemática para a educação infantil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como Estudar Eficientemente Nota: 4 de 5 estrelas4/5Como Escrever Bem: Projeto de Pesquisa e Artigo Científico Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ensine a criança a pensar: e pratique ações positivas com ela! Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cérebro Turbinado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Técnicas de Invasão: Aprenda as técnicas usadas por hackers em invasões reais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Temperamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Bíblia e a Gestão de Pessoas: Trabalhando Mentes e Corações Nota: 5 de 5 estrelas5/5Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão Nota: 4 de 5 estrelas4/5BLOQUEIOS & VÍCIOS EMOCIONAIS: COMO VENCÊ-LOS? Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jogos e Brincadeiras para o Desenvolvimento Infantil Nota: 3 de 5 estrelas3/5Guia Prático Mindfulness Na Terapia Cognitivo Comportamental Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSexo Sem Limites - O Prazer Da Arte Sexual Nota: 4 de 5 estrelas4/5A arte de convencer: Tenha uma comunicação eficaz e crie mais oportunidades na vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5Manual Da Psicopedagogia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sou péssimo em inglês: Tudo que você precisa saber para alavancar de vez o seu aprendizado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Por que gritamos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Vida Intelectual: Seu espírito, suas condições, seus métodos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprender Francês - Textos Paralelos (Português - Francês) Histórias Simples Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Avaliações de Matemática e fotonovela
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Matemática e fotonovela - Simone T. Ferrarezi
Editora Appris Ltda.
1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIEDADE
Ao Paulo, meu amigo, companheiro e amor de muitos anos, que acreditou em mim em todos os momentos. Aos meus filhos, Gabriel e Ana Paula,
pelo carinho, confiança e muita paciência.
Agradecimentos
À parceira e amiga Luana Toricelli, profissional competente e dedicada, por abrir as portas da sua sala de aula.
À escola que abriu suas portas e me recebeu de forma generosa, aos alunos que abriram seus corações e sem os quais não teria aprendido tanto e nem me divertido tanto.
A todos que de alguma maneira fizeram este caminho tornar-se extraordinário.
APRESENTAÇÃO
Ao longo de minha formação profissional desenvolvi a confiança de que a Arte nos permite realizar quase tudo. Acredito também que o talento se desenvolve no amor que colocamos naquilo que fazemos e no amor pelo próprio trabalho. Este livro é produzido a partir de minha prática e experiência na dança, música e teatro e que se revelam em Fotonovelas com crianças e jovens em meu trabalho pedagógico como professora. A experiência relatada nesse livro é fruto de uma pesquisa desenvolvida em sala de aula, em uma prática pedagógica que buscou investigar as conexões possíveis entre a Arte e a Matemática no contexto da Educação Matemática escolar, em uma produção de Fotonovelas.
As atividades apresentadas nesse livro foram desenvolvidas em duas salas de aula de 8.ª série (9.º ano do Ensino Fundamental), em uma escola pública de uma cidade no interior de São Paulo. Estabelecemos uma parceria com a professora Luana, professora de Matemática das turmas. Para compreendermos todo o processo de desencadeamento do projeto foram necessárias análises sobre gênero textual, cultura da juventude, cultura escolar e Matemática escolar.
Ao iniciar o trabalho, deparamo-nos com a falta de materiais publicados, principalmente que articulavam Matemática e Arte, mas respeitando a expressividade e a função de cada área de conhecimento, bem como sua importância pedagógica. Assim, almejamos desenvolver uma atividade lúdica que fosse diferente do teatrinho na escola
. Diante disso, apresentamos uma proposta alternativa para se trabalhar com a interdisciplinaridade, utilizando as diferentes linguagens artísticas: corporal, visual e plástica para o ensino de Geometria.
O diferencial no projeto apresentado nesse livro está na pesquisa da Fotonovela enquanto Arte e gênero textual na escola, quando ela assume sentidos e significados à Matemática escolar para os alunos e também quando discute qual Matemática se revela e que faz sentido na perspectiva da Arte.
