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Ensimesmado
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E-book222 páginas1 hora

Ensimesmado

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Sobre este e-book

Poucos são os exemplos na literatura onde quantidade e qualidade textual se somam. Raramente amalgamam-se. Mas é o que acontece com o Irajá Barreto Cibils, o qual, em dois breves anos, possibilita-nos publicar seus elogiáveis 11 títulos. Ao longo de sua jornada tem-se envolvido com as artes. Primeiramente a cênica, homem de teatro, com muitas estreias. Igualmente convive com a palavra literária que fartamente lhe habita; inspiração iluminada vindo a furo em prosa e verso. À profissão de veterinário e ao cuidado com os animais somou o zelo para com as pessoas, o que o faz ser muito admirado por todos. E aqui o escritor Irajá entrega- nos mais uma contundente obra: Ensimesmado. Impresso ou em formato digital, uma vez aberto, a todos encanta e comove. Passemos a bateia pelo solo do áureo rio que temos aqui. Centenas de pepitas colherão n o s s o s o l h o s e c o r a ç ã o. Entreguemos aos leitores a primeira das muitas que colherão fartamente ao longo do rio que é esta obra: A felicidade é um flash, momento intenso, um instante apenas; às vezes se obtém tão somente num piscar de olhos, em um estalar dos dedos. No mais, farte-se com a aurífera riqueza destas páginas. Os Editores
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de nov. de 2021
Ensimesmado

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    Ensimesmado - Irajá Barreto Cibils

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    Ensimesmado

    Ensimesmado

    Irajá Barreto Cibils

    © by Irajá Barreto Cibils

    Direitos autorais reservados

    Editoração eletrônica: Willian Castro

    Capa: Gabriel Saldanha, a partir de imagem free disponível na internet

    Revisão: João Vitor Berg

    Arquivo digitado e corrigido pelo autor, com revisão final do mesmo,

    autorizando a impressão da obra.

    Editor: Rossyr Berny

    Contato com o autor: irajacibils@hotmail.com

    Para conhecer mais autores da Alcance acesse:

    www.editoraalcance.com.br

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    ______________________________________________________________

    C567en Cibils, Irajá Barreto

    Ensimesmado / Irajá Barreto Cibils – Porto Alegre: Alcance, 2021.

    1. Literatura Rio-Grandense. 2. Crônicas Rio-Grandenses. I. Título.

    CDD 869.9987

    ______________________________________________________________

    Bibliotecária responsável: Daniela S. Christ CRB 10/2362

    Prefácio

    ENSIMESMAMENTOS QUE SE ABREM FEITOS CORTINAIS

    ________________________________________________________

    IRAJÁ BARRETO CIBILS segue a magia e a coragem encontradas na dúzia de seus livros anteriores. Sentimos um contínuo desnudar-se de corpos, almas, sobretudo do âmago fertilíssimo do autor.

    O escritor abre veias, artérias, coração, sobretudo abre páginas desde o início, quando dedica o livro à atriz, bailarina e amiga de todas as horas, que me inspirou o amor que transcende, o amor-quimera, o amor não acontecido, mas o amor de séculos, pois, como digo nos versos aí dentro, é um amor de eternidades – Gabriela Gennari.

    Por isso ENSIMESMADO expõe-se inteiro através da perfeita palavra, oferecendo-nos textos da melhor qualidade; joias literárias, melhor dizendo.

    O privilegiado leitor notará que os textos estão ordenados de A Z, cuidando para que nenhuma letra, nenhum nome, nenhum inspirado sentimento fique desordenado. Nada se perde de suas íntimas confissões, quando o autor abre a torrente de seus ensimesmamentos ao leitor (à leitora, preferencialmente, claro).

    O caminho em que, página a página, ensimesmadamente, abre-se o livro tem todos os tipos de terrenos: os empoeirados, quando o chão estorrica-se pela estiagem, e os barrentos, pelas temporadas chuvosas.

    Sim, há tempos de predominância quando a natureza desabrocha em ferrugentas cores outonais – ou multiplica-se em frutos, humanos e pássaros primaveris.

