Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Antonio Auggusto João
Histórias Infantis V.2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCantares & Salmos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstado De Jó Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPecado Original Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Semeador, As Sementes E A Terra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Silêncio Da Penha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPecados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Paz De Cristo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSetenta Vezes Sete Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarkito - Marido De Aluguel Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSanto Agostinho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaixão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmém ! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPreces, Orações & Histórias De Fé Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias Infantis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Mestre Da Misericórdia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViver De Novo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntologia 15 Anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBem-aventurados Os Aflitos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Rosas Sobre A Mesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntes Que Termine O Dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlgumas Palavras Nota: 0 de 5 estrelas0 notas# O Céu Tem Que Esperar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPreces Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEra Uma Vez... Um Poeta! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAneobalda Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEle Vive Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara Audrey, Com Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas Poéticas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeninos De Rua Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
Ebooks relacionados
O destino tecendo a história Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Milionário Irresistível Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaixão imprevista: A história de Alice Beact Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinha vida ao lado de minha vó Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Cura De Eva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Preço de Uma Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistoria Da Minha Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Vida É Uma Piada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNada É O Que Parece Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDois Mundos De Any Ferdinari Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesçaldade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEm Algum Lugar Do Meu Passado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAventuras em Vila Jardim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu que chorei este mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComeço, meio e fim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClube do vinho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMaria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu queria entrar no trem que já passou... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuase Levy Um Fora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinco Etapas Da Vida... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTantas Vidas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinhas Histórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFoi um péssimo dia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vovó não se lembra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNasci para ser traída Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Mundo De Pedro: Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Menina Do Lago Dos Cisnes Brancos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMoedor de carne Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEm Cada Instante Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu, Myrian Rios Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Ficção Geral para você
Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Novos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5As Melhores crônicas de Rubem Alves Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra você que ainda é romântico Nota: 4 de 5 estrelas4/5O corpo desvelado: contos eróticos brasileiros (1922-2022) Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Dom Quixote Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5SOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5100 dias depois do fim: A história de um recomeço Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv - Antonio Auggusto João
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
2
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
ALGUMAS CARTAS
GUARDADAS NA MEMÓRIA
AS DORES DO CORAÇÃO
ANTOLOGIA IV
ANTONIO AU GGUSTO JOÃO
1ª. Edição
SÃO PAULO
2.016
EDITOR
ANTONIO AUGUSTO JOÃO
918607
3
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
Algumas Cartas Guardadas na Memória
Editor As dores do Coração
Antonio Augusto João
www.portaldoauggusto.blogspot.com.br Antonio Auggusto João
Produção, revisão e capa Nenhuma parte desta publicação
Antonio Augusto João pode ser armazenada, fotocopiada,
reproduzida por meios mecânicos
eletrônicos ou outros quaisquer sem
a prévia autorização do Editor.
auggusto@terra.com.br
Autor: João, Antonio Auggusto
Algumas Cartas Guardadas na Memória
Obra: As dores do Coração
Antonio Augusto João
São Paulo / Antonio Augusto João
154p ; 21cm colorido
ISBN 978-85-918607
1. Literatura 1. Título
São Paulo 2.016
1a. Edição
4
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
PREFÁCIO
5
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
6
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
AMOR EM PEDAÇOS
- Juninho! Venha aqui meu filho! Vem pegar o dinheiro para
comprar o pão!
Todos os dias pela manhã minha mãe pedia para ir buscar o
pão. Ela sabia o horário certo que o Seu Manuel da padaria fazia
os pães e pedia para eu ir de bicicleta, e os comprava ainda bem
quente. Eu ia numa vula até a padaria e quando voltava minha
mãe já havia preparado o café com leite. Minha mãe deixava
tudo pronto. Depois do café eu lavava a louça enquanto minha
mãe se preparava para ir trabalhar.
- Tchau mãe! Bom dia e bom trabalho!
- Juízo menino! Não vai se atrasar para ir à escola.
