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Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes
Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes
Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes
E-book216 páginas2 horas

Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes

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Sobre este e-book

Este livro apresenta um projeto realizado com alunos do 9.º ano de uma escola pública no interior de São Paulo. O projeto Conexões Possíveis entre a Matemática Escolar e a Produção de Fotonovelas com Jovens Estudantes apresenta as possibilidades de se ensinar Matemática envolvendo conceitos do campo da Geometria, através da linguagem artística, tendo como material a Fotonovela.

Vislumbramos, neste projeto, a possibilidade de uma experiência autêntica de produção artística. Não se trata de "um teatrinho na escola", ou mesmo "de uma história em quadrinhos". Almejamos colocar os alunos na experiência de uma produção artística próxima à que acontece profissionalmente. A Fotonovela não representa somente um instrumento motivacional para as aulas de Matemática, mas um instrumento de significação e negociação de sentidos na produção interdisciplinar.

Em Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes é apresentado, na íntegra, o processo de produção da Fotonovela, discussões, diálogo e negociações presentes no percurso que mobilizou o grupo de alunos e os tornou protagonistas do seu processo de aprendizagem, transformando a escola em um espaço de aprendizagem coletiva.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2016
ISBN9788547301330
Matemática e fotonovela: conexões possíveis para jovens estudantes

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    Matemática e fotonovela - Simone T. Ferrarezi

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição – Copyright© 2016 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIEDADE

    Ao Paulo, meu amigo, companheiro e amor de muitos anos, que acreditou em mim em todos os momentos. Aos meus filhos, Gabriel e Ana Paula,

    pelo carinho, confiança e muita paciência.

    Agradecimentos

    À parceira e amiga Luana Toricelli, profissional competente e dedicada, por abrir as portas da sua sala de aula.

    À escola que abriu suas portas e me recebeu de forma generosa, aos alunos que abriram seus corações e sem os quais não teria aprendido tanto e nem me divertido tanto.

    A todos que de alguma maneira fizeram este caminho tornar-se extraordinário.

    APRESENTAÇÃO

    Ao longo de minha formação profissional desenvolvi a confiança de que a Arte nos permite realizar quase tudo. Acredito também que o talento se desenvolve no amor que colocamos naquilo que fazemos e no amor pelo próprio trabalho. Este livro é produzido a partir de minha prática e experiência na dança, música e teatro e que se revelam em Fotonovelas com crianças e jovens em meu trabalho pedagógico como professora. A experiência relatada nesse livro é fruto de uma pesquisa desenvolvida em sala de aula, em uma prática pedagógica que buscou investigar as conexões possíveis entre a Arte e a Matemática no contexto da Educação Matemática escolar, em uma produção de Fotonovelas.

    As atividades apresentadas nesse livro foram desenvolvidas em duas salas de aula de 8.ª série (9.º ano do Ensino Fundamental), em uma escola pública de uma cidade no interior de São Paulo. Estabelecemos uma parceria com a professora Luana, professora de Matemática das turmas. Para compreendermos todo o processo de desencadeamento do projeto foram necessárias análises sobre gênero textual, cultura da juventude, cultura escolar e Matemática escolar.

    Ao iniciar o trabalho, deparamo-nos com a falta de materiais publicados, principalmente que articulavam Matemática e Arte, mas respeitando a expressividade e a função de cada área de conhecimento, bem como sua importância pedagógica. Assim, almejamos desenvolver uma atividade lúdica que fosse diferente do teatrinho na escola. Diante disso, apresentamos uma proposta alternativa para se trabalhar com a interdisciplinaridade, utilizando as diferentes linguagens artísticas: corporal, visual e plástica para o ensino de Geometria.

    O diferencial no projeto apresentado nesse livro está na pesquisa da Fotonovela enquanto Arte e gênero textual na escola, quando ela assume sentidos e significados à Matemática escolar para os alunos e também quando discute qual Matemática se revela e que faz sentido na perspectiva da Arte.

