Fumaça e Espelhos

De Hannah Howe

Fumaça e Espelhos de Hannah Howe
Um Mistério de Sam Smith
Fumaça e Espelhos é o nono livro da Série de Mistérios Sam Smith # 1 da Amazon. A história combina um mistério psicológico com humor e romance.

• Idioma: Português
• Editora: Goylake Publishing
• Data de lançamento: 17 de set. de 2021
• ISBN: 9781667413211

Hannah Howe

Hannah Howe is the bestselling author of the Sam Smith Mystery Series (Sam's Song, book one in the series, has reached number one on the amazon.com private detective chart on seven separate occasions and the number one position in Australia). Hannah lives in the picturesque county of Glamorgan with her partner and their two children. She has a university degree and a background in psychology, which she uses as a basis for her novels.Hannah began her writing career at school when her teacher asked her to write the school play. She has been writing ever since. When not writing or researching Hannah enjoys reading, genealogy, music, chess and classic black and white movies. She has a deep knowledge of nineteenth and twentieth century popular culture and is a keen student of the private detective novel and its history.Hannah's books are available in print, as audio books and eBooks from all major retailers: Amazon, Barnes and Noble, Google Play, Kobo, iBooks, etc. For more details please visit https://hannah-howe.comThe Sam Smith Mystery Series in book order:Sam's SongLove and BulletsThe Big ChillRipperThe Hermit of HisaryaSecrets and LiesFamily HonourSins of the FatherSmoke and MirrorsStardustMind GamesDigging in the DirtA Parcel of RoguesBostonThe Devil and Ms DevlinSnow in AugustLooking for Rosanna MeeStormy WeatherDamagedEve’s War: Heroines of SOEOperation ZigzagOperation LocksmithOperation BroadswordOperation TreasureOperation SherlockOperation CameoOperation RoseOperation WatchmakerOperation OverlordOperation Jedburgh (to follow)Operation Butterfly (to follow)Operation Liberty (to follow)The Golden Age of HollywoodTula: A 1920s Novel (to follow)The Olive Tree: A Spanish Civil War SagaRootsBranchesLeavesFruitFlowersThe Ann's War Mystery Series in book order:BetrayalInvasionBlackmailEscapeVictoryStandalone NovelsSaving Grace: A Victorian MysteryColette: A Schoolteacher’s War (to follow)What readers have been saying about the Sam Smith Mystery Series and Hannah Howe..."Hannah Howe is a very talented writer.""A gem of a read.""Sam Smith is the most interesting female sleuth in detective fiction. She leaves all the others standing.""Hannah Howe's writing style reminds you of the Grandmasters of private detective fiction - Dashiell Hammett, Raymond Chandler and Robert B. Parker.""Sam is an endearing character. Her assessments of some of the people she encounters will make you laugh at her wicked mind. At other times, you'll cry at the pain she's suffered.""Sam is the kind of non-assuming heroine that I couldn't help but love.""Sam's Song was a wonderful find and a thoroughly engaging read. The first book in the Sam Smith mystery series, this book starts off as a winner!""Sam is an interesting and very believable character.""Gripping and believable at the same time, very well written.""Sam is a great heroine who challenges stereotypes.""Hannah Howe is a fabulous writer.""I can't wait to read the next in the series!""The Big Chill is light reading, but packs powerful messages.""This series just gets better and better.""What makes this book stand well above the rest of detective thrillers is the attention to the little details that makes everything so real.""Sam is a rounded and very real character.""Howe is an author to watch, able to change the tone from light hearted to more thoughtful, making this an easy and yet very rewarding read. Cracking!""Fabulous book by a fabulous author-I highly recommended this series!""Howe writes her characters with depth and makes them very engaging.""I loved the easy conversational style the author used throughout. Some of the colourful ways that the main character expressed herself actually made me laugh!""I loved Hannah Howe's writing style -- poignant one moment, terrifying the next, funny the next moment. I would be on the edge of my seat praying Sam wouldn't get hurt, and then she'd say a one-liner or think something funny, and I'd chuckle and catch my breath. Love it!""Sam's Song is no lightweight suspense book. Howe deals with drugs, spousal abuse, child abuse, and more. While the topics she writes about are heavy, Howe does a fantastic job of giving the reader the brutal truth while showing us there is still good in life and hope for better days to come."

Pré-visualização do livro

FUMAÇA E ESPELHOS

FUMAÇA E ESPELHOS

Hannah Howe

Goylake Publishing

Copyright © 2016 Hannah Howe

Todos os direitos reservados.

