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Margarida de Wessex: Série Mulheres Legendárias da História Mundial, #10
Margarida de Wessex: Série Mulheres Legendárias da História Mundial, #10
Margarida de Wessex: Série Mulheres Legendárias da História Mundial, #10
E-book142 páginas1 hora

Margarida de Wessex: Série Mulheres Legendárias da História Mundial, #10

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Sobre este e-book

O século 11 foi uma época perigosa para os descendentes diretos do Rei Æthelred II Despreparado e de sua primeira rainha, Æfgifu of York. Nascida na Hungria depois da tentativa falha do Rei Canuto III de assassinar o seu pai, Eduardo, o Exilado, Margarida teve a vida virada de cabeça para baixo pela descoberta do Rei Eduardo, o Confessor, de que o seu pai continuava vivo — e com a consequente reconvocação de sua família à Inglaterra.

Agora, uma refém política mantida viva apenas enquanto serve aos interesses de homens poderosos, Margarida e sua família encontram no convite do Rei Máel Coluim mac Donnchadh Ceann à sua corte em Dunfermline, Alba, a resposta há muito esperada para as suas preces.

A Escócia jamais seria a mesma outra vez.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de abr. de 2020
ISBN9781071543313
Margarida de Wessex: Série Mulheres Legendárias da História Mundial, #10

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    Margarida de Wessex - Laurel A. Rockefeller

    Árvores genealógicas

    A águia Reichsalder do Império Romano. Matilde da Inglaterra foi Kaiserin (imperatriz) de Heinrich V.

    Duque Guilherme da Normandia / Rei Guilherme I, o Conquistador.

    Rei Haroldo II Godwinson de Wessex.

    O wyvern da Casa Wessex.

    Eduardo, o Confessor.

    ––––––––

    O leão desenfreado da Escócia.

    Casa Wessex

    Casa Dunkeld

    Prólogo

    A Torre Branca de Londres erguia-se contra o enevoado Rio Tamisa, as paredes reluzentes de calcário ocultavam o seu verdadeiro propósito de símbolo de conquista e domínio sobre os saxões da casa governante Wessex. Uma barcaça real aproximou-se da torre pelo Tamisa. Quatro guardas reais marcharam da torre para encontrar a barcaça que chegava, enquanto mais dois guardas, no barco, levantavam-se, cheios de expectativa. Toda vaidade, a Princesa real, Matilde, Kaiserin do Império Romano, pisou em solo inglês pela primeira vez em quinze anos. Cerimonialmente, os guardas marcharam com a Princesa relutante do Tamisa para a sala do trono do Rei Henrique.

    Curvando-se, a Kaiserin Matilde finalmente encontrou-se cara a cara com o pai que mal conhecera quando criança.

    Salve Henrice rege Angliae et Normaniae.

    Salve Matilde, imperatrix romanorum! — saudou o Rei Henrique, em resposta. — Seja bem-vinda, Matilde. Como foi a sua jornada? — perguntou o Rei.

    Je ne comprends pas. Je ne parle pas Anglais — respondeu Matilde, em francês.

    Henrique levantou-se do trono e disse, severamente:

    — Você não respondeu à minha pergunta.

    Deutsch ist meine Muttersprache. Wie sollte es das auch nicht sein? Immerhin habt Ihr mich als dessen Braut an den Hof des Kaisers gesandt — dort bin ich aufgewachsen. Das römisch-deutsche Reich ist meine wahre Heimat. Dort möchte ich leben und sterben, nicht in England und erst recht nicht in London! — adicionou Matilde, desafiadoramente, em alemão.

    O Rei Henrique deu um tapa no rosto da filha.

    — Você parece uma saxã!

    Ich bin die römisch-deutsche Kaiserin — afirmou Matilde, levantando-se depois do golpe, os olhos ardendo de raiva e ódio.

    — Aqui não! — rugiu o Rei Henrique. — Aqui, você é a minha filha e a minha herdeira. Aqui, você é a Princesa da Inglaterra. Fará o que lhe for ordenado, Matilde.

    Matilde esforçou-se para falar em inglês, com palavras lentas e um sotaque pesado numa mistura de alemão, holandês, francês e latim:

    Ich — eu allein sozinha sobrevivi dos filhos de minha mãe. Apenas eu tenho o sangue de Wessex, de Máel Coluim Ceann Mhor e da Normandia. Ninguém mais pode governar a Inglaterra depois de você, senão eu. Cuide do seu tesouro, Henri Roi de Angleterre et de Normandie. Sem mim, não poderá governar suas terras. Sem mim, não haverá uma Inglaterra normanda.

    O Rei Henrique bateu outra vez no rosto de Matilde.

    — Ninguém me desafia! Não em Yorkshire nem na Escócia. E, certamente, não você! Irá me obedecer. Será a perfeita Princesa inglesa, ou a baterei até que todas as suas partes alemãs sangrem de você. Agora, vá para os seus aposentos! E fique lá até ser chamada novamente. Com um estalar dos dedos, dois guardas apreenderam Matilde e a escoltaram para seus aposentos.

