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O desafio para aprender na escola vivendo na linha de tiro
O desafio para aprender na escola vivendo na linha de tiro
notas:
Duração:
27 minutos
Lançados:
8 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Em 2017, os planos da Maria Eduarda foram interrompidos por quatro tiros dentro de uma escola em Acari, na Zona Norte do Rio. Mas a rotina de tiroteios nas áreas de conflito entre bandidos e policiais prossegue cinco anos depois da tragédia com a menina de 13 anos, na mesma comunidade e em outras também marcadas pela violência. E quem paga o preço não são apenas os familiares e amigos de estudantes que morrem ou ficam feridos nesses confrontos. Os alunos que são obrigados a sair de casa e ir para escola com medo de uma nova troca de tiros também aprendem menos e aprendem mal. Pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, lançada essa semana, revela que a rotina de confrontos e operações policiais em horário escolar afeta o aprendizado, aumenta a reprovação e estimula evasão. A pesquisa, que mergulhou nos dados de estudantes do 5º ano do ensino fundamental, revela, por exemplo, escolas com desempenho insatisfatório de língua portuguesa e baixíssimo de matemática.
Intitulado "Tiros no Futuro, impactos da guerra às drogas na rede municipal do Rio", o levantamento coletou dados de mais de 1,5 mil escolas, com 641 mil alunos matriculados em 2019. Naquele ano, 74% das unidades vivenciaram ao menos um tiroteio. O que é insustentável, na avaliação da coordenadora da pesquisa, a socióloga Julita Lengruber. "Esses alunos estão sendo desumanizados. O Estado não vê essa população como uma população que merece ter direitos. Ter direito a ter direitos", afirma a socióloga. No Ao Ponto desta terça-feira, a repórter Cintia Cruz conta os principais números do levantamento e mostra como a população negra é ainda mais impactada. A professora Claudia Costin, diretora do Centro de Política Educacional da Fundação Getúlio Vargas, analisa as iniciativas que podem minimizar os danos e avalia de que o governo estadual e o Judiciário deveriam atuar para melhorar a situação desses alunos e frear a repetição de tragédias.
Intitulado "Tiros no Futuro, impactos da guerra às drogas na rede municipal do Rio", o levantamento coletou dados de mais de 1,5 mil escolas, com 641 mil alunos matriculados em 2019. Naquele ano, 74% das unidades vivenciaram ao menos um tiroteio. O que é insustentável, na avaliação da coordenadora da pesquisa, a socióloga Julita Lengruber. "Esses alunos estão sendo desumanizados. O Estado não vê essa população como uma população que merece ter direitos. Ter direito a ter direitos", afirma a socióloga. No Ao Ponto desta terça-feira, a repórter Cintia Cruz conta os principais números do levantamento e mostra como a população negra é ainda mais impactada. A professora Claudia Costin, diretora do Centro de Política Educacional da Fundação Getúlio Vargas, analisa as iniciativas que podem minimizar os danos e avalia de que o governo estadual e o Judiciário deveriam atuar para melhorar a situação desses alunos e frear a repetição de tragédias.
Lançados:
8 de fev. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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