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A Perseverança É Evidência Da Salvação
A Perseverança É Evidência Da Salvação
A Perseverança É Evidência Da Salvação
E-book112 páginas1 hora

A Perseverança É Evidência Da Salvação

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Sobre este e-book

A palavra perseverança vem do original grego hupomoné, que significa suportar cargas e aflições sem murmurações, e a prosseguir na prática da justiça, enquanto escolhe enfrentar tais cargas e aflições confiando na providência divina. Não significa portanto conhecer como escapar das cargas, mas como viver sob elas. Mas não é uma resignação passiva. Ela é uma qualidade ativa. É uma atitude de permanecer confiante e ativo, mesmo debaixo das maiores provações, que visam ao abatimento da sua fé e alegria no Senhor. Não é de admirar portanto, que mesmo e principalmente depois de ser muito usado por Deus, que o crente experimente muitas provações que visam ao seu abatimento espiritual. Mas não se pode esquecer que Deus está no controle de todas elas não permitindo que sejam maiores do que a nossa capacidade de suportá-las, e nos concede também, se perseveramos, o livramento, mas sempre no tempo por Ele determinado. Há provas que duram até anos, visando ao aperfeiçoamento do nosso caráter. Os sofrimentos estão produzindo perseverança em nossas vidas. E nisto, o Senhor está colocando à prova o nosso amor por Ele. Isto explica porque as provações não nos sobrevêm apenas por um curto período, mas é um processo que ocorre em todo o tempo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de fev. de 2016
A Perseverança É Evidência Da Salvação

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    A Perseverança É Evidência Da Salvação - Silvio Dutra

    Perseverança dos Santos

    É da vontade de Deus que todos os Seus filhos tenham certeza da sua salvação e que se regozijem na esperança da glória vindoura. Mas esta certeza só pode ser confirmada através da perseverança.

    Alguém pode pegar uma ou mais passagens isoladas das Escrituras, e fora do contexto, para negar que a nossa salvação é segura. Ele usar um texto como Gálatas 5.4 e dizer: Vê, você pode cair da graça.. O texto diz: De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes.. Então, afirma em seguida: você está vendo, isto prova que você pode cair da graça. Está certo, é o que está dito. Mas você observa para quem ele está dizendo isto? Ele está dizendo isto às pessoas que estão tentando serem justificadas através do quê?... pela lei.

    Você lê no verso 2 do mesmo capítulo: Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.. Em outras palavras, se você crê que será justificado por Deus por se submeter a certo tipo de operação física prescrita pela lei, então Cristo não significa nada para você.  Paulo ensinou claramente que pela lei ninguém é justificado (3.11). Quem não é justificado pela fé, a única forma estabelecida por Deus, e procura ser justificado pela lei, permanece sob a maldição da própria lei e da ira de Deus (3.10). 

    Quem procura justificar-se pela lei, está desligado da possibilidade de ser justificado por Cristo, e está decaído da graça, isto é, sem possibilidade de firmar-se nela e usufruir dos seus benefícios para a salvação.

    Outros textos que são muito utilizados para afirmar a possibilidade de perda de salvação são os que se encontram sobretudo na epístola aos Hebreus, conforme vemos a seguir:

    Dentre as exortações bíblicas para que busquemos as evidências da nossa eleição, além de II Pe  1.10, temos a passagem de Hb 3.6: Cristo porém, como Filho, sobre a sua casa; a qual somos nós, se guardamos firme até ao fim a ousadia e a exultação da esperança.

    O que este texto quer afirmar é que um verdadeiro crente guarda até o fim a ousadia e a exultação da esperança, isto é, ele tem a certeza de que é salvo, pelo Espírito Santo que testifica com o seu espírito que ele é um filho de Deus. Aqueles que são apenas convencidos e não convertidos, e que estão na igreja, ficarão com a ideia enganosa de que são crentes autênticos por algum tempo, porque, como se afirma na parábola do semeador, eles abandonarão um dia esta convicção, seja pelas tribulações, seja pelos cuidados do mundo. 

    Para termos a certeza de que pertencemos realmente a Deus é necessário guardar firme até ao fim a ousadia e a exultação da esperança, isto é, regozijarmo-nos na glória a ser revelada, até o dia da nossa morte. Se nos afastarmos disto, certamente a dúvida invadirá o nosso coração, ou então, pode ser até possível que a nossa esperança era falsa porque não éramos de fato salvos, o que acabou por se revelar em dado momento de nossas vidas, quando voltamos às velhas práticas do passado.