O direito moral da autora foi afirmado.

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, transmitida, baixada ou armazenada em um sistema de recuperação, em qualquer forma ou por qualquer meio, sem a permissão prévia por escrito da editora.

Goylake Publishing, Iscoed, 16A Meadow Street, North Cornelly, Bridgend, Glamorgan. CF33 4LL

ISBN: 978-0-993 3827-3-4

Impresso e encadernado na Grã-Bretanha por Imprint Digital, Exeter , EX5 5HY

Este livro é uma obra de ficção. Nomes, personagens, negócios, organizações, lugares e eventos são produto da imaginação da autora ou usados ​​ficticiamente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, eventos ou locais é mera coincidência.

A Série de Mistério de Sam Smith de Hannah Howe, disponível em versão impressa, como e-books e livros de áudio

Sam’s Song

Love and Bullets

The Big Chill

Ripper

The Hermit of Hisarya

Secrets and Lies

Family Honour

Sins of the Father

Smoke and Mirrors

Para minha família com amor

Capítulo Um

______________________________________________

O alarme do meu celular me acordou às 7 da manhã. Gemi, rolei, tateei à procura do telefone e desliguei o alarme. Então rolei novamente e puxei o edredom sobre minha cabeça.

Nossa cama conjugal era tão quente, tão aconchegante, tão confortável, que era contra nos levantarmos. No entanto, meu lindo marido já estava na cozinha, preparando o café da manhã, a julgar pelo cheiro de bacon cozido que subia pelas escadas. Como vegetariana, eu tinha um nariz muito sensível em relação à carne cozida. Na verdade, Alan, meu marido, achava que eu era uma pessoa sensível, uma característica que ele achava atraente, junto com minha aparência angelical, corpo pequeno e longos cabelos ruivos. Ele também me considerava uma pessoa sensual, embora eu deixe aqui uma discussão mais aprofundada sobre o assunto. Estávamos casados ​​há dois meses; dois meses de alvorada; dois dos meses mais felizes da minha vida.

O alarme do meu telefone tocou novamente, me lembrando que eu não poderia fugir do meu dever; eu tinha que enfrentar o novo dia, tinha que me encontrar com minha assistente, Faye Collister, e levá-la ao nosso escritório. Com um alongamento e um bocejo, tropecei para fora da cama.

Após o ritual de abluções no banheiro, encontrei Alan na cozinha, preparando o café da manhã, cantando para si mesmo. Ele parecia contente e animado enquanto enchia seu prato com bacon, salsicha, tomate, um waffle de batata e um ovo mexido. Como ele conseguia estar tão alegre pela manhã, eu não sabia. Como ele poderia enfrentar tal café da manhã estava além da minha compreensão também. No entanto, ele fez uma pausa para me beijar, para me dar um tapinha de brincadeira na bunda, antes de se sentar no balcão de café onde ele se acomodou.

Enquanto procurava por minha xícara de café, refleti que Alan, um psicólogo, um membro importante de sua profissão, podia cochilar em um varal, adormecer em segundos e acordar energizado e revigorado, enquanto eu precisava de várias xícaras de café ou cinco milhares de volts para me movimentar, às vezes os dois.

Abri um armário em busca de um bule de café e, distraidamente, olhei para o espelho da cozinha. De repente, fiquei eletrizada, totalmente acordada. Meu cabelo estava uma bagunça, despenteado, desgrenhado, mas eu não precisava do meu certificado de detetive ás para saber que estava olhando para uma mecha de cabelo grisalho.

Olha, gritei para Alan.

O que? Ele ergueu os olhos do prato do café da manhã e franziu a testa.

Um cabelo grisalho.

Alan mastigou e engoliu um bocado de bacon. É apenas um, disse ele, sua mão direita pegando o suco de fruta, e é pouco perceptível.

Mas está aí, eu gemi, inclinando-me em direção ao espelho, olhando para o meu reflexo assustado. Estou casada há dois meses e já tenho cabelos grisalhos.

Alan sorriu. Ele disse: Isso faz você parecer mais digna, mais inteligente.

Como? Reclamei, me virando e me jogando em uma cadeira ao lado da mesa da cozinha. Honestamente, não sou vaidosa, mas um cabelo grisalho. Coloquei minha cabeça em minhas mãos e gemi: Isso me faz parecer velha.

Tenho muitos cabelos grisalhos, observou Alan.

Sim, mas você é mais velho do que eu. Dez anos mais velho. E cabelos grisalhos fazem você parecer mais digno; eles se adequam à sua profissão.

