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Pecado – Muito Mais Do Que Simplesmente Errar
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Pecado – Muito Mais Do Que Simplesmente Errar
E-book164 páginas2 horas

Pecado – Muito Mais Do Que Simplesmente Errar

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Sobre este e-book

Abandonando todas as definições teológicas sofisticadas e detalhadas sobre o assunto, e considerando esta verdade do ponto de vista da simplicidade do fato havido no princípio da criação, daí o nome original – de origem, podemos afirmar com toda segurança que o pecado original consistiu no governo usurpador do espírito do homem, pela sua alma, por causa do abandono do governo do Espírito de Deus. E esta condição ruim, deste governo despótico da alma, em usurpação ao governo que Deus havia dado ao espírito do homem, passou a existir porque o espírito morreu, ou seja, no ato da desobediência, cessou automaticamente toda a comunhão espiritual que ele mantinha com Deus. A vida do nosso espírito depende inteiramente que ela seja insuflada pelo Espírito de Deus. Cessada a comunhão com Ele, o nosso espírito morre, fica separado da vida de Deus, e com isto nos tornamos fracos (Rom 5.6), incapacitados para exercermos governo, por meio do nosso espírito, sobre a nossa alma (sentimentos, emoções, vontade, razão).
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de fev. de 2016
Pecado – Muito Mais Do Que Simplesmente Errar

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    Pecado – Muito Mais Do Que Simplesmente Errar - Silvio Dutra

    O Que É o Pecado Original ?

    Abandonando todas as definições teológicas sofisticadas e detalhadas sobre o assunto, e considerando esta verdade do ponto de vista da simplicidade do fato havido no princípio da criação, daí o nome original – de origem, podemos afirmar com toda segurança que o pecado original consistiu no governo usurpador do espírito do homem, pela sua alma, por causa do abandono do  governo do Espírito de Deus.

    E esta condição ruim, deste governo despótico da alma, em usurpação ao governo que Deus havia dado ao espírito do homem, passou a existir porque o espírito morreu, ou seja, no ato da desobediência, cessou automaticamente toda a comunhão espiritual que ele mantinha  com Deus.

    A vida do nosso espírito depende inteiramente que ela seja insuflada pelo Espírito de Deus.

    Cessada a comunhão com Ele, o nosso espírito morre, fica separado da vida de Deus, e com isto nos tornamos fracos (Rom 5.6), incapacitados para exercermos governo, por meio do nosso espírito, sobre a nossa alma (sentimentos, emoções, vontade, razão).

    Pecado é portanto, basicamente isto.

    Tudo o mais (pensamentos, atos, omissões errados) é mera consequência desta grande realidade que a tudo dá causa.

    É somente em Cristo que esta situação pode ser revertida.

    Porque sem Ele, não podemos ter a habitação e o governo do Espírito Santo, que é vitalmente necessário para a ressurreição do nosso espírito, que se encontra morto (não aniquilado, mas sem comunhão com Deus e incapacitado de todo ato de adoração em espírito e em verdade).

    É por meio de Cristo que ocorre o reavivamento da consciência (outra faculdade do espírito).

    Da consciência que se achava morta quanto ao conhecimento real da pessoa de Deus, e de quem somos de fato a seus olhos.

    A razão desta morte da consciência em relação ao que é espiritual e verdadeiro quanto às realidades espirituais, celestiais e divinas, é consequente do fato de se achar o espírito também morto em delitos e em pecados.

    Por isso Jesus diz que é somente nEle que podemos conhecer a verdade (sobretudo a pessoa de Deus e Sua Palavra), quando somos libertados do pecado, ou seja, desta condição terrível de morte espiritual, na qual todos se encontram naturalmente, sem Ele, e sem a habitação do Espírito Santo, que é o agente da nossa ressurreição espiritual.

    Col 2:12 tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.

    Col 2:13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;

    Para melhor entendermos o significado do que seja o pecado original devemos voltar às páginas do terceiro capítulo do livro de Gênesis.

    "1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

    2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,

    3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.

    4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.

    5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.

    6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos e sendo árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

    7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais."

    A queda do homem descrita no terceiro capítulo de Gênesis não é apenas a sua própria queda, mas de todo o universo, porque mediante a sua queda toda a criação foi sujeitada à maldição de Deus.

