Comunicação e Pesquisa
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Sobre este e-book
A pesquisa é considerada uma atividade orientada para a aquisição de novos conhecimentos e a sua aplicação para a resolução de problemas ou questões de caráter científico, por isso, a Pesquisa científica é a denominação geral atribuída ao processo complexo através do qual os progressos científicos são o resultado da implementação do método científico para resolver problemas ou tentar explicar determinadas observações.
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Comunicação e Pesquisa - Miguel D'Addario
Autor
Miguel D’Addario é Italiano, natural de Molise, Colletorto e nasceu em Buenos Aires. É Licenciado em Jornalismo, Mestrado em Educação Social, Mestrado em Sociologia e Doutorado em Comunicação Social pela Universidade Complutense de Madrid. Desenvolveu a sua experiência em vários campos do ensino, desde a Formação Profissional até ao nível Universitário, tanto na América Latina como na Europa. É ainda engenheiro industrial (UNC), Técnico superior em equipamentos industriais, manutenção e gestão. É formador de AutoCAD, 3D e modelação. Publicou uma centena de livros, na sua maioria, técnicos educativos para todos os níveis. Os seus livros encontram-se em diferentes centros de estudos e bibliotecas do mundo, como por exemplo a Universidade San Pablo do Perú, a Universidade de Santo Domingo na República Dominicana, a Universidade São Gregório do Equador, Universidade de Valência, Biblioteca Nacional de Espanha, Biblioteca Nacional da Argentina, Universidade do Texas, Universidade de Toronto, Universidade de Deusto, Universidade de Illinois, Universidade de Kansas, Bibliotecas da Comunidade De Madrid, Castela e Leão, Andaluzia, e País Basco, Biblioteca Nacional Britânica, Universidade de Harvard, Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. PhD e ensaísta, recebeu prémios e menções de Associações de escritores, Centros Culturais, Universidades, e sedes afins. Também como Orador, Conferencista e Investigador, em Universidades, Centros educativos, públicos e privados. Autor de livros sobre arte: Poesia, Contos e Relatos. Autor de livros sobre educação, de vários níveis e temas. Autor de livros de filosofia, ontologia e metafísica.
Autor de livros de Autoajuda e Coaching. Os seus livros estão espalhados pelos cinco Continentes, são de consulta assídua em Bibliotecas a nível mundial, e estão inscritos nos catálogos, ISBNs e bases bibliográficas Internacionais. Encontram-se traduzidos em várias línguas e podem ser encontrados em lojas internacionais, tanto em formato de papel como em versão digital.
Websites onde poderá conhecer e/ou adquirir outras obras do autor:
https://cutt.ly/2t1bmZv
Introdução
Geralmente, os professores enfrentam a tarefa de pedir aos alunos para «pesquisar sobre um tema ou problema». O que nos parece algo natural e uma constante no nosso trabalho de ensinar, independentemente da área de aprendizagem ou da disciplina em que estivermos a trabalhar. Partimos do princípio que os alunos sabem exatamente a que é que nos estamos a referir, e esperamos que eles correspondam às nossas próprias expectativas relativamente ao trabalho final que devem entregar. Por vezes entregamos somente algumas indicações bastante gerais. Também não é estranho que no momento da correção posterior destes «trabalhos de pesquisa», sem grande esforço, consigamos identificar a fonte de onde retiramos a informação. Quando enfrentamos a tarefa de desenvolver capacidades de pesquisa nos nossos alunos, quando queremos promover o trabalho autónomo dos alunos, quando procuramos estratégias para criar espaços onde possam ser sujeitos ativos na construção do conhecimento, é aí que surge a necessidade de novos instrumentos. Este Manual de Pesquisa para o Aluno pretende ser um apoio tanto para os professores como para os alunos, um ponto de partida nesta estratégia de ensino que é intensificada com a implementação do novo currículo e o desenvolvimento dos Centros de Recursos para a Aprendizagem (CRA) nas escolas, e que bem utilizado abre oportunidades enormes e inesperadas de aprendizagem. Este Manual de Pesquisa que serve de referência para o trabalho em qualquer uma das disciplinas ou áreas de aprendizagem, uma vez que inclui modelos para desenvolver uma pesquisa através de diversas alternativas; o que não significa que seja um manual de como redigir um trabalho de pesquisa. Para a maioria dos alunos, desenvolver um trabalho de pesquisa pode ser sinónimo de transcrever ou fotocopiar a informação de uma enciclopédia, artigo de um diário ou revista ou de qualquer texto de especialidade. Utilizam truques como o espaçamento duplo, o tipo de letra maior ou várias ilustrações para fazer parecer mais rigoroso o trabalho desenvolvido, ficando de fora, de propósito, o objetivo do sentido de pesquisar: adquirir novos conhecimentos. Não existe nada mais interessante e atrativo para qualquer pessoa do que fazer novas descobertas ou adquirir novos conhecimentos. Logo, parece que a pesquisa é uma palavra maior reservada somente para os cientistas fechados em laboratórios ou a percorrer o planeta em busca de uma espécie nova e esquisita. Nada mais distante daquilo que hoje entendemos por pesquisar. Adquirir novos conhecimentos sobre um tema ou uma determinada matéria é evidenciar um conjunto de relações entre ideias, conceitos ou significados não explicitados ou registados anteriormente. O que pode ser feito tanto por alunos como por professores, e também por cientistas que estão na fronteira do conhecimento.
