Evangelho Eterno Iv

De Silvio Dutra

Estamos publicando, sob este título, uma coletânea de textos relativos ao evangelho eterno de Jesus Cristo, o único que pode gerar vida eterna, os quais traduzimos e adaptamos do original em inglês em domínio público de autores renomados que viveram especialmente entre os séculos XVI e XIX, quando havia uma consagração de homens santos a uma verdadeira vida piedosa, respaldada na prática da Palavra de Deus, de modo que ainda falam e nos inspiram nestes nossos dias através do que escreveram debaixo da unção do Espírito Santo.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 20 de jul. de 2017

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Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. (2 Coríntios 6: 17-18)

"Saia deles e seja separado" é um dever cristão, mas não devemos considerá-lo como algo doloroso, forçado e antinatural. Em vez disso, é para ser considerado como um privilégio alegre. Não devemos olhar para isso como um comando difícil, mas como necessariamente ligado com a altura excedente de favor e honra para que somos chamados.

Uma ilustração que ouvi, aplicada de um modo um pouco diferente, pode tornar meu significado claro.

Uma jovem notável por sua beleza e realizações, é a vida do círculo elegante em que se move. Com todo seu coração, ela se joga nas diversões usuais da sociedade. Ela ama o mundo, e o mundo a ama. Mas uma nova afeição brota; ela dá seu coração a alguém que em muitos aspectos é digno disso, e agora, com o objeto de sua escolha está disposta a ir a qualquer lugar. Com apenas um pingo de arrependimento, ela deixa para trás as cenas e os prazeres que uma vez foram tudo, e com o que ela agora ama é muito mais feliz do que nunca antes. Ela saiu, mas se arrepende? Ela está separada de todas as atividades dos dias passados, mas é uma perdedora? Não, ela está mais do que satisfeita com o que trocou por muitas coisas e pessoas, que deixou para trás.

E não é assim com o cristão? Se somente Cristo é percebido como o Noivo da alma; não é uma alegria abandonar tudo por Sua causa? Se o Rei está disposto a levá-lo para os Seus, o desejo do coração leal não é renunciar a tudo o que possa? Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.  Então o rei se afeiçoará à tua formosura. Ele é teu senhor, presta-lhe, pois, homenagem. (Salmo 45:10, 11).

Deve haver separação entre a Igreja e o mundo. Deve haver uma linha traçada entre aqueles que são o verdadeiro corpo de Cristo, a companhia abençoada de todos os fiéis, e aqueles que se contentam em estar fora de Seu rebanho, ainda vivendo sem Cristo, sem Deus e sem esperança no mundo.

Muito surpreendente é a descrição repetida três vezes, dada aos crentes por Cristo, pouco antes de Sua morte. Deve ser cuidadosamente ponderado. Deveria ser profundamente gravado nos corações dos verdadeiros discípulos de Cristo; Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. (João 15:19).

Temos o mesmo pensamento proferido em duas outras citações, na oração sacerdotal do Senhor em João 17: 14-16, Eu lhes dei a tua palavra; e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.

Assim, encontramos o nosso Senhor três vezes na linguagem mais enfática, na mais solene crise de Sua permanência aqui embaixo, declarando claramente a separação entre Seu próprio povo e o mundo que está no Maligno.

Mas, vamos perguntar; quais são os fundamentos dessa