Andarilho do riso
De Valdir Leal
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Sobre este e-book
Conta a história do Valdir Leal e do seu Palhaço Pimbim e sua trajetória artística no Brasil.
É de uma classe de artista "ingênuo", apresenta seu espetáculo artístico com números de comicamente mímicos provocando e surpreendendo o público que o vê surgir diante de si o caos. Com grande vivacidade, o jogo de Pimbim é contagiante, fazendo da alegria uma potência anárquica. Uma demonstração do potencial de guerrilha do palhaço com seu subversivo poder de transformação. Um delirante palhaço brasileiro, adepto dos trabalhos de Charles Chaplin - este espetáculo fala também da própria figura do palhaço, que trabalhando com os fracassos, transforma seus erros em espetáculo artístico.
"O palhaço é a essência humana revestida num corpo que habita sofisticadamente o engraçado."
Valdir Leal – Ator e Palhaço, 2020.
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Andarilho do riso - Valdir Leal
2020.
Dedicatória
Dedico integralmente esta obra a minha família, desde os remanescentes da árvore genealógica até os descendentes.
Pais Biológicos:
Alfredo Pereira Leal e Raimunda Pereira Nunes Leal
Avós Maternos:
Elísio José Nunes e Faustina Pereira de Souza
Bisavós Maternos:
Diolino Antônio dos Santos e Izabel Pereira de Souza.
Bisavós Paternos:
José Barbosa Nunes e Rosa Barbosa Nunes
Avós Paternos:
Antônio Pereira Leal e Joana Pereira da Silva
Bisavós Maternos:
Raimundo Pereira da Silva e Raimunda Ribeiro Carvalho
Bisavós Paternos:
João Fernandes Leal e Joana Alves de Alencar
Homenagens
In memoriam:
Elísio José Nunes e Faustina Pereira de Souza
Antônio Pereira Leal e Maria Joana da Silva
Em vida parcialmente:
Alfredo Pereira Leal e Raimunda Pereira Nunes Leal
Conteúdo literário
Feliz é aquele que realiza,
Na idade adulta,
Os seus sonhos da juventude.
Podendo fazer grandes ações,
Em benefício da humanidade,
Com seus dotes artísticos.
Uma realização
Através do caráter
e da cultura...
Todas as formas de arte,
Prisma de alguma forma:
Educar, aprender, transformar,
as pessoas pelas quais se interligam
as riquezas da alma humana.
A alegria consiste em elevar a alma e libertar o homem.
(Valdir Leal)
Prefácio
Fonte: Internet | Imagem: Lucelma Cordeiro
Meu querido amigo!
Seguem minhas palavras...Mil perdões pela demora, esta temporada que estou passando não tem sido fácil, pelo contrário. Mas é aquela coisa...Mar calmo não faz bom marinheiro.
Lembro-me do primeiro dia de aula do curso técnico em artes dramáticas: ator, um projeto da secretaria de cultura de MT, realizado em 2005. Desde o primeiro dia, notei que o Valdir, naquele momento um colega, e mais tarde um amigo especial, sempre contagiava o grupo com sua alegria. Até seu silêncio transmitia aquela centelha de pureza e verdade que somente os artistas genuínos possuem.
Atravessamos vários momentos de formação artística, e quase no final do curso, quando vivenciávamos o processo de montagem final — espetáculo Édipo Rei, de Sófocles — tivemos aula de iluminação no interior do teatro do SESC Arsenal, onde foi apresentado o Pimbim
, um refletor de luz. O signo sonoro em si chamou minha atenção, e em seguida, passei a chamar meu amigo Valdir de Pimbim, afinal, sua arte iluminava nossos corações, fazendo rir e transformando temores e dificuldades inerentes do nosso processo de formação em esperança, incentivo, luz para prosseguir nosso caminho.
Tive uma grata surpresa ao saber que Pimbim foi o nome artístico adotado pelo Valdir, neste belo ofício. Muito melhor é saber e acompanhar (mesmo distante fisicamente), que sua missão continua de pé e atuante: alegrar corações e tornar nossa travessia mais corajosa, agradável e esperançosa.
A luz de Pimbim é necessária e acalentadora. Salve!
– Lucelma Cordeiro
Agradecimentos
Ao supremo arquiteto do Universo Deus
por ter me guiado e dado forças para vencer mais um desafio de minha vida neste planeta terra.
Aos meus anjos da guarda, Raimunda e Alfredo, que me trouxeram a este mundo com uma missão de cultivar a paz, o amor e a sabedoria.
Também aos meus inesquecíveis avós maternos, Faustina Pereira de Souza e Elísio José Nunes, os quais me ensinaram o caminho do Amor pela vida e pelos nossos semelhantes.