No decorrer da leitura desse livro será possível reconhecer que a Fotonovela pode ser um instrumento valioso na aprendizagem matemática e na valorização pessoal dos jovens, muitas vezes pouco interessados pela aprendizagem matemática escolar. No projeto observamos como os alunos se apropriaram do gênero textual utilizado na produção e que, através do diálogo e da negociação presentes durante todo o percurso, o grupo se mobilizou para que a Fotonovela fosse produzida, tornando os alunos protagonistas do seu processo de aprendizagem. A escola se tornou um espaço de aprendizagem coletiva.
O projeto de intervenção desenvolvido com os alunos teve como resultado uma revista de Fotonovela com duas histórias policiais. Nos capítulos que se seguem é possível conhecer desde o planejamento até o acompanhamento de aulas com atividades lúdicas e o desenvolvimento de jogos teatrais (expressão corporal, vocal e relaxamento) com os jovens, mediados pela professora Luana e pela primeira autora desse livro. Todo o projeto foi registrado por meio de filmagens e fotos de vários momentos da aula, além das fotos para a produção da Fotonovela. Durante a produção tivemos a oportunidade de interagir com os alunos via e-mails e mensagens no Facebook. Todo esse material foi sendo investigado e analisado e é apresentado nos capítulos desse livro.
Desejamos que esta obra possa servir de auxílio e incentivo para professores e estudiosos que, como nós, acreditam nas possibilidades de conexões e no desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar entre a Matemática e as demais áreas do conhecimento. E que possam a partir daqui se inspirar para novos caminhos nas práticas pedagógicas escolares.
PREFÁCIO
"A escola não ensina, ela adestra. Pensar bem não é saber responder.
É ser capaz de criar perguntas novas". (Prof. Luiz Barco)
Ser convidado para esta escrita foi uma grande satisfação. Meu contato inicial com o trabalho, que originou o texto deste livro, ocorreu no XVII Encontro Brasileiro de Estudantes de Pósgraduação em Educação Matemática (XVII EBRAPEM), realizado no Instituto Federal do Espírito Santo, em novembro de 2013. Nesse encontro tive a oportunidade de atuar como coordenador de sessões de Comunicação Oral, onde os alunos de pós graduação, neste caso em Educação Matemática, apresentaram seus trabalhos em processo de construção ou recém defendidos.
Numa dessas sessões aconteceu meu primeiro encontro com o texto construído por Simone. Me permito aqui referir-me à autora apenas pelo primeiro nome devido ao grau de interação e proximidade em que nos encontramos nesse momento. Não foi só o encontro com Simone, foi o encontro com textos, textos e textos. Ela me apresentava, em seu trabalho, uma gama de linguagens muito significativas, e fiquei muito curioso para conhecer mais de perto.
Também pedagogo de formação, como Simone, e professor de Metodologia da Matemática no curso de Pedagogia, encantei me com a proposta de pesquisa. Arte e Matemática. Em minhas aulas busco sempre conduzir minhas alunas (faço opção pelo gênero feminino, pois a presença do gênero masculino é pouco significativa) pelo viés das múltiplas linguagens no ensino da Matemática. Digo a elas: É preciso conversar com os alunos sobre Matemática
; Matemática é Linguagem
; Precisamos desconstruir essa Matemática de fórmulas e decorebas
. Muitas vezes deixo-as meio perdidas pela formação que tiveram em Matemática.
O texto de Simone me aproximou do meu discurso. Neste primeiro encontro fiquei curioso em saber quem era essa pessoa que discursava utilizando o viés da Arte. Perguntei à ela de onde vem sua formação. Quando ela contou, para mim e para o grupo que se encontrava na sala, que não era formada em Matemática e sim em Pedagogia, disse à ela 0 quanto era audaciosa em navegar por mares ainda tão enrijecidos; adorei estar na presença de uma Pedagoga, pós-graduanda em Educação Matemática. Fui questionando-a e descobri que existia uma paixão pela Educação, pela Arte e pela Matemática. A partir deste momento percebi que estava diante de uma sonhadora que transformou seu sonho em realidade.