Após um diálogo com o professor sobre a seleção do tema e possíveis ideias e abordagens, a pesquisa bibliográfica é iniciada no CRA da escola. Lá são abertos novos espaços de pesquisa e interesse: é possível efetuar pesquisas na Internet; pesquisar artigos de revistas ou diários sobre os temas mais diversos; as enciclopédias oferecem alternativas inesperadas de informação. Também para aqueles que trabalharem como profissionais na área da pesquisa será de grande utilidade conhecer os métodos e procedimentos para o desenvolvimento de uma pesquisa em qualquer área profissional.
Pesquisa
A pesquisa é considerada uma atividade orientada para a aquisição de novos conhecimentos e a sua aplicação para a resolução de problemas ou questões de caráter científico, por isso, a Pesquisa científica é a denominação geral atribuída ao processo complexo através do qual os progressos científicos são o resultado da implementação do método científico para resolver problemas ou tentar explicar determinadas observações. Também a pesquisa tecnológica utiliza o conhecimento científico para o desenvolvimento de «tecnologias suaves ou difíceis», bem como a pesquisa cultural, cujo objeto de estudo é a cultura, também existe por sua vez a pesquisa técnico-policial e a pesquisa de investigação e policial e a pesquisa educativa.
Tipos de pesquisa
Segundo o objeto de estudo
Pesquisa básica
Também é a denominada de pesquisa fundamental ou pesquisa pura. Procura aumentar os conhecimentos teóricos, sem ter interesse direto sobre as suas possíveis aplicações ou consequências práticas; é mais formal e visa as generalizações com vista ao desenvolvimento de teorias com base em princípios e leis.
Pesquisa aplicada
É a implementação dos conhecimentos na prática, para os implementar, na maioria dos casos, em prol da sociedade. Um exemplo são os protocolos de pesquisa clínica.
Pesquisa analítica
É um procedimento mais complexo do que a pesquisa descritiva e consiste fundamentalmente em estabelecer a comparação de variáveis entre grupos de estudo e de controlo. Também se refere à sugestão de hipóteses que o autor da pesquisa tenta provar ou invalidar.
Pesquisa de campo
É uma pesquisa aplicada para compreender e resolver qualquer situação, necessidade ou problema num determinado contexto.
O autor da pesquisa trabalha no ambiente natural em que convivem as pessoas e apoia-se na recolha de dados e nas fontes consultadas, das quais irá obter os dados e representações das organizações científicas não experimentais destinadas à descoberta de relações e interações entre variáveis sociológicas, psicológicas e educativas em estruturas sociais reais e quotidianas.
Segundo a abrangência do estudo
Pesquisa sobre censos
É aquela que tem como objeto de estudo um grupo numeroso de indivíduos.
Pesquisa de caso
Neste tipo de pesquisa, o autor da pesquisa centra-se exclusivamente num caso em particular onde poderá dispor de diversas variáveis para conseguir reafirmar ou invalidar as suas teorias.
Segundo as variáveis
Pesquisa experimental
É apresentada através da manipulação de uma variável experimental não comprovada, em condições rigorosamente controladas, para descrever de forma ou por que causa ocorre uma determinada situação ou acontecimento particular.
––––––––
Pesquisa semi-experimental
É um tipo de pesquisa que não atribui os indivíduos ao acaso, mas que trabalha com grupos intactos, baseia-se nos princípios encontrados no método científico.
Pesquisa simples e complexa.
Segundo o nível de medição e análise da informação
Pesquisa quantitativa (Será abordada em capítulos mais adiante)
Pesquisa qualitativa (Tal como a anterior)
Pesquisa qualitativa e quantitativa (Tal como a anterior)
Pesquisa descritiva
Também conhecida como a pesquisa estatística, descreve os dados e esta deve ter impacto na vida das pessoas que o rodeiam. Por exemplo, a pesquisa da doença mais comum que afeta as crianças de uma cidade. O leitor da pesquisa saberá o que fazer para prevenir esta doença, logo, mais pessoas terão uma vida saudável.
Pesquisa explicativa
A pesquisa explicativa procura a justificação dos factos através da relação causa-efeito
Pesquisa de exploração
Pesquisa inferencial
Pesquisa preditiva
Pesquisa tecnológica
Pesquisa sistémica
Segundo as técnicas de obtenção de dados
Pesquisa de elevada estruturação
Pesquisa de baixa estruturação
Pesquisa participante
O observador interage de forma dinâmica
Pesquisa participativa
O observador recolhe dados sem apresentar qualquer juízo de valor que possa comprometer a pesquisa
Pesquisa projetiva
Também conhecida como projeto viável, consiste na elaboração de uma proposta ou modelo para resolver um problema. Tenta responder a perguntas sobre acontecimentos hipotéticos do futuro (daí o nome) ou do passado de dados atuais. Localizam-se nas pesquisas para invenções, programas, projetos.
Pesquisa de elevada interferência
O observador deve estar presente no campo de pesquisa a corroborar pessoalmente os dados a obter.
Pesquisa de baixa interferência
São observações que analisam e recolhem