    No decorrer da leitura desse livro será possível reconhecer que a Fotonovela pode ser um instrumento valioso na aprendizagem matemática e na valorização pessoal dos jovens, muitas vezes pouco interessados pela aprendizagem matemática escolar. No projeto observamos como os alunos se apropriaram do gênero textual utilizado na produção e que, através do diálogo e da negociação presentes durante todo o percurso, o grupo se mobilizou para que a Fotonovela fosse produzida, tornando os alunos protagonistas do seu processo de aprendizagem. A escola se tornou um espaço de aprendizagem coletiva.

    O projeto de intervenção desenvolvido com os alunos teve como resultado uma revista de Fotonovela com duas histórias policiais. Nos capítulos que se seguem é possível conhecer desde o planejamento até o acompanhamento de aulas com atividades lúdicas e o desenvolvimento de jogos teatrais (expressão corporal, vocal e relaxamento) com os jovens, mediados pela professora Luana e pela primeira autora desse livro. Todo o projeto foi registrado por meio de filmagens e fotos de vários momentos da aula, além das fotos para a produção da Fotonovela. Durante a produção tivemos a oportunidade de interagir com os alunos via e-mails e mensagens no Facebook. Todo esse material foi sendo investigado e analisado e é apresentado nos capítulos desse livro.

    Desejamos que esta obra possa servir de auxílio e incentivo para professores e estudiosos que, como nós, acreditam nas possibilidades de conexões e no desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar entre a Matemática e as demais áreas do conhecimento. E que possam a partir daqui se inspirar para novos caminhos nas práticas pedagógicas escolares.

    PREFÁCIO

    "A escola não ensina, ela adestra. Pensar bem não é saber responder.

    É ser capaz de criar perguntas novas". (Prof. Luiz Barco)

    Ser convidado para esta escrita foi uma grande satisfação. Meu contato inicial com o trabalho, que originou o texto deste livro, ocorreu no XVII Encontro Brasileiro de Estudantes de Pósgraduação em Educação Matemática (XVII EBRAPEM), realizado no Instituto Federal do Espírito Santo, em novembro de 2013. Nesse encontro tive a oportunidade de atuar como coordenador de sessões de Comunicação Oral, onde os alunos de pós graduação, neste caso em Educação Matemática, apresentaram seus trabalhos em processo de construção ou recém defendidos.

    Numa dessas sessões aconteceu meu primeiro encontro com o texto construído por Simone. Me permito aqui referir-me à autora apenas pelo primeiro nome devido ao grau de interação e proximidade em que nos encontramos nesse momento. Não foi só o encontro com Simone, foi o encontro com textos, textos e textos. Ela me apresentava, em seu trabalho, uma gama de linguagens muito significativas, e fiquei muito curioso para conhecer mais de perto.

    Também pedagogo de formação, como Simone, e professor de Metodologia da Matemática no curso de Pedagogia, encantei me com a proposta de pesquisa. Arte e Matemática. Em minhas aulas busco sempre conduzir minhas alunas (faço opção pelo gênero feminino, pois a presença do gênero masculino é pouco significativa) pelo viés das múltiplas linguagens no ensino da Matemática. Digo a elas: É preciso conversar com os alunos sobre Matemática; Matemática é Linguagem; Precisamos desconstruir essa Matemática de fórmulas e decorebas. Muitas vezes deixo-as meio perdidas pela formação que tiveram em Matemática.

    O texto de Simone me aproximou do meu discurso. Neste primeiro encontro fiquei curioso em saber quem era essa pessoa que discursava utilizando o viés da Arte. Perguntei à ela de onde vem sua formação. Quando ela contou, para mim e para o grupo que se encontrava na sala, que não era formada em Matemática e sim em Pedagogia, disse à ela 0 quanto era audaciosa em navegar por mares ainda tão enrijecidos; adorei estar na presença de uma Pedagoga, pós-graduanda em Educação Matemática. Fui questionando-a e descobri que existia uma paixão pela Educação, pela Arte e pela Matemática. A partir deste momento percebi que estava diante de uma sonhadora que transformou seu sonho em realidade.

