Casada com um milionário
De Sara Wood
4/5
()
Sobre este e-book
uma condição para se
divorciarem...
Quando Olivia voltou a ver o seu marido, Dimitri
Angelaki, a paixão ardeu de novo entre eles. Ela
queria o divórcio, mas o magnata grego pôs-lhe
uma condição: durante algum tempo, Olivia tinha
que fingir que era a sua adorada e encantadora
esposa...
O acordo apenas beneficiava Dimitri, e Olivia deixou-
lhe bem claro que odiaria cada minuto que
passassem juntos à força. Mas, no seu interior,
ainda amava o marido. Quando voltou a estar na
sua cama... foi como se voltasse a ser sua mulher.
Sara Wood
Sara has wonderful memories of her childhood. Her parents were desperately poor but their devotion to family life gave her a feeling of great security. Sara's father was one of four fostered children and never knew his parents, hence his joy with his own family. Birthday parties were sensational - her father would perform brilliantly as a Chinese magician or a clown or invent hilarious games and treasure hunts. From him she learned that working hard brought many rewards, especially self-respect. Sara won a rare scholarship to a public school, but university would have stretched the budget too far, so she left school at 16 and took a secretarial course. Married at 21, she had a son by the age of 22 and another three years later. She ran an all-day playgroup and was a seaside landlady at the same time, catering for up to 11 people - bed, breakfast, and evening meal. Finally she realised that she and her husband were incompatible! Divorce lifted a weight from her shoulders. A new life opened up with an offer of a teacher training place. From being rendered nervous, uncertain, and cabbagelike by her dominating ex-husband, she soon became confident and outgoing again. During her degree course she met her present husband, a kind, thoughtful, attentive man who is her friend and soul mate. She loved teaching in Sussex but after 12 years she became frustrated and dissatisfied with new rules and regulations, which she felt turned her into a drudge. Her switch into writing came about in a peculiar way. Richie, her elder son, had always been nuts about natural history and had a huge collection of animal skulls. At the age of 15 he decided he'd write an information book about collecting. Heinemann and Pan, prestigious publishers, eagerly fell on the book and when it was published it won the famous Times Information Book Award. Interviews, television spots, and magazine articles followed. Encouraged by his success, she thought she could write, too, and had several information books for children published. Then she saw Charlotte Lamb being wined and dined by Mills & Boon on a television program and decided she could do Charlotte's job! But she'd rarely read fiction before, so she bought 20 books, analysed them carefully, then wrote one of her own. Amazingly, it was accepted and she began writing full time. Sara and her husband moved to a small country estate in Cornwall, which was a paradise. Her sons visited often - Richie brought his wife, Heidi, and their two daughters; Simon was always rushing in after some danger-filled action in Alaska or Hawaii, protecting the environment with Greenpeace. Sara qualified as a homeopath, and cared for the health of her family and friends. But paradise is always fleeting. Sara's husband became seriously ill and it was clear that they had to move somewhere less demanding on their time and effort. After a nightmare year of worrying about him, nursing, and watching him like a hawk, she was relieved when they'd sold the estate and moved back to Sussex. Their current house is large and thatched and sits in the pretty rolling downs with wonderful walks and views all around. They live closer to the boys (men!) and see them often. Richie and Heidi's family is growing. Simon has a son and a new, dangerous, passion - flinging himself off mountains (paragliding). The three hills nearby frequently entice him down. She adores seeing her family (her mother, and her mother-in-law, too) around the table at Christmas. Sara feels fortunate that although she's had tough times and has sometimes been desperately unhappy, she is now surrounded by love and feels she can weather any storm to come.
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Casada com um milionário - Sara Wood
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Sara Wood. Todos os direitos reservados.
CASADA COM UM MILIONÁRIO, N.º 820 - Março 2013
Título original: The Greek Millionaire’s Marriage.
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.
Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.
