Monteiro lobato e as oficinas do imaginário
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Artes Linguísticas e Disciplina para você
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Monteiro lobato e as oficinas do imaginário - Andréa Cardoso Reis
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2017 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
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Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
A todos os que participaram
e participarão desta experiência.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos inicialmente a Ana Lúcia Lima da Costa Schmidt no período em que esteve à frente da direção do Centro Cultural Melchíades Cardoso (Casa da Cultura de Miracema - RJ). Seu auxílio, sua colaboração e seu acolhimento do projeto de extensão desenvolvido naquela cidade foram fundamentais para que Monteiro Lobato e as Oficinas do Imaginário se tornassem uma realidade.
Agradecemos à Secretaria Municipal de Educação de Miracema, que nos apoiou no período de desenvolvimento do projeto lá realizado.
Agradecemos à Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal Fluminense.
Agradecemos ao Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior, a seus professores e colaboradores.
Agradecemos à Universidade Federal Fluminense pela viabilidade das ações realizadas.
APRESENTAÇÃO
As experiências narradas neste livro refletem os trabalhos desenvolvidos durante os encontros realizados no curso de extensão ‘Infância e Literatura Oral em Monteiro Lobato: oficinas do imaginário’ a partir do fim de 2010 e ao longo do ano de 2011.
A proposta do curso tinha entre alguns de seus objetivos: construir projetos de trabalho e dinâmicas em grupo que privilegiassem a literatura como fonte de recursos para diferentes práticas curriculares, a exemplo da literatura infantil em Monteiro Lobato, além da produção junto às oficinas de trabalho de materiais didáticos, artísticos, que refletissem a relação dos leitores e narradores nas oficinas do imaginário.
E o leitor pode se perguntar o porquê de o título deste trabalho ser o do próprio curso de extensão. É simples. Nossa intenção – digo nossa
porque era uma preocupação de todos os profissionais envolvidos no curso – é apresentar nossas pesquisas, nossas reflexões e nossos ensaios que abordem algum ou alguns dos temas mencionados, infância
, literatura
, literatura oral
, na obra de Monteiro Lobato, e transformá-los em oficinas do imaginário
.
Este foi o grande desafio. Reunir professores que lecionam em cursos de licenciatura e convidá-los a dialogar com a obra do autor. Transformar suas experiências leitoras na infância, no período escolar ou mesmo durante a formação acadêmica em um espaço de transformação da palavra lida, escrita e experimentada em palavras imaginadas. Não poderia ser de outra forma nem ter outro nome que não Oficinas do Imaginário
. Foram essas oficinas o elo entre experiências tão singulares e ao mesmo tempo tão plurais. Literatura, Música, Geologia, Ciências Naturais, Psicologia, que se teceram e entreteceram no espaço de artesania dos textos que são apresentados neste livro como aberturas conceituais, diálogos inter e transdisciplinares.
As oficinas representam a proposta das metodologias do trabalho apresentada neste livro. Não havia modelos, não havia técnicas previamente construídas, o que havia era o convite a experimentar as narrativas lobatianas e compreender que cada história do autor representava em si uma oficina para o imaginário.
As análises realizadas no percurso de cada capítulo deste livro narram as experiências trabalhadas pelos professores convidados que construíram esta proposta. Um projeto que no início de 2010 ainda era nebuloso, que estava no plano do imaginário, mas ao longo de 2011 mostrou quantas realidades – ou, ao menos, uma amostra delas – entrecruzaram-se no encontro dos professores, suas leituras e releituras da obra lobatiana.
Um dos objetivos, que também para nós era outro grande desafio, dizia respeito ao envolvimento dos alunos licenciandos, público-alvo desse curso de extensão, não só na temática da leitura e literatura, mas também na desconstrução de leituras prontas, roteirizadas da obra do autor, já que pouquíssimos cursistas haviam lido ou conheciam a obra escrita de Monteiro Lobato – a maioria teve contato apenas com a versão televisiva.
Depois da apresentação de fragmentos da obra do autor, mostrar que ela é um currículo aberto de possibilidades de construção de conhecimento e que, embora datada no tempo, é tão viva e atual quanto a produção acadêmica e escolar que se vivencia no início do século XXI. Para, então, convidá-los a fazer o mesmo, apropriarem-se das perspectivas abertas pelas histórias do autor e construírem oficinas do imaginário.
Lembrando que o processo de leitura, o envolvimento com a literatura, não possui somente um caminho para sua iniciação. E que experiência, ludicidade e leveza podem ser características também de um texto considerado científico.
Com tudo isso, queremos dizer que a escola precisa dar essa chance à literatura. Os livros precisam sair das estantes empoeiradas das bibliotecas, dos acervos digitais, não porque precisam ser lidos por fazer parte dos currículos escolares, mas porque cada obra representa um universo. Lembrando que foi o próprio Monteiro Lobato que disse: Ainda faço livros onde as nossas crianças possam morar
(ARROYO, 2011, p. 295).
Defende-se que esse universo, em parte, seja representado pelo livro impresso. Ainda que se tenha à disposição livros digitais, e que esse novo processo de construção do livro tenha auxiliado na propagação, democratização e alcance de literaturas que muitas vezes são de difícil acesso, as histórias literárias lidas na tela de um computador ou outro meio eletrônico ou digital não substituem a experiência dos sentidos de olhar, pegar, cheirar um livro e transportar-se para seu interior. E, se os adultos ainda se empolgam com essa experiência, por que não dizer as crianças? Se não são eles a lhes apresentar o mundo da leitura, da literatura, quem os fará?
Será que não se está privando as gerações contemporâneas da experiência da leitura dos clássicos porque a experiência dos adultos com a escolarização da leitura literária os afastou dos processos lúdicos e prazerosos dessa aventura, quando muitos eram obrigados a preencher as intermináveis fichas de leitura ou fazer provinhas
para compreender a interpretação
do autor do livro?
Pois, então, fica aqui mais uma vez o convite. E se espera que a leitura do livro possa levar o leitor a experimentar outras oficinas do imaginário...
Os organizadores
PREFÁCIO
Monteiro Lobato e as Oficinas do Imaginário é resultado de um belo e rico trabalho fundamentado na pesquisa e, principalmente, na extensão com o oferecimento de oficinas para professores da educação básica no interior do estado do Rio de Janeiro.
A obra apresentada remete o leitor a uma viagem no tempo de ser criança, propiciando lembranças de brincadeiras, histórias, dos livros de literatura e da escola. Ao mesmo tempo, incita a busca de reflexões sobre eixos importantes no campo da educação como o papel da pesquisa e da extensão universitária, a formação inicial e continuada de professores e a literatura escrita e oral.
A organizadora da obra vem trabalhando ao longo de dez anos com pesquisas envolvendo a temática infância
e a literatura oral numa perspectiva sócio-histórica e cultural. Durante esses anos, a experiência tem lhe mostrado a escassez de discussão sobre as obras lobatianas em cursos de formação de professores. Tal constatação impulsionou a construção de um trabalho desafiador que se desenvolveu em forma de oficinas. Desse modo, nasceu uma ideia muito segura para construir o curso de extensão Infância e Literatura Oral em Monteiro Lobato: oficinas do imaginário
, cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão em 2011.
O curso estruturou-se com objetivos muito bem definidos com o