Aos meus irmãos que têm parte importante na minha vida como ser humano, ensinando-me a respeitar as diferenças.
Outra pessoa de codinome Anjo
que apareceu em minha vida como forma de beleza interna e paciência.
A todos os amigos que nos momentos de alegrias e tristezas, confiaram na realização dessa dignificante obra.
A todas as pessoas que diretamente e indiretamente contribuíram para a publicação de mais um livro significativo na minha vida. Obrigado a todos vocês!
A esperança da colheita reside na semente
, Realização através do caráter e da cultura
. JHS
Resumo da história do Piauí
Muito tempo antes do descobrimento do Brasil, o Piauí, segundo alguns sinais existentes, parece ter sido habitado por povos civilizados. Esses sinais foram mostrados pelo professor austríaco, Ludwig Schwennhagen, que acreditava ter sido a Pedra do Sal, em Parnaíba, a estação marítima dos antigos navegantes, e as Sete Cidades, em Piracuruca, o centro de suas reuniões.
O Piauí era também habitado por indígenas, em virtude da influência do rio Parnaíba e seus numerosos afluentes e da lagoa de Parnaguá. Dentre os grupos indígenas encontrados no Piauí, na época do descobrimento, pode-se citar os tupis, os tapuias e caraíbas.
Inicialmente, as terras do Piauí receberam a denominação de Piagüí, nome dado pelos seus indígenas. Mais tarde, chamaram-nas Piagoí. Somente depois é que ficaram conhecidas por Piauí, que quer dizer rio (i) de piaus (uma espécie de peixe)
.
Durante muito tempo após o descobrimento, o Piauí ficou em completo esquecimento. Só mais tarde um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, penetrou em terras piauienses. Ele desbravou o território, cultivou a terra, construiu currais e criou gado, mas logo continuou o seu caminho, desbravando novas regiões. Foi ele quem deu a atual denominação de Parnaíba ao rio que antes era conhecido como rio Grande dos Tapuias, Pará ou Punaré.
Pouco depois da passagem de Domingos Jorge Velho, chegou Domingos Afonso Mafrense, o colonizador do estado. À margem do riacho Mocha, instalou a fazenda de Cabrobó, na qual residiu por algum tempo. Logo depois, formou-se um povoado, próximo a essa fazenda, com o mesmo nome, e mais tarde chamado Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí.
Com o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado, o povoado desenvolveu-se e foi elevado à categoria de vila, com o nome de Mocha. Mais tarde, passou à condição de cidade com o nome de Oeiras. Logo após a criação da vila de Mocha, foram criadas no Piauí as seguintes vilas: Parnaguá, Jerumenha, Campo Maior, São João da Parnaíba (atual cidade de Parnaíba), Marvão (atual Castelo do Piauí) e Valença.
Foi o gado, que na segunda metade do século XVII, abriu caminho para a ocupação do estado do Piauí, demarcando as suas fronteiras. Os rebanhos trazidos por sertanistas, deixando o rio São Francisco, desceram os rios Gurgueia e Piauí, percorrendo a região que vai do Gurgueia ao Poti para se fixarem em terras piauienses.
As principais povoações do Piauí, depois transformadas em vilas e cidades, cresceram a partir das fazendas de criação de gado. A carne, como alimentação, e o couro no vestuário, permitiram a sobrevivência dos desbravadores pioneiros. Parnaíba foi a primeira vila piauiense a tomar parte nos movimentos pela independência, por causa da sua localização geográfica, próxima ao litoral.
Em 19 de outubro de 1822, foi proclamada, em Parnaíba, por Simplício Dias da Silva, João Cândido de Deus e Silva, Domingos Dias, entre outros, a independência do Piauí e D. Pedro I aclamado imperador constitucional. Nessa data é hoje comemorado o Dia do Piauí. Entretanto, o Piauí ficou sob domínio português até 24 de janeiro de 1823, quando o Brigadeiro Manoel de Sousa Martins declarou o estado independente em Oeiras.
Em 13 de março de 1823, travou-se, à margem do rio Jenipapo, em Campo Maior, a mais sangrenta, e possivelmente única, batalha entre brasileiros e portugueses pela independência nacional, a Batalha do Jenipapo, onde centenas de piauienses e voluntários cearenses perderam a vida ou foram capturados, escrevendo com o seu sangue uma das páginas mais gloriosas da história nacional.
Independe o Piauí, a vila da Mocha foi escolhida para a capital, com o título de cidade e o nome de Oeiras, em homenagem ao conde de Oeiras, mais tarde Marquês de Pombal. Como cidade floresceu rapidamente, tornando-se o centro mais importante do novo estado.
Desde os tempos