™ ®, Harlequin, logotipo Harlequin e Sabrina são marcas registadas por Harlequin Books S.A.
® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
I.S.B.N.: 978-84-687-2583-3
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Prólogo
Dimitri Angelaki pôs as suas pernas poderosas sobre o chão enquanto a sua lancha avançava velozmente para o pequeno porto pesqueiro de Olympos. Começou a cantarolar uma antiga canção de amor grega num tom ligeiramente rouco que reflectia a sua paixão pela vida e pelo amor.
Tinha sido um dia estranho, cheio de contrastes e ansiedade, no qual os seus sentidos se viram completamente saciados, ao mesmo tempo que os seus nervos tinham sido submetidos à máxima tensão.
Voltou a cabeça e deslizou o olhar pelo incrível corpo da sua esposa. A sua pele dourada de deusa parecia cintilar contra o luxuoso acolchoado de couro bege dos assentos. O seu biquíni era mínimo, como ele gostava. Três triângulos minúsculos de tecido azul-turquesa, que quase não ocultavam a essência da sua feminilidade, cobriam o seu corpo esbelto.
A sua respiração agitou-se perante a lembrança do cabelo loiro da sua esposa a deslizar, naquela mesma manhã, pelas partes mais sensíveis do seu corpo, numa dança erótica que o tinha levado ao paraíso e mais além.
A sua boca curvou-se sensualmente ao mesmo tempo que o seu sexo começava a palpitar. Aquele era o prazer de fazer amor com Olivia. Primeiro chegava a antecipação, os olhares ardentes que o enlouqueciam, as mensagens de desejo reflectidas nos seus olhos azuis. Depois, com a mesma certeza com que a noite seguia ao dia, faziam amor sem inibições, sempre abertos à criatividade, sempre ternos e ao mesmo tempo ferozes, até que alcançavam a satisfação intensa que libertava a válvula de vapor da sua paixão mútua.
Aclarou a garganta enquanto voltava a concentrar-se em manter o rumo da lancha. Olivia tinha-o totalmente enfeitiçado e adorava que fosse assim, porque o fazia sentir-se intensamente vivo e muito homem.
Às vezes, queria levantar o punho ao ar depois de fazer amor com ela e gritar «Sim!» como uma criança que acabava de marcar um golo. Sorriu ao pensar naquilo. Ele, um magnata cuja frieza, quando estava submetido à pressão, era conhecida em todo o mundo! Mas os negócios não o excitavam tanto como aqueles encontros deliciosos com a sua esposa. Era uma pena que o seu trabalho o levasse com tanta frequência para fora de casa, e que a sua agenda fosse sempre demasiado ocupada para que valesse a pena que Olivia o acompanhasse.
Mas, desse modo, quando estavam juntos, tudo parecia mais doce. Naquele dia tinham nadado nus no alto-mar. Depois tinham feito amor num bosquezinho de limoeiros cujo aroma embriagador se acrescentou ao prazer que tinham experimentado. A seguir, tinham saciado a sua fome com lagosta e uvas na ladeira de uma colina da qual se avistava um templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor.
– Vénus – tinha dito ele. – Uma mera mulher comparada contigo.
Ainda podia sentir o contacto excitante dos dedos de Olivia na sua boca, na sua garganta... e no resto do seu corpo. Tinha sido uma das experiências sensuais mais intensas da sua vida.
Tudo teria sido perfeito... se não fosse a sua crescente preocupação com Athena. Enrugou o sobrolho enquanto rogava para que Athena telefonasse do hospital para lhe dizer que estava bem. A crescente tensão arruinou as lembranças do dia. Mas era compreensível. Amava Athena com todo o seu coração...
Olivia ficou tensa quando o telemóvel de Dimitri tocou. Tinha tocado demasiadas vezes naquele dia, mas ele tinha-se recusado a desligá-lo.
