Sonhos de um Coração Gaudério
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Sonhos de um Coração Gaudério - Élida Salete Costa
PARTE 1 CONTOS DO RINCÃO
Da cuia de chimarrão à guaiaca e à peleia, do Cavalo Mouro ao João-de-Barro.
O dia a dia no rincão e o trote diário constroem essa primeira parte do livro através de alguns causos verdadeiros (e outros nem tanto assim) demonstram o amor desta prenda pela lida e pela cultura do Rio Grande do Sul.
CAVALO MOURO
Lá no rancho da família
Se fazia quase tudo
A peonada trabalhava
Desde o piazito ao taludo
Entre eles João Francisco
Negro guapo e macanudo
Completando a invernada
Da Ponte da Luminata
Tinha um cavalo mouro
Joia rara, quase prata
Fazendo da tropa um tesouro
Que encontrava até as matas
Um dia muito sestroso
Chegou o João lá na sede
Pedindo logo uma ajuda
Pro piazito com febre
Que choramingava no rancho
E piorava bem de leve
Logo o patrão de prontito
Tirou da guaiaca alguns cobres
E disse "se vá, João Francisco
Bem depressa e não demore
Que a doença é bicho ruim
Que iguala o simples e o nobre"
Pegando logo o buçal
Foi ele para o potreiro
Pegar aquele animal
Que era manso, mas ligeiro
Com algumas pedritas de sal
Montou depressa o campeiro
Montando logo de em pelo
Naquele mouro esperto
Que era manso, mas ligeiro
Anca larga, frente aberta
Cutucou com uma espora
Deixando o pingo em alerta
E lá se foi o negrito
Como uma alma penada
Pensando em seu piazito
E na lonjura da estrada
Nervoso até deu uns gritos
Sem saber das carreiradas
O que Francisco não sabia
É que o aos domingos e feriados
O mouro ali corria
Para a alegria do povoado
Ganhava e até perdia
As apostas e as paradas
E num trote bem parelho
De repente João Francisco
Viu que o mouro do arreio
Ficava alerta e arisco
Como ovelha desconfiada
Querendo fugir do aprisco
E o mouro que retoçava
Parou mais que de repente
Partindo em disparada
Levando tudo em frente
Reconhecendo a estrada
Das pencas de ultimamente
Chegando na reta final
O macho já se acalmou
Vendo de longe o portal
Onde a cancha terminou
Num galope, trote e até passo
Calma João, o susto passou.
Na volta da empreitada
Chegou o João Francisco
Com a cara assustada
E um jeito muito arisco
Disse ao patrão "me desculpe,
Não monto mais neste bicho"
O patrão já imaginando
Qual era a reclamação
Logo foi lhe dizendo
"Calma, parceiro João
O mouro só está treinando
Para a grande competição
Mas pensando aqui comigo
E te achando tão sério
Vou te dizer, meu amigo
De um jeito calmo e gaudério
Tu montarás este mouro
Na Cancha do Desidério".
O João suspirou bem fundo
Nem falou, porém calado
Pensando: "será que monto?
Neste mouro endiabrado
Que era manso, bom de arreio
Mas, porém, meio assustado?"
Finalmente ele aceitou
O convite recebido
"Vou treinar bem este