Desejo mediterrâneo
De Miranda Lee
3.5/5
()
Sobre este e-book
Uma casa luxuosa na ilha de Capri seria a última aquisição do playboy Leonardo Fabrizzi, até que descobriu que fora herdada por Veronica Hanson, a única mulher capaz de resistir aos seus encantos e a quem Leonardo estava determinado a tentar até que se rendesse. Seduziu-a hábil e lentamente. A química que havia entre eles era espetacular, mas as consequências também: Veronica ficou grávida!
Miranda Lee
After leaving her convent school, Miranda Lee briefly studied the cello before moving to Sydney, where she embraced the emerging world of computers. Her career as a programmer ended after she married, had three daughters and bought a small acreage in a semi-rural community. She yearned to find a creative career from which she could earn money. When her sister suggested writing romances, it seemed like a good idea. She could do it at home, and it might even be fun! She never looked back.
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Desejo mediterrâneo - Miranda Lee
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2018 Miranda Lee
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Desejo mediterrâneo, n.º 1849 - fevereiro 2021
Título original: The Italian’s Unexpected Love-Child
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1375-249-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Créditos
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo
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Prólogo
Laurence abanou a cabeça enquanto lia o relatório do detetive pela segunda vez. Sentia-se frustrado e dececionado. Presumira que a filha já estaria casada àquela altura. Casada e com filhos. Tinha vinte e oito anos e era uma beleza. Uma verdadeira beleza.
Estudou a fotografia que havia no relatório e sentiu-se orgulhoso por os seus genes terem criado uma criatura tão bela. Bela, mas sem filhos.
Que desperdício!
Suspirou e voltou a ler o relatório.
Há três anos, Veronica estivera noiva de um médico que conhecera no hospital infantil em que trabalhava. Era fisioterapeuta e o noivo era cirurgião ortopedista, mas falecera tragicamente num acidente de mota duas semanas antes do casamento. Depois, que ele soubesse, Veronica não saíra com outras pessoas. Nem sequer parecia ter muitos amigos. Transformara-se numa pessoa solitária, que continuava a viver com a mãe e que, praticamente, dedicava toda a sua vida à profissão que, naquele momento, exercia em casa.
Laurence compreendia a sua dor. Também ficara devastado com a morte da esposa há vários anos. Ambos tinham imaginado que, algum dia, sofreria de cancro, devido à sua história familiar, mas fora um enfarte que a levara depois de quarenta anos de casamento. Fechara-se em copas durante muito tempo, mudara-se para a casa de férias que tinha na ilha de Capri e não voltara a olhar para outra mulher, mas aquilo acontecera-lhe com setenta e dois anos, não com a idade da filha, que continuava a ser muito jovem.
Contudo, Veronica não seria jovem para sempre e o seu relógio biológico não ia esperar.
Sabia muito daquilo porque era médico geneticista. Fora por isso que doara o seu esperma à mãe de Veronica. Fizera-o mais por arrogância do que por qualquer outro motivo, porque não quisera morrer sem transmitir os seus genes maravilhosos.
Laurence abanou a cabeça. Sentia-se culpado. Pensou que devia ter entrado em contacto com a filha depois da morte de Ruth. E que devia ter estado ao seu lado quando ela perdera o noivo.
Porém, já era demasiado tarde.
Ele também estava a morrer, ironicamente, de cancro. De cancro do fígado. Já não podia fazer-se nada. O prognóstico não era bom e a culpa era dele. Depois da morte de Ruth, começara a beber demasiado.
– Bati à porta – avisou um homem –, mas não me ouviste.
Laurence levantou o olhar e sorriu.
– Leonardo! Ainda bem que vieste. O que fazes aqui tão cedo?
– Amanhã, é o septuagésimo quinto aniversário do meu pai – comentou Leonardo, enquanto entrava no terraço e se sentava ao sol do entardecer, que fazia brilhar o Mediterrâneo. – Dio, Laurence. És muito sortudo por ter esta vista.
Laurence olhou para Leonardo e pensou que era muito bonito. E que estava cheio de vida. Era normal, só tinha trinta e dois anos e era um homem com múltiplos talentos, um homem que qualquer mulher acharia fascinante e irresistível.
Aquilo deu-lhe uma ideia.
– A minha mãe disse-me que te convidou para a festa, mas que não vens. Aparentemente, vais a Inglaterra amanhã, ao médico.
– É verdade – confirmou Laurence, enquanto fechava o relatório para que Leonardo não o visse. – O meu fígado não está bem.
– Estás um pouco amarelo. É grave?
Laurence encolheu os ombros.
– Com a minha idade, é tudo grave. Vieste jogar xadrez e ouvir música decente ou tentar comprar a casa outra vez?
Leonardo desatou a rir-se.
– Podemos fazer as três coisas?
– Podes tentar, mas já sabes que a casa não está à venda. Podes comprá-la quando eu morrer.
Leonardo olhou para ele com surpresa e ficou sério, algo pouco habitual nele.