– Os magnatas gregos precisam de estar em contínuo contacto com os seus assistentes – tinha dito ele com pomposidade simulada, referindo-se a uma brincadeira que estavam acostumados a partilhar.
– Nesse caso, procura um assistente que consiga fazer o seu trabalho – tinha protestado Olivia, mas distraiu-se assim que o seu marido a beijou e começou a acariciá-la.
Mas naquele momento, conseguia ser mais objectiva. A dedicação obsessiva de Dimitri ao trabalho tinha-se convertido num problema. Quando ia de viagem e ela ficava na companhia da sua sogra desagradável, Marina, sentia-se cada vez mais só e infeliz. A sua insegurança e as suas dúvidas em relação aos verdadeiros sentimentos de Dimitri viam-se dolorosamente reforçados pelas insinuações de Marina em relação às longas ausências do seu filho.
Olivia apertou os punhos. Desde que se tinha casado com Dimitri, há seis meses, Marina não tinha deixado de a perseguir.
– Todos os homens gregos têm amantes – estava acostumada a dizer. – E não penso que o meu filho seja uma excepção.
Uma amante. Será que aquilo explicaria a falta de consideração de Dimitri? Mesmo naquele dia de férias, que tinham aproveitado para ir ao antigo teatro grego de Epidauro, viu-se desconcertada pela sua falta de atenção. Suspirou. Poderia ter sido tão romântico... Dimitri tinha-lhe feito uma demonstração da magnífica acústica do teatro sussurrando «amo-te» do palco. Ela tinha conseguido ouvi-lo da fila mais afastada. Encantada, levantou-se para lhe mandar um beijo. Infelizmente, Dimitri tinha recebido outro dos seus telefonemas inoportunos e tinha saído do teatro para o atender.
Olivia recordou como se enfurecera e, zangada, cruzou os braços no luxuoso assento da lancha ao mesmo tempo que lançava um olhar de raiva a Dimitri.
Embora estivesse de costas para ela, reparou como tinha ficado nervoso ao receber o último telefonema. Naquele momento, estava embrenhado numa conversa e ela perguntou-se qual seria o motivo do seu alívio, já que os músculos, que tão bem conhecia, se tinham relaxado. Alguma coisa se passava.
O seu coração encolheu-se. Quase parecia que Dimitri estava a embalar ao telefone e do seu magnífico corpo emanava uma intensa ternura. Uma inquietante sensação de temor apoderou-se dela. Era possível que a sua sogra tivesse razão...
No entanto, Dimitri não conseguia manter as mãos afastadas dela. Desde que tinha começado a trabalhar para ele, como secretária, há dois anos, tinham ficado loucos um pelo outro. Cada vez que, naquela altura, estavam juntos em público viviam uma experiência deliciosamente tensa. Cada segundo a sós tinha sido uma explosão de desejo ardente e de necessidade. A razão não parecia existir e eram apenas capazes de se render à sua paixão vulcânica.
Ao recordar o passado, Olivia sentiu uma excitação imediata e pressionou as pernas para controlar o ardor quente que sentiu entre elas.
Um desejo impotente confundiu a sua mente, e notou que a pressão do sutiã do biquíni se estava a tornar insuportável devido ao repentino inchaço dos seus seios e dos seus mamilos protuberantes.
Centrou a atenção em Dimitri e reparou que se estava a rir. Os seus ombros dourados e nus agitaram-se enquanto murmurava algo íntimo ao telefone.
Sentiu uma sensação intensa de ciúmes. Dimitri era dela! O seu corpo, a sua alma, o seu coração e a sua mente! Imediatamente se sentiu envergonhada pelas suas suspeitas irracionais e, arrependida, aproximou-se dele e abraçou-o pela cintura.
Dimitri sobressaltou-se, murmurou qualquer coisa incompreensível em grego, algo que poderia ter significado «até manhã», embora o grego de Olivia fosse muito limitado, e despediu-se antes de desligar.
