Poemas Pilarenses
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Poemas Pilarenses - Antonio Costta
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 1
Antonio Costta
2021
Antonio Costta
1ª edição
Copyright© 2021 Antonio Costta
Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.
Diagramação:
Antonio Costta
Poemas Pilarenses Literatura Nacional
Poesia
256p.
Itabaiana, 2021, Paraíba, Brasil.
É proibida a cópia do material contido neste livro sem a prévia autorização da autora.
antoniodacostta@gmail.com
Eu sou filho do Pilar,
Meu torrão, meu aconchego, Como amo esse lugar,
Terra de Zé Lins do Rego! Antonio Costta
PILAR
Pilar terra boa e acolhedora, Terra de meus pais, de meu avô, A terra de meu primeiro amor
E de minh’ primeira professora.
Pilar terra forte, vencedora, Conhecida até pelos confins; Pilar, de história encantadora, Descrita nos livros de Zé Lins!
Pilar monumento nordestino, Exaltado em prosa, verso e hino, Por Zé Lins, Xudu, Augusto Brito...
Pilar terra amada, tão querida, É a mãe do Vale do Paraíba, Recanto do Brasil, tão bonito!...
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 6
DA TERRA DE JOSÉ LINS
Da terra de José Lins
O que pode vir de lá
Mais do que doze romances? —um poeta a me machucar.
Com versos que ninguém sabe Onde ele foi arrumar,
Que às vezes rima tão sério,
Poemas Pilarenses – Antonio Costta
7
Às vezes não quer rimar! Que às vezes até parece Criança que nunca cresce E só leva a vida a brincar;
Brincando com as palavras, Tirando as penas das asas Do pássaro que vai voar!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 8
SOU MENINO MATUTO DA CHÃ DE AREIA
Sou menino matuto da Chã de Areia, Meu pai é Seu Biu, minha mãe é Maria, Cresci nessa terra de grande valia,
Onde o amor fraternal inda hoje campeia. Sou menino matuto da Chã de Areia,
Mas trago no peito uma grande ousadia Cantar minha terra, de noite e de dia,
Co’a chama do amor que meu peito incendeia.
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 9
Sou menino matuto e disso me orgulho, Não sinto vergonha, mas faço barulho Pra cantar minh’ terra, meu doce lugar!...
Não meço distância, nem sangue na veia, Pra cantar o Pilar, minha Chã de Areia, A terra da origem de meu caminhar.
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 10
SOU PILARENSE
Eu sou pilarense da Chã de Areia, Do sítio mais belo que há no Pilar, Da terra da jaca, inhame, cará,
De tantos cajus que o galho arreia.
Eu sou pilarense da Chã de Areia, Que é terra dum povo espetacular!
Que a Deus é temente, que ama o lugar, Que labuta com fé, que o sonho enleia.
Eu sou pilarense da Chã de Areia,
No canto que canto, em meu versejar, Eu trago Pilar no verso e na veia!
Eu sinto orgulho, não posso negar, Pois sou pilarense, com muito apego, Da terra natal de Zé Lins do Rego!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 11
ANDANDO COM PILAR
Ando com Pilar no pensamento, Ando com Pilar no coração, Lembro de Pilar todo momento... Sua cultura, história e tradição.
Ando com Pilar, minha canção, Ando com Pilar, minh' poesia, Pilar é a grande inspiração
Do que escrevo e pinto todo dia.
Sinto por Pilar grande afeição, Algo que não tenho explicação, Singular sentimento de apego...
Ando com Pilar aonde vou, Minha terra ela está onde estou, Andando comigo desde cedo!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 12
INSPIRO-ME COMENDO RAPADURA
Inspiro-me comendo rapadura Pra falar do Pilar que tanto amo, Da terra nordestina que conclamo Ser rica de valor e de cultura!
Inspiro-me comendo rapadura,
Repito no soneto que declamo,
Pra cantar minha terra que proclamo Ser um dia meu repouso, sepultura.
Inspiro-me comendo um bom pedaço, Lembrando dos engenhos, do melaço, E do caldo de cana bem madura...
Pra louvar meu Pilar hospitaleiro, Pra cantar meu Nordeste brasileiro, Inspiro-me comendo rapadura!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 13
OSABOR DA MINHA TERRA
Gosto de caldo de cana madura, Gosto também de feijão com farinha; Quem nunca comeu uma rapadura Não sabe o sabor da minha terrinha!
Gosto de comer, com lambu e rolinha, Inhame, batata, fava, macaxeira; Quem nunca comeu picado na feira, Não sabe o sabor da minha terrinha.
Buchada de bode? – deixa-me louco! Quem nunca provou traíra de coco, Mocotó de boi, pirão de galinha...
Não sabe o sabor, não sabe o segredo, Da terra natal de Zé Lins do Rego... —O grande sabor da minha terrinha!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 14
EU SOU DA TERRA
Eu sou da terra da jaca,
Do inhame e da macaxeira; Eu sou da terra da cana Caiana que é de primeira!
Eu sou da terra da manga, Do caju, da goiabeira;
Eu sou da terra do coco, Do cajá, da pitombeira.
Eu sou da terra da fava, Do feijão verde-ligeiro;
Poemas Pilarenses – Antonio Costta
15
Do quiabo e do maxixe Que bota até no terreiro!
Sou da terra da buchada, Da tapioca e beiju,
Da terra de José Lins E do poeta Xudu!
Eu sou da terra querida De Damião Cavalcanti, De Zé Augusto de Brito, Outro poeta brilhante!
Eu sou da terra do verso, Da terra da poesia;
Do poeta João Lourenço, Também de Riso Maria.
Eu sou da terra de Lita Que todo mundo recorda; Eu sou da terra de Odete Que canta Coco de Roda!
Eu sou da terra do Zé Cosmo com seu violão; Também de Jordânia Borges Cantando nossa canção!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 16
Eu sou da terra de Júlio Com seu Cavalo Marinho
, Do artesão Seu Birico,
Do cirandeiro Raminho.
Eu sou da terra de Alceu Com natureza bucólica; Eu sou da terra de Lando, Essa figura folclórica!
Eu sou da terra, de barro, Eu sou de Chã de Areia; Por essa terra me amarro... Viva Pilar, minha aldeia!
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 17
NO CHÃO DA SAUDADE
Prossigo sereno revendo a história
No vasto terreno do chão da memória. Tão cheio de terra, brincando no chão De bola de gude, carrinho e pião.
Lá pego canário com meu alçapão, Lá pesco piaba com meu jereré; Facheio rolinha com meu lampião E brinco de bola imitando Pelé!...
Lá faço brinquedos de tábua, de lata, E sei tirar mel de abelha na mata!
Sou bem mais feliz —não posso negar...
Onde fica esse chão? em que tempo? espaço? No chão da memória me perco e me acho... —Chão da saudade da velha Pilar!...
Poemas Pilarenses – Antonio Costta 18
QUE SAUDADE DA FEIRA DO PILAR!
Oh que saudade tamanha Da feirinha do Pilar! Contemplar o violeiro Fazer verso o dia inteiro Pra todo mundo escutar!
Oh que saudade tamanha
Da feirinha do Pilar! De tomar caldo de cana Da melhor cana caiana Produzida no lugar!
Oh que saudade tamanha