Mar de ferro
()
Sobre este e-book
Relacionado a Mar de ferro
Ebooks relacionados
Grande mar oceano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOnde o tempo espera Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDo mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDueto de Pontos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFamosas últimas palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTalhos & Retalhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Pormenor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas Da Pirataria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm pirilampo debaixo de chuva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Barca Do Mestre Santinho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVento Endiabrado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClave De Lua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNinhos de cobras: uma história mal contada Nota: 5 de 5 estrelas5/5As águas sabem coisas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTabatinga Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Homem Metáfora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonata do Verão Eterno Nota: 5 de 5 estrelas5/5Diário dos Instantes Fugazes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRus in Urbe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstórias e Poemas Lusos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFino sangue Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTraços De Cotidiano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVentos Menineiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEterno Retorno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesia é fogo, é terra, é água, é ar!: Haicais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntineopoemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAurora Canibal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas Crônicos: Impressões do Eu, Retratos do Outro Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLaços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5WALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Mar de ferro
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Mar de ferro - Manoel Fernandes Neto
Mar de ferro
Mar de Ferro,
Homens de sal.
A camada de espuma salobra
E verde do trapiche.
Sopro nas guelras do tempo.
O tempo que cola no diesel dos botes
E corrói as fardas dos conferentes.
O tempo como as fotos sem vento,
De suas carteiras guardadas
E perdidas no almoxarife.
O motor treme
E empurra o rebocador,
Que empurra a água
E os ferros do navio.
Muro de borracha do cais.
Cobra de cordas guiam os pés
Dos homens de Camalaú.
Monstros desnudos de fora
Pela onda de sal dos seus suores.
Mas no porto de Cabedelo
Vejo os pombos sobre os milharais de ferro.
Olho-câmera
O olho-câmera
Cobre a areia
Na sombra do mar.
A linha do caibro
Gravita
No momento-instante
Que equilibra pasma
Na ponta do seu extremo
Garras agarram
sua calma.
O vento conduz
À distância uma fuga:
O caibro, o ninho e a coruja.
O mergulhador
Amor líquido sobre as croas.
Como um gosmo pegajoso
Que se concentra em seu topo
Há encanto
— maré morta.
Vento nordeste brando,
Batines nos eixos das mãos
Entram em conjuntos a
corpos curvilíneos.
sob a face, o mar.
Águas-vivas
e suas trompas de falópios.
A sopa transparente da saliva
Se condensa ao vidro com a máscara.
A água borra ao encontrar o vidro,
E o vidro encontra os olhos
e a saliva
do mergulhador.
Mundo Silencioso
Claridade das correntes de outubro.
Moreias, lagostas:
Fugas!
Marola turva.
Croas: Coroa de Pedra que surge quando a maré se encontra seca;
Batines: Arpões artesanais feitos com ferro e liga de soro.
A biografia de um coral
Meus monstros,
Esperei tanto que me acordassem.
Tua face vermelha
São teus dedos furta-cores
Me embrenho temoroso.
Os dentes observam
Os espelhos incandescentes
Que saem sem aviso de teus seios.
Espécie de mim mesmo
Ancorada e firme
Em uma península do
Meu terror marinho.
Arqueólogos visitam minhas
breves ruinas.
São covas de ossos
os sedosos cabelos
Que permanecem molhados
E os novos sítios abertos
Dentro de mim.
Os vales subaquáticos
Sublinham as agulhas
Aprisionadas nos puçás.
Danos à fibra dos barcos
Cantos alegres dos velhos.
Em mim, o mar é um vidro
E um aquário indefeso.
Edemas cartilaginosos
Em nossas fossas abissais
E suas Jamantas arraias
de ferrões temerosos.
Vencerei os canhões dos galeões
Ou o ouro de teus dentes.
Livramentos e apostas,
rezas praieiras
entoada nas ondas vagas.
As Muralhas
As barretas e a alga capciosa.
seus beijos ferrenhos
São escumas,
São por mim.
Amália
Bancos de concretos com
rodapés marrons exibem os
encantados do mar Na
espera e o horizonte.
No cansaço das mãos
Atento a parentes.
Observo