Minha mãe trabalhava no supermercado da cidade. Saía de casa
às dez e voltava às sete horas da noite. Logo que minha mãe
saía para trabalhar, eu ficava no campo a jogar futebol com os
amigos e em seguida voltava para casa, tomava banho e me
arrumava para ir à escola. Minha mãe deixava meu almoço
pronto e eu somente esquentava. Em seguida, pegava minha
bicicleta e ia para a escola. No caminho, sempre parava na
ponte. Encostava a bicicleta e ficava jogando pedrinhas no rio.
De cima da ponte via as pedrinhas afundando no rio e fazia um
pedido, conforme minha mãe tinha me ensinado. Eu pedia para
Deus proteger minha mãe. Meu pai morreu quando eu nasci.
Minha mãe nunca deixou faltar nada e o meu amor por ela
sempre foi infinito. Eu chegava à escola sempre trinta minutos
antes do início das aulas. Ficava na classe lendo as matérias dos
livros que a professora iria comentar no dia. Minha mãe me
7
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
ensinou que se estudasse a matéria antes, seria mais fácil de
compreender quando a professora fosse transmitir aos alunos.
A prova de português estava bem difícil. Era a última do
bimestre. Depois entraríamos em férias. Graças a minha mãe,
que sempre fazia as lições de casa comigo, conseguia sair bem
nas provas:
- Qual é a resposta da questão número cinco?
Uma voz bem baixinha, de menina, atrás de mim, pediu a
resposta da questão cinco - Uma voz doce, que chegava aos
meus ouvidos come se fosse uma canção romântica. Era a voz
de Isabel. Isabel estava me pedindo uma cola da questão
número cinco. Deixei meu lápis cair duas vezes no chão, o que
indicava alternativa B. Terminei a prova, pegue minha bicicleta e
fui embora pra casa, sem antes passar na padaria do Seu
Manuel para comprar os pães para o café da tarde. O seu
Manuel sempre estava com um sorriso largo no rosto e todo
mundo gostava dele.
- Seu Manuel, posso pegar um doce de leite?
Eu pegava tudo que queria na padaria, sem exagerar. O Seu
Manuel anotava tudo numa caderneta é no final do mês minha
mãe pagava.
No dia seguinte eu estaria em férias. Minha mãe faltou no
trabalho pela manhã, pois houve reunião de pais e mestres e
entrega dos boletins do bimestre.
- Tranquilo mãe! Só vai ter verde no boletim!
Minha mãe sabia que eu era um aluno esforçado e nunca
precisou chamar minha atenção para estudar. Enquanto minha
mãe participava da reunião, fui até a ponte para jogar pedrinhas
8
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
no rio. Joguei as pedrinhas, fiz vários pedidos e agradeci Deus
por ter tido mais um bimestre de bons resultados na escola.
- Muito obrigada!
Era Isabel.
- Eu sabia que te encontraria na ponte. Você passa aqui
todos os dias?
- Venho na ponte para pedir e agradecer a Deus, jogando
pedrinhas no rio.
Isabel me agradeceu pela cola que eu tinha lhe passado na
prova de português. Naquele dia conversamos bastante e demos
muitas risadas. Depois daquele dia começamos a nos encontrar
todos os dias na ponte, até o dia do primeiro beijo. Assim que
beijei Isabel, joguei uma pedrinha no rio e pedi a Deus que a
sensação que tive durasse para sempre. Isabel sempre foi
meiga, doce e carinhosa. Todos diziam que um completava o
outro. A minha mãe ficou muito amiga da mãe dela e estávamos
todos felizes naquela época.
Eu sempre fui romântico. Encontrava-me com Isabel todo fim
de tarde na ponte. Ela chegava primeiro. Estacionava sua
bicicleta e ficava olhando para o rio de cima da ponte. Na
verdade eu me atrasava de propósito, pois passava pelo jardim
da Dona Odete e colhia uma rosa para dar a Isabel. Quando
estava em casa sozinho, pegava um caderno e escrevia cartas
para Isabel. Ela adorava e respondia. Certa vez minha mãe
pegou o caderno e leu o que eu escrevia para Isabel e me disse
que um dia eu poderia escrever um livro que poderia se chamar
Amor em Pedaços, pois as cartas contavam pedaço por pedaço
as aventuras de amor que eu tinha com Isabel.
