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Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau
Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau
Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau
E-book147 páginas1 hora

Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau

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Sobre este e-book

O livro Integração de Múltiplas Representações em atividades de Função do 1° Grau destaca a importância e as vantagens da multiplicidade representacional no ensino de Matemática. A obra propõe-se a apresentar atividades de Função do 1° Grau e a mobilização de diferentes representações, pois em cada tipo de representação um aspecto do objeto matemático pode ser evidenciado. Por exemplo, o zero de uma função pode ser visualizado mais facilmente em uma representação gráfica do que em uma representação algébrica. A obra redireciona o olhar do docente em ações que podem ser comuns à sua prática, porém de maneira não intencional, a partir da integração do referencial de Raymond Duval e de Shaaron Ainsworth.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de ago. de 2019
ISBN9788547320355
Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau

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    Integração de Múltiplas Representações em Atividades de Função do 1° Grau - Renata Aparecida de Faria

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2018 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

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    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    Aos meus tesouros, Pietro e Carolina.

    Com vocês me sinto sempre uma pessoa melhor

    AGRADECIMENTOS

    Ao Paulo, amor da minha vida, pelo apoio incondicional.

    À minha mãe, Neide, minha fonte de fé, por ser meu refúgio.

    Aos meus irmãos, Fernanda e João Estevan, meus anjos da guarda.

    Ao meu pai José, por desde cedo me estimular o prazer da leitura.

    À Stela e aos meus netos, Pietra e Arthur.

    Aos amigos antigos e recentes, dos melhores e dos piores momentos da minha vida, que ajudam a enfrentar e/ou contornar as pedras de qualquer caminho.

    Ao professor Carlos Eduardo Laburú, que com seu conhecimento, insights e seriedade mostrou como trilhar este caminho, e às professoras Karina Alessandra Pessôa da Silva e Lourdes Maria Werle de Almeida, pelas sugestões, profissionalismo e paciência.

    Aos professores do Pecem, que engrandeceram minha visão de mundo, e aos colegas do Grupo de Pesquisa que, com suas sugestões, seu apoio em situações acadêmicas desanimadoras e suas críticas, enriqueceram direta ou indiretamente a obra aqui apresentada.

    Aos colegas docentes e meus alunos, que sempre (mesmo sem saber) me incentivam a continuar na profissão.

    E à Cassiana, pela teimosia de seguir em frente.

    PREFÁCIO

    Numerosas observações de pesquisas e avaliações de experiências de aprendizagem em sala de aula mostram que as representações constituem uma atividade menos espontânea e mais difícil de adquirir para a grande maioria dos alunos¹. Normalmente tanto os professores de Matemática como de Ciências não refletem sobre essa questão de maneira aprofundada e, por várias razões, costumam achar que os signos não têm um valor instrucional maior e acabam por tratá-los de forma imatura ou sem a devida atenção. Contudo, para a aprendizagem científica e matemática, o trânsito entre distintas representações é uma atividade fundamental do pensamento, pois favorece que elas sejam ligadas e associadas, criando conexões² por meio de ideias ou relações hierárquicas entre si³, o que auxilia a construir a necessária significação, mediadas pela linguagem natural, algébrica, científica, entre outras.

    Pesquisadores como Eysenck e Keane⁴ compreendem a linguagem como a capacidade de receber, interpretar e emitir informações para o ambiente. Por meio da linguagem, conseguimos manipular de forma abstrata os símbolos linguísticos, permitindo, dessa forma, a troca de informações entre as pessoas. A linguagem não se restringe apenas à sua forma natural ou escrita, mas também refere-se à linguagem formal, gráfica, entre outras, e reflete a capacidade de pensamento e abstração. A habilidade linguística é desenvolvida de forma integrada com os processos cognitivos, portanto, conforme as representações mentais se desenvolvem e tornam-se mais complexas, a linguagem também amplia seus recursos simbólicos.