    A parábola do semeador fala de pessoas que recebem a Palavra com alegria, mas que não chegam a nascer de novo, porque se fascinam com o mundo, ou não suportam as tribulações. Chegam a andar um período alegremente com os crentes, achando conforto na Palavra de Deus, mas depois de certo tempo acabam manifestando que não eram autênticos justificados e regenerados, porque não perseveraram, e a perseverança é um dom de Deus para aqueles que são seus. O crente verdadeiro terá um estímulo espiritual que procede de Deus para perseverar, obedecer, santificar-se. Ainda que caia por um período, levantar-se-á, nem que seja na hora da sua morte. Mas este levantar na hora da morte é da esfera do conhecimento exclusivo de Deus. Ninguém pode antever tal condição caso não lhe seja revelada diretamente pelo Senhor. É possível que um verdadeiro crente, por motivo de desobediência não viva no descanso de Deus, e seja cumulado de muitas tristezas porque não amadureceu na fé, no entanto, destes pode-se afirmar que são infelizes ainda que salvos. Isto ocorre porque a alegria do Espírito e a intimidade do Senhor são para aqueles que Lhe obedecem, e vivem pela fé nEle. 

    Por isso se afirma a mesma coisa em Heb 3.14: Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até ao fim a confiança que desde o princípio tivemos.. Isto é, alguém afirmou ter crido em Cristo. Afirmou que confiava na sua glorificação futura. E repentinamente deixou de confiar em tudo o que afirmara anteriormente e voltou suas costas para Deus. Ora, quem é participante realmente de Cristo, perseverará, e se esta pessoa era de fato um autêntico crente, ela retornará à comunhão. Mas, caso contrário, a falta de evidências de santificação, perseverança, boas obras, obediência, que são como já falamos, consequências da salvação, não poderão comprovar para tal pessoa e nem a qualquer outra, que de fato pode se regozijar na segurança da sua salvação. Para isto é necessário evidência. O crente que pode se regozijar nisto é somente aquele que apresente as evidências da sua salvação já referidas. E é da vontade de Deus que Ele tenha esta certeza e regozijo, por andar em santidade de vida. Se a justificação é a base e a causa da salvação, a santificação é a evidência da mesma.

    Deus em Sua infinita sabedoria estabeleceu o desenvolvimento da nova natureza recebida na regeneração, pela santificação, para que o crente se esforce em seu crescimento espiritual à semelhança de Cristo, de modo que somente assim possa ter a certeza da segurança plena da sua salvação em todos os dias da sua vida. Isto se torna portanto um fator contribuinte para não se desestimular. Para não desistir em meio à sua peregrinação. Porque a certeza da segurança da salvação, veja bem, a certeza, e não a salvação propriamente dita que lhe foi dada pela graça, mediante a fé, está diretamente ligada à sua perseverança.

    É por isso que lemos ainda em Heb 6.1-3, uma exortação para a busca do amadurecimento espiritual, rumo à perfeição, porque a tendência natural da maioria dos crentes é a de se acomodarem depois de terem sido salvos, e é o que parece que o texto quer se referir quando fala de princípios elementares da doutrina de Cristo, a saber, o arrependimento, a fé, batismos, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno.

    Há uma tendência em nós para dizermos: eu passei da morte para a vida, estou entre o limiar do meu batismo e da minha ressurreição prometida, já o tenho conquistado, vou sentar, descansar e esperar. Entretanto a vida cristã não é isto. É uma caminhada, no caminho da perseverança e da santificação. A Palavra de Deus nos exorta a isto. E era exatamente este o problema com os crentes aos quais o autor de Hebreus dirigiu inicialmente a sua epístola. Ele lhes repreendeu por sua imaturidade espiritual e falta de progresso em direção à maturidade (Hb 5.11-14). Ele lhes exortou a correrem com perseverança a carreira que lhes estava proposta olhando para Jesus (Hb 12.1,2). Ele lhes fala tudo o que haviam conquistado em Cristo 6.4,5, a saber, a iluminação espiritual, o dom celestial, a habitação do Espírito Santo, a Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, tudo isto pela justificação e pela regeneração. Agora, isto não lhes foi dado para ficarem imobilizados, e pior ainda, transferirem a sua confiança de Jesus para as antigas tradições da lei, e é bem possível que estivessem considerando Jesus menor que Arão, Moisés e todos os heróis da fé do Antigo Testamento, e possivelmente até aos anjos, daí a explanação que faz sobre a superioridade de Jesus nos primeiros capítulos da epístola. Este era o quadro reinante, e daí o tom das suas palavras falando da impossibilidade de renovação para arrependimento de quem se desligasse de Cristo (numa suposição de desligamento) porque não há outro nome dado debaixo do céu pelo qual possamos ser salvos. Eles foram salvos em Cristo para perseverarem em Cristo, e para serem transformados à semelhança de Cristo. A vida cristã é uma carreira, e não uma mera expectativa contemplativa do cumprimento da promessa da glória do céu. Não é o bastante para o crente o ter passado por uma experiência gloriosa de justificação e regeneração no passado, é necessário crescer espiritualmente pela transformação do seu caráter e aprender a fazer a vontade de Deus. É absolutamente necessário que a dinâmica de uma fé viva seja o moto principal para que o testemunho de Cristo seja confirmado em suas vidas, para que sejam cartas vivas onde outros possam testemunhar a vida que há em Jesus disponível para os pecadores.     

    Não é suficiente ser justificado e nascer de novo. É preciso experimentar que Jesus é competente para remover minha corrupção

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