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Mentiras e desejo
Mentiras e desejo
Mentiras e desejo
E-book144 páginas1 hora

Mentiras e desejo

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Sobre este e-book

Outrora, tinha sido todo o seu mundo. Agora seria a sua mulher

Luc Cavallo liderava um negócio multimilionário. Solucionava crises sem sequer pestanejar. Até que a mulher que um dia amara apareceu no seu escritório, tão bela como uma década antes… com um bebé nos braços e pedindo-lhe proteção.
Ninguém que conhecesse a sua história com Hattie Parker o culparia se a pusesse fora ao pontapé. Mas não ia ser cruel, visto que existia uma criança no meio da história, por isso seria o pai do bebé que Hattie tinha adotado. E depois, por fim, poderia tê-la onde a queria: na sua cama e com o seu anel no dedo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de ago. de 2012
ISBN9788468705965
Mentiras e desejo
Autor

Janice Maynard

USA TODAY bestselling author Janice Maynard loved books and writing even as a child. Now, creating sexy, character-driven romances is her day job! She has written more than 75 books and novellas which have sold, collectively, almost three million copies. Janice lives in the shadow of the Great Smoky Mountains with her husband, Charles. They love hiking, traveling, and spending time with family. Connect with Janice at www.JaniceMaynard.com and on all socials.

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    Pré-visualização do livro

    Mentiras e desejo - Janice Maynard

    Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2011 Janice Maynard. Todos os direitos reservados.

    MENTIRAS E DESEJO, N.º 1079 - Agosto 2012

    Título original: The Billionaire’s Borrowed Baby

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Publicado em portugués em 2012

    Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

    Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

    ® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

    ® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    I.S.B.N.: 978-84-687-0596-5

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversão ebook: MT Color & Diseño

    www.mtcolor.es

    Capítulo Um

    Estava uma manhã muito bonita em Atlanta, Georgia, mas Hattie Parker só conseguia pensar no pânico e no desespero que sentia.

    – Preciso de falar com o senhor Cavallo, por favor. Com o senhor Luc Cavallo. É urgente.

    A secretária, uma mulher de uns trinta anos com um fato formal de casaco azul a combinar com os seus olhos, abriu a agenda.

    – Tem reunião marcada? – perguntou, sem olhar para ela.

    Hattie cerrou os dentes. Evidentemente, a mulher sabia que não tinha uma reunião marcada e estava a fazer de tudo para a intimidar.

    – Diga-lhe que é a Hattie Parker – respondeu, segurando a menina com uma mão e o saco de fraldas com a outra. – Não tenho reunião mas tenho a certeza de que Luc quererá receber-me.

    Na realidade, era mentira. Não sabia se Luc quereria vê-la ou não. Já tinha sido o seu príncipe encantado, disposto a fazer tudo o que ela quisesse e a conceder-lhe tudo quanto desejasse.

    Naquele dia, talvez a expulsasse, mas estava disposta a correr o risco na esperança de que ele se lembrasse dos bons tempos. Não se tinham separado amigavelmente mas, como não tinha outra opção, ou era Luc ou ninguém. E não pensava virar as costas sem lutar.

    A secretária de Luc, que era o paradigma da perfeição, desde o cabelo loiro cinza preso num elegante laço até à maquilhagem ou à manicura, examinou com desdém o seu despenteado cabelo loiro, a saia barata de cor caqui e a blusa branca de algodão. Mesmo não tendo a blusa manchada de baba de Deedee, não ia ganhar nenhum prémio de moda com esta indumentária e Hattie sabia-o. Porém, não era fácil manter um aspeto elegante quando andava com uma menina de sete meses a tiracolo.

    O segurança da entrada tinha-a obrigado a deixar o carrinho de bebé lá em baixo, antes de apanhar o elevador, e Deedee pesava uma tonelada.

    Hattie estava cansada e desesperada. As últimas seis semanas tinham sido um inferno.

    – Lamento, mas é impossível. O senhor Cavallo está muito ocupado.

    – Ou deixa-me ver o senhor Cavallo ou armo o maior escândalo que Atlanta já viu desde Scarlett O’Hara – advertiu-a Hattie. Tremiam-lhe os lábios, mas negava-se a deixar que aquela antipática se apercebesse disso.

    A mulher pestanejou e Hattie soube que tinha vencido.

    – Espere um momento – disse, por fim, antes de desaparecer por um corredor.

    Hattie acariciou o cabelinho dourado de Deedee.

    – Não te preocupes, querida. Não vou deixar que ninguém te afaste de mim.

    A menina sorriu, mostrando dois dentitos no maxilar inferior. Estava a começar a palrar e Hattie amava-a mais a cada dia.

    A espera pareceu-lhe uma eternidade mas, quando a secretária voltou por fim, o relógio da parede mostrava que só tinham passado cinco minutos.

    – O senhor Cavallo recebê-la-á, mas é um homem muito ocupado e tem muitas reuniões esta manhã – avisou-a.

    Hattie teve que conter o infantil desejo de lhe deitar a língua de fora enquanto a seguia pelo corredor.

    – Pode entrar – disse-lhe, indicando uma porta.

    Hattie respirou fundo, beijando a menina para ver se isso lhe dava sorte.

    – Começa o espetáculo, Deedee.

    Com mais confiança da que sentia na realidade, bateu com os nós dos dedos na porta antes de entrar no escritório de Luc Cavallo.

    Luc dirigia um negócio multimilionário e estava habituado a lidar com problemas. A capacidade de pensar depressa era algo que tinha aprendido rapidamente no mundo empresarial.

