Vencer O Mal Com O Bem

De Silvio Dutra

Exposição de Charles Simeon sobre passagens de Mateus 5 e 6.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 3 de mai. de 2023

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Amor aos Inimigos Ordenado

Mateus 5:43-48:

"43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.

44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;

45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.

46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?

47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?

48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste."

É bem dito pelo salmista que o mandamento de Deus é excessivamente amplo; uma vez que atinge todas as disposições da mente e requer infinitamente mais do que o homem, em seu atual estado fraco e degenerado, pode realizar. De fato, embora muitos vestígios da lei ainda permaneçam no coração e sejam descobertos pela luz da razão, há profundidades nela que a razão sozinha nunca poderia ter sondado, e uma largura e comprimento que nunca poderia ter explorado. Entre os preceitos que consideramos conhecidos apenas por meio da Revelação, especificamos particularmente aquele que está contido no texto. A própria natureza humana aprovaria o amor aos amigos; mas nosso Senhor nos ordena a amar nossos inimigos.

Ao discorrer sobre o texto, seremos levados a considerar,

I. O dever inculcado.

Os professores judeus em geral sancionavam a indulgência do ódio contra os inimigos.

Devemos, em justiça a eles, reconhecer que eles tinham alguma sombra de razão para suas opiniões: pois Deus havia ordenado aos judeus que extirpassem inteiramente os cananeus: e, embora algum pequeno favor fosse mostrado aos edomitas e egípcios, os amonitas e os moabitas e midianitas nunca deveriam ser tratados com bondade; e a própria memória dos amalequitas deveria ser apagada de debaixo do céu. Além disso, o dever de amor parecia estar restrito àqueles de sua própria nação: e mesmo no caso de um judeu matar acidentalmente qualquer pessoa, o homem que era o parente mais próximo do falecido tinha liberdade para matar o homicida, caso ele pudesse alcançá-lo antes que ele pudesse entrar em