Hepatite C
De Pérola Costa
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Hepatite C - Pérola Costa
HEPATITE C
RELATOS E CONFIDÊNCIAS DE UMA INFECTADA
Pérola Costa
HEPATITE C
RELATOS E CONFIDÊNCIAS DE UMA INFECTADA
1ª Edição
Captura de tela 2016-01-22 20.35.06© Copyright 2015 - Todos os direitos reservados ao autor.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 16/02/1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, do seu autor ou responsável legal.
Rio das Ostras/RJ - Brasil
1ª Edição
Impressão: Clube de Autores Publicações S/A CNPJ: 16.779.786/0001-27
Capa: Alan Camera
Diagramação: Alan Camera
Revisão: Márcio Leal Almeida
"Agradeço a todos que me acudiram, me socorreram, aos que se omitiram e também aos que claramente não fizeram nada.
Agradeço a minha filha, que teve paciência e me fez companhia algumas vezes.
Agradeço ao casal de vizinhos lá do Tabajaras, que foram bons para mim.
Não tenho mágoa e perdoei os meus filhos pelo abandono na hora que mais precisei.
Entendo melhor o ser humano ─ na verdade, aprendi com tudo e com todos.
Agradeço a vida por mais esta passagem, agradeço a todos os santos, a espiritualidade pura e divina, a Energia do Bem Universal, a Jesus, a mãe de Jesus, enfim, a todos.
Obrigada, meu Deus!".
Introdução
Meu objetivo com este relato é tentar ajudar de alguma forma àqueles que passam pelo que eu passei com o tratamento químico para Hepatite C..A troca de experiência neste caso deve ser positiva. Saber e ver que o outro passa pelos mesmos traumas devido a essa medicação te ajuda a superar e a ter coragem para finalizar o tratamento, ou a não iniciá-lo.
São relatos diários de tudo que senti, e passei, por consequência dos fortes efeitos colaterais das drogas usadas na ocasião do tratamento que é a longo prazo. As drogas alteram o psiquê e causam anemia grave, levando o paciente a vivenciar inúmeros sintomas numa alternância entre a depressão profunda e a agressividade. Transformei-me em outra pessoa. Em conversas com outros infectados descobri que o mesmo acontecia com eles.
A cada dia, os cientistas estão trabalhando para melhorar o resultado do tratamento, envolvidos na busca de uma droga para negativar o vírus VHC, com efeitos colaterais menos nocivos.
O vírus é transmitido principalmente pelo sangue contaminado. Em alguns casos pelo contato sexual, de mãe para filho por via perinatal, durante a gravidez, seringas, instrumentos para manicure, tatuagem, aparelhos cirúrgicos contaminados e outras formas em que haja o contato sanguíneo. O paciente desenvolve a forma crônica da doença, levando o fígado a graves lesões, como cirrose e câncer hepático, e ao óbito. É uma doença assintomática, mesmo quando o fígado já está com lesão grave. Não sentimos nada. Só descobrimos o contágio após exame de sangue específico.
A intensidade dos efeitos colaterais varia de pessoa a pessoa. Além disso, acredito que estão envolvidos outros fatores, como a ajuda da família, do organismo do indivíduo, do emocional, da força que o paciente tem, das condições gerais de sua própria vida. Enfim, cada paciente vai se comportar de uma forma diferente.
Não consegui expor tudo o que aconteceu e tudo o que senti, porque foi muito intenso, mas tudo o que foi relatado aqui foi verídico e no tempo real.
Passei por dois tratamentos, o primeiro em 2007, quando fiz uso de Interferon e Ribavirina por sete longos meses, sem sucesso. O vírus não negativou. As lesões hepáticas são classificadas em lesões de nível 1, 2 e 3. Perguntei à infectologista: E agora, em quanto tempo eu posso desenvolver um câncer hepático ou uma cirrose e vir a óbito?
. Ela disse que isto é muito relativo
. Eu insisti. Ela disse: No seu caso, em que existe uma lesão de nível 2, uns dez, quinze anos. Mas os cientistas estão desenvolvendo uma outra droga prevista para 2011
. Tive um choque, comecei a chorar desenfreadamente. Hoje, classifico aquela médica como uma despreparada. Ela jamais poderia se posicionar dessa forma.
Resolvi me submeter ao segundo tratamento, após fazer uma segunda biópsia hepática. Em cima desse exame o hepatologista disse que seria necessário refazer o tratamento. Fiz porque pensei na minha filha, ainda gostaria de fazer parte da educação dela.
Porém, pesando e avaliando tudo que passei nesses 11 meses, se soubesse que seria do jeito que foi, jamais teria feito. Teria me arriscado e esperado por um outro tratamento menos agressivo. Esta é a minha opinião. Só sabe o que é, quem passa por ele, quem sofre dia e noite e por tempo prolongado os efeitos colaterais devastadores.
Apesar de hoje estar curada, é claro que toda essa química destruidora causou-me muitos problemas em todo o meu corpo. Enfraquece e debilita os órgãos. Hoje eu tenho osteoporose no joelho e no quadril, problemas de fígado, enxaqueca, sinto-me muito mais fraca do que antes do tratamento. Parece que envelheci muito a nível corporal. Como a medicina chinesa diria, perdi essência vital
.
Mas, estou feliz, bem humorada como sempre e até acho cômicas algumas situações que passei, como, por exemplo, o dia que quis bater em dois assaltantes que tentaram me roubar.
Neste dia eu estava agressiva (rsrsrs).
O Vírus
Uma a cada doze pessoas no mundo pode ter hepatite B ou C, sem saber. Não há sintomas e o vírus não é detectado em exames de rotina. Tem certeza que você não tem? Faça o exame, é gratuito.
O que é Hepatite C?
A hepatite C é uma doença viral que leva ao inchaço (inflamação) do fígado.
À medida que vai se tornando crônica a inflamação, o fígado cria fibroses. Este processo vai desenvolvendo a cirrose hepática ou o câncer hepático.
Causas
A infecção por hepatite C é causada pelo vírus HCV. Pessoas que podem estar em risco de contrair hepatite C são aquelas que:
· estiveram em diálise renal por longo tempo;
· têm contato regular com sangue no trabalho (por exemplo, profissionais da área de saúde);
· têm contato sexual sem proteção com uma pessoa que tem hepatite C (isso é menos comum, mas o risco