Nesse primeiro encontro trocamos e-mail e a professora combinou de enviar-me um exemplar da revista com a fotonovela, produto de sua pesquisa, quando esta tivesse publicada. Esse fato aconteceu em dezembro de 2013. Em julho de 2014 recebo um e-mail da professora Regina Célia Grando, sua orientadora, convidando-me para compor a banca de mestrado de Simone, o que ocorreu em fevereiro de 2015, com a presença da professora Adair Mendes Nacarato, coorientadora, pois a professora Regina não poderia participar da banca por questões de ordem burocrática, mesmo estando presente. Foi um momento muito especial, onde ficou oficializado cientificamente a validade da pesquisa, ou melhor do texto-arte produzido colaborativamente. Não posso deixar de registrar o imenso carinho que recebi durante o contato inicial, no XVII EBRAPEM, até a defesa de mestrado. Faço a leitura desse cuidado, como o primor, a delicadeza, e a sensibilidade expressos na construção deste texto que é apresentado neste livro.
Parcerias dos alunos, da escola e da comunidade são elementos significativos no trabalho da autora; publicar o produto final (a fotonovela), sem grandes pretensões profissionais, ainda fazer tarde de autógrafos
com os alunos foram demonstrações simbólicas de quanto este produto era fruto de paixão. Caro leitor, neste livro você encontrará uma autora apaixonada pelo que faz e que conduziu um grupo de pessoas para realizar um sonho, que sonharam junto com ela e nos agracia com este belo texto, acadêmico, sim, mas antes de tudo humano. Trazer beleza e poesia para um campo ainda tão enrijecido, como a Matemática, utilizando linguagens diversas que se exprimiram na forma final como uma fotonovela acredito que tenha sido um ato de coragem, e acima de tudo sabedoria.
Caros leitores, aproveitem este texto para refletir sobre como a Matemática é humana, sendo uma linguagem que dialoga com diversas linguagens. Inspirem-se nessa professora/pesquisadora/autora, principalmente se forem docentes de Matemática. Precisamos dialogar mais com os estudantes e a sociedade na busca de humanidades. Com certeza a construção desta obra foi um diálogo extremamente rico, que a professora Simone pode se tornar mais humana, e é o que buscamos cada vez mais com a Educação.
Por fim, agradeço à Simone por me convidar a redigir considerações sobre seu texto, construído de forma brilhante. Permito-me em terminar este Prefácio com algumas palavras sábias do grande artista Charles Chaplin: Não sois máquinas! Homens é que sois!
Eduardo Vianna Gaudio
Vila Velha/ES, 13 de março de 2015.
Doutor em Educação (Educação Matemática)
pela Universidade Federal do Espírito Santo
Pedagogo da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Espírito Santo
Professor da Universidade de Vila Velha/Espírito Santo
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
MATEMÁTICA E FOTONOVELA: CONEXÕES POSSÍVEIS PARA JOVENS ESTUDANTES
1.1 Fotonovela (FN)
CAPÍTULO 2
FOTONOVELA ENQUANTO GÊNERO TEXTUAL E SUAS CONEXÕES COM O CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESCOLAR: A ARTE REINVENTA A MATEMÁTICA
2.1 Conhecendo a fotonovela
2.2 Os jogos teatrais
2.3 Solução de enigmas: possibilidades de desenvolvimento do pensamento científico
2.4 A produção dos textos para a fotonovela
2.5 A construção dos enigmas: do script à fotografia
2.6 Acabamos, prô? Algumas considerações sobre o capítulo.
CAPÍTULO 3
CULTURA DA ESCOLA E CULTURA DA JUVENTUDE
3.1 As fotos vão ser feitas na sala? O espaço da sala de aula: seu interior e seu exterior
3.2 Você tem Face, né?
3.3 Foi legal porque a gente podia se expressar. Algumas considerações sobre o capítulo
CAPÍTULO 4
FOTOGRAFANDO E REVELANDO