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Todas as coisas sem nome: 4º Prêmio Pernambuco de Literatura
Todas as coisas sem nome: 4º Prêmio Pernambuco de Literatura
Todas as coisas sem nome: 4º Prêmio Pernambuco de Literatura
E-book87 páginas58 minutos

Todas as coisas sem nome: 4º Prêmio Pernambuco de Literatura

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Sobre este e-book

Um filho trata dos espólios do pai pedófilo; outro descobre motivos para manter a fábrica de balas de prata do pai; um menino abusado pelo tio evangélico consegue vingança inesperada; a morte de um escritor muda a rotina de uma ilha. Esses são alguns dos enredos dos contos que compõem o livro, flertando com o fantástico e a prosa poética, com uma linguagem precisa e técnica apurada. Eu e minhas tantas palavras - quando Deus é silêncio. Eu e meus tantos escritos-vaidades. Vivendo em um mundo onde pão, poesia e Verbo são uma só coisa. Enquanto o Mundo-Realidade é feito de Concreto, Fábrica de mentiras, Golpes de Estado, Rios Envenenados, Florestas Incendiadas, Estrupos Coletivos, Crianças Explodindo com vinte quilos de PETN amarrados no corpo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de jun. de 2017
ISBN9788578585174
Todas as coisas sem nome: 4º Prêmio Pernambuco de Literatura

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    Todas as coisas sem nome - Walther Moreira Santos

    Governo do Estado de Pernambuco

    Governador do Estado Paulo Henrique Saraiva Câmara

    Vice-Governador Raul Jean Louis Henry Júnior

    Secretário da Casa Civil Antônio Carlos dos Santos Figueira

    Secretaria de Cultura

    Secretário Marcelino Granja

    Chefe de Gabinete Socorro Lacerda

    Secretária Executiva Silvana Meireles

    Gerente Geral de Articulação Social Severino Pessoa

    Gerente de Formação e Capacitação Tarciana Portela

    Gerente de Planejamento Fernanda Lais de Matos

    Gerente de Administração e Finanças Manoel Araújo

    Gerente de Políticas Culturais Teresa Amaral

    Coordenador de Literatura Wellington de Melo

    Assessores de Comunicação Tiago Montenegro e Michelle de Assunção

    Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Fundarpe

    Presidente Márcia Souto

    Chefe de Gabinete Marcela Torres

    Vice-Presidente Antonieta Trindade

    Superintendente de Planejamento e Gestão André Cândido

    Gerente de Administração e Finanças Jacilene Oliveira

    Gerente de Produção Diego Santos

    Superintendente de Gestão do Funcultura Gustavo Antonio Duarte de Araújo

    Gerente Geral de Preservação do Patrimônio Cultural Márcia Chamixaes

    Gerente de Preservação Cultural Célia Campos

    Gerente de Equipamentos Culturais André Brasileiro

    Companhia Editora de Pernambuco

    Presidente Ricardo Leitão

    Diretor de Produção e Edição Ricardo Melo

    Diretor Administrativo e Financeiro Bráulio Mendonça Meneses

    Superintendência de Produção Editorial Luiz Arrais

    Superintendência de Produção Gráfica Júlio Gonçalves

    Projeto gráfico e capa Luiz Arrais

    Foto da capa Pamela Facco

    Produção editorial Marco Polo Guimarães

    Supervisão de Mídias Digitais Rodolfo Galvão

    Designer Digital China Filho

    Revisão Maysa Monteiro de Araújo

    Mariza Pontes

    Walter Moreira Santos

    Revisão e Copidesque Wellington de Melo

    © 2017 Walther Moreira Santos

    Companhia Editora de Pernambuco

    Direitos reservados à Companhia Editora de Pernambuco – Cepe

    Rua Coelho Leite, 530 – Santo Amaro

    CEP 50100-140 – Recife – PE

    Fone: 81 3183.2700

    S237t Santos, Walther Moreira, 1970-

    Todas as coisas sem nome / Walther Moreira Santos.

    – Recife : Cepe, 2017.

    81p.

    4º Prêmio Pernambuco de Literatura – Contos.

    1. Ficção brasileira – Pernambuco.

    2. Contos brasileiros – Pernambuco.

    I. Título.

    CDU 869.0(81)-3

    CDD B869.3

    PeR – BPE 17-145

    ISBN: 978-85-7858-517-4

    EPÍGRAFE

    Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,

    essa coisa é o que somos.

    José Saramago, Ensaio sobre a cegueira

    DEDICATÓRIA

    Para Bau.

    4º Prêmio Pernambuco de Literatura

    Esta obra foi uma das vencedoras do IV Prêmio Pernambuco de Literatura, cujo objetivo é fomentar a produção literária no Estado através de uma política editorial de democratização do acesso ao livro, ao mesmo tempo que se apresenta como uma estratégia para promover a distribuição e circulação da literatura contemporânea pernambucana.

    Promovido desde 2012 pelo Governo do Estado de Pernambuco através da Secretaria de Cultura, Fundarpe e Cepe Editora, o Prêmio Pernambuco de Literatura prevê a participação dos autores vencedores em atividades de difusão, fruição e formação desenvolvidas pela Secretaria, o que incentiva a formação, qualificação e ampliação da base de leitores das obras publicadas.

    Foram 250 inscrições, provenientes de todas as macrorregiões do Estado, o que confirma a importância do prêmio, que atende a uma demanda da sociedade civil explicitada através de escutas nos Fóruns e Conferências de Cultura, fortalecendo a política de co-gestão do Governo do Estado de Pernambuco e seu compromisso no estímulo à leitura e à literatura.

    AGORA MINHA FIGURA AVULTADA POR TODAS AS SOMBRAS DO INFERNO

    Agora minha figura avultada por todas as sombras do inferno e sobretudo pelas sombras do não entendimento: por que o Mestre deixara-se prender?

    Não eram para mim as trinta moedas de prata e sim para a Causa do Evangelho. Para água, comida, sandálias, bálsamos para nossos pés estropiados depois de atravessarem desertos, mares e montanhas; um cobertor para João, o discípulo amado, que de frio às vezes vagava no meio da noite sonâmbulo e falando sozinho como um inocente demente. Mas o Mestre deixara-se prender; quando poderia ter escapado como o fez inúmeras vezes.

    Para sempre me chamarão Maldito. Para sempre eu, Judas, crucificado pela bifurcação das palavras Maldito e Traidor.

    Mas como poderia trair meu Mestre?

    Acaso pode alguém trair a luz dos próprios olhos? Não presenciei as inúmeras maravilhas do Mestre em Jerusalém, Idumeia, Tiro, Sidom e para além do Jordão? Acaso meus olhos não viram Lázaro se levantar dentre os mortos? Então não testemunhei a manifestação dos sinais sagrados em Cana da Galileia e vi a veracidade de Sua glória? Não fui eu, Judas, um dos doze Eleitos, a quem Ele chamou no cimo do monte, e recortados de toda a turba de milhares que seguiam e não O deixavam sequer comer ou beber, tal a solicitação de milagres? Não me concedeu Ele, assim como aos outros onze Eleitos, o poder de curar enfermidades e de expulsar os demônios?

    Então não fui protestar junto aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos e lhes devolver as malditas trinta moedas de prata?

    Devíamos te crucificar junto com teu mestre!

    Sai-te, imundo!

    Foge enquanto é tempo, Judas, tua vez há de chegar!

    Ele deveria ter escapado, como nas outras inúmeras vezes. Os outros discípulos ririam de satisfação e de minha sagacidade quando eu chegasse com

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