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A Selva nos Une! A Amazônia por um Amazônida
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A Selva nos Une! A Amazônia por um Amazônida
E-book226 páginas2 horas

A Selva nos Une! A Amazônia por um Amazônida

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Sobre este e-book

O tabuleiro geopolítico mudou. O planeta está abandonando as energias fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) e adotando as energias renováveis (eólica, solar, hidrogênio etc.) como base econômica. É a chamada 3ª Revolução Industrial, que mudará, por completo, o modo de vida das pessoas, com transportes elétricos, bioalimentos, produtos duráveis etc.

Nesse cenário, o Brasil e os demais países amazônicos se encontram sobre um ponto de decisão nas suas histórias. Ou entram no novo jogo econômico como hábeis apostadores ou ficarão como piões à mercê da sorte dos dados lançados pelas potências mundiais.

E qual é a definição mais adequada para a expressão "Proteção da Amazônia"? Seria defendê-la da cobiça internacional? Seria colocá-la dentro de uma "redoma de vidro"? Seria desenvolvê-la economicamente? Seria proteger sua biodiversidade? E os quase 50 milhões de amazônidas como ficam nessa discussão? São eles os verdadeiros vilões da história?


Qual a origem e a verdade sobre as queimadas na Amazônia? Qual a origem e a verdade sobre o discurso ambiental no mundo, em particular da União Europeia? E a Questão Indígena, como ela é vista e interpretada por cada lado?

Essas são algumas das questões para as quais o ensaio geopolítico A selva nos une! A Amazônia por um Amazônida, do Coronel Ranilson Reis Ferreira, busca repostas e soluções baseadas no maior ensinamento que a floresta nos dá: UNIÃO!

Se a Amazônia nos incita à união, por que há tanta discussão e discórdia no mundo em torno dela? Por que os países amazônicos e os mais desenvolvidos, em particular Brasil e França, digladiam-se em acusações no cenário internacional nos últimos anos?

Analisando as questões diplomática, econômica e indígena, que tanto despertam protestos internacionais contra as queimadas e os desmatamentos ilegais na Amazônia, o autor levará o leitor a reavaliar suas percepções sobre as discussões que envolvem o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental da maior floresta tropical do mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de jun. de 2022
ISBN9786525028040
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    A Selva nos Une! A Amazônia por um Amazônida - Ranilson Reis Ferreira

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    A selva nos une!

    A Amazônia por um Amazônida

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2022 do autor

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis n.os 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.

    Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Ranilson Reis Ferreira

    A selva nos une!

    A Amazônia por um Amazônida

    Para Dani, Helena, Matheus e Jolie.

    AGRADECIMENTOS

    À minha Avó Maria, que, do alto dos seus 104 anos de vida na Amazônia, sempre me iluminou com sua lucidez e sua sabedoria.

    Ao meu pai, Capitão Lopes, Guerreiro de Selva, caboco do Novo Aripuanã, Amazonas, Brasil, que me transmitiu princípios morais e a importância dos estudos e do trabalho.

    À minha mãe, Ednelza, que me proporcionou uma infância em completa liberdade.

    À minha segunda mãe, Titia Eulina, que me incentivou na busca constante pelo conhecimento.

    Aos meus irmãos de sangue (Gutemberg, Ranielza, Andréa, Viviane, Tatau, Adriana, Beth e Railina), que compartilharam minhas experiências, desalentos e vitórias na vida.

    Aos meus irmãos de armas, que, pela têmpera fria da desgraça, juntos, nos forjamos.

    Ao meu amigo Michel Jacquet, de Montpellier, na França, pela sua contribuição intelectual na pesquisa sobre o pensamento ecológico francês;

    Ao General Villas Bôas, que, por meio dos webinarários Brasil 2022, do Instituto General Villas Bôas (IGVB), reforçou minhas convicções no desenvolvimento e na defesa da Amazônia.

    À minha pet, Jolie, companheira fiel nas minhas reflexões solitárias.

    Aos meus filhos, Helena e Matheus, por darem sentido à minha vida e a esta obra.

    À minha esposa, Daniela, minha maior incentivadora e fonte de inspiração.

