10 Melhores Crônicas - Machado de Assis
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Sobre este e-book
Machado De Assis
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira.
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Introdução
Joaquim Maria Machado de Assis foi um dos mais importantes escritores brasileiros do século XIX e um dos maiores expoentes da literatura mundial. Nascido em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, Machado de Assis teve uma infância difícil. Órfão de mãe aos 10 anos, ele teve que trabalhar como aprendiz de tipógrafo para ajudar a sustentar a família.
Machado de Assis sempre foi um ávido leitor e sua curiosidade intelectual o levou a explorar diferentes áreas do conhecimento, como a filosofia, a ciência e a história. Aos 16 anos, ele começou a escrever seus primeiros poemas e contos. Sua primeira obra publicada foi o poema Ela
, em 1855, no jornal O Marmota
.
Em 1869, Machado de Assis se tornou o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, e em 1873, ele publicou seu primeiro romance, Ressurreição
. Mas foi com seu segundo romance, Memórias Póstumas de Brás Cubas
, de 1881, que Machado de Assis consolidou sua fama como escritor.
Machado de Assis escreveu em diferentes gêneros, como poesia, teatro, crônica e conto. Ele também era um mestre da ironia e do humor refinado, o que o torna um dos mais importantes satiristas da literatura brasileira.
As crônicas de Machado de Assis são uma parte importante de sua obra. Em suas crônicas, ele explorou temas como a vida cotidiana, a política, a literatura e a sociedade brasileira do século XIX. Suas crônicas são caracterizadas pela elegância da linguagem, pela originalidade dos temas e pelo humor sutil.
Neste livro selecionamos algumas das crônicas mais representativas do autor, com o objetivo de apresentar ao leitor uma amostra da genialidade de Machado de Assis como cronista. Esperamos que esta seleção possa despertar o interesse do leitor pela obra deste grande escritor brasileiro.
O nascimento da crônica
Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.
Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.
Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.
Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coetânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à