    — Precisava tê-lo desafiado? — perguntou Agnes, ajudando Matilde a despir as roupas da viagem, seu sotaque pesadamente alemão.

    — Ele me trata como súdita, mas sou superior a ele! — exclamou Matilde. — O que é a Inglaterra? Um território menor em comparação às nossas terras na França — a Normandia é maior. Pelo menos, na Normandia, todo mundo fala o mesmo dialeto francês. A Inglaterra não tem uma língua única que todos no Reino saibam falar com as mesmas palavras. Os nobres normandos falam francês normando; nem tentam usar o idioma local, que difere dependendo da cidade ou do condado. Você acha que o inglês falado em Manchester é o mesmo falado em Londres? Em Lincoln? Em York? Em Bristol? Talvez um dia seja, mas agora é uma mistura fervilhante de idiomas que representam todas as culturas que alguma vez puseram os pés nessas ilhas. O latim dos romanos foi adicionado aos dialetos britânicos nativos. Anglos nas antigas terras dos Icenos e da Nortúmbria. Jutos em Sussex. Saxões aqui, no sudeste. E isso antes dos dinamarqueses invadirem a Inglaterra, e os noruegueses, Orkney. Cada um deles fala idiomas e dialetos diferentes. Cada planta, cada animal, tem diversos nomes, dependendo das preferências locais. No entanto, meu pai espera que eu seja fluente nessa língua estranha? Mesmo que eu tivesse aprendido quando era pequena, antes de aprender alemão na corte de Heinrich, quão longe esse inglês teria me levado?

    Agnes colocou um bliaut sobre a cabeça da Kaiserin e trabalhou nas amarras.

    — Disseram que você falou inglês algumas vezes na corte; os mensageiros do seu pai não falavam alemão quando a receberam. Se o inglês é tão confuso quanto a Torre de Babel na Bíblia, como isso foi possível?

    — O inglês que você ouviu foi o dialeto que a Casa Wessex usava nos tribunais. Não foi completamente esquecido, pelo menos, não no sudeste. Mas, quanto mais você viaja ao norte, para longe de Wessex e do sudeste, mais o idioma falado muda. Escrever é uma questão diferente. O Venerável Beda nasceu no norte de Durham, na Nortúmbria, mas todos entendemos o inglês que ele usou na Crônica Anglo-Saxã.

    — Margarida de Wessex foi a sua avó, não foi? — perguntou Agnes, terminando de amarrar a veste de Matilde e envolvendo-a com um cinto.

    — Sim.

    — Ouvi rumores de que ela causou um grande impacto no idioma na Escócia.

    — Causou! Minha mãe Edite Matilde foi a primeira princesa de Alba — ou da Escócia, se preferir — a usar um nome inglês em vez de um nome picto ou gaélico. Minha mãe, junto à irmã mais nova, Maria, e aos irmãos Eduardo, Edmundo, Ǣthelred, Edgar, Alexandre e, claro, meu tio David, agora Rei David, têm nomes ingleses e falam algum tipo de inglês além do picto-gaélico. Por outro lado, meu tio Donnchadh mac Máel Coluim, a quem os ingleses chamam de Rei Duncano II, recebeu um nome picto-gaélico. A mãe dele foi a primeira esposa do meu avô, Ingibiorg Finnsdottir, viúva do conde Thorfinn Sigurdsson de Orkney.

    — Você tem parentesco com os Condes de Orkney?

    — Indiretamente, mas sim.

    — Parece uma história complicada — comentou Agnes, finalizando o serviço.

    — Talvez.

    — Você contaria essa história para mim? A de seus avós na Escócia?

    — Eu adoraria. — A Kaiserin Matilde sorriu.

    Capítulo um: Exilados húngaros

    Veni veni, Emmanuel captivum solve Israel, qui gemit in exsilio, privatus Dei Filio. Gaude! Gaude! Emmanuel, nascetur pro te Israel! — cantou a pequena congregação na Igreja paroquial perto de Castle Hill, em Buda, Hungria. Quando o padre Dániel apresentou sua homilia, no terceiro domingo do advento, Margarida deixou a mente vagar. Aos doze anos, via-se incapaz de se concentrar por completo na missa. Pelo menos, não hoje. Não depois de notar a tristeza do pai pelo mensageiro que chegara repentinamente à casa modesta, mas confortável, enquanto todos se vestiam para assistir à missa. O que seria tão urgente para afligi-lo tanto? Preocupada, Margarida ficou calada, esperando que o pai compartilhasse as notícias com o resto da família.

    Jó reggelt, Dániel atya. — Margarida sorriu quando alcançou o padre na saída da Igreja. — Boldog Karácsonyt!

    Boldog Karácsonyt, Margit! Deus esteja convosco — respondeu o padre.

    — Deus está sempre comigo. Sei disso! Não importa qual seja o plano dele para mim, não importa quão incerto seja o

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