– Espero que demore muitos anos, meu amigo.
– Isso é muito amável da tua parte. Abro uma garrafa de vinho ou não? – perguntou Laurence, levantando-se com o relatório na mão.
– Tens a certeza de que é o mais sensato, dadas as circunstâncias?
Laurence sorriu com amargura.
– Não penso que um copo ou dois vá mudar alguma coisa.
Capítulo 1
Veronica sorriu enquanto acompanhava o último cliente à porta. Duncan tinha oitenta e quatro anos e namorada, apesar da sua ciática terrível, mas não era dos que se queixavam.
– Até à semana que vem, Duncan.
– Na semana que vem não posso vir, querida. Fazes-me muito bem, mas a minha neta faz vinte e um anos e vou a Brisbane para a festa. Tenciono ficar uma semana ou duas em casa do meu filho. Lá, está uma temperatura melhor. Ligo-te quando voltar.
– Está bem, diverte-te, Duncan.
Viu-o a afastar-se para casa. Quase todos os seus pacientes eram pessoas idosas que viviam na zona, embora também tratasse estudantes da universidade de Sidney. Sobretudo, homens jovens que jogavam râguebi e futebol e iam vê-la para que os ajudasse com as lesões.
Sinceramente, preferia as pessoas idosas, pois não tentavam seduzi-la.
Embora soubesse como livrar-se das insinuações, visto que o fazia desde a puberdade. Eram as consequências de ter nascido bonita. Não tinha sentido fingir que não era. Tivera muita sorte com o seu aspeto. Tinha um rosto bonito, o cabelo castanho e ondulado, uma boa pele e uns olhos grandes e cor de violeta.
Jerome sempre lhe dissera que era uma beleza natural.
«Jerome…»
Veronica fechou os olhos por um instante e tentou não pensar nele, mas era impossível. A morte repentina do seu noivo fora muito difícil, contudo, o que mais lhe doera fora o que descobrira depois.
Ainda não conseguia acreditar que era tão… retorcido.
Fora muito ingénua. E vivera de perto o sofrimento da mãe com o sexo oposto e o seu cinismo no que dizia respeito ao assunto. Sempre gostara de homens. Gostara deles e admirara-os. Também soubera que alguns gostavam de brincar, mas sempre mantivera a distância desses.
Também não era uma dissimulada, mas não suportava os homens que infringiam as regras da sociedade só porque sim, nem os homens desrespeitosos, insensíveis ou irresponsáveis. O seu homem perfeito, com quem sempre quisera casar-se, não seria nada daquilo. Seria um homem de sucesso, e preferivelmente bonito, mas o mais importante era que fosse uma boa pessoa. Ao fim e ao cabo, não seria apenas o seu marido, mas também o pai dos seus filhos. Veronica queria ter pelo menos quatro.
Quando Jerome falecera, pensara que perdera o marido perfeito.
No entanto, não era perfeito, nem de perto.
Veronica cerrou os dentes enquanto ia para a cozinha. Pelo menos, continuava a ter o seu trabalho. Talvez não tivesse vida pessoal, nem fosse realizar o seu sonho de constituir uma família, talvez já não acreditasse no amor, mas continuava a ter vida profissional. Aliviar a dor de outras pessoas era algo que a satisfazia.
Estava a pôr água a ferver quando o seu telemóvel tocou.
Devia ser um cliente, porque não costumava receber muitas chamadas pessoais.
– Sim?
– É a menina Veronica Hanson? – perguntou um homem com algum sotaque. Possivelmente italiano.
– Sim, diga – respondeu ela.
– O meu nome é Leonardo Fabrizzi – apresentou-se ele.
E Veronica quase deixou cair o telemóvel. Não podia haver muitos italianos chamados Leonardo Fabrizzi no mundo.
– Leonardo Fabrizzi, o esquiador? – perguntou, sem pensar.
Houve vários segundos de silêncio.
– Conhece-me? – perguntou ele.
– Não, não – respondeu ela, porque não o conhecia.
Embora se tivessem visto uma vez, há muitos anos, na Suíça, mas não tinham sido apresentados, portanto, não a conhecia. Veronica conhecia-o porque, já nessa altura, ganhara um campeonato do mundo e era famoso pela sua temeridade, dentro e fora das pistas. Conquistara a fama de playboy e, naquela noite, quase se transformara em mais uma das suas conquistas.
– Eu… ouvi falar de si – acrescentou, num tom ligeiramente trémulo. – É famoso no mundo do esqui e gosto de esquiar.
De facto, durante uma época, estivera obcecada com o esqui, que começara a praticar com uma amiga que a levara com ela de férias.
– Já não sou um esquiador famoso – explicou ele, bruscamente. – Reformei-me há muito tempo. Agora, sou apenas um homem de negócios.
– Entendo – respondeu ela.
Veronica também não voltara a esquiar desde a morte de Jerome.
– E como posso ajudá-lo, senhor Fabrizzi? – perguntou, pensando