    Tudo envelhece e se corrompe pelo uso, desde então.

    Tudo perdeu o seu caráter eterno.

    O pecado do homem influenciou tudo o mais na criação.

    Gênesis 3 revela como a criação perfeita, boa, de Deus, se tornou corrompida e má.

    Satanás, que tinha sido expulso do céu por causa da sua rebelião, tentou Eva valendo-se de uma serpente.

    Ele entrou na serpente e falou através dela.

    Não é de se admirar que tenha entrado na serpente, pois vimos Jesus permitindo que demônios entrassem em porcos conforme lhe haviam rogado. Sem a permissão de Deus isto não pode suceder, muito menos o ato de falar por meio dos agentes que possuem, mas o fato é que isto foi concedido a Satanás, porque de outra sorte, a obediência da mulher e do homem não poderia ser provada.

    Este é um dos motivos porque Deus não nos livra de todas as tentações.

    Ele nos concede poder e graça para resistir e não cair nas tentações, mas de modo nenhum nos poupa, porque é exatamente por elas que a nossa fé, fidelidade, obediência, perseverança, são provadas, e o nosso caráter fortalecido e confirmado no bem.

    Ainda que Deus mesmo a ninguém tente e nem possa ser tentado.

    Mas Satanás em seu ódio a Ele e a tudo o que criou, acaba servindo ao propósito de Deus de colocar a nossa fé à prova para que se firme e cresça, por meio das tentações.

    Satanás queria conduzir Eva e Adão ao pecado. Ele queria fazer com que eles desobedecessem a Deus. Ele queria corromper a criação boa de Deus.

    E a estratégia usada por Satanás é a mentira, ou o engano.

    O que Satanás precisa fazer para efetuar o resultado esperado por ele é criar uma mentira na qual Eva creia.

    Ele tem que enganá-la para que ela venha a pecar.

    E por isso que Jesus em João 8:44 chama Satanás de pai da mentira.

    Satanás mente sobre o caráter de Deus, e ele mente sobre a Palavra de Deus.

    E é nisso onde o ataque dele se concentra inevitavelmente.

    Satanás que caiu e no momento que caiu levou um terço dos anjos juntamente com ele volta-se agora para atingir a criação mais alta de Deus no mundo natural: o homem.

    E ele se volta para Eva disfarçado na serpente, como se fosse um anjo de luz, de acordo com 2º coríntios 11:14. Ele quer que você acredite que ele está lhe contando a verdade, e que o Deus da Bíblia é mentiroso.

    Essa é a sua estratégia. Se ele pode conseguir que você creia que o caráter de Deus não pode ser confiável e, na Palavra de Deus como não sendo a verdade, e, portanto, não digna de ser aceita e confiada, mas que nele você pode confiar, naquilo que está afirmando, então ele alcança a sua meta.

    Ele conseguiu que Eva duvidasse do caráter de Deus, duvidasse da palavra de Deus, e acreditasse nele, Satanás.

    Satanás chega a Eva argumentando que se ela lhe ouvisse experimentaria alegrias das quais Deus gostaria de privá-la.

    Ele se esforça para que Eva rebaixe o conceito de Deus na visão dela, e então viesse a descrer na palavra de Deus, e a dar crédito não àquilo que Deus afirmou, mas àquilo que lhe apontava o seu próprio desejo e sentimentos.

    E Satanás disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?. Como a dizer sutilmente: Reflita sobre o significado real desta ordem. Ela é razoável? Você tem liberdade para questionar Deus; você tem liberdade para duvidar de Deus; você tem liberdade para desconfiar de Deus.

    E isso conduziu Eva à desobediência.

    Quando fazemos a suposição de que aquilo que Deus disse está sujeito ao nosso julgamento, nós estamos a um passo de pecar, nos tornando desobedientes e incrédulos.

    E toda transgressão da vontade de Deus, todo pecado, traz em seu bojo esta ideia da relativização dos mandamentos de Deus, do questionamento ainda que indireto da Sua vontade soberana.

    Assim Eva é deslocada da firme posição de estar seguramente confiada na soberania de Deus para a sua provisão pessoal, para a de fazer valer aquilo que passaria a considerar como seus direitos.

    Satanás conseguira o seu intento, fazendo com que pensasse que a sua liberdade estava sendo tolhida, que Deus lhe estava impondo restrições.

