Amor comprado
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Sobre este e-book
Dione Keristari estava disposta a fazer qualquer coisa para salvar o seu pai enfermo, agora que o negócio da família estava em crise. Contudo suplicar ao lindíssimo multimilionário grego Aris Tsardikos que lhe fizesse um empréstimo era mais do que conseguira imaginar. Isso só fez com que tudo piorasse, quando Aris lhe exigiu que se casasse com ele em troca de dinheiro.
Dione não tinha outra opção. Contudo a atracção que existia entre eles era demasiado forte para uma rapariga sem experiência como ela, por isso Dione decidiu não ir para a cama com Aris.
No entanto o seu futuro marido era um mestre na arte da sedução e não demorou a engravidar a sua esposa…
Margaret Mayo
Margaret Mayo says most writers state they've always written and made up stories, right from a very young age. Not her! Margaret was a voracious reader but never invented stories, until the morning of June 14th 1974 when she woke up with an idea for a short story. The story grew until it turned into a full length novel, and after a few rewrites, it was accepted by Mills & Boon. Two years and eight books later, Margaret gave up full-time work for good. And her love of writing goes on!
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Amor comprado - Margaret Mayo
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2006 Margaret Mayo
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Amor comprado, n.º 2235 - fevereiro 2017
Título original: Bought for Marriage
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2007
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9572-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Aris Tsardikos? Queres que vá ter com ele e lhe peça dinheiro? – incrédula, Dione olhou para o seu pai. – Não consigo fazê-lo.
Aris Tsardikos era um homem importante. O seu nome era venerado por toda a Grécia e, talvez, em todo o mundo. Era o inimigo mais forte do seu pai. Dirigia uma luxuosa cadeia mundial de hotéis onde só os ricos e os famosos podiam permitir-se alojar-se.
Uma vez, Yannis tentara convencer Aris a deixá-lo gerir os restaurantes dos hotéis. Mas Aris recusara a proposta com desprezo. Ele não disfarçava a antipatia que sentia por Yannis Keristari. E Dione não podia culpá-lo por isso.
Yannis virou-se na almofada.
– Então, este será o meu fim.
Phrosini olhou para o seu marido com preocupação e, com um olhar suplicante, disse à sua enteada:
– Acho que o teu pai quer que penses no assunto. Vamos para casa. Voltaremos mais tarde e depois falamos sobre isto.
Quando saíram do quarto do hospital, Dione ainda olhou para trás, para olhar para o homem que tivera maior influência na sua vida e foi-lhe difícil pensar que ele estivesse a pedir-lhe tal coisa. Ela fizera muito por ele. Fora a melhor filha que podia ter tido, mas ter de pedir dinheiro? Pedir dinheiro ao seu maior inimigo?
Os seus pensamentos recuaram até ao dia anterior, quando a angustiada Phrosini lhe telefonara para lhe dizer que o seu pai estava doente e que queria vê-la.
– Claro que vou vê-lo! Vou no primeiro voo disponível.
Com um ar preocupado, a bonita Dione virou-se para a sua mãe.
– Tenho de ir a casa. O meu pai está no hospital. Teve um enfarte.
Jeannie levou a mão à boca.
– Meu Deus! Claro que tens de ir. Eu depois falo com Chris. Espero que Yannis esteja bem.
Para Dione, aquele foi um gesto generoso depois de tudo o que o seu pai fizera à sua mãe. Mas a sua mãe era mesmo assim, ela nunca pensava mal de ninguém. Era calma e ingénua e, no seu interior, Dione achava que a sua mãe se deixava pisar pelas pessoas. Mas nunca diria isso à sua mãe. Gostava demasiado dela.
Para a sua desgraça, não havia lugar nos voos para Atenas naquele dia, mas pelo menos isso permitiu-lhe falar ela própria com Chris.
– Vou contigo – disse assim que a viu. – Não posso deixar que a minha noiva passe por isto sozinha.
