Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv
E-book200 páginas2 horas

Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Antologia IV de Crônicas e Poesias do Autor
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de ago. de 2016
Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv

Leia mais títulos de Antonio Auggusto João

Relacionado a Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Algumas Cartas Guardadas Na Memória Iv - Antonio Auggusto João

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    2

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    ALGUMAS CARTAS

    GUARDADAS NA MEMÓRIA

    AS DORES DO CORAÇÃO

    ANTOLOGIA IV

    ANTONIO AU GGUSTO JOÃO

    1ª. Edição

    SÃO PAULO

    2.016

    EDITOR

    ANTONIO AUGUSTO JOÃO

    918607

    3

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    Algumas Cartas Guardadas na Memória

    Editor As dores do Coração

    Antonio Augusto João

    www.portaldoauggusto.blogspot.com.br Antonio Auggusto João

    Produção, revisão e capa Nenhuma parte desta publicação

    Antonio Augusto João pode ser armazenada, fotocopiada,

    reproduzida por meios mecânicos

    eletrônicos ou outros quaisquer sem

    a prévia autorização do Editor.

    auggusto@terra.com.br

    Autor: João, Antonio Auggusto

    Algumas Cartas Guardadas na Memória

    Obra: As dores do Coração

    Antonio Augusto João

    São Paulo / Antonio Augusto João

    154p ; 21cm colorido

    ISBN 978-85-918607

    1. Literatura 1. Título

    São Paulo 2.016

    1a. Edição

    4

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    PREFÁCIO

    5

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    6

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    AMOR EM PEDAÇOS

    - Juninho! Venha aqui meu filho! Vem pegar o dinheiro para

    comprar o pão!

    Todos os dias pela manhã minha mãe pedia para ir buscar o

    pão. Ela sabia o horário certo que o Seu Manuel da padaria fazia

    os pães e pedia para eu ir de bicicleta, e os comprava ainda bem

    quente. Eu ia numa vula até a padaria e quando voltava minha

    mãe já havia preparado o café com leite. Minha mãe deixava

    tudo pronto. Depois do café eu lavava a louça enquanto minha

    mãe se preparava para ir trabalhar.

    - Tchau mãe! Bom dia e bom trabalho!

    - Juízo menino! Não vai se atrasar para ir à escola.

    Minha mãe trabalhava no supermercado da cidade. Saía de casa

    às dez e voltava às sete horas da noite. Logo que minha mãe

    saía para trabalhar, eu ficava no campo a jogar futebol com os

    amigos e em seguida voltava para casa, tomava banho e me

    arrumava para ir à escola. Minha mãe deixava meu almoço

    pronto e eu somente esquentava. Em seguida, pegava minha

    bicicleta e ia para a escola. No caminho, sempre parava na

    ponte. Encostava a bicicleta e ficava jogando pedrinhas no rio.

    De cima da ponte via as pedrinhas afundando no rio e fazia um

    pedido, conforme minha mãe tinha me ensinado. Eu pedia para

    Deus proteger minha mãe. Meu pai morreu quando eu nasci.

    Minha mãe nunca deixou faltar nada e o meu amor por ela

    sempre foi infinito. Eu chegava à escola sempre trinta minutos

    antes do início das aulas. Ficava na classe lendo as matérias dos

    livros que a professora iria comentar no dia. Minha mãe me

    7

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    ensinou que se estudasse a matéria antes, seria mais fácil de

    compreender quando a professora fosse transmitir aos alunos.

    A prova de português estava bem difícil. Era a última do

    bimestre. Depois entraríamos em férias. Graças a minha mãe,

    que sempre fazia as lições de casa comigo, conseguia sair bem

    nas provas:

    - Qual é a resposta da questão número cinco?

    Uma voz bem baixinha, de menina, atrás de mim, pediu a

    resposta da questão cinco - Uma voz doce, que chegava aos

    meus ouvidos come se fosse uma canção romântica. Era a voz

    de Isabel. Isabel estava me pedindo uma cola da questão

    número cinco. Deixei meu lápis cair duas vezes no chão, o que

    indicava alternativa B. Terminei a prova, pegue minha bicicleta e

    fui embora pra casa, sem antes passar na padaria do Seu

    Manuel para comprar os pães para o café da tarde. O seu

    Manuel sempre estava com um sorriso largo no rosto e todo

    mundo gostava dele.

    - Seu Manuel, posso pegar um doce de leite?

    Eu pegava tudo que queria na padaria, sem exagerar. O Seu

    Manuel anotava tudo numa caderneta é no final do mês minha

    mãe pagava.

    No dia seguinte eu estaria em férias. Minha mãe faltou no

    trabalho pela manhã, pois houve reunião de pais e mestres e

    entrega dos boletins do bimestre.

    - Tranquilo mãe! Só vai ter verde no boletim!

    Minha mãe sabia que eu era um aluno esforçado e nunca

    precisou chamar minha atenção para estudar. Enquanto minha

    mãe participava da reunião, fui até a ponte para jogar pedrinhas

    8

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    no rio. Joguei as pedrinhas, fiz vários pedidos e agradeci Deus

    por ter tido mais um bimestre de bons resultados na escola.

    - Muito obrigada!

    Era Isabel.

    - Eu sabia que te encontraria na ponte. Você passa aqui

    todos os dias?

    - Venho na ponte para pedir e agradecer a Deus, jogando

    pedrinhas no rio.