Olivia reparou nos batimentos fortes do seu coração sob a palma da mão. «Ter-se-ia assustado?», perguntou-se, alarmada. Teria uma amante? Os seus negócios faziam-no viajar com tanta frequência que podia ter um harém espalhado pelo mundo!
No entanto, quando Dimitri se virou, os seus olhos ardiam de paixão. Rodeou o corpo esbelto de Olivia com um braço enquanto que, com a mão livre, desligava o motor da lancha, antes de lhe tirar a parte superior do biquíni.
Estava magnífico e totalmente excitado. Enquanto desfrutava da sensação da sua dureza, Olivia não pôde evitar perguntar-se se se devia a ela ou à mulher com quem acabava de falar.
– Quem era? – perguntou num tom sombrio.
Dimitri beijou-a no pescoço antes de responder com voz rouca.
– Um amigo.
Olivia reparou que tinha baixado o olhar ao responder.
– Conheço-o? – perguntou num tom desembaraçado.
Dimitri quase não hesitou, mas foi o suficiente para que Olivia suspeitasse que ia ser directo na sua resposta.
– Não. Esquece, querida. Concentra-te no que tenciono fazer contigo...
Olivia fechou os lábios, nervosa, mas ele entreabriu-os com a sua língua. A magia tentadora dos seus dedos, enquanto lhe soltava os laços das cuecas, fê-la esquecer-se de tudo. A maravilhosa rendição do seu corpo começou. Dimitri começou a sussurrar-lhe e a descrever-lhe o que pensava fazer-lhe enquanto a deitava sobre a coberta.
Olivia tirou os calções do seu marido. Sob as suas mãos ávidas, os músculos dos glúteos de Dimitri retesaram-se e ela acariciou amorosamente as suas curvas firmes.
Como amante, o seu marido era insaciável. Às vezes, a perseverança do seu desejo surpreendia-a, mas também não lhe ficava atrás. E havia ocasiões, como aquela, em que a ternura de Dimitri e o seu desejo de lhe dar prazer a comoviam intensamente.
Olivia começou a perder o controlo quando o seu marido deslizou uma mão entre as suas pernas para acariciar o centro húmido do seu desejo. Amava-a, pensou aturdida, enquanto uma onda de desejo percorria o seu corpo. Caso contrário, por que se teria casado com ela?
Naquela tarde, enquanto o sol se punha, Olivia, Dimitri e Marina, a mãe deste, que tinha enviuvado há pouco tempo, tomavam um café grego forte, no terraço da mansão que dava para a baía de Olympos.
Marina tinha uma expressão amargurada desde que o seu filho e a sua nora tinham chegado a casa, abraçados. O coração de Olivia ficou angustiado ao vê-la. Não era fácil conviver com uma sogra hostil! Mas tinha consciência de como Marina se sentia sozinha desde que o seu marido tinha morrido. Ela própria tinha experimentado aquele tipo de solidão quando os seus pais morreram num acidente de carro.
Num gesto amistoso, apoiou uma mão no braço da sua sogra, mas esta retirou-o imediatamente ao mesmo tempo que lhe dedicava um olhar de receio.
– Que pôr-do-sol tão maravilhoso – disse Olivia, disposta a continuar a mostrar-se afectuosa, apesar de tudo.
– É sempre maravilhoso – replicou Marina com aspereza. – Suponho que a manhã também me deixarão sozinha, não é? Segundo me lembro, iam às compras a Atenas...
– Ah! – Dimitri levou uma mão à cabeça como se, de repente, se tivesse lembrado de alguma coisa.
Olivia soube imediatamente que ia cancelar aquela viagem. Ia ser a terceira vez que isso acontecia e o seu marido tinha prometido não voltar a decepcioná-la.
– Não me digas que surgiu um novo problema no trabalho! – protestou, e pareceu-lhe que Dimitri ficava um pouco nervoso.
– Tenho uma reunião que não