    Nesse primeiro encontro trocamos e-mail e a professora combinou de enviar-me um exemplar da revista com a fotonovela, produto de sua pesquisa, quando esta tivesse publicada. Esse fato aconteceu em dezembro de 2013. Em julho de 2014 recebo um e-mail da professora Regina Célia Grando, sua orientadora, convidando-me para compor a banca de mestrado de Simone, o que ocorreu em fevereiro de 2015, com a presença da professora Adair Mendes Nacarato, coorientadora, pois a professora Regina não poderia participar da banca por questões de ordem burocrática, mesmo estando presente. Foi um momento muito especial, onde ficou oficializado cientificamente a validade da pesquisa, ou melhor do texto-arte produzido colaborativamente. Não posso deixar de registrar o imenso carinho que recebi durante o contato inicial, no XVII EBRAPEM, até a defesa de mestrado. Faço a leitura desse cuidado, como o primor, a delicadeza, e a sensibilidade expressos na construção deste texto que é apresentado neste livro.

    Parcerias dos alunos, da escola e da comunidade são elementos significativos no trabalho da autora; publicar o produto final (a fotonovela), sem grandes pretensões profissionais, ainda fazer tarde de autógrafos com os alunos foram demonstrações simbólicas de quanto este produto era fruto de paixão. Caro leitor, neste livro você encontrará uma autora apaixonada pelo que faz e que conduziu um grupo de pessoas para realizar um sonho, que sonharam junto com ela e nos agracia com este belo texto, acadêmico, sim, mas antes de tudo humano. Trazer beleza e poesia para um campo ainda tão enrijecido, como a Matemática, utilizando linguagens diversas que se exprimiram na forma final como uma fotonovela acredito que tenha sido um ato de coragem, e acima de tudo sabedoria.

    Caros leitores, aproveitem este texto para refletir sobre como a Matemática é humana, sendo uma linguagem que dialoga com diversas linguagens. Inspirem-se nessa professora/pesquisadora/autora, principalmente se forem docentes de Matemática. Precisamos dialogar mais com os estudantes e a sociedade na busca de humanidades. Com certeza a construção desta obra foi um diálogo extremamente rico, que a professora Simone pode se tornar mais humana, e é o que buscamos cada vez mais com a Educação.

    Por fim, agradeço à Simone por me convidar a redigir considerações sobre seu texto, construído de forma brilhante. Permito-me em terminar este Prefácio com algumas palavras sábias do grande artista Charles Chaplin: Não sois máquinas! Homens é que sois!

    Eduardo Vianna Gaudio

    Vila Velha/ES, 13 de março de 2015.

    Doutor em Educação (Educação Matemática)

    pela Universidade Federal do Espírito Santo

    Pedagogo da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Espírito Santo

    Professor da Universidade de Vila Velha/Espírito Santo

    SUMÁRIO

    CAPÍTULO 1

    MATEMÁTICA E FOTONOVELA: CONEXÕES POSSÍVEIS PARA JOVENS ESTUDANTES 

    1.1 Fotonovela (FN) 

    CAPÍTULO 2

    FOTONOVELA ENQUANTO GÊNERO TEXTUAL E SUAS CONEXÕES COM O CONHECIMENTO MATEMÁTICO ESCOLAR: A ARTE REINVENTA A MATEMÁTICA  

    2.1 Conhecendo a fotonovela 

    2.2 Os jogos teatrais 

    2.3 Solução de enigmas: possibilidades de desenvolvimento do pensamento científico 

    2.4 A produção dos textos para a fotonovela 

    2.5 A construção dos enigmas: do script à fotografia 

    2.6 Acabamos, prô? Algumas considerações sobre o capítulo. 

    CAPÍTULO 3

    CULTURA DA ESCOLA E CULTURA DA JUVENTUDE 

    3.1 As fotos vão ser feitas na sala? O espaço da sala de aula: seu interior e seu exterior 

    3.2 Você tem Face, né? 

    3.3 Foi legal porque a gente podia se expressar. Algumas considerações sobre o capítulo 

    CAPÍTULO 4

    FOTOGRAFANDO E REVELANDO

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