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O Encontro do tempo ternário
O Encontro do tempo ternário
O Encontro do tempo ternário
E-book61 páginas17 minutos

O Encontro do tempo ternário

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Sobre este e-book

A poesia de Ana Dalma nos apresenta um novo olhar para o percurso da vida de uma mulher. Com apresentação de José Luís Peixoto, a autora exibe toda uma existência retratada a partir da sensação, da impressão e da emoção suscitadas a cada situação vivenciada por ela. O amor e as frustrações que dele podem se originar, o desejo, a maternidade, o envelhecimento, o fim, etapas que farão parte da vida de todas as mulheres são descritas primorosamente em 'O encontro do tempo ternário'.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788556622488
O Encontro do tempo ternário
Autor

Ana Dalma

Ana Dalma é o pseudónimo poético da cantora e compositora Rita Dias. Em O encontro do tempo ternário, a primeira obra que edita, Ana Dalma começa por se dirigir intimamente aos seus leitores e às suas leitoras, e diz-lhes: “Divido o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Divido a dor, o amor e o espanto de me ter encontrado. Perdida ou não, achei. E aqui me deixo em três partes. À parte disso, vivo inteira”.

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    O Encontro do tempo ternário - Ana Dalma

    1.

    Caminho sobre linhas que não vejo,

    Apenas sinto.

    E sinto mais quando não sei,

    Quando não percebo a lua

    Ou o sol que brilha longe.

    E sinto mais quando aceito o beijo

    Fundo no poço da sede

    Do infinito que não é meu.

    Nem teu.

    Mas há essência,

    Há luz no desconhecido,

    Há ponto finito em mim.

    Quero ausência

    Para ir.

    Irracional sentido

    Que comanda astros

    E os alinha, assim,

    Na viagem solitária

    Dos seres acompanhados

    Por eles próprios.

    Sem saber.

    Bom dia, ignorância.

    2.

    Todas as noites, sinto que choro

    E demoro as dores dos amores demais.

    Cruzo o peito nos braços,

    Abafo o silêncio dos passos

    Que não chegam, aconchegam

    O vestido fino da solidão.

    À mesa, ergo branco virgem

    Como a seda dos cachos do Norte.

    Bebo dez goles de morte,

    Prego-me ao chão com a cruz

    E espero.

    Todos os dias, sinto que choro

    E condeno à desgraça mais uma noite em que não morri.

    Não vale tanta pena.

    3.

    Não sei não querer

    Amparo,

    Amor.

    O teu amor.

    Perdoa

    A criança

    Que nunca foi

    Dentro de mim.

    Não sei não ser

    Triste.

    É meu

    E mais além

    De lugares que não sei,

    Que não conheço,

    Que (nunca) vivi.

    Eu gosto de ti

    Mais do que posso,

    Do que sei.

    Não consigo não querer.

    E dói.

    Alguma vez alguém

    Te ensinou a amar

    Alguém?

    Tu queres. Precisas.

    E eu estou sempre

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