    Por isso não era normal que algo o apanhasse totalmente desprevenido, mas quando Hattie Parker apareceu no seu escritório, após uma década sem a ver, ficou sem palavras.

    Estava tão bonita agora como o tinha sido aos vinte anos. A pele de porcelana, os olhos castanhos com pontinhos de cor âmbar e umas pernas intermináveis. O sedoso cabelo loiro mal lhe roçava os ombros, estava bem mais curto do que dantes.

    Mas o que surpreendeu Luc foi ver que a mulher que já tinha amado carregava um bebé nos braços. De repente, sentiu uma pontada de ciúmes. Hattie era mãe e isso significava que tinha um homem na sua vida.

    Mas era absurdo que isso o incomodasse. Ele tinha refeito a sua vida há muito tempo. Então, porque sentia aquele aperto no peito, porque tinha a pulsação acelerada?

    Luc manteve-se imóvel, com as mãos enfiadas nos bolsos das calças.

    – Olá, Hattie – saudou-a, indicando o cadeirão que tinha em frente à sua secretária.

    – Olá, Luc.

    Estava visivelmente nervosa e enquanto se sentava, durante um segundo, conseguiu ver aquelas pernas que recordava tão bem...

    Hattie Parker era uma beleza natural que não precisava de maquilhagem. Mesmo vestida com aquela roupa tão pouco elegante, mostrava-se encantadora.

    E uma vez tinha sido o seu mundo.

    Mas incomodava-o que essas lembranças lhe doessem tanto.

    – A última vez que dormimos juntos foi há muito tempo. Não terás vindo dizer-me que esse bebé é meu filho, pois não?

    O sarcasmo fez com que Hattie ficasse sem cor e Luc sentiu-se envergonhado. Mas um homem tinha que usar qualquer arma para defender-se, disse a si próprio. Era quem era por não se mostrar vulnerável. E não voltaria a sê-lo.

    Hattie limpou a garganta.

    – Vim aqui pedir-te ajuda.

    Luc levantou uma sobrancelha.

    – Pensava que era a última pessoa da tua lista.

    – Na verdade, sim, mas não tenho alternativa. Isto é muito sério, Luc.

    – Como se chama? – perguntou-lhe ele, apontando para a bebé.

    – Deedee.

    Uma menina. Não se parecia muito com Hattie... talvez se parecesse com o pai, pensou enquanto carregava no botão do intercomunicador.

    – Marilyn, podes chegar aqui um instante, por favor?

    Quando a secretária apareceu, Luc apontou para a menina.

    – Importas-te de cuidar dela por uns minutos? O seu nome é Deedee. A menina Parker e eu temos que falar a sós e não quero interrupções.

    Hattie esteve prestes a protestar mas, pensando melhor, entregou Deedee nos braços da secretária.

    – Aqui dentro está um biberão – disse-lhe, entregando-lhe a mala das fraldas que trazia pendurada ao ombro. – E um babete.

    Luc sabia que a sua ajudante conseguiria dar conta do recado. Marilyn era fria como o gelo, mas tremendamente eficiente.

    Quando a porta se fechou, deixou-se cair para trás no cadeirão.

    – Conta-me, Hattie, que se passa de tão grave que tenhas ponderado vir ter comigo? Se a memória não me falha, foste tu que me deixaste...

    Ela apertou as mãos com força.

    – Não acho que devamos falar disso. Foi há muito tempo.

    – Muito bem, como queiras – Luc encolheu os ombros. – Então concentremo-nos no presente. Porque vieste?

    – Lembras-te da minha irmã mais velha, Angela?

    – Sim, claro. Recordo-me que as duas não se davam muito bem.

    – Depois da morte dos meus pais, começámos a dar-nos melhor.

    – Não sabia que tinham morrido. Sinto muito.

    Os olhos de Hattie encheram-se de lágrimas, mas pestanejou para as conter.

    – O meu pai morreu de cancro uns anos depois de eu terminar o curso.

    – E a tua mãe?

    – A minha mãe não conseguia viver sem ele. Era o meu pai que se encarregava de tudo e quando morreu o mundo dela ruiu. Tivemos que interná-la numa clínica... e não saiu mais de lá. Angela e eu vendemos a casa e tudo o que tínhamos, mas não foi o suficiente. Arruinei-me, pagando as contas da clínica...

    – A Angela não te ajudou?

    – Ela disse-me para não pagar nada, que o Estado deveria encarregar-se de todas as despesas, especialmente depois da minha mãe já não conseguir reconhecer-nos.

    – Algumas pessoas diriam que tinha razão.

    – Eu não – afirmou Hattie. – Não podia abandonar a minha mãe.

    – Quando morreu?

    – No inverno passado.

    Luc olhou para a sua mão esquerda e verificou que não usava aliança. Onde estava o seu marido? Tê-la-ia abandonado, deixando-a com a menina?

    Mas, de repente, percebeu tudo. Hattie precisava de dinheiro. Era uma rapariga orgulhosa e independente e as coisas deviam estar muito mal para se ter ido rebaixar a pedir a sua ajuda.

    E embora as suas lembranças fossem amargas, não era capaz de a mandar embora. Gostava da ideia de ajudar Hattie... talvez se tratasse de justiça poética.

    – Se precisas de dinheiro, posso emprestar-to, sem segundas intenções, sem perguntas. Pelos velhos tempos.

    Ela inclinou a cabeça para o lado.

    – Perdão?

    – Foi por isso que vieste, não? Pretendes pedir-me dinheiro. E acho bem, de que me serve o dinheiro se não posso ajudar uma velha amiga?

    – Não, não, não – começou a dizer Hattie enquanto se levantava da cadeira. –

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