    No contexto da Psicologia Cognitiva, Raymond Duval buscou descrever o funcionamento cognitivo do pensamento, considerando, para isso, as mudanças de registros de representação semiótica, que levou a publicação de diversos trabalhos, entre os quais Sémiosis et penseé humaine: Registres sémiotiques et apprentissages Intellectuels⁵. Os registros de representação semiótica compõem um subconjunto de representações dessa natureza, que, além de permitir a realização da comunicação de conteúdos matemáticos e científicos, são requisitadas para o exercício das complexas atividades cognitivas humanas. Conforme afirma o próprio pesquisador, sem as representações semióticas não é possível efetuar certas funções cognitivas essenciais de pensamento⁶. Existem três atividades cognitivas fundamentais ligadas à apreensão ou produção de um registro de representação: a formação de uma representação identificável, o tratamento e a conversão. Tais atividades serão aprofundadas nos capítulos subjacentes da presente obra, assim como suas aproximações e convergência com o uso de múltiplas representações no processo de ensino e aprendizagem.

    Os princípios gerais para o uso qualitativo das Múltiplas Representações em ambientes de aprendizagem por meio de uma taxonomia funcional realizada no estudo de Shaaron Ainsworth The functions of multiple representations⁷. A análise conceitual dos ambientes de aprendizagem multirepresentacionais sugere que há três papéis principais que as Múltiplas Representações desempenham na compreensão de determinado objeto de estudo: complementar, restringir e construir⁸. O primeiro papel consiste em usar representações que contenham informações complementares ou que sirvam de apoio complementar aos processos cognitivos. Além disso, a diversidade representacional pode ser usada para restringir possíveis interpretações impróprias do mesmo conceito. Finalmente, as Múltiplas Representações também podem ser usadas para incentivar os alunos a construir uma compreensão mais aprofundada de um conceito científico, refinando-o. Nesse sentido, as Múltiplas Representações estimulam diferentes perspectivas para olhar o mesmo objeto conceitual, abrindo, com isso, novos caminhos de pensamento para entender esse objeto.

    Em síntese, a troca de registros da linguagem natural para imagens, tabelas, gráficos, esquemas, linguagem algébrica ou geométrica, entre outros, ocasiona obstáculos à compreensão dos alunos que são independentes da complexidade do campo conceitual trabalhado. Quando do processo de troca, a ausência de associação entre a linguagem natural e as diferentes representações, ou destas entre si, gera, com frequência, aprendizagens deficitárias.

    Um dos papéis desempenhados pelas representações semióticas é o da comunicação, ou seja, o de exteriorizar as representações mentais⁹, tornando-as, por isso, acessíveis às outras pessoas. Por isso, a presente obra é preponderante em compreender que o modo como o aluno elabora ou lida com uma representação semiótica revela, de alguma forma, como ele representou essa informação internamente. Saber interpretar a representação produzida por ele pode ajudar o professor a realizar intervenções mais adequadas no seu processo de construção do conhecimento¹⁰.

    Prof. Dr. Paulo Sérgio De Camargo Filho

    Stem Education Research Group

    Universidade Tecnológica Federal Do Paraná

    REFERÊNCIA

    AINSWORTH, S. The functions of multiple representations. Computers & Education, v. 33, 1999.

    AUSUBEL, D.; NOVAK, J.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

    CAMARGO FILHO, P. S.; LABURÚ. C.E; BARROS, M.A. Dificuldades semióticas na construção de gráficos cartesianos em cinemática. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 28, 2011.

    DUVAL, R. Semiosis y pensamiento humano registros semióticos y aprendizajes intelectuales. Universidad del Vale - Instituto de Educación y Pedagogía. Santiago de Cali: Colombia Peter Lang, 2004.

    ECO, H. Tratado Geral De Semiótica. Perspectiva: São Paulo, 2003.

    EYSENCK, Michael W., KEANE, Mark T. Manual de psicologia cognitiva. Tradução de Magda França Lopes. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

    PATTERSON, N. D.; NORWOOD, K. S. A case study of teacher beliefs on student’s beliefs about multiple representations, International Journal of Science and Mathematics Education, v. 2, 2004.

    STEINBRING, H. What makes a sign a mathematical sign? An epistemological perspective on mathematical interaction. Education Studies

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