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O raro protesto em Cuba e o desgaste da revolução de Fidel
O raro protesto em Cuba e o desgaste da revolução de Fidel
notas:
Duração:
26 minutos
Lançados:
13 de jul. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Milhares de cubanos foram às ruas da capital Havana e de outras cidades, no domingo (11), em um raríssimo protesto contra o governo e contra a crise social, marcada pela escassez de alimentos, de remédios e de energia elétrica. Observadores locais afirmam que foram os maiores atos no país desde 1994, quando manifestantes denunciaram a crise econômica provocada pela dissolução da União Soviética. De lá pra cá, o turismo ganhou força, Fidel morreu, Raul Castro saiu do poder e indicou um sucessor. No entanto, a ditadura não acabou, e fazer oposição continua sendo ilegal em Cuba.
Ainda no domingo, em pronunciamento na televisão, o presidente Miguel Días-Canel disse que os protestos são uma provocação de infiltrados dos Estados Unidos e convocou os "revolucionários" e "comunistas" a darem uma resposta e defenderem o regime, que perdura desde 1959. Já na segunda, após a detenção de um número incerto de opositores e com cortes no acesso à internet dos cubanos, Díaz-Canel reconheceu a gravidade da crise, ampliada pela pandemia da Covid-19. O presidente, porém, afirmou que a situação de penúria no país é indissociável à pressão exercida pelos Estados Unidos, que mantém o embargo econômico à ilha há mais de 50 anos. Em resposta, o secretário de Estado da Casa Branca, Antony Blinken, afirmou que é um "erro doloroso" do governo cubano acreditar que os americanos têm alguma relação com as manifestações. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ainda que o governo cubano não use a força para calar a oposição, e saudou os protestos como atos memoráveis contra um regime autoritário. No Ao Ponto desta terça-feira, o professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Maurício Santoro analisa o que levou os cubanos a irem às ruas contra o governo e a crise. Santoro avalia ainda até que ponto os protestos revelam a fragilidade do atual presidente, após décadas de controle dos irmãos Castro, e o papel dos Estados Unidos para o agravamento da situação na ilha.
Ainda no domingo, em pronunciamento na televisão, o presidente Miguel Días-Canel disse que os protestos são uma provocação de infiltrados dos Estados Unidos e convocou os "revolucionários" e "comunistas" a darem uma resposta e defenderem o regime, que perdura desde 1959. Já na segunda, após a detenção de um número incerto de opositores e com cortes no acesso à internet dos cubanos, Díaz-Canel reconheceu a gravidade da crise, ampliada pela pandemia da Covid-19. O presidente, porém, afirmou que a situação de penúria no país é indissociável à pressão exercida pelos Estados Unidos, que mantém o embargo econômico à ilha há mais de 50 anos. Em resposta, o secretário de Estado da Casa Branca, Antony Blinken, afirmou que é um "erro doloroso" do governo cubano acreditar que os americanos têm alguma relação com as manifestações. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ainda que o governo cubano não use a força para calar a oposição, e saudou os protestos como atos memoráveis contra um regime autoritário. No Ao Ponto desta terça-feira, o professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Maurício Santoro analisa o que levou os cubanos a irem às ruas contra o governo e a crise. Santoro avalia ainda até que ponto os protestos revelam a fragilidade do atual presidente, após décadas de controle dos irmãos Castro, e o papel dos Estados Unidos para o agravamento da situação na ilha.
Lançados:
13 de jul. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)