Instantes de paixão
De Joan Hohl
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Sobre este e-book
Em qualquer outra ocasião, Tanner Wolfe teria ficado reticente pelo facto de ter sido contratado por uma mulher. Mas o preço era suficientemente alto para atrair a sua atenção... e a beldade em questão fez com que a atenção se transformasse em desejo. Mas não estava disposto a deixar que ela o acompanhasse na missão. O caça-recompensas inconformista trabalhava sozinho, sempre tinha trabalhado e sempre trabalharia... Claro que nunca tinha conhecido uma mulher como Brianna, que não estava disposta a aceitar um não como resposta... a nada.
Joan Hohl
Joan Hohl is a bestselling author of more than sixty books. She has received numerous awards for her work, including a Romance Writers of America Golden Medallion award. In addition to contemporary romance, this prolific author also writes historical and time-travel romances. Joan lives in eastern Pennsylvania with her husband and family.
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Instantes de paixão - Joan Hohl
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Joan Hohl
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Instantes de paixão, n.º 807 - Maio 2016
Título original: Maverick
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Publicado em português em 2008
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicadacom a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estãoregistadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises
Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8372-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
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Capítulo Um
Sem dúvida, era uma mulher espampanante.
Tanner levantou uma sobrancelha ao ver a mulher que acabava de tocar à sua campainha.
– Senhor Wolfe?
Tanner sentiu um formigueiro na base da coluna. A sua voz fazia o efeito de mel a deslizar pelo seu corpo. Os seus olhos eram da cor do brandi, o seu cabelo cor de vinho tinto. E combinados, produziam um calor parecido ao que aquelas bebidas provocavam quando ingeridas.
– Sim – respondeu orgulhoso do seu calmo e quase aborrecido tom de voz, quando aborrecimento era a última coisa que sentia. Levantou uma sobrancelha e permaneceu ali, de pé, vestido de forma casual mas elegante.
– Posso passar? – perguntou ela, e arqueou uma sobrancelha, imitando-o.
O formigueiro tornou-se mais intenso. Há muito tempo que uma mulher não tinha aquele efeito nele logo no primeiro encontro. E, pensando bem, nenhuma mulher tinha tido aquele efeito sobre ele.
– Como se chama? – perguntou ele.
– Brianna Stewart – respondeu ela, e estendeu-lhe uma mão delicada. – Agora, posso passar?
Ele apertou-lhe a mão, deu um passo para trás e abriu mais a porta para a deixar entrar. Sentia curiosidade por aquela corajosa mulher que se atrevia a entrar no apartamento de um desconhecido.
– Obrigada – disse ela, passando junto dele erguida e segura de si.
– O que posso fazer por si, senhorita Stewart? – perguntou ele. – «Além de pegá-la ao colo e levá-la para o meu quarto», pensou, repreendendo-se depois.
– Posso sentar-me? – perguntou ao entrar na sala e ver um maple de cabedal.
– Sim, claro. Apetece-lhe um café? – não estava disposto a dizer-lhe que seria a primeira cafeteira que ia pôr ao lume desde que acordara, meia hora antes de ela tocar à campainha. Na verdade, ainda tinha o cabelo molhado depois do duche.
– Sim, adorava, obrigada – sorriu ela.
Ele conteve um gemido. O seu sorriso deixou-o deslumbrado. Que raio se estava a passar com ele? Era apenas uma mulher. Bom, uma mulher espampanante.
– É só um minuto – Tanner enfiou-se na cozinha, tentando fugir aos seus encantos.
Ela seguiu-o até lá.
– Espero que não se importe, mas também podemos falar aqui.
«Para ti é fácil dizer isso», pensou Tanner.
– Não, não me importo nada, sente-se. Apetece-lhe comer alguma coisa com o café? Umas bolachinhas, umas madalenas, uns bolinhos quentes…? «A mim?».
«Chega, Wolfe», repreendeu-se.
Ela sentou-se numa cadeira e perguntou:
– De que são os bolinhos?
– De mirtilos – disse ele, tirando duas chávenas de um armário.
– Então quero, por favor – sorriu ela. – Adoro mirtilos.
Aquele sorriso ia provocar-lhe uma crise nervosa. Aquela mulher era letal.
– Prefere quentes?
– Sim, por favor – sorriu de novo.
Tanner tirou os bolinhos e pô-los no microondas durante uns segundos. Depois, deixou as chávenas de café, um jarrinho com leite, açúcar e duas colheres sobre a mesa.
– Quer manteiga ou doce? – perguntou antes de tirar os bolinhos.
Ela negou com a cabeça, abanando a sua cabeleira avermelhada. Naquele preciso instante, Tanner decidiu que adorava o cabelo dela. Era curioso, porque ele sempre preferira as mulheres loiras…
Sentou-se à frente dela e foi direito ao assunto.