    A todos, meu muito obrigado. Sem suas contribuições, o livro A selva nos une! não seria possível.

    PREFÁCIO

    O tema Amazônia sempre foi prioritário para o Brasil. Nas últimas décadas, em razão do aumento das discussões sobre o clima e a biodiversidade do planeta, a Amazônia tornou-se um dos principais focos da atenção dos organismos e fóruns internacionais. Hoje, mais do que nunca, o Brasil e os demais países amazônicos precisam discutir e implementar soluções que combinem preservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico dos amazônidas.

    É indiscutível que a prosperidade do Brasil está associada ao destino da Amazônia. E não resta dúvida que, para nos tornarmos uma nação desenvolvida, dependeremos, decisivamente, da forma como aproveitaremos as riquezas extraordinárias existentes naquela região. Por isso, discutir o destino da Amazônia é vital para a nossa sociedade chegar a um consenso sobre o que legaremos às futuras gerações.

    O título do livro do Coronel RANILSON REIS, A SELVA NOS UNE!, sintetiza o princípio fundamental que nos conduzirá a encontrar as melhores soluções para alcançarmos nossos objetivos sociais, ambientais e econômicos na Amazônia: a UNIÃO. Desunidos, não chegaremos a lugar algum. E o que vemos, quando o assunto é Amazônia, é o confronto de diversas correntes contrárias, opondo desenvolvimento econômico e preservação ambiental, como se fosse impossível encontrarmos soluções conciliadoras.

    Anualmente, durante a Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas, o Brasil e o mundo reforçam seus compromissos para a redução das emissões dos gases do efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas. Neste esforço mundial, as medidas adotadas pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), o qual tenho a honra de presidir na atualidade, tem contribuído, de maneira significativa, para barrar o avanço das queimadas e dos desmatamentos ilegais. Sabemos que muito ainda deve ser feito para atingirmos nossas metas e objetivos, mas sabemos aonde queremos chegar. E chegaremos!

    Por isso, para continuarmos a cumprir com os nossos compromissos internacionais de redução dos crimes ambientais na Amazônia, precisamos avançar nas pesquisas científicas e tecnológicas, aperfeiçoar instituições nacionais e multinacionais, criar mecanismos de financiamento, aprimorar legislações, simplificar sistemas de governança, unir esforços internacionais, compartilhar conhecimentos, entres outras ações. Neste sentido, é imprescindível que a sociedade brasileira pense e debata, permanentemente, o tema Amazônia nos fóruns de discussão - Político, empresarial, acadêmico, diplomático, jurídico, jornalístico - colocando-o no topo da agenda nacional.

    Neste processo por busca de soluções para preservar e desenvolver a Amazônia, não podemos, jamais, esquecer quem, diariamente, depende dos recursos da floresta: os amazônidas (populações urbanas, rurais, ribeirinhas, indígenas, quilombolas etc.). Lembremos que, ao contrário do que pensam alguns no exterior, a Amazônia não é, apenas, um vazio demográfico coberto por árvores, habitada por animais e povoada por indígenas (na Amazônia brasileira, são cerca de 450 mil). Lá, também habitam, aproximadamente, 30 milhões de brasileiros não indígenas que sobrevivem do que a floresta lhes proporciona.

    E tanto as populações indígenas como as não indígenas merecem condições de vida dignas, com o pleno atendimento aos seus direitos constitucionais. No entanto, para o Estado prover os direitos sociais dos amazônidas, há que existir atividades econômicas que permitam uma arrecadação fiscal correspondente aos investimentos necessários. Afinal, saúde, educação, segurança, assistência social, entre outros, que são direitos do cidadão e deveres do Estado, possuem um alto custo que precisa ser suportado por tributos pagos por pessoas físicas e jurídicas. E, para isto acontecer, precisamos desenvolver a economia amazônica, buscando incentivar, principalmente, atividades neutras em carbono e com alto valor agregado, como a bioeconomia e a produção tecnológica durável.