Disse-o com tanto orgulho que Dione se sentiu culpada. Já pensara em levar Chris à Grécia para que conhecesse o seu pai e para que este lhes desse a aprovação para se casarem, mas não naquelas circunstâncias. O impacto de saber que ia casar-se com um inglês poderia acabar com ele.
Yannis era grego até à medula. Muito orgulhoso, muito tradicional e fazia muita questão que Dione se casasse com um dos seus. Dione, pelo contrário, tinha outras ideias. Queria fugir do carácter dominante do seu pai e a única forma de o fazer, na sua opinião, era casando-se e instalando-se em Inglaterra.
Conhecera Christopher Donovan numa das suas frequentes visitas ao Reino Unido e, quando ele se declarara, pensara muito antes de aceitar. Não era por ela não gostar de Chris, porque gostava, mas não estava assim tão segura de que ele sentisse o mesmo por ela.
Começara a sair com Dione ao sentir-se despeitado numa relação anterior que, segundo ele, já tinha acabado. Mas ela tomara conhecimento que a rapariga queria voltar para ele e que os tinham visto juntos. Dione confrontara-o com a informação e ele, primeiro olhara para ela assustado, e depois dissera-lhe que não era verdade.
– Acho que é melhor eu ir sozinha – disse-lhe. – O meu pai está demasiado doente para ver estranhos.
– Talvez tenhas razão – disse. – Telefonas-me?
– Claro que sim.
O avião aterrou no aeroporto de Atenas e Dione, uma mulher espantosa, que vestia um fato de cor creme e um top castanho a condizer, atravessou a sala das chegadas com o passo firme. O seu cabelo preto azulado acariciava com sensualidade os seus ombros a cada passo que dava com as suas sandálias de salto de agulha. Ela não reparava mas muitos homens viravam-se para a admirar.
Como não pensava que ninguém estivesse à sua espera, Dione dirigiu-se para a praça de táxis e ficou surpreendida e contente ao ver a sua madrasta.
– Phrosini, que amável! Não estava à espera – deu-lhe um forte abraço e instintivamente começou a falar a sua segunda língua. – Não devias estar com o meu pai? Como é que ele está? Está melhor?
Phrosini era baixa e rechonchuda, mas muito bonita e não era difícil de perceber porque é que o seu pai se apaixonara por ela. Era completamente diferente da sua mãe. O seu primeiro casamento, não havia dúvidas, tinha sido um erro. Dione pressupunha que ao princípio teriam estado apaixonados, mas a sua mãe fora demasiado fraca para aguentar o carácter autoritário do seu pai. No entanto, Phrosini sabia dar-lhe a volta tão bem que ele nem se dava conta.
– Está na mesma – respondeu Phrosini. – Embora esteja muito animado com a tua chegada. Está muito doente, Dione. Estou muito preocupada.
– Porque não me contaste antes?
Phrosini respondeu com uma expressão de desculpa:
– Não queria estragar-te as férias. Sei o quanto gostas de estar em Inglaterra com a tua mãe. No início pensei que ele recuperaria logo, mas isso não aconteceu e ele começou a perguntar por ti. Não podia discutir com ele.
Foram directas ao hospital.
– Lamento muito, sei que gostarias de tomar um duche e mudar de roupa, mas o teu pai está ansioso por te ver – disse Phrosini.
Quando Dione entrou no quarto de Yannis ficou espantada com o seu aspecto. Não era alto, sempre fora magro e pálido, mas perdera tanto peso que se viam os ossos e a sua pele tinha um tom cinzento. Além disso, estava ligado a muitas máquinas que controlavam todas as suas funções.
– Dione! – exclamou com voz rouca. – Estás aqui!
Atravessou o quarto e abraçou-o.
– Sim, pai. Como te sentes? Devias ter-me contado que estavas doente.
Ele acariciou-lhe a mão.