Você dificilmente pode vê-lo, ele disse, enquanto cortava uma salsicha em pedaços pequenos e jogava-os em sua boca.

"Dificilmente implica que você pode vê-lo, reclamei. Virando-me para encarar Alan, suspirei: Talvez o casamento tenha sido uma má ideia. Talvez devêssemos ter vivido em pecado."

Talvez devêssemos aumentar o quociente de pecado, ele sorriu.

Isso seria possível? Eu fiz uma careta.

Alan enxugou os lábios com um guardanapo. Então ele se aproximou e beijou meu cabelo. Nós poderíamos tentar, ele disse, seus lábios procurando meus lábios.

Eu o beijei calorosamente e perguntei: Será que mais sexo faria diferença?

Ele deu de ombros, Você não sabe até tentar.

Eu encontrei seu olhar malicioso com um olhar de censura. Todos os psicólogos são obcecados por sexo?

Alan riu: Somente aqueles casados com investigadoras particulares ultra sexy.

Nós lavamos a louça do café, em seguida, apreciamos um breve interlúdio romântico, durante o qual Alan tocou um inocente, mas sensível lugar; de alguma forma, ele adicionou arrepios aos meus arrepios; não sei como ele fez isso; pura e simplesmente, o homem tinha o toque.

Enquanto eu arrumava meu roupão e lutava contra a vontade de estuprá-lo, ele disse: Pensei em preparar uma Salada Waldorf para o jantar, com repolho roxo e peras; por minha conta, ok.

Parece gostoso, eu disse.

Alan jogou sua capa de chuva sobre o braço esquerdo e me beijou novamente. Encontro com você mais tarde.

Mas e quanto a isso? Eu perguntei enquanto puxava o fio de cabelo grisalho.

Pergunte a Faye, disse Alan, tenho certeza de que ela encontrará uma solução.

Ela provavelmente vai sugerir divórcio ou tintura de cabelo.

Vá com o último, Alan sorriu. É mais barato e menos estressante.

É esse o tipo de conselho que você dá aos seus clientes?

Ele fez uma pausa na porta da cozinha, pensou por um momento e respondeu: Em um modo de falar, sim.

O que é ser sábio, eu disse, enquanto puxava meu cabelo grisalho, tentando removê-lo.

Lembre-se do que Aristóteles disse, ‘conhecer a si mesmo é o início de toda sabedoria’. Alan pegou sua pasta e piscou: Aproveite o seu dia, linda.

Apesar de meus melhores esforços, o cabelo grisalho permaneceu no lugar. Então, dei de ombros, suspirei e disse: Sim.

Capítulo Dois

______________________________________________

Depois de um banho e um café da manhã, vesti um terninho cor de carvão completo com um colete e risca de giz leve, em seguida, dirigi para o leste ao longo da Cardiff Road, para a cidade, depois para o sul para Grangetown, para me encontrar com Faye.

Faye morava no meu apartamento pré-casamento, um apartamento que compartilhamos uma vez. Com cachos dourados, maçãs do rosto salientes e delicadas e encantadores olhos verde-azulados, Faye era linda, incrivelmente bela, um ímã para a maioria dos homens. No entanto, Faye tinha seus problemas e os homens não estavam em seu radar. Seus problemas resultaram de um relacionamento tenso com sua mãe, um relacionamento que levou Faye a duvidar e questionar a si mesma. Pior, ela caiu na prostituição por um tempo, como uma forma de autopunição, e ela sofria de uma obsessão crônica centrada na ordem e limpeza. No entanto, ela era leal e diligente, e eu gostava dela; ela era uma boa colega e amiga.

Não a melhor das motoristas, Faye danificou seu carro, batendo em um muro. Esse incidente foi sintomático de seu comportamento recente; ela parecia distraída, preocupada em um mundo próprio. Na melhor das hipóteses, Faye pairava à margem de tal comportamento , e ultimamente ela tinha sido mais intensa. Eu me perguntei se ela estava lidando com a adaptação de morar sozinha. Talvez a solidão oferecia-lhe também muito tempo para introspecção e pensamento.

Faye também não era uma pessoa matutina, então ficamos em silêncio durante a curta jornada para o leste, de Grangetown a Butetown e nosso escritório. Enquanto cruzava a Ponte Clarence, ela olhou para mim e piscou para acordar.

Eu sei, disse eu, tenho cabelo grisalho.