    Além dos desafios econômicos e ambientais, a Amazônia requer também a resolução de problemas históricos que têm transpassado diversos governos. Um dos mais prementes é o da regularização fundiária. Apesar de termos, nos últimos anos, expandido o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e lançado o satélite Amazônia 1, que, juntos, permitiram um maior controle da situação fundiária e ambiental, a indefinição sobre direitos de posse e propriedade gera insegurança jurídica, campo fértil para o aumento dos crimes ambientais. Certamente, com a regularização fundiária da Amazônia, a tarefa de deter os desmatamentos e as queimadas ilegais será fortalecida, desencorajando os delitos contra o meio ambiente.

    Na esfera internacional, o Brasil tem sofrido contundentes críticas por parte de alguns países, relacionadas às atividades econômicas em expansão na Amazônia, particularmente as ligadas à agropecuária, à mineração e às obras de infraestrutura. Entretanto, a verdade é que 84% da Amazônia brasileira encontra-se preservada e o Brasil responde por apenas 2,3% das emissões de CO².

    Em que pese os enormes desafios e as críticas infundadas que enfrentamos, jamais renunciaremos, um palmo que seja, da nossa soberania sobre a Amazônia, herança de nossos antepassados e compromisso com as gerações futuras.

    Assim, para preservar e desenvolver a Amazônia precisamos ampliar o debate sobre o tema na sociedade, ouvindo, atentamente, as mais diversas opiniões e propostas, em especial os próprios amazônidas. Sim, precisamos debater...e muito! Além disso, necessitamos impulsionar ações concretas que defendam os interesses nacionais, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico. A obra A SELVA NOS UNE! A AMAZÔNIA POR UM AMAZÔNIDA está plenamente alinhada com todas as ideias supramencionadas, expressando a opinião de um amazônida, o Coronel RANILSON REIS, sobre os destinos da sua região.

    Por fim, tenho a fé inabalável que o Brasil saberá encontrar soluções, soberanas e independentes, para seus próprios desafios.

    A SELVA NOS UNE!

    TUDO PELA AMAZÔNIA!

    SELVA!

    General de Exército Antonio Hamilton Martins Mourão

    Vice-presidente da República Federativa do Brasil

    Table of Contents

    INTRODUÇÃO
    PARTE I
    ALIANÇA AMAZÔNICA
    CAPÍTULO 1
    DESINTELIGÊNCIA DE MERCADOS
    Causas nobres, interesses e lucros
    Invenção do Pensamento Ecológico
    Ascensão dos Partidos Verdes
    Expansão do Mercado Durável
    Desinteligência de Mercados
    CAPÍTULO 2
    ALIANÇA AMAZÔNICA
    Amazônia e a biosfera
    Amazônia, árdua missão
    OTCA – início, meio e fim
    França, um país amazônico
    Aliança Amazônica
    PARTE II
    POLOS ECOTECNOLÓGICOS
    CAPÍTULO 3
    AMENSALISMO ECONÔMICO
    Colonizar para explorar
    Eternização do Pacto Colonial
    Paradoxo Evolutivo
    Egocentrismo Tecnológico
    Amensalismo Econômico
    CAPÍTULO 4
    POLOS ECOTECNOLÓGICOS
    Reconversão Econômica
    Código Amazônico
    Isenção Fiscal Biosférica
    Solidariedade Ecotecnológica
    Polos Ecotecnológicos
    PARTE III
    INTELIGÊNCIA INDÍGENA
    CAPÍTULO 5
    CÁRCERE DAS PERCEPÇÕES
    Percepção Internacional
    Percepção Nacional
    Percepção Antropológica
    Percepção Indígena
    Cárcere das Percepções
    CAPÍTULO 6
    INTELIGÊNCIA INDÍGENA
    Sublevação Espiritual
    Mutualismo Social
    Iluminismo Indígena
    Emancipação das Percepções
    CONCLUSÃO
    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    INTRODUÇÃO

    A selva nos une! foi a primeira expressão militar com a qual me deparei ao me apresentar no 17º Batalhão de Infantaria de Selva, unidade do Exército Brasileiro situada no município de Tefé, no Estado do Amazonas, no coração da Selva Amazônica…. E já se vão quase 30 anos! Aquela frase me intrigava.