    Colocou um desejo em seu coração e agora ordena que não o satisfaça. Qual é a lógica que há nisso?

    A da cruz que estava oculta aos olhos de Eva.

    A nossa vontade deve ser submetida a Deus. Importa que seja feita a vontade dele e não a nossa, ainda que seja muito grande o nosso desejo de ser ou obter algo.

    A cruz trata com o eu, e impõe o tom correto aos nossos desejos, fazendo com que deixemos que sejam governados pelo Senhor e não pela nossa própria vontade.

    O que o Senhor tem dito que é lícito e conveniente faremos, mas o que nos é vedado, ou mesmo que sendo lícito, seja inconveniente, isto não faremos, assistidos pela Sua graça que opera em nós, enquanto sujeitos à Sua santa vontade.

    Mas Eva e lembrou que havia uma penalidade atrelada ao ato da desobediência.

    Ela disse para Satanás que não deveria comer ou tocar no fruto da árvore que estava no meio do jardim, para que não morresse.

    E observando que já havia conseguido o intento de lançar a dúvida no coração da mulher em relação à verdade da Palavra de Deus, Satanás foi ousado e direto contrariando diretamente a afirmação daquilo que Deus havia dito, dizendo: é certo que não morrereis, e para gerar convicção em Eva apresentou um argumento para sua afirmação: Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.. (Gên 3.3,4).

    E o resultado imediato está relatado no verso 6: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu..

    E o admirável nisto tudo é que apesar de Eva ter conhecido o caráter de Deus, tendo experiência do Seu amor e bondade, ela deixou que o seu desejo falasse mais alto e não questionou Satanás em nada do que ele disse, e não levantou qualquer suspeita sobre as afirmações que ele estava fazendo; ainda que ela não soubesse que estava falando com um anjo caído, com o arqui-Inimigo de Deus.

    Seria de se esperar que ela partisse em defesa de Deus, de Seu caráter, de Sua Palavra, e que permanecesse fiel e obediente à Sua vontade.

    Mas não é exatamente isto que se espera também de nós quando confrontados pela tentação e pelas cobiças que operam na nossa carne?

    Assim, o ponto é este: se o que fazemos não é completamente, de todo o coração, sem reservas, confiando na sabedoria e bondade de Deus, nós estamos em dificuldade. Nós pecamos.

    E Eva pecou, não quando ela comeu. Ela pecou quando ela deixou de acreditar que Deus era bom e somente bom. E que importava ser obedecido em tudo. Mas se achamos que pode haver alguma falha no caráter de Deus, é bem provável que não confiemos inteiramente na Sua Palavra.

    Antes do pecado ela poderia ter resistido a tudo pela graça divina que lhe seria concedida caso obedecesse à Palavra, sem a dificuldade que todos nós temos depois que o pecado entrou no mundo, porque, uma vez estando debaixo do seu senhorio, ele é muito mais forte do que a nossa própria vontade.

    O que queremos dizer é que Eva não tinha tanta impulsão para desobedecer no ato da desobediência original, quanto a que passou a ter depois que pecou, e juntamente com ela toda a humanidade, em razão do domínio e habitação do pecado em nossa natureza terrena.

    O pecado que reina na carne luta contra a nossa mente e diz que não é o que Deus quer que importa, mas o que nós queremos.

    Todo pecado em nós dá boa acolhida às mentiras de Satanás: de que há prazer lá fora; que há satisfação lá fora; que há diversão lá fora; que há alegria lá fora; que o mundo tem tudo o quanto possa nos satisfazer; e que Deus está sempre tentando nos restringir.

    E nós pecamos quando pensamos que por causa de Deus estamos perdendo a nossa possibilidade de sermos livres e felizes.

    E temos dado crédito à mentira de Satanás quando afirma ousadamente que Deus é um mentiroso ao declarar que o salário do pecado é a morte, e afinal temos pecado e não temos morrido. Satanás cria a falsa ideia de que não há e não haverá qualquer julgamento contra o pecado.

    Esquecidos que já estamos naturalmente julgados e mortos espiritualmente falando, porque não temos real comunhão com Deus, a menos que Ele nos redima em Jesus Cristo.

    Assim Eva não chegou a conhecer o bem e o mal do modo que ela pensou que conheceria, isto é, tal como Satanás lhe

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