    Isabel me agradeceu pela cola que eu tinha lhe passado na

    prova de português. Naquele dia conversamos bastante e demos

    muitas risadas. Depois daquele dia começamos a nos encontrar

    todos os dias na ponte, até o dia do primeiro beijo. Assim que

    beijei Isabel, joguei uma pedrinha no rio e pedi a Deus que a

    sensação que tive durasse para sempre. Isabel sempre foi

    meiga, doce e carinhosa. Todos diziam que um completava o

    outro. A minha mãe ficou muito amiga da mãe dela e estávamos

    todos felizes naquela época.

    Eu sempre fui romântico. Encontrava-me com Isabel todo fim

    de tarde na ponte. Ela chegava primeiro. Estacionava sua

    bicicleta e ficava olhando para o rio de cima da ponte. Na

    verdade eu me atrasava de propósito, pois passava pelo jardim

    da Dona Odete e colhia uma rosa para dar a Isabel. Quando

    estava em casa sozinho, pegava um caderno e escrevia cartas

    para Isabel. Ela adorava e respondia. Certa vez minha mãe

    pegou o caderno e leu o que eu escrevia para Isabel e me disse

    que um dia eu poderia escrever um livro que poderia se chamar

    Amor em Pedaços, pois as cartas contavam pedaço por pedaço

    as aventuras de amor que eu tinha com Isabel.

    9

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    As aulas reiniciaram e Isabel passou a ir todos os dias de

    bicicleta. Encontrávamos-nos na ponte, jogávamos algumas

    pedrinhas no rio, fazíamos nossos pedidos e depois rumávamos

    para a escola.

    - Qual foi seu pedido hoje? Perguntou Isabel.

    - Pedi que nosso amor dure para sempre!

    - Eu também!

    No dia seguinte fui até a cidade com minha mãe. Não fui à

    escola. Tinha que passar no dentista para fazer um tratamento.

    Combinei com Isabel para nos encontrarmos na ponte à tarde,

    depois que terminasse as aulas. Minha mãe prometeu fazer um

    café da tarde para nós. Quando me despedi de Isabel senti um

    frio na barriga, os olhos dela estavam brilhando como se fosse

    uma estrela e no abraço apertado que demos, senti come se

    estivéssemos com os pés fora do chão. ... Voando!

    Depois do dentista, cheguei afobado para encontrar Isabel.

    - Calma menino! Sua namorada não vai fugir!

    Fui até a ponte para me encontrar com Isabel.

    Depois passaríamos no seu Manuel para pegar os pães e

    iríamos para minha casa. Cheguei à ponte e não vi Isabel. Achei

    que estava adiantado para o encontro. Fui até o jardim da Dona

    Odete e apanhei uma rosa. Voltei para a ponte, mas Isabel não

    havia chegado. Joguei uma pedrinha no rio e pedi que ela

    chegasse logo, mas não chegou. Então fui para casa, pois os

    pães estavam esfriando e minha mãe ia ficar brava comigo.

    Peguei minha bicicleta e rumei para casa. Quando passei pela

    avenida principal encontrei uma multidão e um carro virado na

    contramão. Achei estranho, pois vi minha mãe no meio da

    10

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    multidão. Fui me aproximando e vi que tinha ocorrido um

    acidente e tinha um corpo estendido no chão.

    - Ela foi atropelada! Ela foi atropelada!

    Minha mãe me olhou com os olhos arregalados.

    - O que a mãe de Isabel está fazendo caída no chão?

    Minha mãe arregalou os olhos novamente na minha direção.

    Olhei para o chão e vi a bicicleta de Isabel, retorcida, moída e

    seu corpo estirado no chão. Isabel estava morta e sua mãe

    estava chorando e cortando seus longos cabelos. Foi atropelada

    enquanto estava indo ao meu encontro. Um carro na contramão

    a pegou em cheio. Eu nunca tive convivido com uma perda.

    Quando meu pai morreu eu era um recém-nascido, tinhas meses,

    não tive sentimentos, não tive reação. Fui até o corpo de Isabel e

    a chamei. Ela não respondeu e não abriu os olhos. Eu peguei

    minha bicicleta e sai correndo. Minha mãe tentou me segurar,

    mas não conseguiu. Fui até a ponte e peguei todas e quantas

    pedrinhas que coubessem em minhas mãos e atirei no rio:

    - Deus, traga o meu amor de volta. Faça com que ela se

    levante e abra os olhos! O café da tarde vai esfriar. Minha vida é

    como um rio e vou aproveitar cada dia dela. Agora estou sozinho,

    mas o tempo passa rápido demais e Deus vai trazer o meu amor

    de volta. Oh meu Senhor, meu Deus, traga o meu amor de volta

    e a minha dor desaparecerá! Não espere mais, traga o meu amor

    de volta e faça a minha dor desaparecer... Meu amor, se eu

    pudesse fazer você voltar te diria uma só palavra: Eu te amo!

    Entre luzes que iluminam estradas e paisagens com cores de

    arco-íris, reviveremos todos os nossos sonhos e os momentos de

    ternura que a vida nos proporcionou e que ainda vai nos

    11

    ANTONIO AUG GUSTO JOÃO

    ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA IV – AS DORES DO CORAÇÃO

    proporcionar para a eternidade. Não ficarei mais um só segundo

    sem abraçar você, sem segurar a sua mão quando você tiver

    medo e te fazer dormir quando você estiver com medo dos

    trovões e das tempestades. Mar de risos e ouro dos céus: Ali eu

    viverei cada dia da minha vida! Quando o amor está longe, o

    tempo não faz planos e peço: Oh meu senhor! Meu Deus! Traga

    o meu

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1