    Ao passar do tempo, com as dificuldades enfrentadas pelo jovem Tenente de Infantaria, senti na pele e na alma, o verdadeiro sentido daquelas palavras. Isolamento terrestre da cidade, abastecimento precário de produtos essenciais, serviços básicos inexistentes, comunicações dificílimas, doenças endêmicas, calor infernal, animais peçonhentos, entre outras dificuldades, eram a rotina diuturna daqueles que se aventuravam naquelas paragens.

    A selva nos unia pelos desafios que a vida na floresta nos apresentava, os quais nos testava como seres humanos e nos encorajava a prosseguir na missão de proteger a Amazônia. A própria Floresta Amazônica é a representação viva do adágio A selva nos une!. Na sua complexa e intricada rede de ligações interdependentes, sobretudo, entre geografia e biologia, que pouco ainda conhecemos, a selva nos ensina que todos os seres vivos são conectados dentro de uma lógica cooperativa indissociável.

    Cada ser vivo, animal ou vegetal, desempenha papel fundamental na simbiose da vida. Sem união, cada espécie é fadada à extinção. E se extinta, uma única espécie que seja, a cadeia alimentar da vida entra em colapso e o caos se instala. O resultado é o desmoronamento de um ecossistema que, aos olhos nus, é terrivelmente amedrontador, mas que no seu seio é tênue e frágil. Em suma, a floresta nos dá o seguinte ensinamento: A união é a amalgama da vida.

    Se a Amazônia nos incita à união, por que há tanta discussão e discórdia no mundo em torno dela? Porque os países amazônicos e os mais desenvolvidos, em particular Brasil e França, digladiam-se em acusações no cenário internacional nos últimos anos? Qual a origem e a verdade sobre as queimadas na Amazônia? Qual a origem e a verdade sobre o discurso ambiental no mundo, em particular da União Europeia (UE)? E a Questão Indígena, como ela é vista e interpretada por cada lado?

    Essas são algumas das questões para as quais este ensaio busca repostas, bem como soluções baseadas no ensinamento que a floresta nos dá: UNIÃO! União para vencer desafios e superar diferenças; união para coexistir e cooperar; união para proteger a Amazônia. E essa união para proteção da Amazônia exige a formação de uma ALIANÇA AMAZÔNICA, que reúna todos Estados Nacionais cobertos pela maior floresta tropical do mundo, com absoluto respeito ao princípio da Soberania Nacional. Isso mesmo, todos os países amazônicos!

    E qual é a definição mais adequada para a expressão Proteção da Amazônia? Seria defendê-la da cobiça internacional? Seria colocá-la dentro de uma redoma de vidro? Seria desenvolvê-la economicamente? Seria proteger sua biodiversidade? E os quase 50 milhões de amazônidas que vivem nos países amazônicos, como ficam nessa discussão? São eles os verdadeiros vilões da história?

    A verdadeira proteção da Amazônia exige uma profunda mudança da visão econômica, social, cultural, ambiental e diplomática do Brasil e dos demais países amazônicos. Mas exige também a mudança da percepção dos demais países do globo, especialmente os mais ricos e desenvolvidos (EUA, União Europeia e Japão), sobre as medidas e soluções que visem a reduzir as emissões de gás carbônico (CO²) e de outros gases do efeito estufa na atmosfera e a proteger a biodiversidade da Amazônia.

    E essa ampla e profunda mudança de visão passa, sobretudo, pela implementação de um novo processo de desenvolvimento econômico na Amazônia. É imprescindível que o atual sistema econômico amazônico, baseado na exploração da terra e de seus recursos naturais, realize um redirecionamento para uma economia neutra em carbono. E a transição energética e digital, ora em implantação na União Europeia (UE), adaptada à realidade dos países amazônicos, é uma alternativa plausível.

    E para a ocorrência dessa transição econômica verde na Amazônia, há a necessidade da criação de POLOS ECOTECNOLÓGICOS. Esses complexos científico-tecnológicos e de produtos duráveis estariam dispostos ao longo do Arco do Desflorestamento, nas proximidades dos principais centros urbanos, propiciando avanços socioeconômicos para a população amazônica. Desse modo, os Polos Ecotecnológicos fomentariam o

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