Prof, Conta Uma História! Manual Para o Professor Que Tem Desejo de Contar Histórias
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Prof, Conta Uma História! Manual Para o Professor Que Tem Desejo de Contar Histórias - Adriane de Fatima Zeni
REFERÊNCIAS
PARTE I
QUEM CONTA UM CONTO, GANHA UM PONTO
PRIMEIRAS LETRAS
As histórias fazem parte na natureza do ser humano. Desde os primórdios da humanidade, elas o acompanham e acompanham a sua evolução. Ainda quando nossos antepassados não tinham palavras, contavam histórias com gestos e sons, narravam algo que havia acontecido numa caçada, um perigo pelo qual passaram, uma luta com um inimigo, a beleza de um pôr do sol. Elas faziam, e fazem, parte dos rituais e dos livros sagrados. Justificavam e justificam a vida e a morte, dando-lhes sentido. Foram, e são, usadas para ensinar coisas do amor, da guerra, da sobrevivência, do convívio social, de Deus. Se transformaram em mitos, lendas, fábulas, contos de fada, em arte. São a matéria-prima da História. São a identidade de um povo e de cada um de nós. Sempre foram fonte de prazer e entretenimento.
Consumimos ou produzimos histórias o tempo todo, do acordar ao acordar. Sonhamos histórias. Ouvimos histórias no culto, na missa, na rádio, na conversa com amigos. Vemos e ouvimos histórias no primeiro telejornal matutino, nos programas de televisão, nos filmes, nas novelas. Vemos e lemos histórias no Facebook, nos livros, nos jornais, nas revistas. Contamos a história do nosso dia, de nossos amores, de nossas tristezas e, se não temos nada para contar, nos realizamos ao contar a história do vizinho.
E mais do que uma necessidade do convívio social, as histórias dão suporte ao desenvolvimento das funções cerebrais superiores, como a linguagem, o pensamento, a memória e a abstração. Sobre isso, Albert Einstein já dizia, com toda a propriedade, que Se você quer que seus filhos sejam inteligentes, leia contos de fadas para eles. Se você quer que eles sejam muito inteligentes, leia mais contos de fadas
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ALÉM DO ENTRETENIMENTO
Certa vez, um engenheiro de mais idade me indagou por que os jovens que saem da faculdade têm dificuldade de pensar abstratamente. Ele era antigo na profissão e sempre contratava engenheiros recém-formados para auxiliá-lo em seu escritório. Sua indignação era que, se ele apenas falasse como desejava determinado projeto, seu ajudante não entendia. Tinha que desenhar para ser compreendido. E ora, assim, ele mesmo faria o projeto.
Essa mesma reclamação é comum entre os professores do ensino médio. O que acontece com o jovem da geração androide, que tem dificuldade de abstrair, pensar sem o objeto concreto?
Pensemos nas histórias que esses jovens consumiram quando crianças: o livro ilustrado, o desenho animado, o filme, os maravilhosos jogos de computador. Em todas elas, as imagens já vêm prontas e, ao nosso aluno, basta emprestá-las e usá-las. Talvez por isso a dificuldade de abstração: a criação das imagens mentais desenvolve a imaginação, a imagem em ação, pré-requisito da abstração.
Podemos, então, afirmar que uma criança que ouve histórias não vai ser mais inteligente só na área de linguagem, mas em todas as áreas do conhecimento, inclusive em matemática e em raciocínio lógico. Sua capacidade de memória será mais desenvolvida, assim como a de concentração.
As histórias ouvidas também atuam no desenvolvimento da fala e sobre a compreensão das informações ouvidas. Nos últimos anos, temos recebido um número imenso de crianças com diagnóstico de dificuldade de processamento auditivo e, com certeza, não há exercício melhor para trabalhar com essa dificuldade do que o desejo de ouvir uma bela história (às vezes, o não se concentrar em uma história narrada pode ser indicativo de algum problema relacionado à audição). Pelo encantamento de sua voz, o professor pode levar a criança a concentrar-se apenas nesse som, deixando outros estímulos a um segundo plano, e, aos poucos, a desenvolver sua capacidade de compreender o que ouve. Com essa atividade, o professor pode, também, ganhar um ponto no que diz respeito ao trabalho com a criança com déficit de atenção e hiperatividade. As histórias orais seduzem, cativam, prendem, são lúdicas e, assim, uma maneira de fazer o aluno sentar-se e centrar-se no professor e na atividade realizada.
Passemos, agora, do poder das histórias ouvidas ao de todas as histórias. Elas ampliam a sabedoria de vida e o conhecimento de mundo, ensinam a se relacionar com o outro, a se colocar no lugar do outro, preparam para as emoções da vida. Ajudam a compreender o diferente e a si mesmo.
Como as histórias fazem uma reflexão sobre o comportamento humano, fazem pensar sobre o próprio comportamento, ensinam a controlar medos e desejos. Tentando imitar um grande mestre, não explico essa afirmação, conto uma história.
Essa história foi contada há muito tempo, numa época em que se receitavam contos para reestabelecer a saúde física