Desce Mais Uma!: Terceira Rodada
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Sobre este e-book
Antologia dos meus textos escritos entre 2011 e 2013.
Crônicas, poesias, contos, ensaios e outros papos-furados.
Rafael Castellar das Neves
Nascido em Santa Gertrudes, interior de São Paulo - Brasil, formado em Engenharia de Computação e um entusiasta pela literatura, buscando nela formas de expressão, por meio de crônicas, poesias, contos, ensaios e romances.
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Desce Mais Uma! - Rafael Castellar das Neves
Um Pouco Além De Mim
Quisera eu me assentar num lugar meu, onde pudesse respirar meu próprio ar,
Preencher-me dele e somente dele, puro ou podre, mas meu
A me limpar do alheio, a me distinguir de mim mesmo.
Em uma praia idealizada, talvez, onde pudesse apenas estar,
Sem nada me rondar e sem nada estragar com meus quereres que somente eu entendo, mas deles nada sei contar,
Pondo-me a assistir e sentir os ires e vires dos meus pensamentos e desejos – incontáveis, mas de mesma essência –,
Sem que aos meus ouvidos chegasse nada que não fosse o vazio da ausência ou o estrondo de minha própria proliferação em mim mesmo.
E ainda, quisera eu, e muito, dos céus deste mesmo lugar descer e diante de mim, sentado à areia, pairar,
Assistindo-me, sendo eu comigo mesmo e, talvez, quem sabe, um pouco saber deste meu eu: turbilhão de um tudo que se desfaz em deformados amontoados deslizantes.
Talvez assim, com um pouco deste saber, poderia eu, enfim, dar a mim mesmo, com tão buscada e compensatória dedicação, aquilo que se restringe aos limites do seu próprio ser: a verdadeira compreensão.
Pois são os mesmos lábios molhados os que beijam e os que maldizem,
São as mesmas mãos protetoras as que espancam e as que afagam,
São os mesmos olhos brilhantes os que desejam e os que condenam,
É a mesma língua lasciva a que excita e a que dilacera o coração.
São Paulo, 24 de novembro de 2010.
Meu Amor Meu
Meu amor tem os mais amáveis, desejáveis e inexplicáveis sorrisos, únicos em suas formas e nos seus doarem-se; suficientes para contestar-me a existência e colocar-me no mais alto e sagrado dos altares.
Meu amor apresenta-se em um existir que flutua magicamente pelo meu mundo e que entranha-se pelos cômodos da minha existência, pulverizando-se em inesquecíveis e inexplicáveis aromas por todo meu todo, tocando cada canto escuro meu, pondo-me a contestar o meu próprio ininteligível e inexplicável ser.
Meu amor me lança um misterioso e desejável olhar que me suplica e me condena. Olhar este que me atravessa pelas mais espessas e rijas defesas e vê, em mim, aquilo que nunca nem eu soube ou saberei.
Meu amor ouve de mim os mais secretos suspiros, aqueles que à ninguém dou o merecimento e dignidade de notar, para, simplesmente, a minha integridade e essência manter, e disso se beneficia a me conhecer, para a mim sentir e julgar.
Meu amor canta sua doçura para que a mim possa se permear, cada vez mais e as feridas todas conhecer, e nelas tocar quando se irritar ou diminuído me quiser; delas limpa o sangue, sem as cicatrizar, para que delas possa, um dia ou momento, se valer quando convir ou, simplesmente, se fazer presente e cúmplice a mim.
Meu amor conhece os meus cheiros e todas suas razões para que a mim possa governar em sua vontade e a mim possa acolher em seu desejar secreto e, acima de tudo, fazer-se parte de meu existir.
Meu amor saboreia-me como um fruto maduro, prestes a desprender-se de seu caule e ao chão dedicar-se sua podridão, de forma que neste momento possa se mostrar presente feito medicina garantida à eternidade de nossa existência, por seus lábios sedutores e aniquiladores daquilo que tanto lutei para ser – sem ao menos saber se a pena valeria.
Meu amor é cruel e destemido em seu querer para si, e de mim tira todas as forças para sigo próprio, sem questionar ou relevar as dores que a mim se apresentam por todo o meu dia.
Meu amor tem dúvidas de si para comigo, para consigo, por mim e para conosco, as quais planto sem ciência e desejo, mas das quais tento resolver para que a mim se apegue, por confiança e merecimento, o meu amor.
Meu amor é único e querido a mais que mim mesmo, mas ainda não sabe – e nunca saberá, pois