9
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
As aulas reiniciaram e Isabel passou a ir todos os dias de
bicicleta. Encontrávamos-nos na ponte, jogávamos algumas
pedrinhas no rio, fazíamos nossos pedidos e depois rumávamos
para a escola.
- Qual foi seu pedido hoje? Perguntou Isabel.
- Pedi que nosso amor dure para sempre!
- Eu também!
No dia seguinte fui até a cidade com minha mãe. Não fui à
escola. Tinha que passar no dentista para fazer um tratamento.
Combinei com Isabel para nos encontrarmos na ponte à tarde,
depois que terminasse as aulas. Minha mãe prometeu fazer um
café da tarde para nós. Quando me despedi de Isabel senti um
frio na barriga, os olhos dela estavam brilhando como se fosse
uma estrela e no abraço apertado que demos, senti come se
estivéssemos com os pés fora do chão. ... Voando!
Depois do dentista, cheguei afobado para encontrar Isabel.
- Calma menino! Sua namorada não vai fugir!
Fui até a ponte para me encontrar com Isabel.
Depois passaríamos no seu Manuel para pegar os pães e
iríamos para minha casa. Cheguei à ponte e não vi Isabel. Achei
que estava adiantado para o encontro. Fui até o jardim da Dona
Odete e apanhei uma rosa. Voltei para a ponte, mas Isabel não
havia chegado. Joguei uma pedrinha no rio e pedi que ela
chegasse logo, mas não chegou. Então fui para casa, pois os
pães estavam esfriando e minha mãe ia ficar brava comigo.
Peguei minha bicicleta e rumei para casa. Quando passei pela
avenida principal encontrei uma multidão e um carro virado na
contramão. Achei estranho, pois vi minha mãe no meio da
10
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
multidão. Fui me aproximando e vi que tinha ocorrido um
acidente e tinha um corpo estendido no chão.
- Ela foi atropelada! Ela foi atropelada!
Minha mãe me olhou com os olhos arregalados.
- O que a mãe de Isabel está fazendo caída no chão?
Minha mãe arregalou os olhos novamente na minha direção.
Olhei para o chão e vi a bicicleta de Isabel, retorcida, moída e
seu corpo estirado no chão. Isabel estava morta e sua mãe
estava chorando e cortando seus longos cabelos. Foi atropelada
enquanto estava indo ao meu encontro. Um carro na contramão
a pegou em cheio. Eu nunca tive convivido com uma perda.
Quando meu pai morreu eu era um recém-nascido, tinhas meses,
não tive sentimentos, não tive reação. Fui até o corpo de Isabel e
a chamei. Ela não respondeu e não abriu os olhos. Eu peguei
minha bicicleta e sai correndo. Minha mãe tentou me segurar,
mas não conseguiu. Fui até a ponte e peguei todas e quantas
pedrinhas que coubessem em minhas mãos e atirei no rio:
- Deus, traga o meu amor de volta. Faça com que ela se
levante e abra os olhos! O café da tarde vai esfriar. Minha vida é
como um rio e vou aproveitar cada dia dela. Agora estou sozinho,
mas o tempo passa rápido demais e Deus vai trazer o meu amor
de volta. Oh meu Senhor, meu Deus, traga o meu amor de volta
e a minha dor desaparecerá! Não espere mais, traga o meu amor
de volta e faça a minha dor desaparecer... Meu amor, se eu
pudesse fazer você voltar te diria uma só palavra: Eu te amo!
Entre luzes que iluminam estradas e paisagens com cores de
arco-íris, reviveremos todos os nossos sonhos e os momentos de
ternura que a vida nos proporcionou e que ainda vai nos
11
ANTONIO AUG GUSTO JOÃO
ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO
proporcionar para a eternidade. Não ficarei mais um só segundo
sem abraçar você, sem segurar a sua mão quando você tiver
medo e te fazer dormir quando você estiver com medo dos
trovões e das tempestades. Mar de risos e ouro dos céus: Ali eu
viverei cada dia da minha vida! Quando o amor está longe, o
tempo não faz planos e peço: Oh meu senhor! Meu Deus! Traga
o meu