    Primaverar-se é preciso, esperançosos de bons tempos e cores. Chovem pétalas no caminho do meu amor, impregnando de aromas o rumo que escolheu. No chão formam tapetes aveludados, onde ela pisoteia com seus pezinhos tão mimosos e sorri aquele sorriso de primaveras. A noite está repleta de meteoros, que riscam o céu, que chovem em direção à Terra, é o Cosmo anunciando que novos tempos hão de vir. Virão? – pergunta-se o poeta – Onde estão aqueles que gritavam estamos juntos?! Onde encontramos aquele tempo em que tão-somente nos preocupávamos em proporcionar chuvas de pétalas sob os corpos de nossos amores?! (p.58)

    Os verões podem ser naturalmente tórridos. Mas sopram brisas ou garoas refrescantes – sobretudo quando é a mulher a chegar-nos, trazendo amor e refrigérios: Molham, irrigam, refrescam. Mas assim como chegam de repente somem repentinamente. Deixam um mormaço ainda maior no ar (...) são incógnitas para a compreensão humana. (p.112)

    A pele do outono vem Brasinando nuvens cinzentas, nasce o dia domingueiro, que ressona ainda no grito tímido dos quero-queros recém-saídos dos ninhos. (...) Os últimos pirilampos servem de repasto para os sapos, que coaxam nas pedras dos remansos. O espelho d’água grava na memória mais um dia que se esparrama pachorrento na mormaceira outonal. (p.48) Todas as cores parecem pintar de outono as palavras sensíveis.

    O ensimesmamento fortalece-se quando as friacas vestiram de noiva os galhos das pitangueiras. Os sinais dos maricás florindo cedo já prenunciavam inverno intenso. Um braseiro do fogão a lenha aquece o corpo, e o verdor desta erva bruta faz o mesmo com a alma. O sol, um tanto preguiçoso, se espreguiça na névoa lá fora... (p.92) Porque as estradas precisam de caminhantes.

    Por estas fotos narrativas dos textos acima é que se justifica o entusiasmo comovente após a leitura de tão convincente Ensimesmado, que está ao mesmo tempo aberto a uma infinidade de desnudamentos poéticos.

    Rossyr Berny - Poeta e jornalista

    Dedico este livro à atriz, bailarina e amiga de todas as horas, que me inspirou o amor que transcende, o amor-quimera, o amor não acontecido, mas o amor de séculos, pois, como digo nos versos aí dentro, é um amor de eternidades – Gabriela Gennari.

    A bailarina move seu corpo

    , às vezes é filha do vento, em outras é as areias do deserto em movimento; existem os movimentos clássicos, como se fossem caixinhas de músicas, mas representam com certeza as labaredas bailarinas que se movem com exatidão e paixão. Amor, dedicação, busca incansável pela perfeição dos movimentos, que representam, corporalmente, personagens de histórias contadas pela total expressividade do corpo inteiro, onde pernas, pés, braços, mãos, dedos, tronco, cinturas, pescoço, cabeça e olhares se amoldam em movimentos enlouquecidos, que contam estas histórias, não verbalizando nada, apenas corpos em movimentos! Ao final, a sensação de dever cumprido e a demonstração de todo um amor, tão esplendidamente apresentado nos movimentos extraordinários.

    A beleza da vida

    está em quando conseguimos a plenitude com as coisas mais simples e nos permitirmos apreciar, almejar e gostar delas. A beleza da vida é tentar passar por ela com a leveza das plumas. Quando jovens, sonhamos com coisas grandiosas, poder ter coisas caras, adquirir coisas que nos façam chamar a atenção dos outros, infelizmente até as invejas! Vamos amadurecendo, e aqueles valores do ter vão sendo trocados pelos do ser. E no final de tudo, nos damos conta de que o que importou de fato, não foi o tempo de nossa existência material, não foi a bagagem do que tivemos, e sim da construção daquilo que realmente somos. A vida, logicamente, seria bem mais leve se a levássemos mais no sentido de sermos, no mínimo, mais humanos.

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