Estradeando
De Miguel Bicca
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Estradeando - Miguel Bicca
ESTRADEIRO
Varei arroios e afundei caminhos,
sovei arreios pelos corredores,
gastei o coração cambiando amores,
troteando sempre, sem saber por quê.
Branqueou-me a barba, me tostou-se o couro,
minha melena enlunarou-se, moura,
e eu troteando – sem saber por quê.
Sou como junco que se dobra e não se quebra,
sou como o pasto que pisado se levanta,
uma garganta degolada que ainda canta,
embora ouvidos maldomados não escutem
o canto macho que me leva e me encanta.
Descubro agora que são poucos, muito poucos,
os que acreditam que o meu canto não tem fim,
que a minha voz tem as razões do vento livre,
cascos de potro bordoneando no capim.
Agora sei por que estradeio solitário,
mas não sei se saberão de onde vim,
para fazer brotar da terra que me acolha
raiz e rama das heranças que há em mim.
SONHO
Eu tenho um sonho gaudério
que bate cascos na noite,
sempre ao compasso do tranco
de um zaino negro estradeiro,
que sempre encontra um candieiro
iluminando um bolicho
e tem um fundo cambicho
por viola, cordeona e china.
E já nasceu com a sina
de ter somente o cavalo
e o canto afiado dos galos
sangrando o sol das manhãs.
Minha alma prisioneira que o criou
para saciar sua sede de distâncias
ensinou-me a buscar a liberdade
que extraviei pelos potreiros de