Cartas ao vento
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Poesia para você
Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Marília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
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Cartas ao vento - Glaucio dos Santos Brum
I
Dia de chuva
O turbulento rio ainda corre
defronte à janela do meu quarto
e nele imagino ir um barco
na vidraça da memória que me ocorre
A correnteza arrasta ante a esta tela
barquinhos de papel e umas crianças
que ainda brincam em minhas lembranças
entre elas, eu e minha caravela
Saudade que se achega a mim tão bobo
as naus já naufragaram na boca de lobo
por teima é que rebusco essa recordação
Não há crianças junto às poças d’água
tão sós, jogam videogame em suas casas
tragadas pelo redemoinho da evolução.
No Terreiro
Entre o arvoredo, corria em batalha
lançando mil bombas ao vão das trincheiras
— Cuidado, te espiam entre as bananeiras
disparem rajadas que a tropa se espalha
No ardor desta guerra, bravia e voraz
peleava com o chefe de adaga em punho
quando, da cozinha, um brado ferrunho:
— Menino, me deixe as galinhas em paz!
A lembrança paira em ares de abrigo
quando em pensamento me vejo em castigo
por ter maltratado emplumadas figuras
Ciscavam galinhas e pintos lá fora
enquanto eu, imóvel, fitava a essa hora
o gado no campo e goiabas maduras.
O Carrossel
Gira, gira, carrossel da vida
na circunferência da infância ida
embora anti-horário é teu movimento,
retrocedes a vida só no pensamento
No teu doce embalo estava a girar
sem nunca sair do mesmo lugar
capricho da vida, descaso ou desleixo
girando em torno do seu próprio eixo
Agora me encontro inerte no chão
onde montei zaino e alazão
girando meu mundo ante o azul do céu
O tempo matreiro branqueou meus cabelos
a infância que tive, montada de em pelo
partiu para sempre no meu carrossel.
Recontos
Dum faz de contas em que passou-se a vida
restam cadeiras a se balançar
cabelos brancos nas tardes compridas
e a atenção cega no brilho do olhar
"Repare: os barcos estão por chegar
no mesmo porto onde Simbad partiu
Abre-te, ó Sésamo, sou Ali-Babá,
procuro um gênio nas águas de um rio..."
Quando meus olhos buscam trajetória
nas fantasias de minha memória
sou tão criança quanto fui um dia
Reconto, embora falhas e distorcidas,
as mesmas fábulas da minha vida
pra outra infância ter sua alegria.
Surpresa
Pela janela do meu triste quarto
brilhou um facho de luz diferente
tive um sorriso, assim, de repente
que já não tenho toda vez que parto
E uma caixa de quinquilharias
que, empoeirada, eu já nem recordava
há quanto tempo e nem onde