– Bom, o que é que veio fazer a Durango e o que é que posso fazer por si? – perguntou-lhe.
– Quero que me encontre um homem – disse ela com a voz calma.
«E qual é o problema comigo?», pensou Tanner. Mas sabia a que se referia.
– Porquê?
– Porque precisam que o encontre – disse num tom duro.
Ele sorriu.
– Quem e porquê?
– A minha irmã, o meu pai, a minha mãe e eu. E a lei.
– A lei? Porquê?
Ela respirou fundo, como se estivesse a conter a raiva.
– Pela violação e o assassinato de uma jovem, e por tentativa de violação de outra.
– Quem é que a mandou cá?
Brianna arqueou as sobrancelhas.
– O senhor é um conhecido caçador de recompensas com uma excelente reputação.
– A-ha! – sorriu ele, e perguntou de novo: – Quem a mandou aqui?
– Os seus primos.
– Querida, tenho imensos primos. Diga-me alguns nomes.
– Matt e Lisa.
– Ah, as amazonas gémeas – sorriu ao lembrar-se das suas primas, Mattilda, ou Matt, uma ex-polícia, e Lisa, a advogada. – De onde as conhece?
– A Lisa é a minha advogada. Ela apresentou-me à Matt – explicou-lhe. – Mas eu já conhecia a sua mãe. Foi minha professora na universidade.
– Você é uma Sprucewood? – era a sua aldeia natal na Pennsylvania, onde vivia antes de se mudar para o Colorado. A sua mãe era professora de História na Sprucewood College. E o seu pai era o chefe da polícia local.
– Não – abanou a cabeça. – Na verdade, não. Sou de um bairro residencial dos arredores.
– E o homem que querem encontrar é o Jay Minnich, certo? – antes que ela pudesse responder, acrescentou: – Foi você que sofreu a tentativa da violação?
– Não – respondeu ela. – Foi a minha irmã mais nova, a Danielle. A mulher que ele assassinou era a melhor amiga da Dani.
– Pois, eu li – admitiu Tanner.
– Vai procurá-lo? – perguntou-lhe em tom de súplica. – Receberá uma recompensa – acrescentou ela.
– Eu sei… dez mil dólares – disse, como se aquele número não significasse nada para ele. – O seu pai, fundador e presidente do Sprucewood Bank é que a está a oferecer.
Ela franziu o sobrolho ao ouvir o seu tom de voz, mas respondeu com um tom neutro.
– Sim, mas o meu pai já aumentou o valor.
– Quando? – certamente, Tanner teria sabido se o tivessem anunciado. E não tinha ouvido nada a esse respeito.
– Agora.
– Repita lá isso? – sentia como se tivesse perdido uma parte.
– Deixe-me explicar-lhe.
– À vontade – convidou-a a continuar. Levou a chávena aos lábios e olhou-a fixamente por cima da borda.
– A Dani está com uma depressão – disse com voz triste. – Desde que tudo aconteceu, fechou-se em si mesma. Vive aterrorizada com a possibilidade de que aquele homem volte para a matar, visto que foi ela quem o identificou. Não sai de casa… Nunca – fez uma pausa e suspirou. – Na verdade, mal sai do seu quarto, e está sempre fechada à chave. Até mesmo nós, a família, temos de nos identificar para que abra a porta. E assim que entramos, volta a trancá-la.
– Isso é terrível – disse Tanner. – É uma experiência horrível para qualquer mulher, especialmente para alguém com a idade dela. – Tanner tinha lido que a rapariga não tinha mais de vinte anos. E também sabia que a mulher que tinha à sua frente não era muito mais velha.
– Sim – disse Brianna, e continuou: – Embora confiemos que, mais cedo ou mais tarde, a polícia há-de encontrar esse homem, gostávamos de o encontrar quanto antes, pela Dani. Por isso, o meu pai encarregou-me de procurar o melhor caça-recompensas e de lhe oferecer um valor mais alto.
Pela informação que ele recolhera, Tanner suspeitava que aquele homem estava escondido algures nas Montanhas Rochosas. Embora há pouco tempo tivesse ouvido um rumor de que o tinham visto entre Mesa Verde e a Montanha de San Juan, continuava a ser uma zona demasiado grande para procurar. Tanner já tinha posto a hipótese de ir em busca daquele homem, mas ainda estava muito cansado depois do seu último trabalho. Ainda assim, o dinheiro até lhe dava jeito.
– Quanto mais? – perguntou, céptico.
– Um milhão de dólares.
«Por um milhão de dólares vale a pena», pensou Tanner, sem se importar com o cansaço. Aquele número era suficiente para recarregar as energias a qualquer um. Se isso o transformava num frio calculista, azar. Os bons raras vezes apanhavam os maus. Ele sabia-o, tinha muitos na sua família.
– E então? – uma mistura de impaciência e ansiedade marcava o seu