Faye sorriu revelando seus dentes brancos leitosos imaculados. Ela bebia cola por galão e chupava açúcar de cevada repetidamente, mas nada parecia danificar seus dentes.

Reparei no seu cabelo grisalho ontem, disse ela, mas não quis dizer nada.

Obrigada, suspirei, uma verdadeira amiga.

O sorriso de Faye se alargou. Você vai tingir?

O que você acha? Eu perguntei enquanto olhava ao redor para o tráfego, para o céu azul-claro de outubro, para um tapete de folhas na calçada.

Talvez você devesse, aconselhou Faye. Afinal, você está em uma idade engraçada.

Eu me virei brevemente e fiz uma careta. Tenho trinta e quatro anos, Faye. Desde quando trinta e quatro anos é uma idade engraçada?

Faye encolheu os ombros. Ela olhou pela janela lateral para um jovem. Coberto por uma infinidade de tatuagens, o homem usava uma camiseta e short; talvez ele tivesse comprado as roupas em uma liquidação de verão e estivesse decidido a usá-las, embora o ar frio pedisse um sobretudo.

Às vezes, as mulheres da sua idade ficam grisalhas da noite para o dia, disse Faye, animando-se com sua tarefa de consoladora de Jó.

Onde você leu isso? Franzi a testa.

Na Internet.

Você gasta muito tempo na Internet, eu fiz uma careta.

Tecnófoba, Faye disse, virando o rosto para mim, colocando a língua para fora. Veja bem, ela continuou, "Eu também li na Internet que Elvis Presley e Michael Jackson montaram um estúdio de gravação na Lua. This Place Rocks, eu acho que se chama."

Eu sorri e espirrei quando a fumaça fez cócegas em minhas narinas. Talvez alguém tenha acendido uma fogueira algumas semanas antes. Ou uma fogueira no jardim fumegava, embora fosse de manhã cedo. Dez segundos depois, entrei no Marquess Terrace e notei com horror que nosso escritório estava em chamas.

Com um guinchar de pneus, estacionei meu Mini. Ou melhor, parei no meio da rua. Então parei por um segundo para avaliar a situação. Notei que a janela do primeiro andar estava parcialmente aberta, na trava, para permitir que Marlowe, nosso gato do escritório, tivesse acesso, uma rota para dentro do prédio.

Marlowe!

Corri em direção ao prédio, alheia aos curiosos que haviam se reunido na calçada, impenetrável aos perigos, ao calor e à fumaça.

Sam! Faye gritou. Ela saltou do Mini, atravessou a rua correndo, estendeu o braço e tentou me agarrar. Sam! Você não pode entrar aí!

Marlowe! gritei, empurrando Faye para o lado.

Sam!

Um vizinho, um homem musculoso de quarenta e poucos anos, tentou me impedir, mas eu o afastei também. Eu tinha que resgatar o gato. Corri para o prédio, tossindo ao encontrar a fumaça.

Com uma sirene soando ao longe, eu levantei minhas mãos, para proteger meu rosto. O prédio, um cortiço vitoriano, era estruturalmente sólido, embora tenha rangido e gemido ao sucumbir às chamas.

O fogo ainda não havia atingido a escada. Na verdade, com toda a probabilidade as chamas estavam contidas dentro do espaço do escritório. Então, subi correndo a escada, tossindo, parando do lado de fora da porta do escritório.

Você não alimenta as chamas, então a sabedoria me disse para não abrir a porta do escritório. No entanto, e se Marlowe permanecesse lá, preso?

A porta estava destrancada – talvez as chamas tivessem danificado o mecanismo de travamento? – então eu a abri com um chute, apenas para recuar com o calor selvagem e as chamas rugindo. A sala estava iluminada, vermelho brilhante e laranja, enquanto a fumaça acre me tirou o fôlego. Eu sufoquei, uma, duas vezes, então cambaleei até o patamar.

Marlowe! Eu gritei entre tosses e pausas para respirar.

O escritório estava realmente em chamas; chamas subiam pelas paredes, disparavam pelo teto. O fogo reduziu a mobília a cinzas, rachou a vidraça, abriu um buraco nas tábuas do assoalho.

Através das chamas e da fumaça espiralando, eu procurei Marlowe. Mas não consegui ver o gato em lugar algum. Minhas bochechas estavam quentes, o suor escorria da minha testa; minhas narinas fecharam com o fedor de cabelo chamuscado – meu cabelo. Minhas longas madeixas ruivas, meu orgulho e alegria, eram um risco de vida. O fogo era intenso, o calor