– Não queria preocupar-te, filha.
– O que provocou o teu enfarte? Pensava que eras forte como um touro.
– Já não – Yannis olhou para Phrosini. – Conta-lhe!
– Contar-me o quê?
Phrosini fechou os olhos e, quando os abriu, Dione pôde ver neles uma grande preocupação.
– O negócio do teu pai faliu.
– O quê? – Dione franziu o sobrolho. Como era possível? Yannis herdara do seu pai um restaurante e transformara-o numa cadeia bem-sucedida. Não havia como perder dinheiro.
– As vendas caíram muito – disse Phrosini num tom desesperado. – É preciso uma boa quantia de dinheiro para recuperar a empresa e o teu pai não a tem. Tem mais despesas do que lucros. Estamos quase na bancarrota, Dione.
Dione estava perplexa, mas não demasiado surpreendida. Estudara Decoração de Interiores em Inglaterra, queria instalar-se definitivamente lá e arranjar um emprego, mas Yannis insistira para que trabalhasse com ele. Dedicava-se a ir de um restaurante para outro para renovar tudo o que era necessário, mas sempre sob o olhar atento de Yannis.
Ele era muito conservador. Estava tão agarrado às tradições que nunca a deixava pôr em prática as suas ideias modernas. Ele dizia que os aspectos tradicionais davam aos restaurantes um ambiente especial que não devia mudar-se. Dione tinha as suas dúvidas. As pessoas procuravam ambientes modernos e animados, não queriam viver no passado.
– É terrível – disse. – Não fazia ideia.
– Eu também não – confessou Phrosini. – O teu pai escondia-me a situação e por isso agora está aqui – pousou a mão sobre a do seu marido e apertou-a com suavidade. – É muito teimoso, sabes?
– Tu decides, filha – disse Yannis a olhar para Dione. – És a minha única esperança.
– Eu? – Dione pôs a mão no peito. – Como posso eu ajudar? Não tenho esse dinheiro – realmente não tinha muitas economias. O seu pai pagava-lhe o salário mínimo, como pagava a qualquer outro empregado, e ela gastava-o todo nos voos para Inglaterra.
– Quero que vás pedir um empréstimo a Aris Tsardikos – sussurrou com a voz rouca e entrecortada. Era perceptível que lhe custava falar. – Ele tentará aproveitar-se disso, mas se há alguém que possa fazê-lo, essa pessoa és tu.
– Eu sei que é pedir-te muito – disse Phrosini quando se sentaram a beber café na sua linda villa e começaram a falar de Yannis. – Mas é a sua única esperança. Se não conseguir esse dinheiro morrerá. Não terá forças para viver. Está a morrer. Os médicos estão a fazer tudo o que podem mas… – a voz de Phrosini desvaneceu e ficou com um ar pálido e doente.
– Tem de haver outra maneira – repôs Dione. Não tinha medo de Aris Tsardikos, apesar de ser um homem muito poderoso, mas para ela seria mais embaraçoso do que qualquer outra coisa no mundo. – E como está a situação com os bancos?
– Estão todos a cair-nos em cima.
Além disso, Dione sabia que não tinha amigos para o ajudar. O seu pai agradava a muita pouca gente, era um tirano e ela tinha, mais do que ninguém, razões para o odiar depois do que fizera à sua mãe. Mas era do seu sangue e, apesar de ser difícil perdoá-lo, gostava dele. Dione mantivera-se sempre à margem para não destabilizar emocionalmente a mãe, pois sabia do que o seu pai era capaz.
Jeannie e Yannis tinham-se divorciado há dezasseis anos. Quando o casamento acabara, Yannis voltara para a Grécia e levara Dione com ele. Fora sempre com muita má vontade que permitira que Dione visitasse a sua mãe durante as férias escolares. Agora, sempre que podia ia para Inglaterra e já lá estava há duas semanas quando recebera o telefonema da