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Volta às aulas: como o Brasil pode recuperar o ensino na pandemia
Volta às aulas: como o Brasil pode recuperar o ensino na pandemia
notas:
Duração:
24 minutos
Lançados:
27 de jul. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Fechadas desde março do ano passado para conter o contágio pelo novo coronavírus, a grande maioria das escolas públicas do país terá, em agosto, retomado as aulas presenciais. O avanço da vacinação contra a Covid-19 motiva esse retorno, mas o trabalho para recuperar o impacto deixado na educação ainda é longo. Especialistas estimam que o Brasil vai precisar de pelo menos três anos para superar as perdas no ensino por conta da pandemia. E o reforço do conteúdo é só parte desse desafio. O Brasil é um dos recordistas em períodos de escolas fechadas: 13 meses. É mais que o dobro da média mundial, de cinco meses, e acima também da média da América Latina, de 10 meses. Durante esse tempo, um levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que mais de 5 milhões de crianças brasileiras ficaram sem acesso ou tiveram acesso precário à educação no país. E entre as consequências dessa crise estão problemas como queda na aprendizagem, disparidade entre ensino público e privado, evasão escolar e até mesmo aumento do trabalho infantil. Esse impacto também foi mais cruel para as famílias mais pobres, o que torna o cenário de desigualdade do Brasil ainda mais evidente. No fim do primeiro semestre deste ano, apenas 2 em cada 10 estudantes brasileiros assistiam à aula na escola. E enquanto 40% dos filhos das famílias com renda mais alta podem ter esse acesso às aulas presenciais, nas famílias de baixa renda esse percentual é de apenas 16%. No Ao Ponto desta terça-feira, o colunista de educação Antônio Gois explica como é o plano que se desenha para a retomada das aulas presenciais na rede pública e quais são as medidas essenciais para reverter os prejuízos acumulados em mais de um ano de escolas fechadas.
Lançados:
27 de jul. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Títulos nesta série (100)
Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)