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Malu Gaspar e o "cheque em branco" de R$ 7 bi do Congresso
Malu Gaspar e o "cheque em branco" de R$ 7 bi do Congresso
notas:
Duração:
23 minutos
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Em meio à tragédia da pandemia, o Brasil enfrenta em 2021 um outro dilema que passa quase despercebido, mas que afeta todos os serviços públicos federais e chega à população na forma de obras. O Orçamento Geral da União, que determina como o dinheiro federal deve ser aplicado, só foi aprovado no final de março e ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Embora já tenha sido aprovada, a proposta, por enquanto, é classificada como uma peça de ficção e está sujeita a vetos e novas negociações. O ponto mais polêmico foi a supressão de recursos para o pagamento de despesas obrigatórias, como a Previdência, para engordar o orçamento das obras, em ano de véspera de eleição. Esse ajuste beneficia os próprios parlamentares, que poderão ter, na atual versão, um orçamento de R$ 30 bilhões, por meio das emendas individuais ou de bancada. São recursos carimbados, que servem para construção de pontes, duplicação de estradas, construção de unidades de saúde ou obras de saneamento - e que chegam às cidades por meio de convênios com o governo federal. Nesse ano, porém, também entraram na conta vultuosas despesas por meio de um mecanismo chamado de "transferências especiais". O blog da colunista Malu Gaspar revelou, na segunda-feira, que essas despesas, que somaram R$ 621 milhões no ano passado, saltaram para R$ 7,3 bilhões em 2021. O caso chamou a atenção do partido Novo, que ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pedindo ao STF que impeça esse tipo de operação. No Ao Ponto desta terça-feira, a jornalista Malu Gaspar explica de que forma o Congresso tenta assinar um cheque em branco para despesas nos redutos eleitorais e os riscos associados a esse mecanismo.
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)